Uma geléia geral a partir do cinema

Atenção na Mostra


Por Luiz Carlos Merten

Não vou me furar, antecipando no blog uma informação que vocês vão ler amanhã no 'Caderno 2' e que, tenho certeza, vai alvoroçar as tribos de descolados da cidade. É algo relacionado à Mostra, mas que não tem a ver com o evento, propriamente dito. Como a Mostra começa logo mais à noite, está sendo a nossa capa de hoje no 'Caderno 2, precedida, ontem, pela entrevista do diretor Marco Bechis, de 'Birdwatchers, Terra Vermelha'. Aliás, tinha um erro na matéria e foi o próprio Bechis, claro que sem nem desconfiar, quem me induziu a cometê-lo. Ocorre que fiz a entrevista em italiano e o Bechis me disse que havia exibido dois filmes para os índios mato-grossenses que protagonizam a história. Ele achava importante para que soubessem o que ele estava querendo. Um dos filmes era de Leone, 'Era Uma Vez no Oeste', que ele citou em italiano - 'C'Era Una Volta nell'West'. O outro era 'Os Pássaros', de Hitchcock, mas como o Bechis também citou em italiano - 'Uccelli' -, aquilo ficou na minha cabeça e eu, influenciado pelo som, terminei colocando que o segundo filme era o 'Gaviões e Passarinhos' (Ucellacci e Uccellini) , de Pasolini, mas não - foi 'Os Pássaros'. Isso posto, quero dizer que o nosso título de capa - Cinema de quantidade - refere-se ao fato de que a Mostra vai apresentar 456 filmes de 75 países. Ou seja, ninguém, acho que nem se desdobrando em dez, conseguiria ver isso em duas semanas. Face a essa magnitude, é difícil, senão impossível, buscar um conceito na Mostra. Ela se baseia na diversidade, no humanismo, e apresenta certas linhas de força, certos conjuntos de filmes que podem ser agrupados por suas características mais ou menos comuns. Ou seja, alguns filmes sobre família - 'O Casamento de Rachel', de Jonathan Demme, que me encantou no Rio, e dois filmes franceses, 'Um Conto de Noel' e 'Horas de Verão', de dois queridinhos de 'Cahiers du Cinéma', respectivamente Arnaud Desplechin e Olivier Assayas. Acho curioso que ao mesmo tempo, e no mesmo ano, ambos tenham se voltado para o universo familiar. Temos também os filmes de invenção - 'Aquele Querido Mês de Agosto', de Miguel Gomes; 'Rebobine, por Favor', de Michel Gondry; 'Alexandra', de Alexander Sokúrov, que me parece a obra-prima do diretor russo; e 'A Erva do Rato', de Júlio Bressane, para não falar do 'Canção de Baal', de Helena Ignez, mas esse tenho a impressão que vocês vão achar radical demais. Adoro os dois filmes italianos de Matteo Garrone e Paolo Sorrentino, 'Gomorra' e 'Il Divo', e acho inclusive que se complementam discutindo a questão do poder na Itália, um desenvolvendo o tema no submundo do crime e o outro na alta cúpula do poder. O interessante é que os dois personagens que representam o poder, o chefe da Camorra, a Máfia napolitana, e o ex-premier Giulio Andreotti, são interpretados pelo extraordinário Toni Servillo, que eu ouso dizer que é hoje o maior ator do mundo, mas que não vai ganhar o Oscar, não mesmo. Só aqui já listei oito filmes que considero imperdíveis da 32ª Mostra. Vamos ao nono, o maravilhoso 'Loki - Arnaldo Baptista', de Paulo Henrique Fontenelle, que passa amanhã, em presença do ex-Mutante. Estou sabendo que o Canal Brasil, que produz 'Loki', não pretende lançá-lo em cinemas, um pouco porque teria de brigar por um espaço fatalmente pequeno, quando o filme, só no próprio canal, já pega 100 mil espectadores de cara, na primeira exibição. Mas há outra coisa. Para exibir 'Loki' nos cinemas, fora do ambiente dos festivais, o Canal Brasil teria de dispender uma fortuna pelos direitos autorais das 45 músicas que compõem a trilha. Na televisão e no DVD, a legislação é diferente, o que possibilita a exibição. Mas a história é que quem perder o 'Loki' arrisca-se a ver o filme somente na telinha. Mesmo que fosse num home theater, não seria a telona do cinema e eu tenho cá pra mim que 'Loki', o filme, merece tudo de bom. Posso ser exagerado, vocês sabem, mas achei o melhor filme, de qualquer categoria ou formato, que vi na Première Brasil. Gostei de outros filmes, inclusive do 'Festa da Menina Morta', de Matheus Nachtergaele, mas emoção como a que me produziu o 'Loki', talvez por influência da ovação do público naquela sessão memorável no Cine Odeon BR, não houve nenhuma outra.

Não vou me furar, antecipando no blog uma informação que vocês vão ler amanhã no 'Caderno 2' e que, tenho certeza, vai alvoroçar as tribos de descolados da cidade. É algo relacionado à Mostra, mas que não tem a ver com o evento, propriamente dito. Como a Mostra começa logo mais à noite, está sendo a nossa capa de hoje no 'Caderno 2, precedida, ontem, pela entrevista do diretor Marco Bechis, de 'Birdwatchers, Terra Vermelha'. Aliás, tinha um erro na matéria e foi o próprio Bechis, claro que sem nem desconfiar, quem me induziu a cometê-lo. Ocorre que fiz a entrevista em italiano e o Bechis me disse que havia exibido dois filmes para os índios mato-grossenses que protagonizam a história. Ele achava importante para que soubessem o que ele estava querendo. Um dos filmes era de Leone, 'Era Uma Vez no Oeste', que ele citou em italiano - 'C'Era Una Volta nell'West'. O outro era 'Os Pássaros', de Hitchcock, mas como o Bechis também citou em italiano - 'Uccelli' -, aquilo ficou na minha cabeça e eu, influenciado pelo som, terminei colocando que o segundo filme era o 'Gaviões e Passarinhos' (Ucellacci e Uccellini) , de Pasolini, mas não - foi 'Os Pássaros'. Isso posto, quero dizer que o nosso título de capa - Cinema de quantidade - refere-se ao fato de que a Mostra vai apresentar 456 filmes de 75 países. Ou seja, ninguém, acho que nem se desdobrando em dez, conseguiria ver isso em duas semanas. Face a essa magnitude, é difícil, senão impossível, buscar um conceito na Mostra. Ela se baseia na diversidade, no humanismo, e apresenta certas linhas de força, certos conjuntos de filmes que podem ser agrupados por suas características mais ou menos comuns. Ou seja, alguns filmes sobre família - 'O Casamento de Rachel', de Jonathan Demme, que me encantou no Rio, e dois filmes franceses, 'Um Conto de Noel' e 'Horas de Verão', de dois queridinhos de 'Cahiers du Cinéma', respectivamente Arnaud Desplechin e Olivier Assayas. Acho curioso que ao mesmo tempo, e no mesmo ano, ambos tenham se voltado para o universo familiar. Temos também os filmes de invenção - 'Aquele Querido Mês de Agosto', de Miguel Gomes; 'Rebobine, por Favor', de Michel Gondry; 'Alexandra', de Alexander Sokúrov, que me parece a obra-prima do diretor russo; e 'A Erva do Rato', de Júlio Bressane, para não falar do 'Canção de Baal', de Helena Ignez, mas esse tenho a impressão que vocês vão achar radical demais. Adoro os dois filmes italianos de Matteo Garrone e Paolo Sorrentino, 'Gomorra' e 'Il Divo', e acho inclusive que se complementam discutindo a questão do poder na Itália, um desenvolvendo o tema no submundo do crime e o outro na alta cúpula do poder. O interessante é que os dois personagens que representam o poder, o chefe da Camorra, a Máfia napolitana, e o ex-premier Giulio Andreotti, são interpretados pelo extraordinário Toni Servillo, que eu ouso dizer que é hoje o maior ator do mundo, mas que não vai ganhar o Oscar, não mesmo. Só aqui já listei oito filmes que considero imperdíveis da 32ª Mostra. Vamos ao nono, o maravilhoso 'Loki - Arnaldo Baptista', de Paulo Henrique Fontenelle, que passa amanhã, em presença do ex-Mutante. Estou sabendo que o Canal Brasil, que produz 'Loki', não pretende lançá-lo em cinemas, um pouco porque teria de brigar por um espaço fatalmente pequeno, quando o filme, só no próprio canal, já pega 100 mil espectadores de cara, na primeira exibição. Mas há outra coisa. Para exibir 'Loki' nos cinemas, fora do ambiente dos festivais, o Canal Brasil teria de dispender uma fortuna pelos direitos autorais das 45 músicas que compõem a trilha. Na televisão e no DVD, a legislação é diferente, o que possibilita a exibição. Mas a história é que quem perder o 'Loki' arrisca-se a ver o filme somente na telinha. Mesmo que fosse num home theater, não seria a telona do cinema e eu tenho cá pra mim que 'Loki', o filme, merece tudo de bom. Posso ser exagerado, vocês sabem, mas achei o melhor filme, de qualquer categoria ou formato, que vi na Première Brasil. Gostei de outros filmes, inclusive do 'Festa da Menina Morta', de Matheus Nachtergaele, mas emoção como a que me produziu o 'Loki', talvez por influência da ovação do público naquela sessão memorável no Cine Odeon BR, não houve nenhuma outra.

Não vou me furar, antecipando no blog uma informação que vocês vão ler amanhã no 'Caderno 2' e que, tenho certeza, vai alvoroçar as tribos de descolados da cidade. É algo relacionado à Mostra, mas que não tem a ver com o evento, propriamente dito. Como a Mostra começa logo mais à noite, está sendo a nossa capa de hoje no 'Caderno 2, precedida, ontem, pela entrevista do diretor Marco Bechis, de 'Birdwatchers, Terra Vermelha'. Aliás, tinha um erro na matéria e foi o próprio Bechis, claro que sem nem desconfiar, quem me induziu a cometê-lo. Ocorre que fiz a entrevista em italiano e o Bechis me disse que havia exibido dois filmes para os índios mato-grossenses que protagonizam a história. Ele achava importante para que soubessem o que ele estava querendo. Um dos filmes era de Leone, 'Era Uma Vez no Oeste', que ele citou em italiano - 'C'Era Una Volta nell'West'. O outro era 'Os Pássaros', de Hitchcock, mas como o Bechis também citou em italiano - 'Uccelli' -, aquilo ficou na minha cabeça e eu, influenciado pelo som, terminei colocando que o segundo filme era o 'Gaviões e Passarinhos' (Ucellacci e Uccellini) , de Pasolini, mas não - foi 'Os Pássaros'. Isso posto, quero dizer que o nosso título de capa - Cinema de quantidade - refere-se ao fato de que a Mostra vai apresentar 456 filmes de 75 países. Ou seja, ninguém, acho que nem se desdobrando em dez, conseguiria ver isso em duas semanas. Face a essa magnitude, é difícil, senão impossível, buscar um conceito na Mostra. Ela se baseia na diversidade, no humanismo, e apresenta certas linhas de força, certos conjuntos de filmes que podem ser agrupados por suas características mais ou menos comuns. Ou seja, alguns filmes sobre família - 'O Casamento de Rachel', de Jonathan Demme, que me encantou no Rio, e dois filmes franceses, 'Um Conto de Noel' e 'Horas de Verão', de dois queridinhos de 'Cahiers du Cinéma', respectivamente Arnaud Desplechin e Olivier Assayas. Acho curioso que ao mesmo tempo, e no mesmo ano, ambos tenham se voltado para o universo familiar. Temos também os filmes de invenção - 'Aquele Querido Mês de Agosto', de Miguel Gomes; 'Rebobine, por Favor', de Michel Gondry; 'Alexandra', de Alexander Sokúrov, que me parece a obra-prima do diretor russo; e 'A Erva do Rato', de Júlio Bressane, para não falar do 'Canção de Baal', de Helena Ignez, mas esse tenho a impressão que vocês vão achar radical demais. Adoro os dois filmes italianos de Matteo Garrone e Paolo Sorrentino, 'Gomorra' e 'Il Divo', e acho inclusive que se complementam discutindo a questão do poder na Itália, um desenvolvendo o tema no submundo do crime e o outro na alta cúpula do poder. O interessante é que os dois personagens que representam o poder, o chefe da Camorra, a Máfia napolitana, e o ex-premier Giulio Andreotti, são interpretados pelo extraordinário Toni Servillo, que eu ouso dizer que é hoje o maior ator do mundo, mas que não vai ganhar o Oscar, não mesmo. Só aqui já listei oito filmes que considero imperdíveis da 32ª Mostra. Vamos ao nono, o maravilhoso 'Loki - Arnaldo Baptista', de Paulo Henrique Fontenelle, que passa amanhã, em presença do ex-Mutante. Estou sabendo que o Canal Brasil, que produz 'Loki', não pretende lançá-lo em cinemas, um pouco porque teria de brigar por um espaço fatalmente pequeno, quando o filme, só no próprio canal, já pega 100 mil espectadores de cara, na primeira exibição. Mas há outra coisa. Para exibir 'Loki' nos cinemas, fora do ambiente dos festivais, o Canal Brasil teria de dispender uma fortuna pelos direitos autorais das 45 músicas que compõem a trilha. Na televisão e no DVD, a legislação é diferente, o que possibilita a exibição. Mas a história é que quem perder o 'Loki' arrisca-se a ver o filme somente na telinha. Mesmo que fosse num home theater, não seria a telona do cinema e eu tenho cá pra mim que 'Loki', o filme, merece tudo de bom. Posso ser exagerado, vocês sabem, mas achei o melhor filme, de qualquer categoria ou formato, que vi na Première Brasil. Gostei de outros filmes, inclusive do 'Festa da Menina Morta', de Matheus Nachtergaele, mas emoção como a que me produziu o 'Loki', talvez por influência da ovação do público naquela sessão memorável no Cine Odeon BR, não houve nenhuma outra.

Não vou me furar, antecipando no blog uma informação que vocês vão ler amanhã no 'Caderno 2' e que, tenho certeza, vai alvoroçar as tribos de descolados da cidade. É algo relacionado à Mostra, mas que não tem a ver com o evento, propriamente dito. Como a Mostra começa logo mais à noite, está sendo a nossa capa de hoje no 'Caderno 2, precedida, ontem, pela entrevista do diretor Marco Bechis, de 'Birdwatchers, Terra Vermelha'. Aliás, tinha um erro na matéria e foi o próprio Bechis, claro que sem nem desconfiar, quem me induziu a cometê-lo. Ocorre que fiz a entrevista em italiano e o Bechis me disse que havia exibido dois filmes para os índios mato-grossenses que protagonizam a história. Ele achava importante para que soubessem o que ele estava querendo. Um dos filmes era de Leone, 'Era Uma Vez no Oeste', que ele citou em italiano - 'C'Era Una Volta nell'West'. O outro era 'Os Pássaros', de Hitchcock, mas como o Bechis também citou em italiano - 'Uccelli' -, aquilo ficou na minha cabeça e eu, influenciado pelo som, terminei colocando que o segundo filme era o 'Gaviões e Passarinhos' (Ucellacci e Uccellini) , de Pasolini, mas não - foi 'Os Pássaros'. Isso posto, quero dizer que o nosso título de capa - Cinema de quantidade - refere-se ao fato de que a Mostra vai apresentar 456 filmes de 75 países. Ou seja, ninguém, acho que nem se desdobrando em dez, conseguiria ver isso em duas semanas. Face a essa magnitude, é difícil, senão impossível, buscar um conceito na Mostra. Ela se baseia na diversidade, no humanismo, e apresenta certas linhas de força, certos conjuntos de filmes que podem ser agrupados por suas características mais ou menos comuns. Ou seja, alguns filmes sobre família - 'O Casamento de Rachel', de Jonathan Demme, que me encantou no Rio, e dois filmes franceses, 'Um Conto de Noel' e 'Horas de Verão', de dois queridinhos de 'Cahiers du Cinéma', respectivamente Arnaud Desplechin e Olivier Assayas. Acho curioso que ao mesmo tempo, e no mesmo ano, ambos tenham se voltado para o universo familiar. Temos também os filmes de invenção - 'Aquele Querido Mês de Agosto', de Miguel Gomes; 'Rebobine, por Favor', de Michel Gondry; 'Alexandra', de Alexander Sokúrov, que me parece a obra-prima do diretor russo; e 'A Erva do Rato', de Júlio Bressane, para não falar do 'Canção de Baal', de Helena Ignez, mas esse tenho a impressão que vocês vão achar radical demais. Adoro os dois filmes italianos de Matteo Garrone e Paolo Sorrentino, 'Gomorra' e 'Il Divo', e acho inclusive que se complementam discutindo a questão do poder na Itália, um desenvolvendo o tema no submundo do crime e o outro na alta cúpula do poder. O interessante é que os dois personagens que representam o poder, o chefe da Camorra, a Máfia napolitana, e o ex-premier Giulio Andreotti, são interpretados pelo extraordinário Toni Servillo, que eu ouso dizer que é hoje o maior ator do mundo, mas que não vai ganhar o Oscar, não mesmo. Só aqui já listei oito filmes que considero imperdíveis da 32ª Mostra. Vamos ao nono, o maravilhoso 'Loki - Arnaldo Baptista', de Paulo Henrique Fontenelle, que passa amanhã, em presença do ex-Mutante. Estou sabendo que o Canal Brasil, que produz 'Loki', não pretende lançá-lo em cinemas, um pouco porque teria de brigar por um espaço fatalmente pequeno, quando o filme, só no próprio canal, já pega 100 mil espectadores de cara, na primeira exibição. Mas há outra coisa. Para exibir 'Loki' nos cinemas, fora do ambiente dos festivais, o Canal Brasil teria de dispender uma fortuna pelos direitos autorais das 45 músicas que compõem a trilha. Na televisão e no DVD, a legislação é diferente, o que possibilita a exibição. Mas a história é que quem perder o 'Loki' arrisca-se a ver o filme somente na telinha. Mesmo que fosse num home theater, não seria a telona do cinema e eu tenho cá pra mim que 'Loki', o filme, merece tudo de bom. Posso ser exagerado, vocês sabem, mas achei o melhor filme, de qualquer categoria ou formato, que vi na Première Brasil. Gostei de outros filmes, inclusive do 'Festa da Menina Morta', de Matheus Nachtergaele, mas emoção como a que me produziu o 'Loki', talvez por influência da ovação do público naquela sessão memorável no Cine Odeon BR, não houve nenhuma outra.

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