Uma geléia geral a partir do cinema

Berlinale (18)/Proibido para menores


Por Luiz Carlos Merten

BERLIM - Vou correr o risco de ser rotulado como pervertido, mas confesso que não tenho mais muita paciência com determinada cena de sexo. Por exemplo. Em Pendular, de Júlia Murat, Rodrigo Bolzan é muito vigoroso com Raquel Karra. Parece que estão fazendo sexo de verdade, mas aí vem o problema, digamos técnico, ou fisiológico. Nenhum pênios vai da prontidão para o repouso em segundos, tipo Ferrari. O cara sai de dentro dela e é uma ginástica - uma coreografia, na verdade, como as que ela dança - para não mostrar a genitália frontalmente. No filme romeno desta manhã, Ana, Mon Amour, tem uma cena forte de sexo do casal. O diretor Calin Peter Netzer e seus atores, Mircea Postalnicu e Diana Cavalioti, vão aos finalmentes. Ele tira o pênis e, ainda ereto, ejacula diante da câmera. O tema surgiu - não propriamente a ejaculação - no debate pós-filme. The intimacy. Como os atores lograram aquele grau de intimidade? Mircea contou que Netzer tratou de deixar os atores confortáveis no set. Eram o fotógrafo e ele no quarto. Diana foi mais ao ponto. Disse que era uma questão de confiança, e que ela confiava no diretor. Lá vou eu enfiar os pés pela mão. Já são mais de 40 anos desde que Nagisa Oshima fez O Império dos Sentidos, e o assunto ainda é tabu. Não é uma questão de gênero - os homens ousariam mais. Patrice Chereau, Gaspar Noë e também Catherine Breillat não recuaram e ela, para seu Romance, recorreu aos famosos 26 cm do astro pornô Rocco Siffredi. Sei que o post está esquisito, como se eu cobrasse uma liberação geral - o filme, afinal, é dos autores, o que eu faço é me apropriar -, mas, de forma muito diversa, é um pouco a insatisfação que experimento em relação as outro filme que acho muito importante, No Intenso Agora. Compreendo perfeitamente as razões de João Moreira Salles, mas ninguém lhe pediu que fizesse um filme sobre sua mãe e aquele momento particular em que foi tão feliz. Ele fez, deu umas quantas pistas em diversas frases sobre a depressão que mamãe sentia, mas omitiu o suicídio dela, falando de outros suicídios no filme. Desculpe, João, por abordar o tema dessa maneira. Mas é uma questão de ir fundo, literalmente, ou não. A própria natureza de certos projetos não comporta a polidez.

BERLIM - Vou correr o risco de ser rotulado como pervertido, mas confesso que não tenho mais muita paciência com determinada cena de sexo. Por exemplo. Em Pendular, de Júlia Murat, Rodrigo Bolzan é muito vigoroso com Raquel Karra. Parece que estão fazendo sexo de verdade, mas aí vem o problema, digamos técnico, ou fisiológico. Nenhum pênios vai da prontidão para o repouso em segundos, tipo Ferrari. O cara sai de dentro dela e é uma ginástica - uma coreografia, na verdade, como as que ela dança - para não mostrar a genitália frontalmente. No filme romeno desta manhã, Ana, Mon Amour, tem uma cena forte de sexo do casal. O diretor Calin Peter Netzer e seus atores, Mircea Postalnicu e Diana Cavalioti, vão aos finalmentes. Ele tira o pênis e, ainda ereto, ejacula diante da câmera. O tema surgiu - não propriamente a ejaculação - no debate pós-filme. The intimacy. Como os atores lograram aquele grau de intimidade? Mircea contou que Netzer tratou de deixar os atores confortáveis no set. Eram o fotógrafo e ele no quarto. Diana foi mais ao ponto. Disse que era uma questão de confiança, e que ela confiava no diretor. Lá vou eu enfiar os pés pela mão. Já são mais de 40 anos desde que Nagisa Oshima fez O Império dos Sentidos, e o assunto ainda é tabu. Não é uma questão de gênero - os homens ousariam mais. Patrice Chereau, Gaspar Noë e também Catherine Breillat não recuaram e ela, para seu Romance, recorreu aos famosos 26 cm do astro pornô Rocco Siffredi. Sei que o post está esquisito, como se eu cobrasse uma liberação geral - o filme, afinal, é dos autores, o que eu faço é me apropriar -, mas, de forma muito diversa, é um pouco a insatisfação que experimento em relação as outro filme que acho muito importante, No Intenso Agora. Compreendo perfeitamente as razões de João Moreira Salles, mas ninguém lhe pediu que fizesse um filme sobre sua mãe e aquele momento particular em que foi tão feliz. Ele fez, deu umas quantas pistas em diversas frases sobre a depressão que mamãe sentia, mas omitiu o suicídio dela, falando de outros suicídios no filme. Desculpe, João, por abordar o tema dessa maneira. Mas é uma questão de ir fundo, literalmente, ou não. A própria natureza de certos projetos não comporta a polidez.

BERLIM - Vou correr o risco de ser rotulado como pervertido, mas confesso que não tenho mais muita paciência com determinada cena de sexo. Por exemplo. Em Pendular, de Júlia Murat, Rodrigo Bolzan é muito vigoroso com Raquel Karra. Parece que estão fazendo sexo de verdade, mas aí vem o problema, digamos técnico, ou fisiológico. Nenhum pênios vai da prontidão para o repouso em segundos, tipo Ferrari. O cara sai de dentro dela e é uma ginástica - uma coreografia, na verdade, como as que ela dança - para não mostrar a genitália frontalmente. No filme romeno desta manhã, Ana, Mon Amour, tem uma cena forte de sexo do casal. O diretor Calin Peter Netzer e seus atores, Mircea Postalnicu e Diana Cavalioti, vão aos finalmentes. Ele tira o pênis e, ainda ereto, ejacula diante da câmera. O tema surgiu - não propriamente a ejaculação - no debate pós-filme. The intimacy. Como os atores lograram aquele grau de intimidade? Mircea contou que Netzer tratou de deixar os atores confortáveis no set. Eram o fotógrafo e ele no quarto. Diana foi mais ao ponto. Disse que era uma questão de confiança, e que ela confiava no diretor. Lá vou eu enfiar os pés pela mão. Já são mais de 40 anos desde que Nagisa Oshima fez O Império dos Sentidos, e o assunto ainda é tabu. Não é uma questão de gênero - os homens ousariam mais. Patrice Chereau, Gaspar Noë e também Catherine Breillat não recuaram e ela, para seu Romance, recorreu aos famosos 26 cm do astro pornô Rocco Siffredi. Sei que o post está esquisito, como se eu cobrasse uma liberação geral - o filme, afinal, é dos autores, o que eu faço é me apropriar -, mas, de forma muito diversa, é um pouco a insatisfação que experimento em relação as outro filme que acho muito importante, No Intenso Agora. Compreendo perfeitamente as razões de João Moreira Salles, mas ninguém lhe pediu que fizesse um filme sobre sua mãe e aquele momento particular em que foi tão feliz. Ele fez, deu umas quantas pistas em diversas frases sobre a depressão que mamãe sentia, mas omitiu o suicídio dela, falando de outros suicídios no filme. Desculpe, João, por abordar o tema dessa maneira. Mas é uma questão de ir fundo, literalmente, ou não. A própria natureza de certos projetos não comporta a polidez.

BERLIM - Vou correr o risco de ser rotulado como pervertido, mas confesso que não tenho mais muita paciência com determinada cena de sexo. Por exemplo. Em Pendular, de Júlia Murat, Rodrigo Bolzan é muito vigoroso com Raquel Karra. Parece que estão fazendo sexo de verdade, mas aí vem o problema, digamos técnico, ou fisiológico. Nenhum pênios vai da prontidão para o repouso em segundos, tipo Ferrari. O cara sai de dentro dela e é uma ginástica - uma coreografia, na verdade, como as que ela dança - para não mostrar a genitália frontalmente. No filme romeno desta manhã, Ana, Mon Amour, tem uma cena forte de sexo do casal. O diretor Calin Peter Netzer e seus atores, Mircea Postalnicu e Diana Cavalioti, vão aos finalmentes. Ele tira o pênis e, ainda ereto, ejacula diante da câmera. O tema surgiu - não propriamente a ejaculação - no debate pós-filme. The intimacy. Como os atores lograram aquele grau de intimidade? Mircea contou que Netzer tratou de deixar os atores confortáveis no set. Eram o fotógrafo e ele no quarto. Diana foi mais ao ponto. Disse que era uma questão de confiança, e que ela confiava no diretor. Lá vou eu enfiar os pés pela mão. Já são mais de 40 anos desde que Nagisa Oshima fez O Império dos Sentidos, e o assunto ainda é tabu. Não é uma questão de gênero - os homens ousariam mais. Patrice Chereau, Gaspar Noë e também Catherine Breillat não recuaram e ela, para seu Romance, recorreu aos famosos 26 cm do astro pornô Rocco Siffredi. Sei que o post está esquisito, como se eu cobrasse uma liberação geral - o filme, afinal, é dos autores, o que eu faço é me apropriar -, mas, de forma muito diversa, é um pouco a insatisfação que experimento em relação as outro filme que acho muito importante, No Intenso Agora. Compreendo perfeitamente as razões de João Moreira Salles, mas ninguém lhe pediu que fizesse um filme sobre sua mãe e aquele momento particular em que foi tão feliz. Ele fez, deu umas quantas pistas em diversas frases sobre a depressão que mamãe sentia, mas omitiu o suicídio dela, falando de outros suicídios no filme. Desculpe, João, por abordar o tema dessa maneira. Mas é uma questão de ir fundo, literalmente, ou não. A própria natureza de certos projetos não comporta a polidez.

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