Uma geléia geral a partir do cinema

Divina!


Por Luiz Carlos Merten

Fui ver ontem o show de Amelita Baltar no Teatro Bradesco, do Shopping Bourbon. Havia entrevistado Amelita para o 'Caderno 2', mas perdera seu show anterior - na série com Décio Otero e Márika Gidale - por causa da viagem para o México. Depois, veio a Hungria, Budapeste, mas ontem consegui vê-la no palco. Ou melhor, revê-la. Havia visto muitos shows de Amelita - em Buenos Aires, em Porto. Com e sem Astor Piazzolla. Ou melhor, sempre com Piazzolla, porque, como ela diz, 'ele' - seu espírito - está sempre por aí, circulando. Amelita cantou 'Maria de Buenos Aires', 'Balada para un Loco', 'Balada para Mi Muerte', sua favorita. É uma verdadeira atriz da canção. Interpreta, põe dramaticidade. Entre uma canção e outra, para destensionar de tanta carga dramática, conta histórias (e piadas). Acho-a 'bárbara', para repetir um adjetivo que os argentinos - e os portenhos - usam bastante. Na entrevista, Amelita me havia contado que era uma cantora apreciada de folclore quando aceitou, muito inconsciente, o convite de Piazzolla e Horacio Ferrer para fazer a ópera/tango 'Maria de Buenos Aires'. De repente, virou uma mulher odiada, porque Piazzolla estava matando o tango tradicional, de Gardel. Matou? Até hoje o tango tradicional tem seguidores - muita coisa para turistas - e o próprio Piazzolla tem sido desvirtuado por arranjos que talvez não aprovasse, ou que certamente não aprovaria, mas ele era o primeiro a querer mudar as próprias composições. Não sou nenhum expert, mas o disco que reúne Piazzolla e Gerry Mulligan - 'Reunión Cumbre' - é um dos dez da minha vida, com a 'Misa Criolla' de Ariel Ramirez e a cantata de 'Santa Maria Iquique' com o Quillapayun. 'Adiós Nonino', 'Años de Soledad', Piazzolla era gênio e Amelita foi - é - a voz que celebrou e mantém viva sua revolução. O espetáculo foi lindo, e eu amo quando ela canta 'Chiquilin de Bachin', mas gostaria de ouvi-la cantar alguma coisa que não tango, e tango/canción. Seria 'Agustina y el Mar', que Mercedes Sosa também cantava - divinamente -, mas eu prefiro a versão de Amelita. O curioso é que gostando, e me emocionando, não viajei na nostalgia, nas lembranças dos meus verdes anos em Buenos Aires, quando descobria a latinidad. O palco estava muito vivona minha frente para eu ter tempo de sentir saudade. Lúcia, minha filha, e Doris, minha ex, estavam ontem em Buenos Aires. Devem estar retornando agora para o Brasil, em voos separados. Lúcia vem diretamente para São Paulo, Doris, para Porto. Mas me dá uma coisa, sim. Quando Amelita canta Buenos Aires, com referências tão concretas - a ruas, lugares -, é difícil não me projetar. Ela diz que ama São Paulo, que é a cidade que mais ama. Eu amo Buenos Aires. Quiando fui com Dib Carneiro, Gabriel Villela e Cláudio Fontana para a estreia portenha da peça do Dib - 'Adivinhe Quem Vem para Rezar', rebatizada como 'Por Tu Padre', com Federico Luppi -, deixava o trio pelo prazer de andar sozinho pela cidade. Corrientes - onde andará tres/quatro/ocho? -, Lavalle, Florida. Foi lá, em Buenos Aires, e em Montevidéu, que fiz muito da minha formação como cinéfilo. Até por isso, carrego comigo essas cidades que nuinca deixaram de me encantar.

Fui ver ontem o show de Amelita Baltar no Teatro Bradesco, do Shopping Bourbon. Havia entrevistado Amelita para o 'Caderno 2', mas perdera seu show anterior - na série com Décio Otero e Márika Gidale - por causa da viagem para o México. Depois, veio a Hungria, Budapeste, mas ontem consegui vê-la no palco. Ou melhor, revê-la. Havia visto muitos shows de Amelita - em Buenos Aires, em Porto. Com e sem Astor Piazzolla. Ou melhor, sempre com Piazzolla, porque, como ela diz, 'ele' - seu espírito - está sempre por aí, circulando. Amelita cantou 'Maria de Buenos Aires', 'Balada para un Loco', 'Balada para Mi Muerte', sua favorita. É uma verdadeira atriz da canção. Interpreta, põe dramaticidade. Entre uma canção e outra, para destensionar de tanta carga dramática, conta histórias (e piadas). Acho-a 'bárbara', para repetir um adjetivo que os argentinos - e os portenhos - usam bastante. Na entrevista, Amelita me havia contado que era uma cantora apreciada de folclore quando aceitou, muito inconsciente, o convite de Piazzolla e Horacio Ferrer para fazer a ópera/tango 'Maria de Buenos Aires'. De repente, virou uma mulher odiada, porque Piazzolla estava matando o tango tradicional, de Gardel. Matou? Até hoje o tango tradicional tem seguidores - muita coisa para turistas - e o próprio Piazzolla tem sido desvirtuado por arranjos que talvez não aprovasse, ou que certamente não aprovaria, mas ele era o primeiro a querer mudar as próprias composições. Não sou nenhum expert, mas o disco que reúne Piazzolla e Gerry Mulligan - 'Reunión Cumbre' - é um dos dez da minha vida, com a 'Misa Criolla' de Ariel Ramirez e a cantata de 'Santa Maria Iquique' com o Quillapayun. 'Adiós Nonino', 'Años de Soledad', Piazzolla era gênio e Amelita foi - é - a voz que celebrou e mantém viva sua revolução. O espetáculo foi lindo, e eu amo quando ela canta 'Chiquilin de Bachin', mas gostaria de ouvi-la cantar alguma coisa que não tango, e tango/canción. Seria 'Agustina y el Mar', que Mercedes Sosa também cantava - divinamente -, mas eu prefiro a versão de Amelita. O curioso é que gostando, e me emocionando, não viajei na nostalgia, nas lembranças dos meus verdes anos em Buenos Aires, quando descobria a latinidad. O palco estava muito vivona minha frente para eu ter tempo de sentir saudade. Lúcia, minha filha, e Doris, minha ex, estavam ontem em Buenos Aires. Devem estar retornando agora para o Brasil, em voos separados. Lúcia vem diretamente para São Paulo, Doris, para Porto. Mas me dá uma coisa, sim. Quando Amelita canta Buenos Aires, com referências tão concretas - a ruas, lugares -, é difícil não me projetar. Ela diz que ama São Paulo, que é a cidade que mais ama. Eu amo Buenos Aires. Quiando fui com Dib Carneiro, Gabriel Villela e Cláudio Fontana para a estreia portenha da peça do Dib - 'Adivinhe Quem Vem para Rezar', rebatizada como 'Por Tu Padre', com Federico Luppi -, deixava o trio pelo prazer de andar sozinho pela cidade. Corrientes - onde andará tres/quatro/ocho? -, Lavalle, Florida. Foi lá, em Buenos Aires, e em Montevidéu, que fiz muito da minha formação como cinéfilo. Até por isso, carrego comigo essas cidades que nuinca deixaram de me encantar.

Fui ver ontem o show de Amelita Baltar no Teatro Bradesco, do Shopping Bourbon. Havia entrevistado Amelita para o 'Caderno 2', mas perdera seu show anterior - na série com Décio Otero e Márika Gidale - por causa da viagem para o México. Depois, veio a Hungria, Budapeste, mas ontem consegui vê-la no palco. Ou melhor, revê-la. Havia visto muitos shows de Amelita - em Buenos Aires, em Porto. Com e sem Astor Piazzolla. Ou melhor, sempre com Piazzolla, porque, como ela diz, 'ele' - seu espírito - está sempre por aí, circulando. Amelita cantou 'Maria de Buenos Aires', 'Balada para un Loco', 'Balada para Mi Muerte', sua favorita. É uma verdadeira atriz da canção. Interpreta, põe dramaticidade. Entre uma canção e outra, para destensionar de tanta carga dramática, conta histórias (e piadas). Acho-a 'bárbara', para repetir um adjetivo que os argentinos - e os portenhos - usam bastante. Na entrevista, Amelita me havia contado que era uma cantora apreciada de folclore quando aceitou, muito inconsciente, o convite de Piazzolla e Horacio Ferrer para fazer a ópera/tango 'Maria de Buenos Aires'. De repente, virou uma mulher odiada, porque Piazzolla estava matando o tango tradicional, de Gardel. Matou? Até hoje o tango tradicional tem seguidores - muita coisa para turistas - e o próprio Piazzolla tem sido desvirtuado por arranjos que talvez não aprovasse, ou que certamente não aprovaria, mas ele era o primeiro a querer mudar as próprias composições. Não sou nenhum expert, mas o disco que reúne Piazzolla e Gerry Mulligan - 'Reunión Cumbre' - é um dos dez da minha vida, com a 'Misa Criolla' de Ariel Ramirez e a cantata de 'Santa Maria Iquique' com o Quillapayun. 'Adiós Nonino', 'Años de Soledad', Piazzolla era gênio e Amelita foi - é - a voz que celebrou e mantém viva sua revolução. O espetáculo foi lindo, e eu amo quando ela canta 'Chiquilin de Bachin', mas gostaria de ouvi-la cantar alguma coisa que não tango, e tango/canción. Seria 'Agustina y el Mar', que Mercedes Sosa também cantava - divinamente -, mas eu prefiro a versão de Amelita. O curioso é que gostando, e me emocionando, não viajei na nostalgia, nas lembranças dos meus verdes anos em Buenos Aires, quando descobria a latinidad. O palco estava muito vivona minha frente para eu ter tempo de sentir saudade. Lúcia, minha filha, e Doris, minha ex, estavam ontem em Buenos Aires. Devem estar retornando agora para o Brasil, em voos separados. Lúcia vem diretamente para São Paulo, Doris, para Porto. Mas me dá uma coisa, sim. Quando Amelita canta Buenos Aires, com referências tão concretas - a ruas, lugares -, é difícil não me projetar. Ela diz que ama São Paulo, que é a cidade que mais ama. Eu amo Buenos Aires. Quiando fui com Dib Carneiro, Gabriel Villela e Cláudio Fontana para a estreia portenha da peça do Dib - 'Adivinhe Quem Vem para Rezar', rebatizada como 'Por Tu Padre', com Federico Luppi -, deixava o trio pelo prazer de andar sozinho pela cidade. Corrientes - onde andará tres/quatro/ocho? -, Lavalle, Florida. Foi lá, em Buenos Aires, e em Montevidéu, que fiz muito da minha formação como cinéfilo. Até por isso, carrego comigo essas cidades que nuinca deixaram de me encantar.

Fui ver ontem o show de Amelita Baltar no Teatro Bradesco, do Shopping Bourbon. Havia entrevistado Amelita para o 'Caderno 2', mas perdera seu show anterior - na série com Décio Otero e Márika Gidale - por causa da viagem para o México. Depois, veio a Hungria, Budapeste, mas ontem consegui vê-la no palco. Ou melhor, revê-la. Havia visto muitos shows de Amelita - em Buenos Aires, em Porto. Com e sem Astor Piazzolla. Ou melhor, sempre com Piazzolla, porque, como ela diz, 'ele' - seu espírito - está sempre por aí, circulando. Amelita cantou 'Maria de Buenos Aires', 'Balada para un Loco', 'Balada para Mi Muerte', sua favorita. É uma verdadeira atriz da canção. Interpreta, põe dramaticidade. Entre uma canção e outra, para destensionar de tanta carga dramática, conta histórias (e piadas). Acho-a 'bárbara', para repetir um adjetivo que os argentinos - e os portenhos - usam bastante. Na entrevista, Amelita me havia contado que era uma cantora apreciada de folclore quando aceitou, muito inconsciente, o convite de Piazzolla e Horacio Ferrer para fazer a ópera/tango 'Maria de Buenos Aires'. De repente, virou uma mulher odiada, porque Piazzolla estava matando o tango tradicional, de Gardel. Matou? Até hoje o tango tradicional tem seguidores - muita coisa para turistas - e o próprio Piazzolla tem sido desvirtuado por arranjos que talvez não aprovasse, ou que certamente não aprovaria, mas ele era o primeiro a querer mudar as próprias composições. Não sou nenhum expert, mas o disco que reúne Piazzolla e Gerry Mulligan - 'Reunión Cumbre' - é um dos dez da minha vida, com a 'Misa Criolla' de Ariel Ramirez e a cantata de 'Santa Maria Iquique' com o Quillapayun. 'Adiós Nonino', 'Años de Soledad', Piazzolla era gênio e Amelita foi - é - a voz que celebrou e mantém viva sua revolução. O espetáculo foi lindo, e eu amo quando ela canta 'Chiquilin de Bachin', mas gostaria de ouvi-la cantar alguma coisa que não tango, e tango/canción. Seria 'Agustina y el Mar', que Mercedes Sosa também cantava - divinamente -, mas eu prefiro a versão de Amelita. O curioso é que gostando, e me emocionando, não viajei na nostalgia, nas lembranças dos meus verdes anos em Buenos Aires, quando descobria a latinidad. O palco estava muito vivona minha frente para eu ter tempo de sentir saudade. Lúcia, minha filha, e Doris, minha ex, estavam ontem em Buenos Aires. Devem estar retornando agora para o Brasil, em voos separados. Lúcia vem diretamente para São Paulo, Doris, para Porto. Mas me dá uma coisa, sim. Quando Amelita canta Buenos Aires, com referências tão concretas - a ruas, lugares -, é difícil não me projetar. Ela diz que ama São Paulo, que é a cidade que mais ama. Eu amo Buenos Aires. Quiando fui com Dib Carneiro, Gabriel Villela e Cláudio Fontana para a estreia portenha da peça do Dib - 'Adivinhe Quem Vem para Rezar', rebatizada como 'Por Tu Padre', com Federico Luppi -, deixava o trio pelo prazer de andar sozinho pela cidade. Corrientes - onde andará tres/quatro/ocho? -, Lavalle, Florida. Foi lá, em Buenos Aires, e em Montevidéu, que fiz muito da minha formação como cinéfilo. Até por isso, carrego comigo essas cidades que nuinca deixaram de me encantar.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.