Uma geléia geral a partir do cinema

O Clint preferido do Henrique


Por Luiz Carlos Merten

Henriqe Rodrigues revela qual é seu Clint preferido e é o de 'Cavaleiro Solitário' (The Pale Rider), western de 1985 que integrou a competição de Cannes naquele ano, competindo, se não me engano, com o Hector Babenco de 'O Beijo da Mulher Aranha'. Nunca me esqueço de uma cena do filme. A ação começa naquela comunidade dominada por Richard Dysart. Seus homens provocam um pandemônio. A filha de Carrie Snodgress, Sydney Penny, reza pedindo um milasgre e Deus atende a suas orações. Clint entra em cena usando o colar branco de pregador religioso. Mas ele é um homem de armas e o filme é o remake disfarçado de 'Shane' (Os Brutos Também Amam), de George Stevens, com Cliont no papel de Alan Ladd, Carrie no de Jean Arthur e Michael Moriarty, que ama a mulher, no de Van Heflin. A garota, Sydney, é o equivalente feminino de Brandon de Wilde, que faz Joey na obra-prima de Stevens. 'Shane' é um dos filmes míticos da história do cinema, e não apenas do western. Paulo Perdigão dissecou-o num livro maravilhoso - 'Shane: Western Clássico, editado originamente pela L&PM. Minha lembrança de 'Cavaleiro Solitário' é boa, mas não creio que o filme consiga chegar ao patamar de seu modelo, 'Shane'. Em seu 'Guide for the Film Fanatic', Danny Peary observa que, se 'Pale Rider' tem um problema, é justamente essa obsessão de Clint e seus roteiristas, Michael Butler e Dennis Shyrack, de ficar buscando, o tempo todo, aproximações com o velho 'Brutos Também Amam'. Mas há uma diferença fundamental. Clint não encarna, aqui, o mito, como Alan Ladd. Seu personagem é misterioso, um tanto místico, mas não tem um Van Heflin a seu lado, para tentar disputar com o mito a atenção da mulher e da criança. O final é sacrificial, como o de 'Shane'. O cavaleiro solitário restaura a ordem na cidade e parte. É o mesmo, mas é diferente. Shane cavalga na sua mitologia e a nuvem que passa pelo olhar do menino, ao perdê-lo, marca a sua passagem para a condição de homem. O Pale Rider cavalga, talvez, para a morte. Nunca havia feito essa ponte antes, mas acho que se pode buscar, ou encontrar, em 'Cavaleiro Solitário', em toda a obra de Clint, a origem do seu sacrifício - cristianismo puro - em 'Gran Torino'. Não me lembro agora se 'Cavaleiro Solitário' está na homenagem do TCM ao xerife Clint. Se estiver, será um programão. Tenho vários Clints em DVD, incluindo 'Josey Wells', mas não 'Cavaleiro Solitário'.

Henriqe Rodrigues revela qual é seu Clint preferido e é o de 'Cavaleiro Solitário' (The Pale Rider), western de 1985 que integrou a competição de Cannes naquele ano, competindo, se não me engano, com o Hector Babenco de 'O Beijo da Mulher Aranha'. Nunca me esqueço de uma cena do filme. A ação começa naquela comunidade dominada por Richard Dysart. Seus homens provocam um pandemônio. A filha de Carrie Snodgress, Sydney Penny, reza pedindo um milasgre e Deus atende a suas orações. Clint entra em cena usando o colar branco de pregador religioso. Mas ele é um homem de armas e o filme é o remake disfarçado de 'Shane' (Os Brutos Também Amam), de George Stevens, com Cliont no papel de Alan Ladd, Carrie no de Jean Arthur e Michael Moriarty, que ama a mulher, no de Van Heflin. A garota, Sydney, é o equivalente feminino de Brandon de Wilde, que faz Joey na obra-prima de Stevens. 'Shane' é um dos filmes míticos da história do cinema, e não apenas do western. Paulo Perdigão dissecou-o num livro maravilhoso - 'Shane: Western Clássico, editado originamente pela L&PM. Minha lembrança de 'Cavaleiro Solitário' é boa, mas não creio que o filme consiga chegar ao patamar de seu modelo, 'Shane'. Em seu 'Guide for the Film Fanatic', Danny Peary observa que, se 'Pale Rider' tem um problema, é justamente essa obsessão de Clint e seus roteiristas, Michael Butler e Dennis Shyrack, de ficar buscando, o tempo todo, aproximações com o velho 'Brutos Também Amam'. Mas há uma diferença fundamental. Clint não encarna, aqui, o mito, como Alan Ladd. Seu personagem é misterioso, um tanto místico, mas não tem um Van Heflin a seu lado, para tentar disputar com o mito a atenção da mulher e da criança. O final é sacrificial, como o de 'Shane'. O cavaleiro solitário restaura a ordem na cidade e parte. É o mesmo, mas é diferente. Shane cavalga na sua mitologia e a nuvem que passa pelo olhar do menino, ao perdê-lo, marca a sua passagem para a condição de homem. O Pale Rider cavalga, talvez, para a morte. Nunca havia feito essa ponte antes, mas acho que se pode buscar, ou encontrar, em 'Cavaleiro Solitário', em toda a obra de Clint, a origem do seu sacrifício - cristianismo puro - em 'Gran Torino'. Não me lembro agora se 'Cavaleiro Solitário' está na homenagem do TCM ao xerife Clint. Se estiver, será um programão. Tenho vários Clints em DVD, incluindo 'Josey Wells', mas não 'Cavaleiro Solitário'.

Henriqe Rodrigues revela qual é seu Clint preferido e é o de 'Cavaleiro Solitário' (The Pale Rider), western de 1985 que integrou a competição de Cannes naquele ano, competindo, se não me engano, com o Hector Babenco de 'O Beijo da Mulher Aranha'. Nunca me esqueço de uma cena do filme. A ação começa naquela comunidade dominada por Richard Dysart. Seus homens provocam um pandemônio. A filha de Carrie Snodgress, Sydney Penny, reza pedindo um milasgre e Deus atende a suas orações. Clint entra em cena usando o colar branco de pregador religioso. Mas ele é um homem de armas e o filme é o remake disfarçado de 'Shane' (Os Brutos Também Amam), de George Stevens, com Cliont no papel de Alan Ladd, Carrie no de Jean Arthur e Michael Moriarty, que ama a mulher, no de Van Heflin. A garota, Sydney, é o equivalente feminino de Brandon de Wilde, que faz Joey na obra-prima de Stevens. 'Shane' é um dos filmes míticos da história do cinema, e não apenas do western. Paulo Perdigão dissecou-o num livro maravilhoso - 'Shane: Western Clássico, editado originamente pela L&PM. Minha lembrança de 'Cavaleiro Solitário' é boa, mas não creio que o filme consiga chegar ao patamar de seu modelo, 'Shane'. Em seu 'Guide for the Film Fanatic', Danny Peary observa que, se 'Pale Rider' tem um problema, é justamente essa obsessão de Clint e seus roteiristas, Michael Butler e Dennis Shyrack, de ficar buscando, o tempo todo, aproximações com o velho 'Brutos Também Amam'. Mas há uma diferença fundamental. Clint não encarna, aqui, o mito, como Alan Ladd. Seu personagem é misterioso, um tanto místico, mas não tem um Van Heflin a seu lado, para tentar disputar com o mito a atenção da mulher e da criança. O final é sacrificial, como o de 'Shane'. O cavaleiro solitário restaura a ordem na cidade e parte. É o mesmo, mas é diferente. Shane cavalga na sua mitologia e a nuvem que passa pelo olhar do menino, ao perdê-lo, marca a sua passagem para a condição de homem. O Pale Rider cavalga, talvez, para a morte. Nunca havia feito essa ponte antes, mas acho que se pode buscar, ou encontrar, em 'Cavaleiro Solitário', em toda a obra de Clint, a origem do seu sacrifício - cristianismo puro - em 'Gran Torino'. Não me lembro agora se 'Cavaleiro Solitário' está na homenagem do TCM ao xerife Clint. Se estiver, será um programão. Tenho vários Clints em DVD, incluindo 'Josey Wells', mas não 'Cavaleiro Solitário'.

Henriqe Rodrigues revela qual é seu Clint preferido e é o de 'Cavaleiro Solitário' (The Pale Rider), western de 1985 que integrou a competição de Cannes naquele ano, competindo, se não me engano, com o Hector Babenco de 'O Beijo da Mulher Aranha'. Nunca me esqueço de uma cena do filme. A ação começa naquela comunidade dominada por Richard Dysart. Seus homens provocam um pandemônio. A filha de Carrie Snodgress, Sydney Penny, reza pedindo um milasgre e Deus atende a suas orações. Clint entra em cena usando o colar branco de pregador religioso. Mas ele é um homem de armas e o filme é o remake disfarçado de 'Shane' (Os Brutos Também Amam), de George Stevens, com Cliont no papel de Alan Ladd, Carrie no de Jean Arthur e Michael Moriarty, que ama a mulher, no de Van Heflin. A garota, Sydney, é o equivalente feminino de Brandon de Wilde, que faz Joey na obra-prima de Stevens. 'Shane' é um dos filmes míticos da história do cinema, e não apenas do western. Paulo Perdigão dissecou-o num livro maravilhoso - 'Shane: Western Clássico, editado originamente pela L&PM. Minha lembrança de 'Cavaleiro Solitário' é boa, mas não creio que o filme consiga chegar ao patamar de seu modelo, 'Shane'. Em seu 'Guide for the Film Fanatic', Danny Peary observa que, se 'Pale Rider' tem um problema, é justamente essa obsessão de Clint e seus roteiristas, Michael Butler e Dennis Shyrack, de ficar buscando, o tempo todo, aproximações com o velho 'Brutos Também Amam'. Mas há uma diferença fundamental. Clint não encarna, aqui, o mito, como Alan Ladd. Seu personagem é misterioso, um tanto místico, mas não tem um Van Heflin a seu lado, para tentar disputar com o mito a atenção da mulher e da criança. O final é sacrificial, como o de 'Shane'. O cavaleiro solitário restaura a ordem na cidade e parte. É o mesmo, mas é diferente. Shane cavalga na sua mitologia e a nuvem que passa pelo olhar do menino, ao perdê-lo, marca a sua passagem para a condição de homem. O Pale Rider cavalga, talvez, para a morte. Nunca havia feito essa ponte antes, mas acho que se pode buscar, ou encontrar, em 'Cavaleiro Solitário', em toda a obra de Clint, a origem do seu sacrifício - cristianismo puro - em 'Gran Torino'. Não me lembro agora se 'Cavaleiro Solitário' está na homenagem do TCM ao xerife Clint. Se estiver, será um programão. Tenho vários Clints em DVD, incluindo 'Josey Wells', mas não 'Cavaleiro Solitário'.

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