Cinema, cultura & afins

Opinião|5 x Pacificação


Por Luiz Zanin Oricchio

 

O mesmo grupo que fez 5 Vezes Favela - Agora por Nós Mesmos dirige este 5 x Pacificação, documentário sobre a UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) nas comunidades cariocas. A mesma dupla de produtores - o cineasta Cacá Diegues e sua mulher, Renata Magalhães - está presente nos dois filmes. A ideia dos produtores é clara: transferir para os próprios habitantes das comunidades carentes a responsabilidade de exibir seu olhar sobre si mesmos. E sobre os seus problemas. No primeiro filme, a via usada era a da ficção; agora, trata-se do cinema do real. O documentário.

A direção é assinada por Cadu Barcellos, Rodrigo Felha, Luciano Vidigal e Wagner Moraes, todos eles moradores de comunidades carentes e autores dos cinco segmentos ou episódios de que se compõe o filme.

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A ideia é medir, sob ângulos diversos, a atuação das UPPs, que vem atuando há quatro anos em áreas críticas na geografia da violência do Rio de Janeiro. Falam moradores da comunidade, mas também os "do asfalto" - gente de classe média que mora nas proximidades. Falam policiais, sociólogos e antropólogos. Mas também, naqueles que talvez sejam os depoimentos mais dramáticos, falam ex-traficantes, gente que viveu no crime e agora tenta outro caminho na vida.

Nem tudo são rosas, mas o balanço dessa visão multifacetada parece francamente favorável às UPPs. Nota-se pelas pessoas, o que talvez tornasse dispensáveis os depoimentos do governador Sérgio Cabral e do secretário de segurança, José Mariano Beltrame. Ambos, oficiais demais. Há queixas, por exemplo, de restrições aos horários dos bailes funk. Uma forma de controle que antes as comunidades desconheciam. É como um preço a pagar pela segurança, inegavelmente maior.

Como há muito a mostrar, o filme torna-se fragmentado - talvez numa dose excessiva. Dezenas de personagens desfilam diante da câmera e, como consequência, nenhum deles é aprofundado. Perdem-se, assim, chances incríveis. O espectador certamente gostaria de saber mais de um rapaz quando ele constata que leva um mês inteiro para ganhar um dinheiro que faturava em minutos no tráfico. Mas ele mesmo admite que esse dinheiro fácil escorregava entre os dedos. Há histórias assim, que deveriam ser mais bem desenvolvidas. O filme vale por sua  importância social.

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O mesmo grupo que fez 5 Vezes Favela - Agora por Nós Mesmos dirige este 5 x Pacificação, documentário sobre a UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) nas comunidades cariocas. A mesma dupla de produtores - o cineasta Cacá Diegues e sua mulher, Renata Magalhães - está presente nos dois filmes. A ideia dos produtores é clara: transferir para os próprios habitantes das comunidades carentes a responsabilidade de exibir seu olhar sobre si mesmos. E sobre os seus problemas. No primeiro filme, a via usada era a da ficção; agora, trata-se do cinema do real. O documentário.

A direção é assinada por Cadu Barcellos, Rodrigo Felha, Luciano Vidigal e Wagner Moraes, todos eles moradores de comunidades carentes e autores dos cinco segmentos ou episódios de que se compõe o filme.

A ideia é medir, sob ângulos diversos, a atuação das UPPs, que vem atuando há quatro anos em áreas críticas na geografia da violência do Rio de Janeiro. Falam moradores da comunidade, mas também os "do asfalto" - gente de classe média que mora nas proximidades. Falam policiais, sociólogos e antropólogos. Mas também, naqueles que talvez sejam os depoimentos mais dramáticos, falam ex-traficantes, gente que viveu no crime e agora tenta outro caminho na vida.

Nem tudo são rosas, mas o balanço dessa visão multifacetada parece francamente favorável às UPPs. Nota-se pelas pessoas, o que talvez tornasse dispensáveis os depoimentos do governador Sérgio Cabral e do secretário de segurança, José Mariano Beltrame. Ambos, oficiais demais. Há queixas, por exemplo, de restrições aos horários dos bailes funk. Uma forma de controle que antes as comunidades desconheciam. É como um preço a pagar pela segurança, inegavelmente maior.

Como há muito a mostrar, o filme torna-se fragmentado - talvez numa dose excessiva. Dezenas de personagens desfilam diante da câmera e, como consequência, nenhum deles é aprofundado. Perdem-se, assim, chances incríveis. O espectador certamente gostaria de saber mais de um rapaz quando ele constata que leva um mês inteiro para ganhar um dinheiro que faturava em minutos no tráfico. Mas ele mesmo admite que esse dinheiro fácil escorregava entre os dedos. Há histórias assim, que deveriam ser mais bem desenvolvidas. O filme vale por sua  importância social.

 

 

 

O mesmo grupo que fez 5 Vezes Favela - Agora por Nós Mesmos dirige este 5 x Pacificação, documentário sobre a UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) nas comunidades cariocas. A mesma dupla de produtores - o cineasta Cacá Diegues e sua mulher, Renata Magalhães - está presente nos dois filmes. A ideia dos produtores é clara: transferir para os próprios habitantes das comunidades carentes a responsabilidade de exibir seu olhar sobre si mesmos. E sobre os seus problemas. No primeiro filme, a via usada era a da ficção; agora, trata-se do cinema do real. O documentário.

A direção é assinada por Cadu Barcellos, Rodrigo Felha, Luciano Vidigal e Wagner Moraes, todos eles moradores de comunidades carentes e autores dos cinco segmentos ou episódios de que se compõe o filme.

A ideia é medir, sob ângulos diversos, a atuação das UPPs, que vem atuando há quatro anos em áreas críticas na geografia da violência do Rio de Janeiro. Falam moradores da comunidade, mas também os "do asfalto" - gente de classe média que mora nas proximidades. Falam policiais, sociólogos e antropólogos. Mas também, naqueles que talvez sejam os depoimentos mais dramáticos, falam ex-traficantes, gente que viveu no crime e agora tenta outro caminho na vida.

Nem tudo são rosas, mas o balanço dessa visão multifacetada parece francamente favorável às UPPs. Nota-se pelas pessoas, o que talvez tornasse dispensáveis os depoimentos do governador Sérgio Cabral e do secretário de segurança, José Mariano Beltrame. Ambos, oficiais demais. Há queixas, por exemplo, de restrições aos horários dos bailes funk. Uma forma de controle que antes as comunidades desconheciam. É como um preço a pagar pela segurança, inegavelmente maior.

Como há muito a mostrar, o filme torna-se fragmentado - talvez numa dose excessiva. Dezenas de personagens desfilam diante da câmera e, como consequência, nenhum deles é aprofundado. Perdem-se, assim, chances incríveis. O espectador certamente gostaria de saber mais de um rapaz quando ele constata que leva um mês inteiro para ganhar um dinheiro que faturava em minutos no tráfico. Mas ele mesmo admite que esse dinheiro fácil escorregava entre os dedos. Há histórias assim, que deveriam ser mais bem desenvolvidas. O filme vale por sua  importância social.

 

 

 

O mesmo grupo que fez 5 Vezes Favela - Agora por Nós Mesmos dirige este 5 x Pacificação, documentário sobre a UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) nas comunidades cariocas. A mesma dupla de produtores - o cineasta Cacá Diegues e sua mulher, Renata Magalhães - está presente nos dois filmes. A ideia dos produtores é clara: transferir para os próprios habitantes das comunidades carentes a responsabilidade de exibir seu olhar sobre si mesmos. E sobre os seus problemas. No primeiro filme, a via usada era a da ficção; agora, trata-se do cinema do real. O documentário.

A direção é assinada por Cadu Barcellos, Rodrigo Felha, Luciano Vidigal e Wagner Moraes, todos eles moradores de comunidades carentes e autores dos cinco segmentos ou episódios de que se compõe o filme.

A ideia é medir, sob ângulos diversos, a atuação das UPPs, que vem atuando há quatro anos em áreas críticas na geografia da violência do Rio de Janeiro. Falam moradores da comunidade, mas também os "do asfalto" - gente de classe média que mora nas proximidades. Falam policiais, sociólogos e antropólogos. Mas também, naqueles que talvez sejam os depoimentos mais dramáticos, falam ex-traficantes, gente que viveu no crime e agora tenta outro caminho na vida.

Nem tudo são rosas, mas o balanço dessa visão multifacetada parece francamente favorável às UPPs. Nota-se pelas pessoas, o que talvez tornasse dispensáveis os depoimentos do governador Sérgio Cabral e do secretário de segurança, José Mariano Beltrame. Ambos, oficiais demais. Há queixas, por exemplo, de restrições aos horários dos bailes funk. Uma forma de controle que antes as comunidades desconheciam. É como um preço a pagar pela segurança, inegavelmente maior.

Como há muito a mostrar, o filme torna-se fragmentado - talvez numa dose excessiva. Dezenas de personagens desfilam diante da câmera e, como consequência, nenhum deles é aprofundado. Perdem-se, assim, chances incríveis. O espectador certamente gostaria de saber mais de um rapaz quando ele constata que leva um mês inteiro para ganhar um dinheiro que faturava em minutos no tráfico. Mas ele mesmo admite que esse dinheiro fácil escorregava entre os dedos. Há histórias assim, que deveriam ser mais bem desenvolvidas. O filme vale por sua  importância social.

 

 

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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