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Opinião|Clube de Pedófilos


Filme chileno sobre a pedofilia na Igreja foi apresentado no Festival de Berlim e venceu o Cine Ceará, com seu tema polêmico e sólida linguagem cinematográfica

Por Luiz Zanin Oricchio
 Foto: Estadão

A trama de O Clube, de Pablo Larraín, fala de quatro homens encerrados em uma casa isolada à beira-mar, numa pequena localidade no Chile. Há também uma mulher, que, ao que parece, toma conta deles. Aos poucos, a verdade vai sendo revelada. São padres que, em algum momento de suas vidas eclesiásticas, tiveram envolvimento com casos de pedofilia e foram afastados de suas funções.

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Estão lá, em parte, para purgar seus pecados. Em parte, para que os escândalos sejam abafados. Tudo se precipita quando um dos molestados se põe a denunciá-los diante da casa. O fato terá um desfecho trágico e surpreendente. Depois disso, mais um padre chega ao retiro para arranjar as coisas - um cerebral e maquiavélico jesuíta.

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O drama religioso é visualizado em tons frios, invernais, como à distância. Alguns temas irrelevantes, em aparência, se moldam à trama, como o fato de um dos padres treinar um cão para participar de corridas entre galgos, uma prática local.

Mas logo se verá que a presença dos cães nada tem de gratuita na trama e será também um fator desencadeante para o desfecho. Ou seja, nada se dá por acaso na formatação dramatúrgica de Larraín, diretor já bastante conhecido dos cinéfilos por filmes como No, Post-Morten e outros, participantes do circuito internacional de festivais.

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O filme, por sua temática, causa um profundo incômodo. Mas não se garante apenas pelo tema. A linguagem cinematográfica que emprega, esculpe e dá forma a esse tema. Larraín é ótimo cineasta.

 Foto: Estadão

A trama de O Clube, de Pablo Larraín, fala de quatro homens encerrados em uma casa isolada à beira-mar, numa pequena localidade no Chile. Há também uma mulher, que, ao que parece, toma conta deles. Aos poucos, a verdade vai sendo revelada. São padres que, em algum momento de suas vidas eclesiásticas, tiveram envolvimento com casos de pedofilia e foram afastados de suas funções.

Estão lá, em parte, para purgar seus pecados. Em parte, para que os escândalos sejam abafados. Tudo se precipita quando um dos molestados se põe a denunciá-los diante da casa. O fato terá um desfecho trágico e surpreendente. Depois disso, mais um padre chega ao retiro para arranjar as coisas - um cerebral e maquiavélico jesuíta.

O drama religioso é visualizado em tons frios, invernais, como à distância. Alguns temas irrelevantes, em aparência, se moldam à trama, como o fato de um dos padres treinar um cão para participar de corridas entre galgos, uma prática local.

Mas logo se verá que a presença dos cães nada tem de gratuita na trama e será também um fator desencadeante para o desfecho. Ou seja, nada se dá por acaso na formatação dramatúrgica de Larraín, diretor já bastante conhecido dos cinéfilos por filmes como No, Post-Morten e outros, participantes do circuito internacional de festivais.

O filme, por sua temática, causa um profundo incômodo. Mas não se garante apenas pelo tema. A linguagem cinematográfica que emprega, esculpe e dá forma a esse tema. Larraín é ótimo cineasta.

 Foto: Estadão

A trama de O Clube, de Pablo Larraín, fala de quatro homens encerrados em uma casa isolada à beira-mar, numa pequena localidade no Chile. Há também uma mulher, que, ao que parece, toma conta deles. Aos poucos, a verdade vai sendo revelada. São padres que, em algum momento de suas vidas eclesiásticas, tiveram envolvimento com casos de pedofilia e foram afastados de suas funções.

Estão lá, em parte, para purgar seus pecados. Em parte, para que os escândalos sejam abafados. Tudo se precipita quando um dos molestados se põe a denunciá-los diante da casa. O fato terá um desfecho trágico e surpreendente. Depois disso, mais um padre chega ao retiro para arranjar as coisas - um cerebral e maquiavélico jesuíta.

O drama religioso é visualizado em tons frios, invernais, como à distância. Alguns temas irrelevantes, em aparência, se moldam à trama, como o fato de um dos padres treinar um cão para participar de corridas entre galgos, uma prática local.

Mas logo se verá que a presença dos cães nada tem de gratuita na trama e será também um fator desencadeante para o desfecho. Ou seja, nada se dá por acaso na formatação dramatúrgica de Larraín, diretor já bastante conhecido dos cinéfilos por filmes como No, Post-Morten e outros, participantes do circuito internacional de festivais.

O filme, por sua temática, causa um profundo incômodo. Mas não se garante apenas pelo tema. A linguagem cinematográfica que emprega, esculpe e dá forma a esse tema. Larraín é ótimo cineasta.

 Foto: Estadão

A trama de O Clube, de Pablo Larraín, fala de quatro homens encerrados em uma casa isolada à beira-mar, numa pequena localidade no Chile. Há também uma mulher, que, ao que parece, toma conta deles. Aos poucos, a verdade vai sendo revelada. São padres que, em algum momento de suas vidas eclesiásticas, tiveram envolvimento com casos de pedofilia e foram afastados de suas funções.

Estão lá, em parte, para purgar seus pecados. Em parte, para que os escândalos sejam abafados. Tudo se precipita quando um dos molestados se põe a denunciá-los diante da casa. O fato terá um desfecho trágico e surpreendente. Depois disso, mais um padre chega ao retiro para arranjar as coisas - um cerebral e maquiavélico jesuíta.

O drama religioso é visualizado em tons frios, invernais, como à distância. Alguns temas irrelevantes, em aparência, se moldam à trama, como o fato de um dos padres treinar um cão para participar de corridas entre galgos, uma prática local.

Mas logo se verá que a presença dos cães nada tem de gratuita na trama e será também um fator desencadeante para o desfecho. Ou seja, nada se dá por acaso na formatação dramatúrgica de Larraín, diretor já bastante conhecido dos cinéfilos por filmes como No, Post-Morten e outros, participantes do circuito internacional de festivais.

O filme, por sua temática, causa um profundo incômodo. Mas não se garante apenas pelo tema. A linguagem cinematográfica que emprega, esculpe e dá forma a esse tema. Larraín é ótimo cineasta.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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