O personagem tem carisma. Na verdade, é um radialista que comanda um programa com histórias da cidade de Montevidéu. Arruma histórias que acontecem em qualquer cidade grande, um homem que foi abandonado pela mulher, a mulher que não tem onde morar e vaga pelas ruas, o solitário que telefona para o estúdio porque não tem com quem falar, etc. Mário (é o nome dele) acaba por se envolver com algumas dessas pessoas, em especial, com uma agradável cabeleireira, com a qual inicia um caso.
Boas cenas de rua de Montevidéu, num filme cujo limite entre documentário e ficção é muito tênue. A dramaturgia poderia ser melhor, a fotografia é muito boa, e oferece um recorte inusitado da cidade.