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Opinião|Mostra: Café dos Maestros


Por Luiz Zanin Oricchio

Em Café dos Maestros, de Miguel Kohan, o que vemos é toda uma Argentina que às vezes se julga extinta ressurgindo na tela. A idéia é resgatar os velhos músicos e cantores de tango e reuni-los em um concerto triunfal no Teatro Colón de Buenos Aires. A estrutura, assumidamente, evoca a de Buena Vista Social Clube, o documentário de Wim Wenders que trouxe para a luz os então esquecidos músicos cubanos.

Também em Café dos Maestros trata-se de veteranos. E, da mesma forma como em Buena Vista, de músicos excepcionais que, por um motivo ou por outro, ou simplesmente porque o tempo mudou, passaram para segundo plano. O filme é uma homenagem. E assim como a homenagem de Buena Vista era comandada por um músico como Ry Cooder, esta é pilotada por Gustavo Santaolalla, vencedor de dois Oscars, pelas trilhas sonoras de Babel e Brokeback Mountain.

Esse tipo de filme se beneficia de dois trunfos poderosos: um, a qualidade da música; outro, o carisma dos músicos. Se é impossível não se deixar seduzir pelo som do velho tango pré-Piazzolla, também é improvável não simpatizar com essas velhas damas e senhores elegantes que parecem saídos de uma franja do tempo, como ficção científica.

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E aqui entra um terceiro fator a colocar mais vento a favor: o não negligenciável sentimento chamado de nostalgia. Ou seja, a crença, embutida no fundo de todos nós, embora negada na esfera racional, de que houve um tempo melhor, mais amigável e feliz para se viver em sociedade. Esse tempo emerge com facilidade através da música. Com tudo isso contando pontos positivos, Café de los Maestros bem pode apresentar alguns aspectos mais fracos e estes passarão mais ou menos despercebidos. Entre eles, certa frouxidão narrativa, que faz com que as histórias cruzadas dos personagens se perca um pouco na trajetória em direção ao destino comum - o concerto no Colón. Mas o melhor mesmo é relaxar e se deixar embalar pelo som do tango e pela fala (também musical) dos personagens. São eles que afinal valem a pena e o filme.

Serviço Espaço Unibanco 3 - Hoje, 18h10 Unib. Arteplex 3 - 5ª, 20h30 IG Cine - 4.ª (29), 20h40

Em Café dos Maestros, de Miguel Kohan, o que vemos é toda uma Argentina que às vezes se julga extinta ressurgindo na tela. A idéia é resgatar os velhos músicos e cantores de tango e reuni-los em um concerto triunfal no Teatro Colón de Buenos Aires. A estrutura, assumidamente, evoca a de Buena Vista Social Clube, o documentário de Wim Wenders que trouxe para a luz os então esquecidos músicos cubanos.

Também em Café dos Maestros trata-se de veteranos. E, da mesma forma como em Buena Vista, de músicos excepcionais que, por um motivo ou por outro, ou simplesmente porque o tempo mudou, passaram para segundo plano. O filme é uma homenagem. E assim como a homenagem de Buena Vista era comandada por um músico como Ry Cooder, esta é pilotada por Gustavo Santaolalla, vencedor de dois Oscars, pelas trilhas sonoras de Babel e Brokeback Mountain.

Esse tipo de filme se beneficia de dois trunfos poderosos: um, a qualidade da música; outro, o carisma dos músicos. Se é impossível não se deixar seduzir pelo som do velho tango pré-Piazzolla, também é improvável não simpatizar com essas velhas damas e senhores elegantes que parecem saídos de uma franja do tempo, como ficção científica.

E aqui entra um terceiro fator a colocar mais vento a favor: o não negligenciável sentimento chamado de nostalgia. Ou seja, a crença, embutida no fundo de todos nós, embora negada na esfera racional, de que houve um tempo melhor, mais amigável e feliz para se viver em sociedade. Esse tempo emerge com facilidade através da música. Com tudo isso contando pontos positivos, Café de los Maestros bem pode apresentar alguns aspectos mais fracos e estes passarão mais ou menos despercebidos. Entre eles, certa frouxidão narrativa, que faz com que as histórias cruzadas dos personagens se perca um pouco na trajetória em direção ao destino comum - o concerto no Colón. Mas o melhor mesmo é relaxar e se deixar embalar pelo som do tango e pela fala (também musical) dos personagens. São eles que afinal valem a pena e o filme.

Serviço Espaço Unibanco 3 - Hoje, 18h10 Unib. Arteplex 3 - 5ª, 20h30 IG Cine - 4.ª (29), 20h40

Em Café dos Maestros, de Miguel Kohan, o que vemos é toda uma Argentina que às vezes se julga extinta ressurgindo na tela. A idéia é resgatar os velhos músicos e cantores de tango e reuni-los em um concerto triunfal no Teatro Colón de Buenos Aires. A estrutura, assumidamente, evoca a de Buena Vista Social Clube, o documentário de Wim Wenders que trouxe para a luz os então esquecidos músicos cubanos.

Também em Café dos Maestros trata-se de veteranos. E, da mesma forma como em Buena Vista, de músicos excepcionais que, por um motivo ou por outro, ou simplesmente porque o tempo mudou, passaram para segundo plano. O filme é uma homenagem. E assim como a homenagem de Buena Vista era comandada por um músico como Ry Cooder, esta é pilotada por Gustavo Santaolalla, vencedor de dois Oscars, pelas trilhas sonoras de Babel e Brokeback Mountain.

Esse tipo de filme se beneficia de dois trunfos poderosos: um, a qualidade da música; outro, o carisma dos músicos. Se é impossível não se deixar seduzir pelo som do velho tango pré-Piazzolla, também é improvável não simpatizar com essas velhas damas e senhores elegantes que parecem saídos de uma franja do tempo, como ficção científica.

E aqui entra um terceiro fator a colocar mais vento a favor: o não negligenciável sentimento chamado de nostalgia. Ou seja, a crença, embutida no fundo de todos nós, embora negada na esfera racional, de que houve um tempo melhor, mais amigável e feliz para se viver em sociedade. Esse tempo emerge com facilidade através da música. Com tudo isso contando pontos positivos, Café de los Maestros bem pode apresentar alguns aspectos mais fracos e estes passarão mais ou menos despercebidos. Entre eles, certa frouxidão narrativa, que faz com que as histórias cruzadas dos personagens se perca um pouco na trajetória em direção ao destino comum - o concerto no Colón. Mas o melhor mesmo é relaxar e se deixar embalar pelo som do tango e pela fala (também musical) dos personagens. São eles que afinal valem a pena e o filme.

Serviço Espaço Unibanco 3 - Hoje, 18h10 Unib. Arteplex 3 - 5ª, 20h30 IG Cine - 4.ª (29), 20h40

Em Café dos Maestros, de Miguel Kohan, o que vemos é toda uma Argentina que às vezes se julga extinta ressurgindo na tela. A idéia é resgatar os velhos músicos e cantores de tango e reuni-los em um concerto triunfal no Teatro Colón de Buenos Aires. A estrutura, assumidamente, evoca a de Buena Vista Social Clube, o documentário de Wim Wenders que trouxe para a luz os então esquecidos músicos cubanos.

Também em Café dos Maestros trata-se de veteranos. E, da mesma forma como em Buena Vista, de músicos excepcionais que, por um motivo ou por outro, ou simplesmente porque o tempo mudou, passaram para segundo plano. O filme é uma homenagem. E assim como a homenagem de Buena Vista era comandada por um músico como Ry Cooder, esta é pilotada por Gustavo Santaolalla, vencedor de dois Oscars, pelas trilhas sonoras de Babel e Brokeback Mountain.

Esse tipo de filme se beneficia de dois trunfos poderosos: um, a qualidade da música; outro, o carisma dos músicos. Se é impossível não se deixar seduzir pelo som do velho tango pré-Piazzolla, também é improvável não simpatizar com essas velhas damas e senhores elegantes que parecem saídos de uma franja do tempo, como ficção científica.

E aqui entra um terceiro fator a colocar mais vento a favor: o não negligenciável sentimento chamado de nostalgia. Ou seja, a crença, embutida no fundo de todos nós, embora negada na esfera racional, de que houve um tempo melhor, mais amigável e feliz para se viver em sociedade. Esse tempo emerge com facilidade através da música. Com tudo isso contando pontos positivos, Café de los Maestros bem pode apresentar alguns aspectos mais fracos e estes passarão mais ou menos despercebidos. Entre eles, certa frouxidão narrativa, que faz com que as histórias cruzadas dos personagens se perca um pouco na trajetória em direção ao destino comum - o concerto no Colón. Mas o melhor mesmo é relaxar e se deixar embalar pelo som do tango e pela fala (também musical) dos personagens. São eles que afinal valem a pena e o filme.

Serviço Espaço Unibanco 3 - Hoje, 18h10 Unib. Arteplex 3 - 5ª, 20h30 IG Cine - 4.ª (29), 20h40

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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