Cinema, cultura & afins

Opinião|O artista e o seu espaço de liberdade


Há uma sequência muito comovente de Isto não É um Filme, quando Jafar Panahi, confinado em seu apartamento em Teerã, delimita no piso, com fita crepe, as marcações do filme que tem na cabeça e não pode realizar. Panahi, quando esse "não-filme" foi realizado, estava em prisão domiciliar, aguardando o resultado do apelo à justiça.

Por Luiz Zanin Oricchio

Isto não É um Filme, correalizado com Mojtaba Mirtahmasb, tem esse tanto de astúcia e de protesto silencioso. "Não posso filmar", diz Panahi, "mas ninguém me proibiu de ser ator". Ele é, então, um ator de si mesmo. Um diretor, atingido pelo arbítrio que não lhe permite filmar, interpretando um cineasta que dirige um filme imaginário.

Há mais nessa estratégia, claro. Já que não pode sair, Panahi filma da janela a sua cidade. Como não pode se encontrar com quem quer, entretém-se conversando com o rapaz que vem buscar o lixo do edifício e pode trazer notícias de fora. E não importa muito saber se essa cena foi obra do acaso ou mais uma esperteza do diretor. Nesse discurso ficcional, mas perfeitamente dirigido à realidade iraniana, valem as invenções, as espertezas e as malícias para escapar à ordem autoritária, que a tudo invade. Oprimido, em seu canto, Panahi salva-se por sua arte.

É o que lhe resta e isso não lhe podem tirar.

Isto não É um Filme, correalizado com Mojtaba Mirtahmasb, tem esse tanto de astúcia e de protesto silencioso. "Não posso filmar", diz Panahi, "mas ninguém me proibiu de ser ator". Ele é, então, um ator de si mesmo. Um diretor, atingido pelo arbítrio que não lhe permite filmar, interpretando um cineasta que dirige um filme imaginário.

Há mais nessa estratégia, claro. Já que não pode sair, Panahi filma da janela a sua cidade. Como não pode se encontrar com quem quer, entretém-se conversando com o rapaz que vem buscar o lixo do edifício e pode trazer notícias de fora. E não importa muito saber se essa cena foi obra do acaso ou mais uma esperteza do diretor. Nesse discurso ficcional, mas perfeitamente dirigido à realidade iraniana, valem as invenções, as espertezas e as malícias para escapar à ordem autoritária, que a tudo invade. Oprimido, em seu canto, Panahi salva-se por sua arte.

É o que lhe resta e isso não lhe podem tirar.

Isto não É um Filme, correalizado com Mojtaba Mirtahmasb, tem esse tanto de astúcia e de protesto silencioso. "Não posso filmar", diz Panahi, "mas ninguém me proibiu de ser ator". Ele é, então, um ator de si mesmo. Um diretor, atingido pelo arbítrio que não lhe permite filmar, interpretando um cineasta que dirige um filme imaginário.

Há mais nessa estratégia, claro. Já que não pode sair, Panahi filma da janela a sua cidade. Como não pode se encontrar com quem quer, entretém-se conversando com o rapaz que vem buscar o lixo do edifício e pode trazer notícias de fora. E não importa muito saber se essa cena foi obra do acaso ou mais uma esperteza do diretor. Nesse discurso ficcional, mas perfeitamente dirigido à realidade iraniana, valem as invenções, as espertezas e as malícias para escapar à ordem autoritária, que a tudo invade. Oprimido, em seu canto, Panahi salva-se por sua arte.

É o que lhe resta e isso não lhe podem tirar.

Isto não É um Filme, correalizado com Mojtaba Mirtahmasb, tem esse tanto de astúcia e de protesto silencioso. "Não posso filmar", diz Panahi, "mas ninguém me proibiu de ser ator". Ele é, então, um ator de si mesmo. Um diretor, atingido pelo arbítrio que não lhe permite filmar, interpretando um cineasta que dirige um filme imaginário.

Há mais nessa estratégia, claro. Já que não pode sair, Panahi filma da janela a sua cidade. Como não pode se encontrar com quem quer, entretém-se conversando com o rapaz que vem buscar o lixo do edifício e pode trazer notícias de fora. E não importa muito saber se essa cena foi obra do acaso ou mais uma esperteza do diretor. Nesse discurso ficcional, mas perfeitamente dirigido à realidade iraniana, valem as invenções, as espertezas e as malícias para escapar à ordem autoritária, que a tudo invade. Oprimido, em seu canto, Panahi salva-se por sua arte.

É o que lhe resta e isso não lhe podem tirar.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.