Cinema, cultura & afins

Opinião|O transe cigano dá o tom da Transylvania de Tony Gatlif


Por Luiz Zanin Oricchio

Transylvania, de certa forma, é uma continuação, temática e existencial, do longa anterior de Tony Gatlif, Exílios. Certo, Exílios é mais brilhante, é quase um transe, mas Transylvania também se impõe ao espectador de maneira envolvente e muito sedutora.

Mais uma vez , Gatlif propõe uma história de imersão cultural. Busca vácuos, espaços de resistência não programada, nos quais o mundo é diferente e não se parece com essa imensa lanchonete global em que se está transformando. Algo tem a ver com esse, digamos assim, multiculturalismo familiar que é a própria história do diretor. Gatlif, aliás Michel Dahamani, nascido na Argélia, de pais ciganos e ascendência espanhola: o homem é uma ONU ambulante. Ou melhor, uma ONU de outsiders, na qual predomina a sua porção cigana. Mesma predileção, não por acaso, de outro diretor, Emir Kusturica.

Para Kusturica, como para Gatlif, a cultura cigana funciona como antídoto contra a chatice politicamente correta do mundo contemporâneo. A mentalidade da nossa época é a do comedimento, culto à saúde, previsibilidade e segurança. O que Gatlif nos traz é de outra ordem, quase um mundo ao avesso, o da sensualidade ostensiva, do excesso alcoólico, do paroxismo dos sentimentos e dos sentidos.

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E, claro, o elemento que melhor expressa esse estado de ânimo exacerbado é a música, e as cores. Por isso seus filmes são tão povoados de sons e de imagens fortes. Há um transe longuíssimo em Exílios, uma seqüência que um gosto conservador chamaria de repetitiva (sem entender que a repetição é característica, quando não pré-condição do transe). Em Transylvania não temos algo assim, mas todo filme é pontuado pela música. Não por uma trilha sonora, somente, mas pela presença em cena desses grandes instrumentistas ciganos.

Na história, Zingarina (Asia Argento) chega ao coração da Romênia, acompanhada de uma amiga e uma intérprete. Vem atrás de um cigano que conheceu em Paris e a deixou grávida e saudosa. Nessa Transilvânia de Gatlif não há nenhum Conde Drácula à espera de Zingarina. Mas os perigos (e encantos) que ela vai enfrentar não são menores. O filme tem seus defeitos. Mas é fascinante.

Transylvania, de certa forma, é uma continuação, temática e existencial, do longa anterior de Tony Gatlif, Exílios. Certo, Exílios é mais brilhante, é quase um transe, mas Transylvania também se impõe ao espectador de maneira envolvente e muito sedutora.

Mais uma vez , Gatlif propõe uma história de imersão cultural. Busca vácuos, espaços de resistência não programada, nos quais o mundo é diferente e não se parece com essa imensa lanchonete global em que se está transformando. Algo tem a ver com esse, digamos assim, multiculturalismo familiar que é a própria história do diretor. Gatlif, aliás Michel Dahamani, nascido na Argélia, de pais ciganos e ascendência espanhola: o homem é uma ONU ambulante. Ou melhor, uma ONU de outsiders, na qual predomina a sua porção cigana. Mesma predileção, não por acaso, de outro diretor, Emir Kusturica.

Para Kusturica, como para Gatlif, a cultura cigana funciona como antídoto contra a chatice politicamente correta do mundo contemporâneo. A mentalidade da nossa época é a do comedimento, culto à saúde, previsibilidade e segurança. O que Gatlif nos traz é de outra ordem, quase um mundo ao avesso, o da sensualidade ostensiva, do excesso alcoólico, do paroxismo dos sentimentos e dos sentidos.

E, claro, o elemento que melhor expressa esse estado de ânimo exacerbado é a música, e as cores. Por isso seus filmes são tão povoados de sons e de imagens fortes. Há um transe longuíssimo em Exílios, uma seqüência que um gosto conservador chamaria de repetitiva (sem entender que a repetição é característica, quando não pré-condição do transe). Em Transylvania não temos algo assim, mas todo filme é pontuado pela música. Não por uma trilha sonora, somente, mas pela presença em cena desses grandes instrumentistas ciganos.

Na história, Zingarina (Asia Argento) chega ao coração da Romênia, acompanhada de uma amiga e uma intérprete. Vem atrás de um cigano que conheceu em Paris e a deixou grávida e saudosa. Nessa Transilvânia de Gatlif não há nenhum Conde Drácula à espera de Zingarina. Mas os perigos (e encantos) que ela vai enfrentar não são menores. O filme tem seus defeitos. Mas é fascinante.

Transylvania, de certa forma, é uma continuação, temática e existencial, do longa anterior de Tony Gatlif, Exílios. Certo, Exílios é mais brilhante, é quase um transe, mas Transylvania também se impõe ao espectador de maneira envolvente e muito sedutora.

Mais uma vez , Gatlif propõe uma história de imersão cultural. Busca vácuos, espaços de resistência não programada, nos quais o mundo é diferente e não se parece com essa imensa lanchonete global em que se está transformando. Algo tem a ver com esse, digamos assim, multiculturalismo familiar que é a própria história do diretor. Gatlif, aliás Michel Dahamani, nascido na Argélia, de pais ciganos e ascendência espanhola: o homem é uma ONU ambulante. Ou melhor, uma ONU de outsiders, na qual predomina a sua porção cigana. Mesma predileção, não por acaso, de outro diretor, Emir Kusturica.

Para Kusturica, como para Gatlif, a cultura cigana funciona como antídoto contra a chatice politicamente correta do mundo contemporâneo. A mentalidade da nossa época é a do comedimento, culto à saúde, previsibilidade e segurança. O que Gatlif nos traz é de outra ordem, quase um mundo ao avesso, o da sensualidade ostensiva, do excesso alcoólico, do paroxismo dos sentimentos e dos sentidos.

E, claro, o elemento que melhor expressa esse estado de ânimo exacerbado é a música, e as cores. Por isso seus filmes são tão povoados de sons e de imagens fortes. Há um transe longuíssimo em Exílios, uma seqüência que um gosto conservador chamaria de repetitiva (sem entender que a repetição é característica, quando não pré-condição do transe). Em Transylvania não temos algo assim, mas todo filme é pontuado pela música. Não por uma trilha sonora, somente, mas pela presença em cena desses grandes instrumentistas ciganos.

Na história, Zingarina (Asia Argento) chega ao coração da Romênia, acompanhada de uma amiga e uma intérprete. Vem atrás de um cigano que conheceu em Paris e a deixou grávida e saudosa. Nessa Transilvânia de Gatlif não há nenhum Conde Drácula à espera de Zingarina. Mas os perigos (e encantos) que ela vai enfrentar não são menores. O filme tem seus defeitos. Mas é fascinante.

Transylvania, de certa forma, é uma continuação, temática e existencial, do longa anterior de Tony Gatlif, Exílios. Certo, Exílios é mais brilhante, é quase um transe, mas Transylvania também se impõe ao espectador de maneira envolvente e muito sedutora.

Mais uma vez , Gatlif propõe uma história de imersão cultural. Busca vácuos, espaços de resistência não programada, nos quais o mundo é diferente e não se parece com essa imensa lanchonete global em que se está transformando. Algo tem a ver com esse, digamos assim, multiculturalismo familiar que é a própria história do diretor. Gatlif, aliás Michel Dahamani, nascido na Argélia, de pais ciganos e ascendência espanhola: o homem é uma ONU ambulante. Ou melhor, uma ONU de outsiders, na qual predomina a sua porção cigana. Mesma predileção, não por acaso, de outro diretor, Emir Kusturica.

Para Kusturica, como para Gatlif, a cultura cigana funciona como antídoto contra a chatice politicamente correta do mundo contemporâneo. A mentalidade da nossa época é a do comedimento, culto à saúde, previsibilidade e segurança. O que Gatlif nos traz é de outra ordem, quase um mundo ao avesso, o da sensualidade ostensiva, do excesso alcoólico, do paroxismo dos sentimentos e dos sentidos.

E, claro, o elemento que melhor expressa esse estado de ânimo exacerbado é a música, e as cores. Por isso seus filmes são tão povoados de sons e de imagens fortes. Há um transe longuíssimo em Exílios, uma seqüência que um gosto conservador chamaria de repetitiva (sem entender que a repetição é característica, quando não pré-condição do transe). Em Transylvania não temos algo assim, mas todo filme é pontuado pela música. Não por uma trilha sonora, somente, mas pela presença em cena desses grandes instrumentistas ciganos.

Na história, Zingarina (Asia Argento) chega ao coração da Romênia, acompanhada de uma amiga e uma intérprete. Vem atrás de um cigano que conheceu em Paris e a deixou grávida e saudosa. Nessa Transilvânia de Gatlif não há nenhum Conde Drácula à espera de Zingarina. Mas os perigos (e encantos) que ela vai enfrentar não são menores. O filme tem seus defeitos. Mas é fascinante.

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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