Cinema, cultura & afins

Opinião|Os anos da guerrilha pelo olhar infantil


Por Luiz Zanin Oricchio

Postales de Leningrado, da venezuelana Mariana Rondón, é uma evocação da guerrilha pelo ponto de vista infantil. Daí o título: a garota sabe dos seus pais pelos postais que recebe da cidade soviética.

Há no filme alguma coisa de O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger. A idéia é que filhos de militantes de esquerda não entendem muito bem (e nem podem) o tipo de vida pouco normal que seus pais levam. Precisam, portanto, 'construir', em sua imaginação, uma situação que não dominam.

Para adotar esse ponto de vista, Mariana usa uma gama de recursos, que vão do fantástico a técnicas de animação. A vida é uma brincadeira e, nesse universo lúdico, tenta-se entender porque adultos vivem fugindo, não podem usar o próprio nome e têm de desaparecer como faria um herói dos quadrinhos, o Homem Invisível.

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O filme vai bem quando usa esses recursos. Torna-se menos estimulante quando varia o ponto de vista e então é obrigado a adotar o realismo, por exemplo em cenas de tortura, aplicadas pelos militares nos guerrilheiros. Essas partes, dirigidas ao público 'adulto', tornam-se explicativas neste belo trabalho que evoca o continente nos anos em transe da década de 60.

Serviço

Cinemateca: Hoje, 13h30. Cotação: Bom

Postales de Leningrado, da venezuelana Mariana Rondón, é uma evocação da guerrilha pelo ponto de vista infantil. Daí o título: a garota sabe dos seus pais pelos postais que recebe da cidade soviética.

Há no filme alguma coisa de O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger. A idéia é que filhos de militantes de esquerda não entendem muito bem (e nem podem) o tipo de vida pouco normal que seus pais levam. Precisam, portanto, 'construir', em sua imaginação, uma situação que não dominam.

Para adotar esse ponto de vista, Mariana usa uma gama de recursos, que vão do fantástico a técnicas de animação. A vida é uma brincadeira e, nesse universo lúdico, tenta-se entender porque adultos vivem fugindo, não podem usar o próprio nome e têm de desaparecer como faria um herói dos quadrinhos, o Homem Invisível.

O filme vai bem quando usa esses recursos. Torna-se menos estimulante quando varia o ponto de vista e então é obrigado a adotar o realismo, por exemplo em cenas de tortura, aplicadas pelos militares nos guerrilheiros. Essas partes, dirigidas ao público 'adulto', tornam-se explicativas neste belo trabalho que evoca o continente nos anos em transe da década de 60.

Serviço

Cinemateca: Hoje, 13h30. Cotação: Bom

Postales de Leningrado, da venezuelana Mariana Rondón, é uma evocação da guerrilha pelo ponto de vista infantil. Daí o título: a garota sabe dos seus pais pelos postais que recebe da cidade soviética.

Há no filme alguma coisa de O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger. A idéia é que filhos de militantes de esquerda não entendem muito bem (e nem podem) o tipo de vida pouco normal que seus pais levam. Precisam, portanto, 'construir', em sua imaginação, uma situação que não dominam.

Para adotar esse ponto de vista, Mariana usa uma gama de recursos, que vão do fantástico a técnicas de animação. A vida é uma brincadeira e, nesse universo lúdico, tenta-se entender porque adultos vivem fugindo, não podem usar o próprio nome e têm de desaparecer como faria um herói dos quadrinhos, o Homem Invisível.

O filme vai bem quando usa esses recursos. Torna-se menos estimulante quando varia o ponto de vista e então é obrigado a adotar o realismo, por exemplo em cenas de tortura, aplicadas pelos militares nos guerrilheiros. Essas partes, dirigidas ao público 'adulto', tornam-se explicativas neste belo trabalho que evoca o continente nos anos em transe da década de 60.

Serviço

Cinemateca: Hoje, 13h30. Cotação: Bom

Postales de Leningrado, da venezuelana Mariana Rondón, é uma evocação da guerrilha pelo ponto de vista infantil. Daí o título: a garota sabe dos seus pais pelos postais que recebe da cidade soviética.

Há no filme alguma coisa de O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger. A idéia é que filhos de militantes de esquerda não entendem muito bem (e nem podem) o tipo de vida pouco normal que seus pais levam. Precisam, portanto, 'construir', em sua imaginação, uma situação que não dominam.

Para adotar esse ponto de vista, Mariana usa uma gama de recursos, que vão do fantástico a técnicas de animação. A vida é uma brincadeira e, nesse universo lúdico, tenta-se entender porque adultos vivem fugindo, não podem usar o próprio nome e têm de desaparecer como faria um herói dos quadrinhos, o Homem Invisível.

O filme vai bem quando usa esses recursos. Torna-se menos estimulante quando varia o ponto de vista e então é obrigado a adotar o realismo, por exemplo em cenas de tortura, aplicadas pelos militares nos guerrilheiros. Essas partes, dirigidas ao público 'adulto', tornam-se explicativas neste belo trabalho que evoca o continente nos anos em transe da década de 60.

Serviço

Cinemateca: Hoje, 13h30. Cotação: Bom

Opinião por Luiz Zanin Oricchio

É jornalista, psicanalista e crítico de cinema

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