Em seguida, convém apontar a natureza da pesquisa, que relembra uma verdade já assentada em nossa civilização - o limite, às vezes bastante tênue, entre amor e ódio. A contradança, já apontada por Freud, entre Eros e Tânatos, quando desejo e morte parecem formar um par nada confortável do relacionamento amoroso. Essas histórias pessoais, contadas de forma direta para a câmera, não deixam de ter impacto e interesse. Mesmo porque, confessemos ou não, dizem respeito a todos nós. Sete delas são de envolvimentos heterossexuais; uma delas, narra um tumultuado amor lésbico.
O impacto reside nos casos em si e também na interpretação que ganham dos atores. Faltando o elemento de ambiguidade, nota-se uma carência de profundidade na maioria dos relatos. Algumas histórias são melhores do que outras e determinadas interpretações sobressaem, em detrimento de algumas. Do conjunto, sobra a impressão de que algo falta, um vazio que não vem nem das histórias em si nem das atuações do elenco, mas da própria natureza um tanto seletiva do projeto e da maneira como ele foi transformado em filme.