Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|Chatô e a carnavalização da política brasileira


Por Marcelo Rubens Paiva

 

Neste ponto, concordo com Laurentino Gomes, quando diz que (em se tratando da Proclamação da Independência) existe heroísmo na história brasileira.

Curioso como de Machado a Lima Barreto, de Oswald a Mário de Andrade, a política brasileira é no fundo uma piada.

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Não é a forma equivocada de se tratar do tema, porque atrai público e nos isenta da responsabilidade de nos posicionarmos ideologicamente num Estado que sempre perseguiu com ferro em brasa adversários políticos.

Mas nossa tendência de evitarmos falar a sério no cinema até de temas sérios merece uma temporada num divã.

Carlota Joaquina, uma sátira da família real, talvez seja o melhor filme de história já feito sobre o período.

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Chatô segue a mesma correnteza: seria o filme Carlota Joaquina do Estado Novo.

O homem visionário que, do nada, montou um império de comunicações e o melhor museu de arte moderna do continente é retratado como a versão industrial de Macunaíma.

Não fizemos o filme Chatô como Cidadão Kane, não o levamos a sério.

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Carnavalizamos a política como sempre.

O filme é surpreendentemente bom e provocativo.

Tem cenas sensacionais, como a abertura em que Chatô faz um churrasco antropofágico.

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Os atores Marco Ricca, Paulo Betti, Andrea Beltrão, Eliane Giardini, Leandra Leal, Letícia Sabatella, estão ótimos.

Bem melhor que a aura John Wayne no personagem Dom Pedro I no filme Independência ou Morte dos anos 1970.

E que o dramalhão mexicano Olga.

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Só me pergunto se um dia levaremos a sério e faremos filmes de personagens da nossa história sem a inspiração de Teatro de Revista.

Se retrataremos a Proclamação da República, a luta entre Deodoro e Floriano, Intentona Comunista, Integralismo, a fraude de Washington Luiz, JK, Jânio, Jango, o Golpe de 1964, a reunião do AI-5, Lacerda, a luta de Ulisses contra a ditadura, Herzog, Dom Paulo Evaristo Arns, o sequestro do bispo brasileiro, Rio Centro, a morte de Tancredo, tantos eventos e personagens políticos fascinantes e que mudaram o rumo da nossa história, sem o tom de uma comédia.

O cinema brasileiro foge da política, mas não foge da piada.

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Tem uma dívida enorme com a nossa história.

E viva Glauber Rocha!

 

Neste ponto, concordo com Laurentino Gomes, quando diz que (em se tratando da Proclamação da Independência) existe heroísmo na história brasileira.

Curioso como de Machado a Lima Barreto, de Oswald a Mário de Andrade, a política brasileira é no fundo uma piada.

Não é a forma equivocada de se tratar do tema, porque atrai público e nos isenta da responsabilidade de nos posicionarmos ideologicamente num Estado que sempre perseguiu com ferro em brasa adversários políticos.

Mas nossa tendência de evitarmos falar a sério no cinema até de temas sérios merece uma temporada num divã.

Carlota Joaquina, uma sátira da família real, talvez seja o melhor filme de história já feito sobre o período.

Chatô segue a mesma correnteza: seria o filme Carlota Joaquina do Estado Novo.

O homem visionário que, do nada, montou um império de comunicações e o melhor museu de arte moderna do continente é retratado como a versão industrial de Macunaíma.

Não fizemos o filme Chatô como Cidadão Kane, não o levamos a sério.

Carnavalizamos a política como sempre.

O filme é surpreendentemente bom e provocativo.

Tem cenas sensacionais, como a abertura em que Chatô faz um churrasco antropofágico.

Os atores Marco Ricca, Paulo Betti, Andrea Beltrão, Eliane Giardini, Leandra Leal, Letícia Sabatella, estão ótimos.

Bem melhor que a aura John Wayne no personagem Dom Pedro I no filme Independência ou Morte dos anos 1970.

E que o dramalhão mexicano Olga.

Só me pergunto se um dia levaremos a sério e faremos filmes de personagens da nossa história sem a inspiração de Teatro de Revista.

Se retrataremos a Proclamação da República, a luta entre Deodoro e Floriano, Intentona Comunista, Integralismo, a fraude de Washington Luiz, JK, Jânio, Jango, o Golpe de 1964, a reunião do AI-5, Lacerda, a luta de Ulisses contra a ditadura, Herzog, Dom Paulo Evaristo Arns, o sequestro do bispo brasileiro, Rio Centro, a morte de Tancredo, tantos eventos e personagens políticos fascinantes e que mudaram o rumo da nossa história, sem o tom de uma comédia.

O cinema brasileiro foge da política, mas não foge da piada.

Tem uma dívida enorme com a nossa história.

E viva Glauber Rocha!

 

Neste ponto, concordo com Laurentino Gomes, quando diz que (em se tratando da Proclamação da Independência) existe heroísmo na história brasileira.

Curioso como de Machado a Lima Barreto, de Oswald a Mário de Andrade, a política brasileira é no fundo uma piada.

Não é a forma equivocada de se tratar do tema, porque atrai público e nos isenta da responsabilidade de nos posicionarmos ideologicamente num Estado que sempre perseguiu com ferro em brasa adversários políticos.

Mas nossa tendência de evitarmos falar a sério no cinema até de temas sérios merece uma temporada num divã.

Carlota Joaquina, uma sátira da família real, talvez seja o melhor filme de história já feito sobre o período.

Chatô segue a mesma correnteza: seria o filme Carlota Joaquina do Estado Novo.

O homem visionário que, do nada, montou um império de comunicações e o melhor museu de arte moderna do continente é retratado como a versão industrial de Macunaíma.

Não fizemos o filme Chatô como Cidadão Kane, não o levamos a sério.

Carnavalizamos a política como sempre.

O filme é surpreendentemente bom e provocativo.

Tem cenas sensacionais, como a abertura em que Chatô faz um churrasco antropofágico.

Os atores Marco Ricca, Paulo Betti, Andrea Beltrão, Eliane Giardini, Leandra Leal, Letícia Sabatella, estão ótimos.

Bem melhor que a aura John Wayne no personagem Dom Pedro I no filme Independência ou Morte dos anos 1970.

E que o dramalhão mexicano Olga.

Só me pergunto se um dia levaremos a sério e faremos filmes de personagens da nossa história sem a inspiração de Teatro de Revista.

Se retrataremos a Proclamação da República, a luta entre Deodoro e Floriano, Intentona Comunista, Integralismo, a fraude de Washington Luiz, JK, Jânio, Jango, o Golpe de 1964, a reunião do AI-5, Lacerda, a luta de Ulisses contra a ditadura, Herzog, Dom Paulo Evaristo Arns, o sequestro do bispo brasileiro, Rio Centro, a morte de Tancredo, tantos eventos e personagens políticos fascinantes e que mudaram o rumo da nossa história, sem o tom de uma comédia.

O cinema brasileiro foge da política, mas não foge da piada.

Tem uma dívida enorme com a nossa história.

E viva Glauber Rocha!

 

Neste ponto, concordo com Laurentino Gomes, quando diz que (em se tratando da Proclamação da Independência) existe heroísmo na história brasileira.

Curioso como de Machado a Lima Barreto, de Oswald a Mário de Andrade, a política brasileira é no fundo uma piada.

Não é a forma equivocada de se tratar do tema, porque atrai público e nos isenta da responsabilidade de nos posicionarmos ideologicamente num Estado que sempre perseguiu com ferro em brasa adversários políticos.

Mas nossa tendência de evitarmos falar a sério no cinema até de temas sérios merece uma temporada num divã.

Carlota Joaquina, uma sátira da família real, talvez seja o melhor filme de história já feito sobre o período.

Chatô segue a mesma correnteza: seria o filme Carlota Joaquina do Estado Novo.

O homem visionário que, do nada, montou um império de comunicações e o melhor museu de arte moderna do continente é retratado como a versão industrial de Macunaíma.

Não fizemos o filme Chatô como Cidadão Kane, não o levamos a sério.

Carnavalizamos a política como sempre.

O filme é surpreendentemente bom e provocativo.

Tem cenas sensacionais, como a abertura em que Chatô faz um churrasco antropofágico.

Os atores Marco Ricca, Paulo Betti, Andrea Beltrão, Eliane Giardini, Leandra Leal, Letícia Sabatella, estão ótimos.

Bem melhor que a aura John Wayne no personagem Dom Pedro I no filme Independência ou Morte dos anos 1970.

E que o dramalhão mexicano Olga.

Só me pergunto se um dia levaremos a sério e faremos filmes de personagens da nossa história sem a inspiração de Teatro de Revista.

Se retrataremos a Proclamação da República, a luta entre Deodoro e Floriano, Intentona Comunista, Integralismo, a fraude de Washington Luiz, JK, Jânio, Jango, o Golpe de 1964, a reunião do AI-5, Lacerda, a luta de Ulisses contra a ditadura, Herzog, Dom Paulo Evaristo Arns, o sequestro do bispo brasileiro, Rio Centro, a morte de Tancredo, tantos eventos e personagens políticos fascinantes e que mudaram o rumo da nossa história, sem o tom de uma comédia.

O cinema brasileiro foge da política, mas não foge da piada.

Tem uma dívida enorme com a nossa história.

E viva Glauber Rocha!

Opinião por Marcelo Rubens Paiva

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