Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|nenhuma pátria o pariu?


Para não esquecer.

Por Marcelo Rubens Paiva

O RODA VIDA com CABO ANSELMO, apesar de não trazer muitas novidades, doeu no estômago.

A figura é difícil de engolir.

Líder da Revolta dos Marinheiros, que incendiou o País e deu munição para o Golpe de 64.

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Exilado em CUBA, onde treinou guerrilha com a VPR, sob comando do desaparecido ONOFRE PINTO.

Voltou ao Brasil em 1970 já desacreditado da luta armada.

Preso [ou não], mudou de lado, delatou companheiros, a própria mulher, SOLEDAD, grávida dele.

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Trabalhou no DOPS, analisando depoimento de torturados e relatórios de outros agentes duplos, conhecidos como "cachorros", sob o comando de FLEURY e de ROMEU TUMA, este sim, na cabeça do órgão de repressão, ex-senador da República eleito por São Paulo, o xerife.

Já era sabido que se encontrou com LAMARCA num aparelho do Rio de Janeiro.

A roda de entrevistadores era de primeira. Estavam preparados e não o pouparam.

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 Parabéns TV CULTURA, parabéns MÁRIO CONTI.

Há tempos que o RODA VIDA precisava voltar a ter vida.

Porém, CABO ANSELMO, que não é cabo, muda sua versão em cada década, em cada grande entrevista. Já disse que não foi torturado, agora diz que foi.

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Difícil confiar nos seus argumentos. Difícil entender como e por que ele traiu.

Se quisesse desertar de uma luta armada que, para ele, não fazia sentido, bastava se evadir, como muitos fizeram [Gabeira, Glauber], já de Cuba.

Hoje, é um personagem que causa indigestão na direita e esquerda.

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Sustentado por empresários.

Vivendo pelas sombras.

Nem identidade tem, pois sem a sua certidão de nascimento, desaparecida, não se prova que ele é ele.

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A trilha da sua vida é a música dos Titãs:

"Não sou brasileiro,

Não sou estrangeiro.

Não sou de nenhum lugar,

Sou de lugar nenhum.

Não sou de São Paulo, não sou japonês.

Não sou carioca, não sou português.

Não sou de Brasília, não sou do Brasil.

Nenhuma pátria me pariu.

Eu não tô nem aí.

Eu não tô nem aqui."

Não faz sentido o Estado não lhe dar uma identidade.

Alckmin, Dilma, deem um nome a esta testemunha da História, o TRAIDOR.

Por mais que nos cause repulsa, pode ser útil na COMISSÃO DA VERDADE.

E prova o quanto é fundamental a sua instauração.

Muitos ainda estão vivos para contar.

E o País tem a chance de esclarecer um período sombrio, que vive no limbo.

E é documentado, como contou a testemunha ANSELMO.

 

+++

 

E para lembrar.

O Instituto Vladimir Herzog lança na terça-feira, dia 25 de Outubro, na Livraria Cultura da Avenida Paulista, 2073, o livro As Capas desta História, que resgata a memória da imprensa nacional durante os anos de ditadura.

Na pesquisa realizada, o jornalista Ricardo Carvalho encontrou mais de 300 capas de jornais alternativos, clandestinos e produzidos no exílio.

Por meio das fotos das capas, a obra registra a trajetória dessa imprensa desde 1964 até a Lei da Anistia, em 1979.

Publicações elaboradas por exilados e até então inéditas no Brasil ao lado de capas de jornais mais conhecidos [Pasquim, Opinião, Movimento e Unidade, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo].

Além disso, o capítulo inicial Precursores desta História demonstra a tendência contestadora da imprensa brasileira desde seus primórdios.

O Correio Braziliense, primeiro jornal independente brasileiro, publicado em Londres; a Revista de Antropofagia e Klaxon, ligadas ao Movimento Modernista Brasileiro da década de 1920; e o jornal A Manha, diário de crítica e sátira do Barão de Itararé, são alguns exemplos. 

Lançamento, com a presença de Ricardo Carvalho, José Luiz Del Roio e Vladimir Sacchetta

Quando: 25 de Outubro às 19 horas

Onde: Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2073)

 

 

O RODA VIDA com CABO ANSELMO, apesar de não trazer muitas novidades, doeu no estômago.

A figura é difícil de engolir.

Líder da Revolta dos Marinheiros, que incendiou o País e deu munição para o Golpe de 64.

Exilado em CUBA, onde treinou guerrilha com a VPR, sob comando do desaparecido ONOFRE PINTO.

Voltou ao Brasil em 1970 já desacreditado da luta armada.

Preso [ou não], mudou de lado, delatou companheiros, a própria mulher, SOLEDAD, grávida dele.

Trabalhou no DOPS, analisando depoimento de torturados e relatórios de outros agentes duplos, conhecidos como "cachorros", sob o comando de FLEURY e de ROMEU TUMA, este sim, na cabeça do órgão de repressão, ex-senador da República eleito por São Paulo, o xerife.

Já era sabido que se encontrou com LAMARCA num aparelho do Rio de Janeiro.

A roda de entrevistadores era de primeira. Estavam preparados e não o pouparam.

 Parabéns TV CULTURA, parabéns MÁRIO CONTI.

Há tempos que o RODA VIDA precisava voltar a ter vida.

Porém, CABO ANSELMO, que não é cabo, muda sua versão em cada década, em cada grande entrevista. Já disse que não foi torturado, agora diz que foi.

Difícil confiar nos seus argumentos. Difícil entender como e por que ele traiu.

Se quisesse desertar de uma luta armada que, para ele, não fazia sentido, bastava se evadir, como muitos fizeram [Gabeira, Glauber], já de Cuba.

Hoje, é um personagem que causa indigestão na direita e esquerda.

Sustentado por empresários.

Vivendo pelas sombras.

Nem identidade tem, pois sem a sua certidão de nascimento, desaparecida, não se prova que ele é ele.

A trilha da sua vida é a música dos Titãs:

"Não sou brasileiro,

Não sou estrangeiro.

Não sou de nenhum lugar,

Sou de lugar nenhum.

Não sou de São Paulo, não sou japonês.

Não sou carioca, não sou português.

Não sou de Brasília, não sou do Brasil.

Nenhuma pátria me pariu.

Eu não tô nem aí.

Eu não tô nem aqui."

Não faz sentido o Estado não lhe dar uma identidade.

Alckmin, Dilma, deem um nome a esta testemunha da História, o TRAIDOR.

Por mais que nos cause repulsa, pode ser útil na COMISSÃO DA VERDADE.

E prova o quanto é fundamental a sua instauração.

Muitos ainda estão vivos para contar.

E o País tem a chance de esclarecer um período sombrio, que vive no limbo.

E é documentado, como contou a testemunha ANSELMO.

 

+++

 

E para lembrar.

O Instituto Vladimir Herzog lança na terça-feira, dia 25 de Outubro, na Livraria Cultura da Avenida Paulista, 2073, o livro As Capas desta História, que resgata a memória da imprensa nacional durante os anos de ditadura.

Na pesquisa realizada, o jornalista Ricardo Carvalho encontrou mais de 300 capas de jornais alternativos, clandestinos e produzidos no exílio.

Por meio das fotos das capas, a obra registra a trajetória dessa imprensa desde 1964 até a Lei da Anistia, em 1979.

Publicações elaboradas por exilados e até então inéditas no Brasil ao lado de capas de jornais mais conhecidos [Pasquim, Opinião, Movimento e Unidade, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo].

Além disso, o capítulo inicial Precursores desta História demonstra a tendência contestadora da imprensa brasileira desde seus primórdios.

O Correio Braziliense, primeiro jornal independente brasileiro, publicado em Londres; a Revista de Antropofagia e Klaxon, ligadas ao Movimento Modernista Brasileiro da década de 1920; e o jornal A Manha, diário de crítica e sátira do Barão de Itararé, são alguns exemplos. 

Lançamento, com a presença de Ricardo Carvalho, José Luiz Del Roio e Vladimir Sacchetta

Quando: 25 de Outubro às 19 horas

Onde: Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2073)

 

 

O RODA VIDA com CABO ANSELMO, apesar de não trazer muitas novidades, doeu no estômago.

A figura é difícil de engolir.

Líder da Revolta dos Marinheiros, que incendiou o País e deu munição para o Golpe de 64.

Exilado em CUBA, onde treinou guerrilha com a VPR, sob comando do desaparecido ONOFRE PINTO.

Voltou ao Brasil em 1970 já desacreditado da luta armada.

Preso [ou não], mudou de lado, delatou companheiros, a própria mulher, SOLEDAD, grávida dele.

Trabalhou no DOPS, analisando depoimento de torturados e relatórios de outros agentes duplos, conhecidos como "cachorros", sob o comando de FLEURY e de ROMEU TUMA, este sim, na cabeça do órgão de repressão, ex-senador da República eleito por São Paulo, o xerife.

Já era sabido que se encontrou com LAMARCA num aparelho do Rio de Janeiro.

A roda de entrevistadores era de primeira. Estavam preparados e não o pouparam.

 Parabéns TV CULTURA, parabéns MÁRIO CONTI.

Há tempos que o RODA VIDA precisava voltar a ter vida.

Porém, CABO ANSELMO, que não é cabo, muda sua versão em cada década, em cada grande entrevista. Já disse que não foi torturado, agora diz que foi.

Difícil confiar nos seus argumentos. Difícil entender como e por que ele traiu.

Se quisesse desertar de uma luta armada que, para ele, não fazia sentido, bastava se evadir, como muitos fizeram [Gabeira, Glauber], já de Cuba.

Hoje, é um personagem que causa indigestão na direita e esquerda.

Sustentado por empresários.

Vivendo pelas sombras.

Nem identidade tem, pois sem a sua certidão de nascimento, desaparecida, não se prova que ele é ele.

A trilha da sua vida é a música dos Titãs:

"Não sou brasileiro,

Não sou estrangeiro.

Não sou de nenhum lugar,

Sou de lugar nenhum.

Não sou de São Paulo, não sou japonês.

Não sou carioca, não sou português.

Não sou de Brasília, não sou do Brasil.

Nenhuma pátria me pariu.

Eu não tô nem aí.

Eu não tô nem aqui."

Não faz sentido o Estado não lhe dar uma identidade.

Alckmin, Dilma, deem um nome a esta testemunha da História, o TRAIDOR.

Por mais que nos cause repulsa, pode ser útil na COMISSÃO DA VERDADE.

E prova o quanto é fundamental a sua instauração.

Muitos ainda estão vivos para contar.

E o País tem a chance de esclarecer um período sombrio, que vive no limbo.

E é documentado, como contou a testemunha ANSELMO.

 

+++

 

E para lembrar.

O Instituto Vladimir Herzog lança na terça-feira, dia 25 de Outubro, na Livraria Cultura da Avenida Paulista, 2073, o livro As Capas desta História, que resgata a memória da imprensa nacional durante os anos de ditadura.

Na pesquisa realizada, o jornalista Ricardo Carvalho encontrou mais de 300 capas de jornais alternativos, clandestinos e produzidos no exílio.

Por meio das fotos das capas, a obra registra a trajetória dessa imprensa desde 1964 até a Lei da Anistia, em 1979.

Publicações elaboradas por exilados e até então inéditas no Brasil ao lado de capas de jornais mais conhecidos [Pasquim, Opinião, Movimento e Unidade, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo].

Além disso, o capítulo inicial Precursores desta História demonstra a tendência contestadora da imprensa brasileira desde seus primórdios.

O Correio Braziliense, primeiro jornal independente brasileiro, publicado em Londres; a Revista de Antropofagia e Klaxon, ligadas ao Movimento Modernista Brasileiro da década de 1920; e o jornal A Manha, diário de crítica e sátira do Barão de Itararé, são alguns exemplos. 

Lançamento, com a presença de Ricardo Carvalho, José Luiz Del Roio e Vladimir Sacchetta

Quando: 25 de Outubro às 19 horas

Onde: Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2073)

 

 

O RODA VIDA com CABO ANSELMO, apesar de não trazer muitas novidades, doeu no estômago.

A figura é difícil de engolir.

Líder da Revolta dos Marinheiros, que incendiou o País e deu munição para o Golpe de 64.

Exilado em CUBA, onde treinou guerrilha com a VPR, sob comando do desaparecido ONOFRE PINTO.

Voltou ao Brasil em 1970 já desacreditado da luta armada.

Preso [ou não], mudou de lado, delatou companheiros, a própria mulher, SOLEDAD, grávida dele.

Trabalhou no DOPS, analisando depoimento de torturados e relatórios de outros agentes duplos, conhecidos como "cachorros", sob o comando de FLEURY e de ROMEU TUMA, este sim, na cabeça do órgão de repressão, ex-senador da República eleito por São Paulo, o xerife.

Já era sabido que se encontrou com LAMARCA num aparelho do Rio de Janeiro.

A roda de entrevistadores era de primeira. Estavam preparados e não o pouparam.

 Parabéns TV CULTURA, parabéns MÁRIO CONTI.

Há tempos que o RODA VIDA precisava voltar a ter vida.

Porém, CABO ANSELMO, que não é cabo, muda sua versão em cada década, em cada grande entrevista. Já disse que não foi torturado, agora diz que foi.

Difícil confiar nos seus argumentos. Difícil entender como e por que ele traiu.

Se quisesse desertar de uma luta armada que, para ele, não fazia sentido, bastava se evadir, como muitos fizeram [Gabeira, Glauber], já de Cuba.

Hoje, é um personagem que causa indigestão na direita e esquerda.

Sustentado por empresários.

Vivendo pelas sombras.

Nem identidade tem, pois sem a sua certidão de nascimento, desaparecida, não se prova que ele é ele.

A trilha da sua vida é a música dos Titãs:

"Não sou brasileiro,

Não sou estrangeiro.

Não sou de nenhum lugar,

Sou de lugar nenhum.

Não sou de São Paulo, não sou japonês.

Não sou carioca, não sou português.

Não sou de Brasília, não sou do Brasil.

Nenhuma pátria me pariu.

Eu não tô nem aí.

Eu não tô nem aqui."

Não faz sentido o Estado não lhe dar uma identidade.

Alckmin, Dilma, deem um nome a esta testemunha da História, o TRAIDOR.

Por mais que nos cause repulsa, pode ser útil na COMISSÃO DA VERDADE.

E prova o quanto é fundamental a sua instauração.

Muitos ainda estão vivos para contar.

E o País tem a chance de esclarecer um período sombrio, que vive no limbo.

E é documentado, como contou a testemunha ANSELMO.

 

+++

 

E para lembrar.

O Instituto Vladimir Herzog lança na terça-feira, dia 25 de Outubro, na Livraria Cultura da Avenida Paulista, 2073, o livro As Capas desta História, que resgata a memória da imprensa nacional durante os anos de ditadura.

Na pesquisa realizada, o jornalista Ricardo Carvalho encontrou mais de 300 capas de jornais alternativos, clandestinos e produzidos no exílio.

Por meio das fotos das capas, a obra registra a trajetória dessa imprensa desde 1964 até a Lei da Anistia, em 1979.

Publicações elaboradas por exilados e até então inéditas no Brasil ao lado de capas de jornais mais conhecidos [Pasquim, Opinião, Movimento e Unidade, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo].

Além disso, o capítulo inicial Precursores desta História demonstra a tendência contestadora da imprensa brasileira desde seus primórdios.

O Correio Braziliense, primeiro jornal independente brasileiro, publicado em Londres; a Revista de Antropofagia e Klaxon, ligadas ao Movimento Modernista Brasileiro da década de 1920; e o jornal A Manha, diário de crítica e sátira do Barão de Itararé, são alguns exemplos. 

Lançamento, com a presença de Ricardo Carvalho, José Luiz Del Roio e Vladimir Sacchetta

Quando: 25 de Outubro às 19 horas

Onde: Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2073)

 

 

Opinião por Marcelo Rubens Paiva

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