Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|norte e sul


Por Marcelo Rubens Paiva

 

O Brasil fica no sul.

A Austrália no norte.

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O México no sul.

Como o Egito, Síria, Irã, Jordânia.

Já Israel fica no norte.

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Índia? Sul.

Chile e Argentina, como todos os países africanos, e até a China, ficam no sul.

Não sou eu o maluco que reinventou a geografia.

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Nem as placas tectônicas mudaram os países de lugar; ainda.

Mas é assim que meus sobrinhos franceses aprenderam na escola.

E é assim que estudantes europeus aprendem a dividir o mundo.

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O que é rico e tem um bom IDH [índice de Desenvolvimento Humano] é norte.

O resto é sul.

Imaginei que fosse uma expressão colonialista que sobreviveu às revoluções, já que toda caravela que partisse dos impérios para conquistar o novo mundo deveria seguir primeiro para o sul.

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Que nada.

O limite foi criado em 1980 pelo Willy Brandt, ex-chanceler alemão.

Sem a precisão e representação de hemisfério norte e sul, mas da riqueza do mundo.

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Com a crise mundial, especialmente a europeia, a simplificação está totalmente desatualizada.

Já era inútil antes.

Agora então...

Porém, continuam a ensinar nas escolas, inclusive com mapas: só existe o norte e o sul.

E somos todos iguais na parte debaixo do mapa.

Talvez a quebradeira dos países ricos diminua a pretensão e a forma de ver o mundo.

Ou talvez a forma ultrapassada de ver o mundo que os fez quebrar.

 

 Foto: Estadão

 

O Brasil fica no sul.

A Austrália no norte.

O México no sul.

Como o Egito, Síria, Irã, Jordânia.

Já Israel fica no norte.

Índia? Sul.

Chile e Argentina, como todos os países africanos, e até a China, ficam no sul.

Não sou eu o maluco que reinventou a geografia.

Nem as placas tectônicas mudaram os países de lugar; ainda.

Mas é assim que meus sobrinhos franceses aprenderam na escola.

E é assim que estudantes europeus aprendem a dividir o mundo.

O que é rico e tem um bom IDH [índice de Desenvolvimento Humano] é norte.

O resto é sul.

Imaginei que fosse uma expressão colonialista que sobreviveu às revoluções, já que toda caravela que partisse dos impérios para conquistar o novo mundo deveria seguir primeiro para o sul.

Que nada.

O limite foi criado em 1980 pelo Willy Brandt, ex-chanceler alemão.

Sem a precisão e representação de hemisfério norte e sul, mas da riqueza do mundo.

Com a crise mundial, especialmente a europeia, a simplificação está totalmente desatualizada.

Já era inútil antes.

Agora então...

Porém, continuam a ensinar nas escolas, inclusive com mapas: só existe o norte e o sul.

E somos todos iguais na parte debaixo do mapa.

Talvez a quebradeira dos países ricos diminua a pretensão e a forma de ver o mundo.

Ou talvez a forma ultrapassada de ver o mundo que os fez quebrar.

 

 Foto: Estadão

 

O Brasil fica no sul.

A Austrália no norte.

O México no sul.

Como o Egito, Síria, Irã, Jordânia.

Já Israel fica no norte.

Índia? Sul.

Chile e Argentina, como todos os países africanos, e até a China, ficam no sul.

Não sou eu o maluco que reinventou a geografia.

Nem as placas tectônicas mudaram os países de lugar; ainda.

Mas é assim que meus sobrinhos franceses aprenderam na escola.

E é assim que estudantes europeus aprendem a dividir o mundo.

O que é rico e tem um bom IDH [índice de Desenvolvimento Humano] é norte.

O resto é sul.

Imaginei que fosse uma expressão colonialista que sobreviveu às revoluções, já que toda caravela que partisse dos impérios para conquistar o novo mundo deveria seguir primeiro para o sul.

Que nada.

O limite foi criado em 1980 pelo Willy Brandt, ex-chanceler alemão.

Sem a precisão e representação de hemisfério norte e sul, mas da riqueza do mundo.

Com a crise mundial, especialmente a europeia, a simplificação está totalmente desatualizada.

Já era inútil antes.

Agora então...

Porém, continuam a ensinar nas escolas, inclusive com mapas: só existe o norte e o sul.

E somos todos iguais na parte debaixo do mapa.

Talvez a quebradeira dos países ricos diminua a pretensão e a forma de ver o mundo.

Ou talvez a forma ultrapassada de ver o mundo que os fez quebrar.

 

 Foto: Estadão

 

O Brasil fica no sul.

A Austrália no norte.

O México no sul.

Como o Egito, Síria, Irã, Jordânia.

Já Israel fica no norte.

Índia? Sul.

Chile e Argentina, como todos os países africanos, e até a China, ficam no sul.

Não sou eu o maluco que reinventou a geografia.

Nem as placas tectônicas mudaram os países de lugar; ainda.

Mas é assim que meus sobrinhos franceses aprenderam na escola.

E é assim que estudantes europeus aprendem a dividir o mundo.

O que é rico e tem um bom IDH [índice de Desenvolvimento Humano] é norte.

O resto é sul.

Imaginei que fosse uma expressão colonialista que sobreviveu às revoluções, já que toda caravela que partisse dos impérios para conquistar o novo mundo deveria seguir primeiro para o sul.

Que nada.

O limite foi criado em 1980 pelo Willy Brandt, ex-chanceler alemão.

Sem a precisão e representação de hemisfério norte e sul, mas da riqueza do mundo.

Com a crise mundial, especialmente a europeia, a simplificação está totalmente desatualizada.

Já era inútil antes.

Agora então...

Porém, continuam a ensinar nas escolas, inclusive com mapas: só existe o norte e o sul.

E somos todos iguais na parte debaixo do mapa.

Talvez a quebradeira dos países ricos diminua a pretensão e a forma de ver o mundo.

Ou talvez a forma ultrapassada de ver o mundo que os fez quebrar.

 

 Foto: Estadão
Opinião por Marcelo Rubens Paiva

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