Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|o pior da democracia


Por Marcelo Rubens Paiva

 

No debate de ontem entre candidatos à Presidência Americana na UNIVERSIDADE DE DENVER [alô, reitoria da USP, lá eles fazem debates nas universidades], vê-se o amadurecimento democrático e a sua dependência da mídia.

O formato foi bem simples.

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Foram 6 temas de economia previamente escolhidos pela internet.

1 mediador apenas conduziu o debate ininterrupto, em que um candidato, sim, DEBATEU com outro.

Cada 1 tinha 2 minutos de fala, seguida de réplica e tréplica etc.

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Não havia jornalistas fazendo perguntas polêmicas como legalização do aborto, drogas, eutanásia, fé em Cristo, que podiam constranger um candidato, nem a vida PESSOAL de ninguém foi abordada.

Também não tinha candidato aventureiro perguntando aos que realmente competem, nem dedo na cara, acusação de corrupção e atos ilícitos.

Só se falou de programa de governo: em como criar empregos, cortar gastos, salvar a economia e o sistema de saúde.

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Foi 1 debate de discussões internas. A emissora que quis transmitir assim o fez.

Um próximo dia 27/10 da Flórida será exclusivamente sobre política externa.

Aqui passou pela GLOBO NEWS, BAND NEWS, CNN, FOX TV, para se ter ideia da importância.

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Mas não na TV Aberta.

Na CNN, um aflitivo gráfico mostrava o humor dos indecisos do Estado do Colorado no mesmo instante do debate.

Antes, suas esposas foram entrevistadas.

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Ambas com carisma e charme, nervosas e torcendo pelo desempenho do marido.

Via-se claramente pelo gráfico ilustrado o sucesso que OBAMA faz com o mulherio, especialmente quando fala de saúde.

MITT ROMNEY tem cara de republicano, fala como republicano, seus 5 filhos são exemplos de filhos de republicano, e sua mulher, com quem é casado há décadas, é o estereótipo de uma boa esposa de um republicano.

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Falou absurdos como deixar de investir em energia verde [solar e eólica] para investir mais em exploração de carvão e petróleo, em cortar o gasto sem dizer de onde, em privatizar o sistema de saúde dos idosos, que deveriam ganhar vouchers para planos de saúde privados [qual empresa os aceitarão?]

Disse que quer cortar impostos da pequena empresa, da classe média, e discorda do corte de gastos militares.

OBAMA parecia aéreo. Não acreditava na quantidade de besteira que ouvia. Nem em ter que, pela enésima vez, defender seu plano, rejeitado e boicotado pelo Congresso de maioria republicana.

Impaciente, se confundiu.

Disperso, ouvia MITT e não reagia. Não atacou o adversário.

No final, todos se cumprimentaram, sorriram falsamente, e assim é a vida.

PERDEU o debate.

Sua derrota foi unânime.

Na CNN, 67% acharam que MITT ganhou o debate, contra 25% de OBAMA..

Os especialistas de TV, inacreditavelmente, quem primeiro atestaram a derrota, como jurados de um programa de auditório, apesar do nonsense das respostas do republicano.

Debateram o debate como um show, um quadro do AMERICAN IDOL, não se ligaram no fato de MITT não falar coisa com coisa, mas sim de ter se saído melhor, ter sido mais rápido e dinâmico, e do presidente ter esquecido o charme na Casa Branca.

Na terra do show business, eleição é mais um show.

E isso a democracia americana tem de pior: um cara pode ter um programa mais lógico e que funcione na prática, mas perde uma eleição se suar muito diante das câmeras e se seu topete não estiver bem laqueado.

Se o estrago for o suficiente para virar o jogo, já que OBAMA estava com uma liderança confortável nas pesquisas, é a prova de que não se tem mais como defender bons ideais sem uma boa maquiagem, um sorriso canastrão e um rostinho fotogênico.

 

No debate de ontem entre candidatos à Presidência Americana na UNIVERSIDADE DE DENVER [alô, reitoria da USP, lá eles fazem debates nas universidades], vê-se o amadurecimento democrático e a sua dependência da mídia.

O formato foi bem simples.

Foram 6 temas de economia previamente escolhidos pela internet.

1 mediador apenas conduziu o debate ininterrupto, em que um candidato, sim, DEBATEU com outro.

Cada 1 tinha 2 minutos de fala, seguida de réplica e tréplica etc.

Não havia jornalistas fazendo perguntas polêmicas como legalização do aborto, drogas, eutanásia, fé em Cristo, que podiam constranger um candidato, nem a vida PESSOAL de ninguém foi abordada.

Também não tinha candidato aventureiro perguntando aos que realmente competem, nem dedo na cara, acusação de corrupção e atos ilícitos.

Só se falou de programa de governo: em como criar empregos, cortar gastos, salvar a economia e o sistema de saúde.

Foi 1 debate de discussões internas. A emissora que quis transmitir assim o fez.

Um próximo dia 27/10 da Flórida será exclusivamente sobre política externa.

Aqui passou pela GLOBO NEWS, BAND NEWS, CNN, FOX TV, para se ter ideia da importância.

Mas não na TV Aberta.

Na CNN, um aflitivo gráfico mostrava o humor dos indecisos do Estado do Colorado no mesmo instante do debate.

Antes, suas esposas foram entrevistadas.

Ambas com carisma e charme, nervosas e torcendo pelo desempenho do marido.

Via-se claramente pelo gráfico ilustrado o sucesso que OBAMA faz com o mulherio, especialmente quando fala de saúde.

MITT ROMNEY tem cara de republicano, fala como republicano, seus 5 filhos são exemplos de filhos de republicano, e sua mulher, com quem é casado há décadas, é o estereótipo de uma boa esposa de um republicano.

Falou absurdos como deixar de investir em energia verde [solar e eólica] para investir mais em exploração de carvão e petróleo, em cortar o gasto sem dizer de onde, em privatizar o sistema de saúde dos idosos, que deveriam ganhar vouchers para planos de saúde privados [qual empresa os aceitarão?]

Disse que quer cortar impostos da pequena empresa, da classe média, e discorda do corte de gastos militares.

OBAMA parecia aéreo. Não acreditava na quantidade de besteira que ouvia. Nem em ter que, pela enésima vez, defender seu plano, rejeitado e boicotado pelo Congresso de maioria republicana.

Impaciente, se confundiu.

Disperso, ouvia MITT e não reagia. Não atacou o adversário.

No final, todos se cumprimentaram, sorriram falsamente, e assim é a vida.

PERDEU o debate.

Sua derrota foi unânime.

Na CNN, 67% acharam que MITT ganhou o debate, contra 25% de OBAMA..

Os especialistas de TV, inacreditavelmente, quem primeiro atestaram a derrota, como jurados de um programa de auditório, apesar do nonsense das respostas do republicano.

Debateram o debate como um show, um quadro do AMERICAN IDOL, não se ligaram no fato de MITT não falar coisa com coisa, mas sim de ter se saído melhor, ter sido mais rápido e dinâmico, e do presidente ter esquecido o charme na Casa Branca.

Na terra do show business, eleição é mais um show.

E isso a democracia americana tem de pior: um cara pode ter um programa mais lógico e que funcione na prática, mas perde uma eleição se suar muito diante das câmeras e se seu topete não estiver bem laqueado.

Se o estrago for o suficiente para virar o jogo, já que OBAMA estava com uma liderança confortável nas pesquisas, é a prova de que não se tem mais como defender bons ideais sem uma boa maquiagem, um sorriso canastrão e um rostinho fotogênico.

 

No debate de ontem entre candidatos à Presidência Americana na UNIVERSIDADE DE DENVER [alô, reitoria da USP, lá eles fazem debates nas universidades], vê-se o amadurecimento democrático e a sua dependência da mídia.

O formato foi bem simples.

Foram 6 temas de economia previamente escolhidos pela internet.

1 mediador apenas conduziu o debate ininterrupto, em que um candidato, sim, DEBATEU com outro.

Cada 1 tinha 2 minutos de fala, seguida de réplica e tréplica etc.

Não havia jornalistas fazendo perguntas polêmicas como legalização do aborto, drogas, eutanásia, fé em Cristo, que podiam constranger um candidato, nem a vida PESSOAL de ninguém foi abordada.

Também não tinha candidato aventureiro perguntando aos que realmente competem, nem dedo na cara, acusação de corrupção e atos ilícitos.

Só se falou de programa de governo: em como criar empregos, cortar gastos, salvar a economia e o sistema de saúde.

Foi 1 debate de discussões internas. A emissora que quis transmitir assim o fez.

Um próximo dia 27/10 da Flórida será exclusivamente sobre política externa.

Aqui passou pela GLOBO NEWS, BAND NEWS, CNN, FOX TV, para se ter ideia da importância.

Mas não na TV Aberta.

Na CNN, um aflitivo gráfico mostrava o humor dos indecisos do Estado do Colorado no mesmo instante do debate.

Antes, suas esposas foram entrevistadas.

Ambas com carisma e charme, nervosas e torcendo pelo desempenho do marido.

Via-se claramente pelo gráfico ilustrado o sucesso que OBAMA faz com o mulherio, especialmente quando fala de saúde.

MITT ROMNEY tem cara de republicano, fala como republicano, seus 5 filhos são exemplos de filhos de republicano, e sua mulher, com quem é casado há décadas, é o estereótipo de uma boa esposa de um republicano.

Falou absurdos como deixar de investir em energia verde [solar e eólica] para investir mais em exploração de carvão e petróleo, em cortar o gasto sem dizer de onde, em privatizar o sistema de saúde dos idosos, que deveriam ganhar vouchers para planos de saúde privados [qual empresa os aceitarão?]

Disse que quer cortar impostos da pequena empresa, da classe média, e discorda do corte de gastos militares.

OBAMA parecia aéreo. Não acreditava na quantidade de besteira que ouvia. Nem em ter que, pela enésima vez, defender seu plano, rejeitado e boicotado pelo Congresso de maioria republicana.

Impaciente, se confundiu.

Disperso, ouvia MITT e não reagia. Não atacou o adversário.

No final, todos se cumprimentaram, sorriram falsamente, e assim é a vida.

PERDEU o debate.

Sua derrota foi unânime.

Na CNN, 67% acharam que MITT ganhou o debate, contra 25% de OBAMA..

Os especialistas de TV, inacreditavelmente, quem primeiro atestaram a derrota, como jurados de um programa de auditório, apesar do nonsense das respostas do republicano.

Debateram o debate como um show, um quadro do AMERICAN IDOL, não se ligaram no fato de MITT não falar coisa com coisa, mas sim de ter se saído melhor, ter sido mais rápido e dinâmico, e do presidente ter esquecido o charme na Casa Branca.

Na terra do show business, eleição é mais um show.

E isso a democracia americana tem de pior: um cara pode ter um programa mais lógico e que funcione na prática, mas perde uma eleição se suar muito diante das câmeras e se seu topete não estiver bem laqueado.

Se o estrago for o suficiente para virar o jogo, já que OBAMA estava com uma liderança confortável nas pesquisas, é a prova de que não se tem mais como defender bons ideais sem uma boa maquiagem, um sorriso canastrão e um rostinho fotogênico.

 

No debate de ontem entre candidatos à Presidência Americana na UNIVERSIDADE DE DENVER [alô, reitoria da USP, lá eles fazem debates nas universidades], vê-se o amadurecimento democrático e a sua dependência da mídia.

O formato foi bem simples.

Foram 6 temas de economia previamente escolhidos pela internet.

1 mediador apenas conduziu o debate ininterrupto, em que um candidato, sim, DEBATEU com outro.

Cada 1 tinha 2 minutos de fala, seguida de réplica e tréplica etc.

Não havia jornalistas fazendo perguntas polêmicas como legalização do aborto, drogas, eutanásia, fé em Cristo, que podiam constranger um candidato, nem a vida PESSOAL de ninguém foi abordada.

Também não tinha candidato aventureiro perguntando aos que realmente competem, nem dedo na cara, acusação de corrupção e atos ilícitos.

Só se falou de programa de governo: em como criar empregos, cortar gastos, salvar a economia e o sistema de saúde.

Foi 1 debate de discussões internas. A emissora que quis transmitir assim o fez.

Um próximo dia 27/10 da Flórida será exclusivamente sobre política externa.

Aqui passou pela GLOBO NEWS, BAND NEWS, CNN, FOX TV, para se ter ideia da importância.

Mas não na TV Aberta.

Na CNN, um aflitivo gráfico mostrava o humor dos indecisos do Estado do Colorado no mesmo instante do debate.

Antes, suas esposas foram entrevistadas.

Ambas com carisma e charme, nervosas e torcendo pelo desempenho do marido.

Via-se claramente pelo gráfico ilustrado o sucesso que OBAMA faz com o mulherio, especialmente quando fala de saúde.

MITT ROMNEY tem cara de republicano, fala como republicano, seus 5 filhos são exemplos de filhos de republicano, e sua mulher, com quem é casado há décadas, é o estereótipo de uma boa esposa de um republicano.

Falou absurdos como deixar de investir em energia verde [solar e eólica] para investir mais em exploração de carvão e petróleo, em cortar o gasto sem dizer de onde, em privatizar o sistema de saúde dos idosos, que deveriam ganhar vouchers para planos de saúde privados [qual empresa os aceitarão?]

Disse que quer cortar impostos da pequena empresa, da classe média, e discorda do corte de gastos militares.

OBAMA parecia aéreo. Não acreditava na quantidade de besteira que ouvia. Nem em ter que, pela enésima vez, defender seu plano, rejeitado e boicotado pelo Congresso de maioria republicana.

Impaciente, se confundiu.

Disperso, ouvia MITT e não reagia. Não atacou o adversário.

No final, todos se cumprimentaram, sorriram falsamente, e assim é a vida.

PERDEU o debate.

Sua derrota foi unânime.

Na CNN, 67% acharam que MITT ganhou o debate, contra 25% de OBAMA..

Os especialistas de TV, inacreditavelmente, quem primeiro atestaram a derrota, como jurados de um programa de auditório, apesar do nonsense das respostas do republicano.

Debateram o debate como um show, um quadro do AMERICAN IDOL, não se ligaram no fato de MITT não falar coisa com coisa, mas sim de ter se saído melhor, ter sido mais rápido e dinâmico, e do presidente ter esquecido o charme na Casa Branca.

Na terra do show business, eleição é mais um show.

E isso a democracia americana tem de pior: um cara pode ter um programa mais lógico e que funcione na prática, mas perde uma eleição se suar muito diante das câmeras e se seu topete não estiver bem laqueado.

Se o estrago for o suficiente para virar o jogo, já que OBAMA estava com uma liderança confortável nas pesquisas, é a prova de que não se tem mais como defender bons ideais sem uma boa maquiagem, um sorriso canastrão e um rostinho fotogênico.

Opinião por Marcelo Rubens Paiva

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