Poucos daqui lembraram da data. Os franceses, não.
Os 50 anos do tropicalismo serão celebrados no Festival de Cinema Brasileiro de Paris.
Sim, faz 50 anos que no Terceiro Festival de Música Popular, da TV Record, em 1967 em São Paulo, Gil, com Mutantes, e Caetano lançaram as músicas que deram no tropicalismo (e no disco Tropicália de 1968).
A mostra será entre 20 a 27 de junho no cine Arlequin (em Saint Germain de Près, que já foi celeiro da boemia, literatura e arte francesa).
Realizada pela Associação Jangada, da carioca Katia Adler, a programação conta com 20 filmes:
Oito documentários
Oito longas
Mostra 50 Anos de Tropicalismo
E debate com o jornalista Sergio Rizzo
Curiosamente, o filme Elis, de Hugo Prata, que revela os conflitos na época e a ciumeira entre bossa nova, tropicalistas e MPB, e a competição entre Nara Leão e Elis, abre a mostra
Curiosamente, foi em Paris que desembarcaram os expulsos do país exilados pela ditadura militar Caetano e Gil em 1969, que depois se mudaram para Londres.
Chico, Artista Brasileiro, de Miguel Faria Jr, encerrará.
Além deles, serão exibidos na mostra Tropikaolista, de José Walter Lima, e claro o fabuloso Tropicália, de Marcelo Machado.
Os filmes em competição do festival de cinema brasileiro serão Não Devore Meu Coração, de Felipe Bragança, Beatriz, de Alberto Graça, Como Nossos Pais, de Laís Bodanzky, Gabriel e a Montanha, de Fellipe Barbosa, Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé, Para Ter Aonde Ir, de Jorane Castro, Rio Mumbai, de Pedro Sodré e Gabriel Mellin, e Redemoinho, de José Luiz Villamarim
Entre os documentários fora da competição está o aguardadíssimo No Intenso Agora, de João Moreira Salles, que resgatou filmes em Super 8 de uma viagem da família à China, durante a Revolução Cultural, em que aparece sua mãe, ainda viva.
Veja a programação completa:
http://festivaldecinemabresilienparis.com/2017/pb/