Pequenas neuroses contemporâneas

Opinião|Rio de Janeirices 2


Por Marcelo Rubens Paiva

E o SCALA já era.

Lembro-me quando era adolescente duro e passava o Carnaval assistindo pela TV a alegria alheia.

Os bailes eram transmitidos ao vivo.

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Os cariocas eram os que mais repercutiam.

VERMELHO E PRETO, na sede do FLAMENGO, em que iam os jogadores da fase Zico e &, BAILE DO COPA, no Copacabana Palace, com gente de smoking, SCALA, no Leblon, em que havia a notória noite gay.

Em que repórteres não escutavam seus entrevistados.

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"Tá vestido do quê?"

"O quê?!"

"Vai desfilar em qual escola?"

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"Como?!"

Em que ROGÉRIA era a estrela do show; talvez seu único cachê do ano.

E cujas cenas picantes eram cortadas, mas depois vendidas em bancas.

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Cenas de bastidores, dos camarotes.

Enriquecendo nossa imaginação, dando fama de 15 minutos a aspirantes, e oportunidade para travecos e drags brilharem.

Já era. O SCALA foi lacrado.

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Passei por ele no ano passado em pleno Carnaval. Ainda tinha tapete vermelho, flashes, a rua, em frente à uma delegacia, era interditada, mas sem o glamour do passado.

Com o renascimento do Carnaval de rua do Rio, quem se interessa por baile fechado?

Já era.

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+++

Um amigo cadeirante baiano decidiu experimentar a eficiência do transporte adaptado carioca.

Que se notabilizou na última novela, com a cadeirante chata e reclamona [ALINE MORAES], mas gostosérrima, militando a plenos pulmões.

 Foto: Estadão

Vi com meus olhos o aumento da quantidade de ônibus adaptados no último ano.

Com o sistema pouco prático de plataformas hidráulicas, que vivem enguiçando, e não com o sistema de rampas, mais prático e econômico, que a maioria das cidades adotou; inclusive São Paulo.

Meu amigo contou que ficava no ponto, fazia sinal, paravam mas diziam: "Olha, esquecemos a chave da plataforma, pegue o próximo."

E assim por diante.

Decidiu pegar um táxi.

Isso é Rio de Janeiro...

+++

Aliás, alguém me explica como entra uma cadeira de rodas neste ônibus intermunicipal.

O símbolo está lá.

Mas e a rampa ou plataforma?

Não sou gostoso, mas também sou chato e reclamão.

Preço da militância.

 Foto: Estadão

E o SCALA já era.

Lembro-me quando era adolescente duro e passava o Carnaval assistindo pela TV a alegria alheia.

Os bailes eram transmitidos ao vivo.

Os cariocas eram os que mais repercutiam.

VERMELHO E PRETO, na sede do FLAMENGO, em que iam os jogadores da fase Zico e &, BAILE DO COPA, no Copacabana Palace, com gente de smoking, SCALA, no Leblon, em que havia a notória noite gay.

Em que repórteres não escutavam seus entrevistados.

"Tá vestido do quê?"

"O quê?!"

"Vai desfilar em qual escola?"

"Como?!"

Em que ROGÉRIA era a estrela do show; talvez seu único cachê do ano.

E cujas cenas picantes eram cortadas, mas depois vendidas em bancas.

Cenas de bastidores, dos camarotes.

Enriquecendo nossa imaginação, dando fama de 15 minutos a aspirantes, e oportunidade para travecos e drags brilharem.

Já era. O SCALA foi lacrado.

Passei por ele no ano passado em pleno Carnaval. Ainda tinha tapete vermelho, flashes, a rua, em frente à uma delegacia, era interditada, mas sem o glamour do passado.

Com o renascimento do Carnaval de rua do Rio, quem se interessa por baile fechado?

Já era.

+++

Um amigo cadeirante baiano decidiu experimentar a eficiência do transporte adaptado carioca.

Que se notabilizou na última novela, com a cadeirante chata e reclamona [ALINE MORAES], mas gostosérrima, militando a plenos pulmões.

 Foto: Estadão

Vi com meus olhos o aumento da quantidade de ônibus adaptados no último ano.

Com o sistema pouco prático de plataformas hidráulicas, que vivem enguiçando, e não com o sistema de rampas, mais prático e econômico, que a maioria das cidades adotou; inclusive São Paulo.

Meu amigo contou que ficava no ponto, fazia sinal, paravam mas diziam: "Olha, esquecemos a chave da plataforma, pegue o próximo."

E assim por diante.

Decidiu pegar um táxi.

Isso é Rio de Janeiro...

+++

Aliás, alguém me explica como entra uma cadeira de rodas neste ônibus intermunicipal.

O símbolo está lá.

Mas e a rampa ou plataforma?

Não sou gostoso, mas também sou chato e reclamão.

Preço da militância.

 Foto: Estadão

E o SCALA já era.

Lembro-me quando era adolescente duro e passava o Carnaval assistindo pela TV a alegria alheia.

Os bailes eram transmitidos ao vivo.

Os cariocas eram os que mais repercutiam.

VERMELHO E PRETO, na sede do FLAMENGO, em que iam os jogadores da fase Zico e &, BAILE DO COPA, no Copacabana Palace, com gente de smoking, SCALA, no Leblon, em que havia a notória noite gay.

Em que repórteres não escutavam seus entrevistados.

"Tá vestido do quê?"

"O quê?!"

"Vai desfilar em qual escola?"

"Como?!"

Em que ROGÉRIA era a estrela do show; talvez seu único cachê do ano.

E cujas cenas picantes eram cortadas, mas depois vendidas em bancas.

Cenas de bastidores, dos camarotes.

Enriquecendo nossa imaginação, dando fama de 15 minutos a aspirantes, e oportunidade para travecos e drags brilharem.

Já era. O SCALA foi lacrado.

Passei por ele no ano passado em pleno Carnaval. Ainda tinha tapete vermelho, flashes, a rua, em frente à uma delegacia, era interditada, mas sem o glamour do passado.

Com o renascimento do Carnaval de rua do Rio, quem se interessa por baile fechado?

Já era.

+++

Um amigo cadeirante baiano decidiu experimentar a eficiência do transporte adaptado carioca.

Que se notabilizou na última novela, com a cadeirante chata e reclamona [ALINE MORAES], mas gostosérrima, militando a plenos pulmões.

 Foto: Estadão

Vi com meus olhos o aumento da quantidade de ônibus adaptados no último ano.

Com o sistema pouco prático de plataformas hidráulicas, que vivem enguiçando, e não com o sistema de rampas, mais prático e econômico, que a maioria das cidades adotou; inclusive São Paulo.

Meu amigo contou que ficava no ponto, fazia sinal, paravam mas diziam: "Olha, esquecemos a chave da plataforma, pegue o próximo."

E assim por diante.

Decidiu pegar um táxi.

Isso é Rio de Janeiro...

+++

Aliás, alguém me explica como entra uma cadeira de rodas neste ônibus intermunicipal.

O símbolo está lá.

Mas e a rampa ou plataforma?

Não sou gostoso, mas também sou chato e reclamão.

Preço da militância.

 Foto: Estadão

E o SCALA já era.

Lembro-me quando era adolescente duro e passava o Carnaval assistindo pela TV a alegria alheia.

Os bailes eram transmitidos ao vivo.

Os cariocas eram os que mais repercutiam.

VERMELHO E PRETO, na sede do FLAMENGO, em que iam os jogadores da fase Zico e &, BAILE DO COPA, no Copacabana Palace, com gente de smoking, SCALA, no Leblon, em que havia a notória noite gay.

Em que repórteres não escutavam seus entrevistados.

"Tá vestido do quê?"

"O quê?!"

"Vai desfilar em qual escola?"

"Como?!"

Em que ROGÉRIA era a estrela do show; talvez seu único cachê do ano.

E cujas cenas picantes eram cortadas, mas depois vendidas em bancas.

Cenas de bastidores, dos camarotes.

Enriquecendo nossa imaginação, dando fama de 15 minutos a aspirantes, e oportunidade para travecos e drags brilharem.

Já era. O SCALA foi lacrado.

Passei por ele no ano passado em pleno Carnaval. Ainda tinha tapete vermelho, flashes, a rua, em frente à uma delegacia, era interditada, mas sem o glamour do passado.

Com o renascimento do Carnaval de rua do Rio, quem se interessa por baile fechado?

Já era.

+++

Um amigo cadeirante baiano decidiu experimentar a eficiência do transporte adaptado carioca.

Que se notabilizou na última novela, com a cadeirante chata e reclamona [ALINE MORAES], mas gostosérrima, militando a plenos pulmões.

 Foto: Estadão

Vi com meus olhos o aumento da quantidade de ônibus adaptados no último ano.

Com o sistema pouco prático de plataformas hidráulicas, que vivem enguiçando, e não com o sistema de rampas, mais prático e econômico, que a maioria das cidades adotou; inclusive São Paulo.

Meu amigo contou que ficava no ponto, fazia sinal, paravam mas diziam: "Olha, esquecemos a chave da plataforma, pegue o próximo."

E assim por diante.

Decidiu pegar um táxi.

Isso é Rio de Janeiro...

+++

Aliás, alguém me explica como entra uma cadeira de rodas neste ônibus intermunicipal.

O símbolo está lá.

Mas e a rampa ou plataforma?

Não sou gostoso, mas também sou chato e reclamão.

Preço da militância.

 Foto: Estadão
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