A grandeza dos vencidos de Campanella


Diretor argentino ganha revisão de sua obra às vésperas da estreia da animação ‘Metegol’, com que sonha voltar ao Oscar

Por Luiz Carlos Merten

Até dia 26, e sempre às terças-feiras, o Sesc Santana fará a revisão da obra do cineasta argentino Juan José Campanella. Sempre às 20 horas, e de graça, serão exibidos – O Mesmo Amor, a Mesma Chuva; O Filho da Noiva; Clube da Lua; e O Segredo dos Seus Olhos, que valeu ao diretor o Oscar de filme estrangeiro. No dia 29, quase dando sequência à programação, estreia o novo longa de Campanella, a animação Metegol – Um Time Show de Bola, com a qual ele bateu todos os recordes históricos do cinema em seu país.

O Mesmo Amor, a Mesma Chuva, O Filho da Noiva, Clube da Lua e O Segredo dos Seus Olhos. Quase todo Campanella, pois falta Metegol – dois desses filmes, justamente O Segredo e Metegol, integram a seleta lista das maiores bilheterias do cinema da Argentina. O filme sobre futebol, Um Time Show de Bola, que está previsto para estrear aqui no dia 29, não precisou mais que um mês para ultrapassar os 2,8 milhões que O Segredo demorou mais tempo para alcançar – e só chegou lá depois da indicação para o prêmio da Academia de Hollywood.

Metegol trata de um tema fordiano – de John Ford –, a grandeza dos derrotados. Espere para ver e confirmar. Numa entrevista por telefone, e depois, num encontro no Rio – sua animação teve exibição de gala durante o festival –, Campanella disse que esse é o elo que une toda a sua obra. Ele gosta de falar dos vencidos, mas nunca para baixo. O que lhe interessa, pelo contrário, é resgatar a grandeza dos esquecidos pela história. E tanto faz que ele esteja contando a história de um escritor inseguro e da garçonete que o inspira (O Mesmo Amor), de um filho dedicado cuja mãe sofre de Alzheimer (O Filho da Noiva), de um homem que tenta salvar o clube de dança da sua comunidade (Clube da Lua) ou da vingança de um ex-oficial de Justiça num episódio de violência que remonta à repressão da ditadura argentina (O Segredo).

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O personagem de Campanella é sempre esse homem que se bate com o mundo pela preservação de seus sonhos, ou ideais. E ele tem sempre a cara de Ricardo Darín, que interpreta todos os filmes que o público poderá (re)ver. Mais que parceiros, são amigos, mas Darín não forneceu a voz para os futebolistas de Metegol. Campanella preferiu escolher um ator menos conhecido do público. Era importante que a voz do protagonista de Metegol não fosse a de Darín, que, com tanta facilidade, ecoa no imaginário do espectador argentino. Só no do argentino? Estes anos todos, Darín deu uma cara ao cinema de seu país, e o cinema argentino cala fundo no espectador brasileiro também.

Muito já se falou sobre a preferência do cinema argentino pelos temas da sua classe média, o que facilita a identificação das camadas do público que vão ao cinema. Na Brasil, há uma preferência muito mais acentuada pela marginalidade, pelos excluídos, pelos violentos. Isso não torna um cinema melhor que o outro – vai depender do olhar do espectador –, mas é interessante que Campanella seja um sólido contador de histórias. Isso não surpreende quem conhece e acompanha sua trajetória, porque ele trabalha na TV dos EUA desde o começo dos anos 1990 e já dirigiu episódios de séries como 30 Rock, Law&Order e House. Até por sua experiência e salvo por exceções de ambos os lados, Campanella já disse ao Estado que a televisão norte-americana “está passando por uma época de ouro e supera o cinema”.

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Até dia 26, e sempre às terças-feiras, o Sesc Santana fará a revisão da obra do cineasta argentino Juan José Campanella. Sempre às 20 horas, e de graça, serão exibidos – O Mesmo Amor, a Mesma Chuva; O Filho da Noiva; Clube da Lua; e O Segredo dos Seus Olhos, que valeu ao diretor o Oscar de filme estrangeiro. No dia 29, quase dando sequência à programação, estreia o novo longa de Campanella, a animação Metegol – Um Time Show de Bola, com a qual ele bateu todos os recordes históricos do cinema em seu país.

O Mesmo Amor, a Mesma Chuva, O Filho da Noiva, Clube da Lua e O Segredo dos Seus Olhos. Quase todo Campanella, pois falta Metegol – dois desses filmes, justamente O Segredo e Metegol, integram a seleta lista das maiores bilheterias do cinema da Argentina. O filme sobre futebol, Um Time Show de Bola, que está previsto para estrear aqui no dia 29, não precisou mais que um mês para ultrapassar os 2,8 milhões que O Segredo demorou mais tempo para alcançar – e só chegou lá depois da indicação para o prêmio da Academia de Hollywood.

Metegol trata de um tema fordiano – de John Ford –, a grandeza dos derrotados. Espere para ver e confirmar. Numa entrevista por telefone, e depois, num encontro no Rio – sua animação teve exibição de gala durante o festival –, Campanella disse que esse é o elo que une toda a sua obra. Ele gosta de falar dos vencidos, mas nunca para baixo. O que lhe interessa, pelo contrário, é resgatar a grandeza dos esquecidos pela história. E tanto faz que ele esteja contando a história de um escritor inseguro e da garçonete que o inspira (O Mesmo Amor), de um filho dedicado cuja mãe sofre de Alzheimer (O Filho da Noiva), de um homem que tenta salvar o clube de dança da sua comunidade (Clube da Lua) ou da vingança de um ex-oficial de Justiça num episódio de violência que remonta à repressão da ditadura argentina (O Segredo).

O personagem de Campanella é sempre esse homem que se bate com o mundo pela preservação de seus sonhos, ou ideais. E ele tem sempre a cara de Ricardo Darín, que interpreta todos os filmes que o público poderá (re)ver. Mais que parceiros, são amigos, mas Darín não forneceu a voz para os futebolistas de Metegol. Campanella preferiu escolher um ator menos conhecido do público. Era importante que a voz do protagonista de Metegol não fosse a de Darín, que, com tanta facilidade, ecoa no imaginário do espectador argentino. Só no do argentino? Estes anos todos, Darín deu uma cara ao cinema de seu país, e o cinema argentino cala fundo no espectador brasileiro também.

Muito já se falou sobre a preferência do cinema argentino pelos temas da sua classe média, o que facilita a identificação das camadas do público que vão ao cinema. Na Brasil, há uma preferência muito mais acentuada pela marginalidade, pelos excluídos, pelos violentos. Isso não torna um cinema melhor que o outro – vai depender do olhar do espectador –, mas é interessante que Campanella seja um sólido contador de histórias. Isso não surpreende quem conhece e acompanha sua trajetória, porque ele trabalha na TV dos EUA desde o começo dos anos 1990 e já dirigiu episódios de séries como 30 Rock, Law&Order e House. Até por sua experiência e salvo por exceções de ambos os lados, Campanella já disse ao Estado que a televisão norte-americana “está passando por uma época de ouro e supera o cinema”.

Até dia 26, e sempre às terças-feiras, o Sesc Santana fará a revisão da obra do cineasta argentino Juan José Campanella. Sempre às 20 horas, e de graça, serão exibidos – O Mesmo Amor, a Mesma Chuva; O Filho da Noiva; Clube da Lua; e O Segredo dos Seus Olhos, que valeu ao diretor o Oscar de filme estrangeiro. No dia 29, quase dando sequência à programação, estreia o novo longa de Campanella, a animação Metegol – Um Time Show de Bola, com a qual ele bateu todos os recordes históricos do cinema em seu país.

O Mesmo Amor, a Mesma Chuva, O Filho da Noiva, Clube da Lua e O Segredo dos Seus Olhos. Quase todo Campanella, pois falta Metegol – dois desses filmes, justamente O Segredo e Metegol, integram a seleta lista das maiores bilheterias do cinema da Argentina. O filme sobre futebol, Um Time Show de Bola, que está previsto para estrear aqui no dia 29, não precisou mais que um mês para ultrapassar os 2,8 milhões que O Segredo demorou mais tempo para alcançar – e só chegou lá depois da indicação para o prêmio da Academia de Hollywood.

Metegol trata de um tema fordiano – de John Ford –, a grandeza dos derrotados. Espere para ver e confirmar. Numa entrevista por telefone, e depois, num encontro no Rio – sua animação teve exibição de gala durante o festival –, Campanella disse que esse é o elo que une toda a sua obra. Ele gosta de falar dos vencidos, mas nunca para baixo. O que lhe interessa, pelo contrário, é resgatar a grandeza dos esquecidos pela história. E tanto faz que ele esteja contando a história de um escritor inseguro e da garçonete que o inspira (O Mesmo Amor), de um filho dedicado cuja mãe sofre de Alzheimer (O Filho da Noiva), de um homem que tenta salvar o clube de dança da sua comunidade (Clube da Lua) ou da vingança de um ex-oficial de Justiça num episódio de violência que remonta à repressão da ditadura argentina (O Segredo).

O personagem de Campanella é sempre esse homem que se bate com o mundo pela preservação de seus sonhos, ou ideais. E ele tem sempre a cara de Ricardo Darín, que interpreta todos os filmes que o público poderá (re)ver. Mais que parceiros, são amigos, mas Darín não forneceu a voz para os futebolistas de Metegol. Campanella preferiu escolher um ator menos conhecido do público. Era importante que a voz do protagonista de Metegol não fosse a de Darín, que, com tanta facilidade, ecoa no imaginário do espectador argentino. Só no do argentino? Estes anos todos, Darín deu uma cara ao cinema de seu país, e o cinema argentino cala fundo no espectador brasileiro também.

Muito já se falou sobre a preferência do cinema argentino pelos temas da sua classe média, o que facilita a identificação das camadas do público que vão ao cinema. Na Brasil, há uma preferência muito mais acentuada pela marginalidade, pelos excluídos, pelos violentos. Isso não torna um cinema melhor que o outro – vai depender do olhar do espectador –, mas é interessante que Campanella seja um sólido contador de histórias. Isso não surpreende quem conhece e acompanha sua trajetória, porque ele trabalha na TV dos EUA desde o começo dos anos 1990 e já dirigiu episódios de séries como 30 Rock, Law&Order e House. Até por sua experiência e salvo por exceções de ambos os lados, Campanella já disse ao Estado que a televisão norte-americana “está passando por uma época de ouro e supera o cinema”.

Até dia 26, e sempre às terças-feiras, o Sesc Santana fará a revisão da obra do cineasta argentino Juan José Campanella. Sempre às 20 horas, e de graça, serão exibidos – O Mesmo Amor, a Mesma Chuva; O Filho da Noiva; Clube da Lua; e O Segredo dos Seus Olhos, que valeu ao diretor o Oscar de filme estrangeiro. No dia 29, quase dando sequência à programação, estreia o novo longa de Campanella, a animação Metegol – Um Time Show de Bola, com a qual ele bateu todos os recordes históricos do cinema em seu país.

O Mesmo Amor, a Mesma Chuva, O Filho da Noiva, Clube da Lua e O Segredo dos Seus Olhos. Quase todo Campanella, pois falta Metegol – dois desses filmes, justamente O Segredo e Metegol, integram a seleta lista das maiores bilheterias do cinema da Argentina. O filme sobre futebol, Um Time Show de Bola, que está previsto para estrear aqui no dia 29, não precisou mais que um mês para ultrapassar os 2,8 milhões que O Segredo demorou mais tempo para alcançar – e só chegou lá depois da indicação para o prêmio da Academia de Hollywood.

Metegol trata de um tema fordiano – de John Ford –, a grandeza dos derrotados. Espere para ver e confirmar. Numa entrevista por telefone, e depois, num encontro no Rio – sua animação teve exibição de gala durante o festival –, Campanella disse que esse é o elo que une toda a sua obra. Ele gosta de falar dos vencidos, mas nunca para baixo. O que lhe interessa, pelo contrário, é resgatar a grandeza dos esquecidos pela história. E tanto faz que ele esteja contando a história de um escritor inseguro e da garçonete que o inspira (O Mesmo Amor), de um filho dedicado cuja mãe sofre de Alzheimer (O Filho da Noiva), de um homem que tenta salvar o clube de dança da sua comunidade (Clube da Lua) ou da vingança de um ex-oficial de Justiça num episódio de violência que remonta à repressão da ditadura argentina (O Segredo).

O personagem de Campanella é sempre esse homem que se bate com o mundo pela preservação de seus sonhos, ou ideais. E ele tem sempre a cara de Ricardo Darín, que interpreta todos os filmes que o público poderá (re)ver. Mais que parceiros, são amigos, mas Darín não forneceu a voz para os futebolistas de Metegol. Campanella preferiu escolher um ator menos conhecido do público. Era importante que a voz do protagonista de Metegol não fosse a de Darín, que, com tanta facilidade, ecoa no imaginário do espectador argentino. Só no do argentino? Estes anos todos, Darín deu uma cara ao cinema de seu país, e o cinema argentino cala fundo no espectador brasileiro também.

Muito já se falou sobre a preferência do cinema argentino pelos temas da sua classe média, o que facilita a identificação das camadas do público que vão ao cinema. Na Brasil, há uma preferência muito mais acentuada pela marginalidade, pelos excluídos, pelos violentos. Isso não torna um cinema melhor que o outro – vai depender do olhar do espectador –, mas é interessante que Campanella seja um sólido contador de histórias. Isso não surpreende quem conhece e acompanha sua trajetória, porque ele trabalha na TV dos EUA desde o começo dos anos 1990 e já dirigiu episódios de séries como 30 Rock, Law&Order e House. Até por sua experiência e salvo por exceções de ambos os lados, Campanella já disse ao Estado que a televisão norte-americana “está passando por uma época de ouro e supera o cinema”.

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