Academia Coral de Lübeck faz noite divertida e agradável em São Paulo


Equilibrado e fluente, grupo foi bem conduzido pelo regente alemão Rolf Beck; solistas tiveram ótimo desempenho

Por João Marcos Coelho

Em sua pioneira “revista musical”, o dublê de crítico e compositor Robert Schumann escreveu na década de 1830 que vivemos “numa época em que metade do mundo rumina em torno de Beethoven e a outra vive imersa no cotidiano”. Este cotidiano inclui a música coral feita basicamente por grupos amadores e abastecida pelos compositores durante o século 19, sobretudo onde se falava alemão. Tradição forte de música acessível, cantando os prazeres da vida, os amores, os desencontros, a natureza.

Até a invenção do concerto perto da metade do século 19, os eventos musicais duravam várias horas e misturavam sinfonias, oratórios, óperas, música de câmara, coral e canções. Esta mistureba caótica refletia uma prática musical democrática, sem diferenças entre a música de invenção e a de entretenimento. O próprio Schumann, que escreveu criticando este tipo de música trivial (na ótima, porque neutra, expressão de Dahlhaus em seu livro sobre a música do século 19), também compôs gemas de 4 minutos para solistas, coro e piano como Vida Cigana, op. 29/3, saboreada na quarta-feira, 24, na Sala São Paulo, em divertido, diversificado e agradável concerto da Internationale Chorakademie Lübeck, regida por Rolf Beck. Igualmente Brahms, protótipo do compositor sisudo, fez as sacudidas danças húngaras, puro entretenimento. Ou música trivial. Sem culpa. 

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A “trivial” primeira parte foi preenchida por canções para quartetos vocais e coral com piano aliando poemas de qualidade desigual a criações musicais fáceis, pensadas para coros amadores. Brahms abriu a noitada. Ele foi regente coral em Detmold com um coro feminino e em Viena com a Singakademie nos anos 1850/60. As deliciosas Canções Ciganas são levíssimas, alegres (a maioria leva a indicação Allegro), cantam o amor e a vida cigana: um conceito que se pretende húngaro, mas pouco tem de fato de magiar. Schubert assina a encantadora Serenata para contralto, coro masculino e piano de apenas 5 minutos.

O coro, equilibrado e fluente, foi bem conduzido por Rolf Beck. Oito brasileiros integram o coral. Eles fizeram, no fim de mês, uma Academia em Trancoso, no litoral baiano, para 50 bolsistas brasileiros, promovido pelo Mozarteum. Na segunda parte, o Grupo Percussivo da USP juntou-se ao coral e solistas para uma versão da Carmina Burana de Orff com dois pianos e percussão. Aqui, os solistas tiveram ótimo desempenho. O que não exige do coral, a quem reserva melodias diatônicas simples, Orff transfere para os solistas, com agudos quase impossíveis. O tenor armênio Berj Karazian e o barítono eslovaco Peter Mazalan foram impecáveis, mas o destaque ficou, sem patriotadas, para a soprano Lilian Giovanini, dona de timbre fabuloso e afinação imaculada.

Em sua pioneira “revista musical”, o dublê de crítico e compositor Robert Schumann escreveu na década de 1830 que vivemos “numa época em que metade do mundo rumina em torno de Beethoven e a outra vive imersa no cotidiano”. Este cotidiano inclui a música coral feita basicamente por grupos amadores e abastecida pelos compositores durante o século 19, sobretudo onde se falava alemão. Tradição forte de música acessível, cantando os prazeres da vida, os amores, os desencontros, a natureza.

Até a invenção do concerto perto da metade do século 19, os eventos musicais duravam várias horas e misturavam sinfonias, oratórios, óperas, música de câmara, coral e canções. Esta mistureba caótica refletia uma prática musical democrática, sem diferenças entre a música de invenção e a de entretenimento. O próprio Schumann, que escreveu criticando este tipo de música trivial (na ótima, porque neutra, expressão de Dahlhaus em seu livro sobre a música do século 19), também compôs gemas de 4 minutos para solistas, coro e piano como Vida Cigana, op. 29/3, saboreada na quarta-feira, 24, na Sala São Paulo, em divertido, diversificado e agradável concerto da Internationale Chorakademie Lübeck, regida por Rolf Beck. Igualmente Brahms, protótipo do compositor sisudo, fez as sacudidas danças húngaras, puro entretenimento. Ou música trivial. Sem culpa. 

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A “trivial” primeira parte foi preenchida por canções para quartetos vocais e coral com piano aliando poemas de qualidade desigual a criações musicais fáceis, pensadas para coros amadores. Brahms abriu a noitada. Ele foi regente coral em Detmold com um coro feminino e em Viena com a Singakademie nos anos 1850/60. As deliciosas Canções Ciganas são levíssimas, alegres (a maioria leva a indicação Allegro), cantam o amor e a vida cigana: um conceito que se pretende húngaro, mas pouco tem de fato de magiar. Schubert assina a encantadora Serenata para contralto, coro masculino e piano de apenas 5 minutos.

O coro, equilibrado e fluente, foi bem conduzido por Rolf Beck. Oito brasileiros integram o coral. Eles fizeram, no fim de mês, uma Academia em Trancoso, no litoral baiano, para 50 bolsistas brasileiros, promovido pelo Mozarteum. Na segunda parte, o Grupo Percussivo da USP juntou-se ao coral e solistas para uma versão da Carmina Burana de Orff com dois pianos e percussão. Aqui, os solistas tiveram ótimo desempenho. O que não exige do coral, a quem reserva melodias diatônicas simples, Orff transfere para os solistas, com agudos quase impossíveis. O tenor armênio Berj Karazian e o barítono eslovaco Peter Mazalan foram impecáveis, mas o destaque ficou, sem patriotadas, para a soprano Lilian Giovanini, dona de timbre fabuloso e afinação imaculada.

Em sua pioneira “revista musical”, o dublê de crítico e compositor Robert Schumann escreveu na década de 1830 que vivemos “numa época em que metade do mundo rumina em torno de Beethoven e a outra vive imersa no cotidiano”. Este cotidiano inclui a música coral feita basicamente por grupos amadores e abastecida pelos compositores durante o século 19, sobretudo onde se falava alemão. Tradição forte de música acessível, cantando os prazeres da vida, os amores, os desencontros, a natureza.

Até a invenção do concerto perto da metade do século 19, os eventos musicais duravam várias horas e misturavam sinfonias, oratórios, óperas, música de câmara, coral e canções. Esta mistureba caótica refletia uma prática musical democrática, sem diferenças entre a música de invenção e a de entretenimento. O próprio Schumann, que escreveu criticando este tipo de música trivial (na ótima, porque neutra, expressão de Dahlhaus em seu livro sobre a música do século 19), também compôs gemas de 4 minutos para solistas, coro e piano como Vida Cigana, op. 29/3, saboreada na quarta-feira, 24, na Sala São Paulo, em divertido, diversificado e agradável concerto da Internationale Chorakademie Lübeck, regida por Rolf Beck. Igualmente Brahms, protótipo do compositor sisudo, fez as sacudidas danças húngaras, puro entretenimento. Ou música trivial. Sem culpa. 

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A “trivial” primeira parte foi preenchida por canções para quartetos vocais e coral com piano aliando poemas de qualidade desigual a criações musicais fáceis, pensadas para coros amadores. Brahms abriu a noitada. Ele foi regente coral em Detmold com um coro feminino e em Viena com a Singakademie nos anos 1850/60. As deliciosas Canções Ciganas são levíssimas, alegres (a maioria leva a indicação Allegro), cantam o amor e a vida cigana: um conceito que se pretende húngaro, mas pouco tem de fato de magiar. Schubert assina a encantadora Serenata para contralto, coro masculino e piano de apenas 5 minutos.

O coro, equilibrado e fluente, foi bem conduzido por Rolf Beck. Oito brasileiros integram o coral. Eles fizeram, no fim de mês, uma Academia em Trancoso, no litoral baiano, para 50 bolsistas brasileiros, promovido pelo Mozarteum. Na segunda parte, o Grupo Percussivo da USP juntou-se ao coral e solistas para uma versão da Carmina Burana de Orff com dois pianos e percussão. Aqui, os solistas tiveram ótimo desempenho. O que não exige do coral, a quem reserva melodias diatônicas simples, Orff transfere para os solistas, com agudos quase impossíveis. O tenor armênio Berj Karazian e o barítono eslovaco Peter Mazalan foram impecáveis, mas o destaque ficou, sem patriotadas, para a soprano Lilian Giovanini, dona de timbre fabuloso e afinação imaculada.

Em sua pioneira “revista musical”, o dublê de crítico e compositor Robert Schumann escreveu na década de 1830 que vivemos “numa época em que metade do mundo rumina em torno de Beethoven e a outra vive imersa no cotidiano”. Este cotidiano inclui a música coral feita basicamente por grupos amadores e abastecida pelos compositores durante o século 19, sobretudo onde se falava alemão. Tradição forte de música acessível, cantando os prazeres da vida, os amores, os desencontros, a natureza.

Até a invenção do concerto perto da metade do século 19, os eventos musicais duravam várias horas e misturavam sinfonias, oratórios, óperas, música de câmara, coral e canções. Esta mistureba caótica refletia uma prática musical democrática, sem diferenças entre a música de invenção e a de entretenimento. O próprio Schumann, que escreveu criticando este tipo de música trivial (na ótima, porque neutra, expressão de Dahlhaus em seu livro sobre a música do século 19), também compôs gemas de 4 minutos para solistas, coro e piano como Vida Cigana, op. 29/3, saboreada na quarta-feira, 24, na Sala São Paulo, em divertido, diversificado e agradável concerto da Internationale Chorakademie Lübeck, regida por Rolf Beck. Igualmente Brahms, protótipo do compositor sisudo, fez as sacudidas danças húngaras, puro entretenimento. Ou música trivial. Sem culpa. 

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A “trivial” primeira parte foi preenchida por canções para quartetos vocais e coral com piano aliando poemas de qualidade desigual a criações musicais fáceis, pensadas para coros amadores. Brahms abriu a noitada. Ele foi regente coral em Detmold com um coro feminino e em Viena com a Singakademie nos anos 1850/60. As deliciosas Canções Ciganas são levíssimas, alegres (a maioria leva a indicação Allegro), cantam o amor e a vida cigana: um conceito que se pretende húngaro, mas pouco tem de fato de magiar. Schubert assina a encantadora Serenata para contralto, coro masculino e piano de apenas 5 minutos.

O coro, equilibrado e fluente, foi bem conduzido por Rolf Beck. Oito brasileiros integram o coral. Eles fizeram, no fim de mês, uma Academia em Trancoso, no litoral baiano, para 50 bolsistas brasileiros, promovido pelo Mozarteum. Na segunda parte, o Grupo Percussivo da USP juntou-se ao coral e solistas para uma versão da Carmina Burana de Orff com dois pianos e percussão. Aqui, os solistas tiveram ótimo desempenho. O que não exige do coral, a quem reserva melodias diatônicas simples, Orff transfere para os solistas, com agudos quase impossíveis. O tenor armênio Berj Karazian e o barítono eslovaco Peter Mazalan foram impecáveis, mas o destaque ficou, sem patriotadas, para a soprano Lilian Giovanini, dona de timbre fabuloso e afinação imaculada.

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