Como o Black Sabbath criou o heavy metal há 50 anos


Disco influenciou sonoridade e estética do rock pesado por meio século

Por André Cáceres
Atualização:

Foi em uma sexta-feira 13. Um disco com capa meio esquisita, mostrando uma figura disforme, que parecia uma bruxa ou uma assombração, lançado timidamente na Inglaterra. O nome do álbum era igual ao da banda – e da faixa de abertura: Black Sabbath. O mesmo título de um filme de terror de 1936 dirigido por Mario Bava. Formado por Ozzy Osbourne (voz), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria), o quarteto mudou a história do rock, dando origem a um novo gênero, que viria a ser conhecido como heavy metal.

Ozzy Osbourne, vocalista do Black Sabbath Foto: JF Diorio/Estadão

O Black Sabbath trouxe um peso inesperado para a época em seu som, dando continuidade aos experimentalismos sonoros da psicodelia, mas contrapondo-se à sua estética colorida que pedia por paz e amor. Não que o Black Sabbath, chamado Earth em seus primórdios, não tenha começado como uma banda colorida de blues rock, como a maioria de seus companheiros na época. Mas seu visual macabro inspirou em grande medida a estética que viria a ser adotada pelo heavy metal como um todo.

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Boa parte dessa influência veio por meio de um acidente: quando o guitarrista Tony Iommi, ainda bem jovem, trabalhava como soldador em uma fábrica de Birmingham, cidade operária do Reino Unido, ele teve seus dedos médio e anelar da mão esquerda decepados. Para amenizar a dor ao tocar guitarra, ele passou a usar uma afinação mais grave em seu instrumento, deixando a corda mais maleável. Daí surgiu o som distorcido e pesado que viria a se tornar uma marca registrada do Black Sabbath.

A faixa-título do disco de estreia abria com o som de uma tempestade, o dobrar de sinos e um riff longo, grave, distorcido e arrastado. Suas três notas estavam dispostas em uma sequência conhecida na Idade Média como o “intervalo do Diabo”, algo que era terminantemente proibido pela Igreja de ser tocado. Apesar de parecer um truque bolado para chocar, o próprio guitarrista admite, em sua autobiografia Iron Man, que a ideia não foi intencional. “Eu não fazia ideia, foi simplesmente algo que senti dentro de mim. Foi quase como se aquilo tivesse saído de mim à força, as coisas surgiam assim.”

O disco contava com faixas que viriam a se tornar clássicos da banda, como N.I.B, com seu riff pegajoso; The Wizard, com sua gaita amedrontadora e Sleeping Village, contribuindo com o clima de terror. Também trazia dois covers: Evil Woman, do Crow, e Warning, do Aynsley Dunbar Retaliation.

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Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, que está lançando neste mês seu novo disco, falou ao Estado sobre a influência da banda: “Black Sabbath é tudo, todo o metal veio deles, mesmo sem saberem o que estavam fazendo”, analisa. “Por mais barulhenta e diferente que seja a banda, se ela é de metal, veio do Black Sabbath.” 

O guitarrista Tony Iommi, do Black Sabbath Foto: José Patrício/Estadão

Essa influência pode ser sentida na evolução de um dos subgêneros do metal, o stoner rock, que se inspira tanto no Sabbath – especialmente em seu terceiro disco, Masters of Reality, ressalta Kisser – que até mesmo os nomes das principais bandas desse estilo remontam aos títulos de faixas do Sabbath, comoElectric Wizard, Saint Vitus, Black Debbath... 

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O guitarrista do Sepultura considera ainda que a banda foi bastante experimental durante os anos 1970, mas com a saída de Ozzy do grupo, eles diversificaram seu som e se renovaram. 

Para compreender um pouco da evolução do metal como gênero, o Estado escolheu dez músicas essenciais do heavy metal, desde seus primórdios, para fazer uma genealogia do estilo.

Foi em uma sexta-feira 13. Um disco com capa meio esquisita, mostrando uma figura disforme, que parecia uma bruxa ou uma assombração, lançado timidamente na Inglaterra. O nome do álbum era igual ao da banda – e da faixa de abertura: Black Sabbath. O mesmo título de um filme de terror de 1936 dirigido por Mario Bava. Formado por Ozzy Osbourne (voz), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria), o quarteto mudou a história do rock, dando origem a um novo gênero, que viria a ser conhecido como heavy metal.

Ozzy Osbourne, vocalista do Black Sabbath Foto: JF Diorio/Estadão

O Black Sabbath trouxe um peso inesperado para a época em seu som, dando continuidade aos experimentalismos sonoros da psicodelia, mas contrapondo-se à sua estética colorida que pedia por paz e amor. Não que o Black Sabbath, chamado Earth em seus primórdios, não tenha começado como uma banda colorida de blues rock, como a maioria de seus companheiros na época. Mas seu visual macabro inspirou em grande medida a estética que viria a ser adotada pelo heavy metal como um todo.

Boa parte dessa influência veio por meio de um acidente: quando o guitarrista Tony Iommi, ainda bem jovem, trabalhava como soldador em uma fábrica de Birmingham, cidade operária do Reino Unido, ele teve seus dedos médio e anelar da mão esquerda decepados. Para amenizar a dor ao tocar guitarra, ele passou a usar uma afinação mais grave em seu instrumento, deixando a corda mais maleável. Daí surgiu o som distorcido e pesado que viria a se tornar uma marca registrada do Black Sabbath.

A faixa-título do disco de estreia abria com o som de uma tempestade, o dobrar de sinos e um riff longo, grave, distorcido e arrastado. Suas três notas estavam dispostas em uma sequência conhecida na Idade Média como o “intervalo do Diabo”, algo que era terminantemente proibido pela Igreja de ser tocado. Apesar de parecer um truque bolado para chocar, o próprio guitarrista admite, em sua autobiografia Iron Man, que a ideia não foi intencional. “Eu não fazia ideia, foi simplesmente algo que senti dentro de mim. Foi quase como se aquilo tivesse saído de mim à força, as coisas surgiam assim.”

O disco contava com faixas que viriam a se tornar clássicos da banda, como N.I.B, com seu riff pegajoso; The Wizard, com sua gaita amedrontadora e Sleeping Village, contribuindo com o clima de terror. Também trazia dois covers: Evil Woman, do Crow, e Warning, do Aynsley Dunbar Retaliation.

Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, que está lançando neste mês seu novo disco, falou ao Estado sobre a influência da banda: “Black Sabbath é tudo, todo o metal veio deles, mesmo sem saberem o que estavam fazendo”, analisa. “Por mais barulhenta e diferente que seja a banda, se ela é de metal, veio do Black Sabbath.” 

O guitarrista Tony Iommi, do Black Sabbath Foto: José Patrício/Estadão

Essa influência pode ser sentida na evolução de um dos subgêneros do metal, o stoner rock, que se inspira tanto no Sabbath – especialmente em seu terceiro disco, Masters of Reality, ressalta Kisser – que até mesmo os nomes das principais bandas desse estilo remontam aos títulos de faixas do Sabbath, comoElectric Wizard, Saint Vitus, Black Debbath... 

O guitarrista do Sepultura considera ainda que a banda foi bastante experimental durante os anos 1970, mas com a saída de Ozzy do grupo, eles diversificaram seu som e se renovaram. 

Para compreender um pouco da evolução do metal como gênero, o Estado escolheu dez músicas essenciais do heavy metal, desde seus primórdios, para fazer uma genealogia do estilo.

Foi em uma sexta-feira 13. Um disco com capa meio esquisita, mostrando uma figura disforme, que parecia uma bruxa ou uma assombração, lançado timidamente na Inglaterra. O nome do álbum era igual ao da banda – e da faixa de abertura: Black Sabbath. O mesmo título de um filme de terror de 1936 dirigido por Mario Bava. Formado por Ozzy Osbourne (voz), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria), o quarteto mudou a história do rock, dando origem a um novo gênero, que viria a ser conhecido como heavy metal.

Ozzy Osbourne, vocalista do Black Sabbath Foto: JF Diorio/Estadão

O Black Sabbath trouxe um peso inesperado para a época em seu som, dando continuidade aos experimentalismos sonoros da psicodelia, mas contrapondo-se à sua estética colorida que pedia por paz e amor. Não que o Black Sabbath, chamado Earth em seus primórdios, não tenha começado como uma banda colorida de blues rock, como a maioria de seus companheiros na época. Mas seu visual macabro inspirou em grande medida a estética que viria a ser adotada pelo heavy metal como um todo.

Boa parte dessa influência veio por meio de um acidente: quando o guitarrista Tony Iommi, ainda bem jovem, trabalhava como soldador em uma fábrica de Birmingham, cidade operária do Reino Unido, ele teve seus dedos médio e anelar da mão esquerda decepados. Para amenizar a dor ao tocar guitarra, ele passou a usar uma afinação mais grave em seu instrumento, deixando a corda mais maleável. Daí surgiu o som distorcido e pesado que viria a se tornar uma marca registrada do Black Sabbath.

A faixa-título do disco de estreia abria com o som de uma tempestade, o dobrar de sinos e um riff longo, grave, distorcido e arrastado. Suas três notas estavam dispostas em uma sequência conhecida na Idade Média como o “intervalo do Diabo”, algo que era terminantemente proibido pela Igreja de ser tocado. Apesar de parecer um truque bolado para chocar, o próprio guitarrista admite, em sua autobiografia Iron Man, que a ideia não foi intencional. “Eu não fazia ideia, foi simplesmente algo que senti dentro de mim. Foi quase como se aquilo tivesse saído de mim à força, as coisas surgiam assim.”

O disco contava com faixas que viriam a se tornar clássicos da banda, como N.I.B, com seu riff pegajoso; The Wizard, com sua gaita amedrontadora e Sleeping Village, contribuindo com o clima de terror. Também trazia dois covers: Evil Woman, do Crow, e Warning, do Aynsley Dunbar Retaliation.

Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, que está lançando neste mês seu novo disco, falou ao Estado sobre a influência da banda: “Black Sabbath é tudo, todo o metal veio deles, mesmo sem saberem o que estavam fazendo”, analisa. “Por mais barulhenta e diferente que seja a banda, se ela é de metal, veio do Black Sabbath.” 

O guitarrista Tony Iommi, do Black Sabbath Foto: José Patrício/Estadão

Essa influência pode ser sentida na evolução de um dos subgêneros do metal, o stoner rock, que se inspira tanto no Sabbath – especialmente em seu terceiro disco, Masters of Reality, ressalta Kisser – que até mesmo os nomes das principais bandas desse estilo remontam aos títulos de faixas do Sabbath, comoElectric Wizard, Saint Vitus, Black Debbath... 

O guitarrista do Sepultura considera ainda que a banda foi bastante experimental durante os anos 1970, mas com a saída de Ozzy do grupo, eles diversificaram seu som e se renovaram. 

Para compreender um pouco da evolução do metal como gênero, o Estado escolheu dez músicas essenciais do heavy metal, desde seus primórdios, para fazer uma genealogia do estilo.

Foi em uma sexta-feira 13. Um disco com capa meio esquisita, mostrando uma figura disforme, que parecia uma bruxa ou uma assombração, lançado timidamente na Inglaterra. O nome do álbum era igual ao da banda – e da faixa de abertura: Black Sabbath. O mesmo título de um filme de terror de 1936 dirigido por Mario Bava. Formado por Ozzy Osbourne (voz), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria), o quarteto mudou a história do rock, dando origem a um novo gênero, que viria a ser conhecido como heavy metal.

Ozzy Osbourne, vocalista do Black Sabbath Foto: JF Diorio/Estadão

O Black Sabbath trouxe um peso inesperado para a época em seu som, dando continuidade aos experimentalismos sonoros da psicodelia, mas contrapondo-se à sua estética colorida que pedia por paz e amor. Não que o Black Sabbath, chamado Earth em seus primórdios, não tenha começado como uma banda colorida de blues rock, como a maioria de seus companheiros na época. Mas seu visual macabro inspirou em grande medida a estética que viria a ser adotada pelo heavy metal como um todo.

Boa parte dessa influência veio por meio de um acidente: quando o guitarrista Tony Iommi, ainda bem jovem, trabalhava como soldador em uma fábrica de Birmingham, cidade operária do Reino Unido, ele teve seus dedos médio e anelar da mão esquerda decepados. Para amenizar a dor ao tocar guitarra, ele passou a usar uma afinação mais grave em seu instrumento, deixando a corda mais maleável. Daí surgiu o som distorcido e pesado que viria a se tornar uma marca registrada do Black Sabbath.

A faixa-título do disco de estreia abria com o som de uma tempestade, o dobrar de sinos e um riff longo, grave, distorcido e arrastado. Suas três notas estavam dispostas em uma sequência conhecida na Idade Média como o “intervalo do Diabo”, algo que era terminantemente proibido pela Igreja de ser tocado. Apesar de parecer um truque bolado para chocar, o próprio guitarrista admite, em sua autobiografia Iron Man, que a ideia não foi intencional. “Eu não fazia ideia, foi simplesmente algo que senti dentro de mim. Foi quase como se aquilo tivesse saído de mim à força, as coisas surgiam assim.”

O disco contava com faixas que viriam a se tornar clássicos da banda, como N.I.B, com seu riff pegajoso; The Wizard, com sua gaita amedrontadora e Sleeping Village, contribuindo com o clima de terror. Também trazia dois covers: Evil Woman, do Crow, e Warning, do Aynsley Dunbar Retaliation.

Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, que está lançando neste mês seu novo disco, falou ao Estado sobre a influência da banda: “Black Sabbath é tudo, todo o metal veio deles, mesmo sem saberem o que estavam fazendo”, analisa. “Por mais barulhenta e diferente que seja a banda, se ela é de metal, veio do Black Sabbath.” 

O guitarrista Tony Iommi, do Black Sabbath Foto: José Patrício/Estadão

Essa influência pode ser sentida na evolução de um dos subgêneros do metal, o stoner rock, que se inspira tanto no Sabbath – especialmente em seu terceiro disco, Masters of Reality, ressalta Kisser – que até mesmo os nomes das principais bandas desse estilo remontam aos títulos de faixas do Sabbath, comoElectric Wizard, Saint Vitus, Black Debbath... 

O guitarrista do Sepultura considera ainda que a banda foi bastante experimental durante os anos 1970, mas com a saída de Ozzy do grupo, eles diversificaram seu som e se renovaram. 

Para compreender um pouco da evolução do metal como gênero, o Estado escolheu dez músicas essenciais do heavy metal, desde seus primórdios, para fazer uma genealogia do estilo.

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