O som do palco Onix não deu conta da idolatria surpreendente que cerca a banda islandesa Of Monsters and Men. Quando surgiu, às 17h15, a banda da vocalista Nanna Bryndis avistou uma multidão de mãos erguidas à frente do palco. Ao fundo, no entanto, a reação era de indignação. A música chegava como se saísse de um radinho de pilha. O som dos palcos vizinhos era mais alto. Em um momento tenso, as pessoas começaram a descer as pressas para ficarem mais próximas do palco, o que quase causou tumulto. Comparado com o festival do ano passado, a qualidade do som era bem pior e o volume, muito mais baixo. O palco Onix é montado em um vale. A plateia que se aglomera na parte plana curtiu bem o show, mas a multidão que se aglomerou na região mais alta, algo equivalente a mais da metade do público, não teve chances. Muitos desistiram e migraram para outros shows. Nanna tem algo de Bjork na voz e uma postura transgressora quando toca o bumbo que abre seu show, ao lado do violonista Ragnar Ragg. O grupo tem uma vibração que o faz ser rotulado como folk islandês, mas não é bem isso. Há violões o tempo todo, mas também um peso e certa tensão sobretudo nos vocais de Nanna. A dica para quem for aos shows do palco Onix no domingo, 13, é chegar mais cedo e pegar lugares perto do palco. O primeiro grande furo do festival é a qualidade do som.
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