Lollapalooza 2018: artistas nacionais ficam com os piores horários


Dos artistas brasileiros, Mano Brown foi a única exceção que se apresentou no horário nobre do festival

Por João Paulo Carvalho

Mano Brown foi a única atração nacional da sétima edição do Lollapalooza Brasil que se apresentou, digamos, em um horário nobre. Ele subiu no Palco Axe, no sábado, às 18h20. A banda paulistana O Terno, talvez a melhor do rock brazuca na atualidade, chegou perto disso. Eles fizeram show também no sábado, às 16h20, no Palco Axe. Exceções feitas a essas duas atrações (não se deve levar em conta as baladas “topzeiras” de Alok, no Palco Perry, na sexta-feira, 23, a partir das 22h), todo o line-up brasileiro ficou com os piores horários do festival.

+++Lollapalooza 2018: Festival sofre mutação e aposta em medalhões e entretenimento

Mano Brown apresenta show de R&B 'Boogie Night' no palco Axe do Lollapalooza. Foto: Serjão Carvalho/Estadão
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Dessa forma, bandas de destaque do cenário musical foram responsáveis apenas por abrir os trabalhos dos respectivos palcos em que se apresentariam. Artistas como Francisco, el Hombre, Selvagens À Procura de Lei, Tagore e Mahmundi se apresentaram para um público pequeno e pouco expressivo. Talento ali, entretanto, havia de sobra para que eles abocanhassem um horário melhor. Até mesmo artistas mais consagrados e com uma boa rodagem no mundo da música sofreram com isso. As cantoras Mallu Magalhães e Tiê e a banda Vanguart, por exemplo, já não são iniciantes. As três possuem uma legião de fãs espalhadas pelo Brasil e, mesmo assim, foram premiadas com o calor e o sol do meio-dia.

+++Lollapalooza 2018: Com pop sólido, Lana Del Rey encanta o público

Reclamações à parte, muito desse questionamento se deve ao fato de alguns artistas pouco conhecidos do grande público terem se beneficiado de melhores condições para tocar. A banda californiana The Neighbourhood, por exemplo, se apresentou no Palco Budweiser enquanto o duo britânico sem sal Oh Wonder ficou com um bom horário no Palco Axe na última sexta-feira, 23.

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Sem som. Além dos horários ruins, um fato inusitado marcou a apresentação de Liniker e os Caramelows no sábado, 24. Durante a execução da música Zero, maior hit da banda, o som parou de funcionar. Um problema com um dos PAs do palco, quando faltavam três músicas para o fim do show, impediu o grupo de continuar sua performance. O PA é o responsável por emitir o som que a plateia escutará. O problema foi rapidamente corrigido para as apresentações posteriores do Palco Onix, mas chama a atenção o fato de isso ter acontecido apenas com uma artista brasileira.

Em 2001, na terceira edição do Rock in Rio no Brasil, vários artistas brasileiros boicotaram o festival. Eles exigiam melhores horários para se apresentar. Um novo boicote, dessa vez no Lollapalooza, não traria nenhum resultado significativo. Muito pelo contrário, a escalação dos artistas nacionais foi muito bem feita. 

Cabe, no entanto, à produção e organização do festival pensar em um jeito justo e igualitário de dar mais visibilidade e relevância aos artistas brasileiros. Um palco só com música brasileira, quem sabe. A decisão de colocar artistas nacionais apenas no início desvaloriza trabalhos maravilhosos que estão sendo feitos no underground, a muitos quilômetros do mainstream radiofônico Procurada pela reportagem, a Time For Fun, produtora do festival, disse que todos os artistas são avisados previamente sobre os horários dos respectivos shows no Lollapalooza. 

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Lollapalooza Brasil 2018 - 3º dia

1 | 27

The Killers

Foto: Rafael Arbex/Estadão
2 | 27

Wiz Khalifa

Foto: Wilmore Oliveira
3 | 27

Lana Del Rey

Foto: Fernando Bizerra Jr./EFE
4 | 27

Liam Gallagher

Foto: Rafael Arbex/Estadão
5 | 27

Aurora

Foto: Mila Maluhy/Lollapalooza
6 | 27

Khalid

Foto: Serjão Carvalho/Estadão
7 | 27

Tropkillaz

Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
8 | 27

The Neighbourhood

Foto: Rafael Arbex/Estadão
9 | 27

The Neighbourhood

Foto: Rafael Arbex/Estadão
10 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
11 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
12 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
13 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
14 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Lollapalooza Brasil 2018: público confere a apresentação de Milky Chance no palco Bud, no terceiro dia do festival
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Camila Cara

Mano Brown foi a única atração nacional da sétima edição do Lollapalooza Brasil que se apresentou, digamos, em um horário nobre. Ele subiu no Palco Axe, no sábado, às 18h20. A banda paulistana O Terno, talvez a melhor do rock brazuca na atualidade, chegou perto disso. Eles fizeram show também no sábado, às 16h20, no Palco Axe. Exceções feitas a essas duas atrações (não se deve levar em conta as baladas “topzeiras” de Alok, no Palco Perry, na sexta-feira, 23, a partir das 22h), todo o line-up brasileiro ficou com os piores horários do festival.

+++Lollapalooza 2018: Festival sofre mutação e aposta em medalhões e entretenimento

Mano Brown apresenta show de R&B 'Boogie Night' no palco Axe do Lollapalooza. Foto: Serjão Carvalho/Estadão

Dessa forma, bandas de destaque do cenário musical foram responsáveis apenas por abrir os trabalhos dos respectivos palcos em que se apresentariam. Artistas como Francisco, el Hombre, Selvagens À Procura de Lei, Tagore e Mahmundi se apresentaram para um público pequeno e pouco expressivo. Talento ali, entretanto, havia de sobra para que eles abocanhassem um horário melhor. Até mesmo artistas mais consagrados e com uma boa rodagem no mundo da música sofreram com isso. As cantoras Mallu Magalhães e Tiê e a banda Vanguart, por exemplo, já não são iniciantes. As três possuem uma legião de fãs espalhadas pelo Brasil e, mesmo assim, foram premiadas com o calor e o sol do meio-dia.

+++Lollapalooza 2018: Com pop sólido, Lana Del Rey encanta o público

Reclamações à parte, muito desse questionamento se deve ao fato de alguns artistas pouco conhecidos do grande público terem se beneficiado de melhores condições para tocar. A banda californiana The Neighbourhood, por exemplo, se apresentou no Palco Budweiser enquanto o duo britânico sem sal Oh Wonder ficou com um bom horário no Palco Axe na última sexta-feira, 23.

Sem som. Além dos horários ruins, um fato inusitado marcou a apresentação de Liniker e os Caramelows no sábado, 24. Durante a execução da música Zero, maior hit da banda, o som parou de funcionar. Um problema com um dos PAs do palco, quando faltavam três músicas para o fim do show, impediu o grupo de continuar sua performance. O PA é o responsável por emitir o som que a plateia escutará. O problema foi rapidamente corrigido para as apresentações posteriores do Palco Onix, mas chama a atenção o fato de isso ter acontecido apenas com uma artista brasileira.

Em 2001, na terceira edição do Rock in Rio no Brasil, vários artistas brasileiros boicotaram o festival. Eles exigiam melhores horários para se apresentar. Um novo boicote, dessa vez no Lollapalooza, não traria nenhum resultado significativo. Muito pelo contrário, a escalação dos artistas nacionais foi muito bem feita. 

Cabe, no entanto, à produção e organização do festival pensar em um jeito justo e igualitário de dar mais visibilidade e relevância aos artistas brasileiros. Um palco só com música brasileira, quem sabe. A decisão de colocar artistas nacionais apenas no início desvaloriza trabalhos maravilhosos que estão sendo feitos no underground, a muitos quilômetros do mainstream radiofônico Procurada pela reportagem, a Time For Fun, produtora do festival, disse que todos os artistas são avisados previamente sobre os horários dos respectivos shows no Lollapalooza. 

Lollapalooza Brasil 2018 - 3º dia

1 | 27

The Killers

Foto: Rafael Arbex/Estadão
2 | 27

Wiz Khalifa

Foto: Wilmore Oliveira
3 | 27

Lana Del Rey

Foto: Fernando Bizerra Jr./EFE
4 | 27

Liam Gallagher

Foto: Rafael Arbex/Estadão
5 | 27

Aurora

Foto: Mila Maluhy/Lollapalooza
6 | 27

Khalid

Foto: Serjão Carvalho/Estadão
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Tropkillaz

Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
8 | 27

The Neighbourhood

Foto: Rafael Arbex/Estadão
9 | 27

The Neighbourhood

Foto: Rafael Arbex/Estadão
10 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
11 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
12 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
13 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
14 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Lollapalooza Brasil 2018: público confere a apresentação de Milky Chance no palco Bud, no terceiro dia do festival
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Camila Cara

Mano Brown foi a única atração nacional da sétima edição do Lollapalooza Brasil que se apresentou, digamos, em um horário nobre. Ele subiu no Palco Axe, no sábado, às 18h20. A banda paulistana O Terno, talvez a melhor do rock brazuca na atualidade, chegou perto disso. Eles fizeram show também no sábado, às 16h20, no Palco Axe. Exceções feitas a essas duas atrações (não se deve levar em conta as baladas “topzeiras” de Alok, no Palco Perry, na sexta-feira, 23, a partir das 22h), todo o line-up brasileiro ficou com os piores horários do festival.

+++Lollapalooza 2018: Festival sofre mutação e aposta em medalhões e entretenimento

Mano Brown apresenta show de R&B 'Boogie Night' no palco Axe do Lollapalooza. Foto: Serjão Carvalho/Estadão

Dessa forma, bandas de destaque do cenário musical foram responsáveis apenas por abrir os trabalhos dos respectivos palcos em que se apresentariam. Artistas como Francisco, el Hombre, Selvagens À Procura de Lei, Tagore e Mahmundi se apresentaram para um público pequeno e pouco expressivo. Talento ali, entretanto, havia de sobra para que eles abocanhassem um horário melhor. Até mesmo artistas mais consagrados e com uma boa rodagem no mundo da música sofreram com isso. As cantoras Mallu Magalhães e Tiê e a banda Vanguart, por exemplo, já não são iniciantes. As três possuem uma legião de fãs espalhadas pelo Brasil e, mesmo assim, foram premiadas com o calor e o sol do meio-dia.

+++Lollapalooza 2018: Com pop sólido, Lana Del Rey encanta o público

Reclamações à parte, muito desse questionamento se deve ao fato de alguns artistas pouco conhecidos do grande público terem se beneficiado de melhores condições para tocar. A banda californiana The Neighbourhood, por exemplo, se apresentou no Palco Budweiser enquanto o duo britânico sem sal Oh Wonder ficou com um bom horário no Palco Axe na última sexta-feira, 23.

Sem som. Além dos horários ruins, um fato inusitado marcou a apresentação de Liniker e os Caramelows no sábado, 24. Durante a execução da música Zero, maior hit da banda, o som parou de funcionar. Um problema com um dos PAs do palco, quando faltavam três músicas para o fim do show, impediu o grupo de continuar sua performance. O PA é o responsável por emitir o som que a plateia escutará. O problema foi rapidamente corrigido para as apresentações posteriores do Palco Onix, mas chama a atenção o fato de isso ter acontecido apenas com uma artista brasileira.

Em 2001, na terceira edição do Rock in Rio no Brasil, vários artistas brasileiros boicotaram o festival. Eles exigiam melhores horários para se apresentar. Um novo boicote, dessa vez no Lollapalooza, não traria nenhum resultado significativo. Muito pelo contrário, a escalação dos artistas nacionais foi muito bem feita. 

Cabe, no entanto, à produção e organização do festival pensar em um jeito justo e igualitário de dar mais visibilidade e relevância aos artistas brasileiros. Um palco só com música brasileira, quem sabe. A decisão de colocar artistas nacionais apenas no início desvaloriza trabalhos maravilhosos que estão sendo feitos no underground, a muitos quilômetros do mainstream radiofônico Procurada pela reportagem, a Time For Fun, produtora do festival, disse que todos os artistas são avisados previamente sobre os horários dos respectivos shows no Lollapalooza. 

Lollapalooza Brasil 2018 - 3º dia

1 | 27

The Killers

Foto: Rafael Arbex/Estadão
2 | 27

Wiz Khalifa

Foto: Wilmore Oliveira
3 | 27

Lana Del Rey

Foto: Fernando Bizerra Jr./EFE
4 | 27

Liam Gallagher

Foto: Rafael Arbex/Estadão
5 | 27

Aurora

Foto: Mila Maluhy/Lollapalooza
6 | 27

Khalid

Foto: Serjão Carvalho/Estadão
7 | 27

Tropkillaz

Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
8 | 27

The Neighbourhood

Foto: Rafael Arbex/Estadão
9 | 27

The Neighbourhood

Foto: Rafael Arbex/Estadão
10 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
11 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
12 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
13 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

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15 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
17 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
18 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
19 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

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20 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
21 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
22 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
25 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
26 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Camila Cara

Mano Brown foi a única atração nacional da sétima edição do Lollapalooza Brasil que se apresentou, digamos, em um horário nobre. Ele subiu no Palco Axe, no sábado, às 18h20. A banda paulistana O Terno, talvez a melhor do rock brazuca na atualidade, chegou perto disso. Eles fizeram show também no sábado, às 16h20, no Palco Axe. Exceções feitas a essas duas atrações (não se deve levar em conta as baladas “topzeiras” de Alok, no Palco Perry, na sexta-feira, 23, a partir das 22h), todo o line-up brasileiro ficou com os piores horários do festival.

+++Lollapalooza 2018: Festival sofre mutação e aposta em medalhões e entretenimento

Mano Brown apresenta show de R&B 'Boogie Night' no palco Axe do Lollapalooza. Foto: Serjão Carvalho/Estadão

Dessa forma, bandas de destaque do cenário musical foram responsáveis apenas por abrir os trabalhos dos respectivos palcos em que se apresentariam. Artistas como Francisco, el Hombre, Selvagens À Procura de Lei, Tagore e Mahmundi se apresentaram para um público pequeno e pouco expressivo. Talento ali, entretanto, havia de sobra para que eles abocanhassem um horário melhor. Até mesmo artistas mais consagrados e com uma boa rodagem no mundo da música sofreram com isso. As cantoras Mallu Magalhães e Tiê e a banda Vanguart, por exemplo, já não são iniciantes. As três possuem uma legião de fãs espalhadas pelo Brasil e, mesmo assim, foram premiadas com o calor e o sol do meio-dia.

+++Lollapalooza 2018: Com pop sólido, Lana Del Rey encanta o público

Reclamações à parte, muito desse questionamento se deve ao fato de alguns artistas pouco conhecidos do grande público terem se beneficiado de melhores condições para tocar. A banda californiana The Neighbourhood, por exemplo, se apresentou no Palco Budweiser enquanto o duo britânico sem sal Oh Wonder ficou com um bom horário no Palco Axe na última sexta-feira, 23.

Sem som. Além dos horários ruins, um fato inusitado marcou a apresentação de Liniker e os Caramelows no sábado, 24. Durante a execução da música Zero, maior hit da banda, o som parou de funcionar. Um problema com um dos PAs do palco, quando faltavam três músicas para o fim do show, impediu o grupo de continuar sua performance. O PA é o responsável por emitir o som que a plateia escutará. O problema foi rapidamente corrigido para as apresentações posteriores do Palco Onix, mas chama a atenção o fato de isso ter acontecido apenas com uma artista brasileira.

Em 2001, na terceira edição do Rock in Rio no Brasil, vários artistas brasileiros boicotaram o festival. Eles exigiam melhores horários para se apresentar. Um novo boicote, dessa vez no Lollapalooza, não traria nenhum resultado significativo. Muito pelo contrário, a escalação dos artistas nacionais foi muito bem feita. 

Cabe, no entanto, à produção e organização do festival pensar em um jeito justo e igualitário de dar mais visibilidade e relevância aos artistas brasileiros. Um palco só com música brasileira, quem sabe. A decisão de colocar artistas nacionais apenas no início desvaloriza trabalhos maravilhosos que estão sendo feitos no underground, a muitos quilômetros do mainstream radiofônico Procurada pela reportagem, a Time For Fun, produtora do festival, disse que todos os artistas são avisados previamente sobre os horários dos respectivos shows no Lollapalooza. 

Lollapalooza Brasil 2018 - 3º dia

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The Killers

Foto: Rafael Arbex/Estadão
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Lana Del Rey

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Liam Gallagher

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Aurora

Foto: Mila Maluhy/Lollapalooza
6 | 27

Khalid

Foto: Serjão Carvalho/Estadão
7 | 27

Tropkillaz

Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE
8 | 27

The Neighbourhood

Foto: Rafael Arbex/Estadão
9 | 27

The Neighbourhood

Foto: Rafael Arbex/Estadão
10 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
11 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
12 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Serjão Carvalho/ Estadão
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Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
14 | 27

Lollapalooza Brasil 2018

Foto: Rafael Arbex/ Estadão
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17 | 27

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Lollapalooza Brasil 2018

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