Marisa Monte leva aparato musical ao Complexo do Alemão


Show marca a retormada do projeto 'Conexões Urbanas', da ONG AfroReggae, suspenso por falta de patrocínio

Por Redação

Marisa Monte levou seu Universo Particular ao Complexo do Alemão, conjunto de favelas castigado por confrontos violentos entre traficantes e policiais, num show que contou com todo o aparato cênico e músicos que acompanham a cantora pelos palcos mais prestigiados do país e do mundo.   "Ela disse que vinha tocar aqui com toda a estrutura", afirmou na noite de domingo, 30, o apresentador do show, que marcou a retomada do projeto Conexões Urbanas, da ONG AfroReggae, suspenso durante dois anos por falta de patrocínio.   A música Infinito Particular, do CD de mesmo nome, abriu a apresentação da cantora e mudou o tom da noite, após a participação do Furacão 2000 e da banda AfroReggae. Austera, sentada no meio do palco e ao violão, aos poucos foi arrancando aplausos e olhares do público atento, em sua maioria formado por jovens, à medida que se movimentava pelo palco e entrava num repertório mais cadenciado, como em Passe em Casa.   "Conexões Urbanas é isso, é trazer o funk que todo mundo conhece, trazer elementos que as pessoas não conhecem. É muito especial retomar o projeto com ela, a Marisa (Monte) é uma cantora muito sofisticada, que este público aqui não conhece muito", afirmou à Reuters José Junior, coordenador do AfroReggae.   A turnê Universo Particular reúne músicas dos últimos discos da cantora (Universo ao Meu Redor e Infinito Particular), dos Tribalistas e Cor-de Rosa-e-Carvão, com sucessos como Amor, I Love You, que fechou a apresentação.   O Complexo do Alemão tem sofrido desde maio com intensos confrontos entre traficantes e policiais. Em junho, uma megaoperação das Polícias Militar, Civil e da Força Nacional de Segurança (FNS) levou 1.350 homens ao conjunto de favelas e deixou 19 mortos.   Na noite de domingo, no campo de futebol onde foi realizado o show, na favela Canitá, não se via nenhum policial nem violência entre as cerca de 2 mil pessoas que viram o show, segundo a organização. Homens da FNS, no entanto, guardavam as vias de acesso ao conjunto de favelas.   "Todo mundo sofre com a violência aqui, não adianta correr que não tem onde se esconder, mas isto (o show) é bom, assim podemos mostrar que não somos só moradores de favela que vivem na violência", disse Tamires Brás, 14, enquanto aguardava para ver a cantora pela primeira vez.   Para o fã da artista e morador da região Luciano Silva, 27, foi uma surpresa saber que ela cantaria na favela. "O show dela é bem elitizado e tem uma sonoridade bem diferente do que o pessoal escuta aqui, que é mais funk", observou ele, que já chegou a pagar R$ 120 para ver o mesmo show em uma casa de espetáculos do Rio.   "Escopetarra"   Os diversos apelos durante a noite pelo fim da violência ganharam um reforço com a doação feita pelo músico colombiano César López de uma "escopetarra" ao grupo AfroReggae.   López, que já deu sua invenção a Bob Geldof, Manu Chao e Fito Páez, disse à Reuters que a doação do instrumento (elaborado com armas confiscadas da guerrilha e paramilitares no processo de paz colombiano) é uma das iniciativas que usa para alertar contra a violência.   "A experiência do Brasil é muito enriquecedora, como a arte é usada para transformar a violência, que é também é muito grave. Na Colômbia isso ainda é muito tímido", disse o músico depois de disparar uns acordes de sua AK- 47 transformada em guitarra elétrica.

Marisa Monte levou seu Universo Particular ao Complexo do Alemão, conjunto de favelas castigado por confrontos violentos entre traficantes e policiais, num show que contou com todo o aparato cênico e músicos que acompanham a cantora pelos palcos mais prestigiados do país e do mundo.   "Ela disse que vinha tocar aqui com toda a estrutura", afirmou na noite de domingo, 30, o apresentador do show, que marcou a retomada do projeto Conexões Urbanas, da ONG AfroReggae, suspenso durante dois anos por falta de patrocínio.   A música Infinito Particular, do CD de mesmo nome, abriu a apresentação da cantora e mudou o tom da noite, após a participação do Furacão 2000 e da banda AfroReggae. Austera, sentada no meio do palco e ao violão, aos poucos foi arrancando aplausos e olhares do público atento, em sua maioria formado por jovens, à medida que se movimentava pelo palco e entrava num repertório mais cadenciado, como em Passe em Casa.   "Conexões Urbanas é isso, é trazer o funk que todo mundo conhece, trazer elementos que as pessoas não conhecem. É muito especial retomar o projeto com ela, a Marisa (Monte) é uma cantora muito sofisticada, que este público aqui não conhece muito", afirmou à Reuters José Junior, coordenador do AfroReggae.   A turnê Universo Particular reúne músicas dos últimos discos da cantora (Universo ao Meu Redor e Infinito Particular), dos Tribalistas e Cor-de Rosa-e-Carvão, com sucessos como Amor, I Love You, que fechou a apresentação.   O Complexo do Alemão tem sofrido desde maio com intensos confrontos entre traficantes e policiais. Em junho, uma megaoperação das Polícias Militar, Civil e da Força Nacional de Segurança (FNS) levou 1.350 homens ao conjunto de favelas e deixou 19 mortos.   Na noite de domingo, no campo de futebol onde foi realizado o show, na favela Canitá, não se via nenhum policial nem violência entre as cerca de 2 mil pessoas que viram o show, segundo a organização. Homens da FNS, no entanto, guardavam as vias de acesso ao conjunto de favelas.   "Todo mundo sofre com a violência aqui, não adianta correr que não tem onde se esconder, mas isto (o show) é bom, assim podemos mostrar que não somos só moradores de favela que vivem na violência", disse Tamires Brás, 14, enquanto aguardava para ver a cantora pela primeira vez.   Para o fã da artista e morador da região Luciano Silva, 27, foi uma surpresa saber que ela cantaria na favela. "O show dela é bem elitizado e tem uma sonoridade bem diferente do que o pessoal escuta aqui, que é mais funk", observou ele, que já chegou a pagar R$ 120 para ver o mesmo show em uma casa de espetáculos do Rio.   "Escopetarra"   Os diversos apelos durante a noite pelo fim da violência ganharam um reforço com a doação feita pelo músico colombiano César López de uma "escopetarra" ao grupo AfroReggae.   López, que já deu sua invenção a Bob Geldof, Manu Chao e Fito Páez, disse à Reuters que a doação do instrumento (elaborado com armas confiscadas da guerrilha e paramilitares no processo de paz colombiano) é uma das iniciativas que usa para alertar contra a violência.   "A experiência do Brasil é muito enriquecedora, como a arte é usada para transformar a violência, que é também é muito grave. Na Colômbia isso ainda é muito tímido", disse o músico depois de disparar uns acordes de sua AK- 47 transformada em guitarra elétrica.

Marisa Monte levou seu Universo Particular ao Complexo do Alemão, conjunto de favelas castigado por confrontos violentos entre traficantes e policiais, num show que contou com todo o aparato cênico e músicos que acompanham a cantora pelos palcos mais prestigiados do país e do mundo.   "Ela disse que vinha tocar aqui com toda a estrutura", afirmou na noite de domingo, 30, o apresentador do show, que marcou a retomada do projeto Conexões Urbanas, da ONG AfroReggae, suspenso durante dois anos por falta de patrocínio.   A música Infinito Particular, do CD de mesmo nome, abriu a apresentação da cantora e mudou o tom da noite, após a participação do Furacão 2000 e da banda AfroReggae. Austera, sentada no meio do palco e ao violão, aos poucos foi arrancando aplausos e olhares do público atento, em sua maioria formado por jovens, à medida que se movimentava pelo palco e entrava num repertório mais cadenciado, como em Passe em Casa.   "Conexões Urbanas é isso, é trazer o funk que todo mundo conhece, trazer elementos que as pessoas não conhecem. É muito especial retomar o projeto com ela, a Marisa (Monte) é uma cantora muito sofisticada, que este público aqui não conhece muito", afirmou à Reuters José Junior, coordenador do AfroReggae.   A turnê Universo Particular reúne músicas dos últimos discos da cantora (Universo ao Meu Redor e Infinito Particular), dos Tribalistas e Cor-de Rosa-e-Carvão, com sucessos como Amor, I Love You, que fechou a apresentação.   O Complexo do Alemão tem sofrido desde maio com intensos confrontos entre traficantes e policiais. Em junho, uma megaoperação das Polícias Militar, Civil e da Força Nacional de Segurança (FNS) levou 1.350 homens ao conjunto de favelas e deixou 19 mortos.   Na noite de domingo, no campo de futebol onde foi realizado o show, na favela Canitá, não se via nenhum policial nem violência entre as cerca de 2 mil pessoas que viram o show, segundo a organização. Homens da FNS, no entanto, guardavam as vias de acesso ao conjunto de favelas.   "Todo mundo sofre com a violência aqui, não adianta correr que não tem onde se esconder, mas isto (o show) é bom, assim podemos mostrar que não somos só moradores de favela que vivem na violência", disse Tamires Brás, 14, enquanto aguardava para ver a cantora pela primeira vez.   Para o fã da artista e morador da região Luciano Silva, 27, foi uma surpresa saber que ela cantaria na favela. "O show dela é bem elitizado e tem uma sonoridade bem diferente do que o pessoal escuta aqui, que é mais funk", observou ele, que já chegou a pagar R$ 120 para ver o mesmo show em uma casa de espetáculos do Rio.   "Escopetarra"   Os diversos apelos durante a noite pelo fim da violência ganharam um reforço com a doação feita pelo músico colombiano César López de uma "escopetarra" ao grupo AfroReggae.   López, que já deu sua invenção a Bob Geldof, Manu Chao e Fito Páez, disse à Reuters que a doação do instrumento (elaborado com armas confiscadas da guerrilha e paramilitares no processo de paz colombiano) é uma das iniciativas que usa para alertar contra a violência.   "A experiência do Brasil é muito enriquecedora, como a arte é usada para transformar a violência, que é também é muito grave. Na Colômbia isso ainda é muito tímido", disse o músico depois de disparar uns acordes de sua AK- 47 transformada em guitarra elétrica.

Marisa Monte levou seu Universo Particular ao Complexo do Alemão, conjunto de favelas castigado por confrontos violentos entre traficantes e policiais, num show que contou com todo o aparato cênico e músicos que acompanham a cantora pelos palcos mais prestigiados do país e do mundo.   "Ela disse que vinha tocar aqui com toda a estrutura", afirmou na noite de domingo, 30, o apresentador do show, que marcou a retomada do projeto Conexões Urbanas, da ONG AfroReggae, suspenso durante dois anos por falta de patrocínio.   A música Infinito Particular, do CD de mesmo nome, abriu a apresentação da cantora e mudou o tom da noite, após a participação do Furacão 2000 e da banda AfroReggae. Austera, sentada no meio do palco e ao violão, aos poucos foi arrancando aplausos e olhares do público atento, em sua maioria formado por jovens, à medida que se movimentava pelo palco e entrava num repertório mais cadenciado, como em Passe em Casa.   "Conexões Urbanas é isso, é trazer o funk que todo mundo conhece, trazer elementos que as pessoas não conhecem. É muito especial retomar o projeto com ela, a Marisa (Monte) é uma cantora muito sofisticada, que este público aqui não conhece muito", afirmou à Reuters José Junior, coordenador do AfroReggae.   A turnê Universo Particular reúne músicas dos últimos discos da cantora (Universo ao Meu Redor e Infinito Particular), dos Tribalistas e Cor-de Rosa-e-Carvão, com sucessos como Amor, I Love You, que fechou a apresentação.   O Complexo do Alemão tem sofrido desde maio com intensos confrontos entre traficantes e policiais. Em junho, uma megaoperação das Polícias Militar, Civil e da Força Nacional de Segurança (FNS) levou 1.350 homens ao conjunto de favelas e deixou 19 mortos.   Na noite de domingo, no campo de futebol onde foi realizado o show, na favela Canitá, não se via nenhum policial nem violência entre as cerca de 2 mil pessoas que viram o show, segundo a organização. Homens da FNS, no entanto, guardavam as vias de acesso ao conjunto de favelas.   "Todo mundo sofre com a violência aqui, não adianta correr que não tem onde se esconder, mas isto (o show) é bom, assim podemos mostrar que não somos só moradores de favela que vivem na violência", disse Tamires Brás, 14, enquanto aguardava para ver a cantora pela primeira vez.   Para o fã da artista e morador da região Luciano Silva, 27, foi uma surpresa saber que ela cantaria na favela. "O show dela é bem elitizado e tem uma sonoridade bem diferente do que o pessoal escuta aqui, que é mais funk", observou ele, que já chegou a pagar R$ 120 para ver o mesmo show em uma casa de espetáculos do Rio.   "Escopetarra"   Os diversos apelos durante a noite pelo fim da violência ganharam um reforço com a doação feita pelo músico colombiano César López de uma "escopetarra" ao grupo AfroReggae.   López, que já deu sua invenção a Bob Geldof, Manu Chao e Fito Páez, disse à Reuters que a doação do instrumento (elaborado com armas confiscadas da guerrilha e paramilitares no processo de paz colombiano) é uma das iniciativas que usa para alertar contra a violência.   "A experiência do Brasil é muito enriquecedora, como a arte é usada para transformar a violência, que é também é muito grave. Na Colômbia isso ainda é muito tímido", disse o músico depois de disparar uns acordes de sua AK- 47 transformada em guitarra elétrica.

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