LAS VEGAS – De criança que jogava futebol em Medellín à estrela mundial do pop e do reggaeton que esfrega ombros com Madonna, Maluma estreia no YouTube um documentário sobre sua vida e disse à agência EFE que "nunca" deixará de ser "aquela criança que desejava ter sucesso na música". "Há muito dessa criança em mim, tenho um coração que não mudou muito, na verdade, ainda sou sonhador", explicou. "Esse é um dos propósitos que estabeleci como meta: nunca abandonar aquela criança, aquela jovem alma que me encoraja todos os dias a sair e procurar meus sonhos", acrescentou.
Com título O que foi, o que sou, o que será, o documentário de Maluma será lançado no YouTube no dia 5 de junho. É um olhar íntimo para a história do cantor, que saiu de origem humilde para se tornar uma figura mundial adorada por milhões de pessoas. "Achei que seria importante que as pessoas soubessem o que eu passei desde que comecei a minha carrreira. Eu queria que elas vissem minha família, entrassem na minha casa e soubessem de onde eu venho", disse Maluma, que espera que o filme seja "muito inspirador para as novas gerações". "Eu quero mudar a mentalidade de muitos jovens e mostrar que realizar o sonho é possível", afirma o colombiano.
Pode-se perguntar se um artista que tem 25 anos de idade já tem história suficiente para um documentário biográfico, uma fórmula usual usada para homenagear músicos veteranos que decidem lançar um olhar nostálgico às suas carreiras. Mas, no caso do colombiano, o documentário dá atenção especial não tanto ao seu gigante sucesso no palco, mas à sua face mais desconhecida: quando ele era Juan Luis Londoño e não Maluma. Assim, o cantor detaca o papel indispensável da sua família, a quem define como "motor", "gasolina" e "motivação".
Eu fui muito inspirado. Houve momentos em que eu tinha que ir buscar pão todos os dias. E foi tudo pela minha família, porque eu queria encontra uma opção para tirá-los de onde estavam. Eu faço tudo por eles", diz.
O documentário também mostra a revelação que Maluma teve quando sentiu que o reggaeton, recém-chegado na Colômbia, mudaria a cena latina para sempre. "Foi amor à primeira vista", conta. "Minha tia me levava para shows, e lembro de um em que escutei Tego Calderon, Ivy Queen, Don Omar, Vico C, todos esses grandes artistas".
Com seu último álbum, 11:11, récem-saído do forno, e ainda desfrutando de sua colaboração no retorno de Madonna com o single Medellín, Maluma tenta não esquecer os momentos difíceis de sua carreira. "É um caminho árduo. Você pode dizer que 90% dos artistas morreu tentando, por assim dizer", afirma o cantor. "Eu sempre disse que não 'vence' quem é mais talentoso, mas quem faz o trabalho mais persistente. Essa foi a chave da minha carreira".
Por último, Maluma assegurou que um dos sacrifícios mais difíceis da carreira foi renunciar à sua juventude. "Quando comecei, eu tinha 16 anos e queria viver a minha adolescência. Eu queria ser um adolescente normal, mas não podia sair com meus amigos porque no dia seguinte tinha viagem, entrevista, compromissos", diz.