Osesp: um desfile de maestros em 2010


Em busca de um novo diretor, orquestra vai receber 22 regentes convidados

Por João Luiz Sampaio

Por telefone, de Londres, o consultor artístico da Osesp Timothy Walker não faz uso de meias palavras. "Estamos no meio do processo de busca por um novo maestro. Daí a necessidade de levar a São Paulo nos próximos anos uma série de diferentes regentes, construindo programas de concertos em torno deles e suas especialidades, o que nos permitirá avaliar melhor seus trabalhos." Temporada de caça aberta: ao todo, 22 regentes convidados comandarão a Sinfônica do Estado na temporada 2010, anunciada ontem aos músicos, que terá 59 programas (entre orquestra, música de câmara, recitais e apresentações do coro), e terá início em março, com Yan Pascal Tortelier, regente-principal convidado, em um programa com obras de Mendelssohn, Schumann, Debussy e Schmitt. A Fundação Osesp ainda não fechou o orçamento para o ano que vem, mas informa que o valor deve se manter próximo ao de 2009, cerca de R$ 60 milhões.

 

Há regentes para todos os gostos - e eles vêm do mundo todo. Veteranos, convidados das principais orquestras e teatros de ópera do mundo, como o americano John Nelson, do Ensemble Orchestral de Paris; o suíço Heinz Holliger, também oboísta celebrado; o francês Louis Langrée, do Festival Mostly Mozart, de Nova York; o brasileiro Isaac Karabtchevsky, ex-Municipal de São Paulo e Rio; Pinchas Zukerman, também violinista lendário; David Atherton, criador da London Sinfonietta; ou o russo Alexander Vedernikov, responsável pela ressurreição do Teatro Bolshoi.

continua após a publicidade

 

Figuras em ascensão, como a maestrina norte-americana Marin Alsop e o inglês Justin Brown. Jovens talentos, como o peruano Miguel Harth-Bedoya ou o estoniano Kristain Järvi. Ainda na lista, algumas incógnitas, como o uruguaio Carlos Kalmar e o estoniano Arvo Volmer, e especialistas, caso do holandês Kees Bakels, que gravou a integral das sinfonias do inglês Ralph Vaughan Williams.

 

continua após a publicidade

A temporada foi montada pelos dois consultores artísticos contratados pela Fundação Osesp após a demissão do maestro John Neschling, em janeiro deste ano - o americano Henry Fogel, ex-presidente da Sinfônica de Chicago, e Timothy Walker, diretor executivo e artístico da Filarmônica de Londres - e pelo diretor executivo do grupo, Marcelo Lopes, todos sob os olhares atentos do conselho da entidade, comandada pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Walker explica que, além da negociação com os regentes convidados, a programação foi montada a partir de algumas outras diretrizes. A principal delas: a interpretação da integral sinfônica do compositor Gustav Mahler nos próximos dois anos, já que em 2010 se lembram os seus 150 anos de nascimento e, em 2011, seu centenário de morte. No ano que vem, serão tocadas as sinfonias 1, 3, 4, 6 e 7, além do Ruckert Lieder. Entre os solistas convidados para o ciclo, estão a meio-soprano Petra Lang e a contralto Nathalie Stutzmann. O compositor visitante será o argentino radicado nos EUA Osvaldo Golijov.

 

Além de Mahler, Chopin e Schumann (esses dois com os concertos para piano, interpretados por solistas como Lars Vogt), a temporada traz compositores e peças pouco executadas por aqui, com bastante atenção para o século 20. De Florent Schmitt, tocam o Salmo 47 (com a soprano Susan Bullock, que grava a peça com o grupo) e A Tragédia de Salomé; serão três concertos para violino, os dos americanos Samuel Barber e John Adams (com solos de Leila Josefowicz) e o do brasileiro Ronaldo Miranda (por Claudio Cruz). Cristina Ortiz toca o Concerto para Piano nº 2, de Steinhammar; Antonio Meneses, o Concerto para Violoncelo nº 1 de Shostakovich. Celso Antunes rege o Stabat Mater de Dvorak. De Lutoslawski, está programada a Música Fúnebre. No programa regido por Alvo Volmer, o Concertino de Janácek e a Fantasia de Debussy, de quem a orquestra apresenta ainda Jeux, Noturnos e O Martírio de São Sebastião (Holliger). Tortelier rege o Réquiem de Hindemith. Mais um brasileiro, Rodolfo Coelho de Souza, com O Livro dos Sons. De Villa-Lobos, os Choros nº 6 e a cantata Mandú-Çarará. Nelson Freire toca o monumental Concerto nº 2 de Brahms e o pianista inglês Paul Lewis, aluno de Alfred Brendel, faz além de um concerto, um recital-solo. Entre as orquestras convidadas, a Filarmônica de Minas Gerais, com Fabio Mechetti, a Sinfônica Municipal de São Paulo (regente a ser anunciado).

continua após a publicidade

 

A venda de assinaturas começa no dia 27 de outubro para antigos assinantes; a partir de 1º de dezembro, serão abertas as vendas para novos assinantes. Os preços dos pacotes vão de R$ 116 a R$ 1.026.

 

continua após a publicidade

Quem são os 22 batutas:

 

JUSTIN BROWN: Inglês, diretor da Sinfônica de Alabama e do Staatstheater de Karlsruhe.

continua após a publicidade

ALEJANDRO POSADA: Mexicano, regente da Orquestra Sinfônica de Castilla y León.

ISAAC KARABTCHEVSKY: Brasileiro, diretor das sinfônicas da Petrobras e Porto Alegre.

continua após a publicidade

LOUIS LANGRÉE: Francês, diretor do festival Mostly Mozart.

ROBERTO MINCZUK: Brasileiro, ex-adjunto da Osesp e diretor da Sinfônica Brasileira.

A. VEDERNIKOV: Russo, diretor artístico do Teatro Bolshoi.

HEINZ HOLLIGER: Suíço, oboísta, atua como convidado de orquestras como as filarmônicas de Viena e Berlim.

JOHN NELSON: Americano, diretor musical do Ensemble Orchestral de Paris.

KRISTIAN JÄRVI: Estoniano, diretor da Tonkünstler Orchestra.

JAKUB HRUSA: Checo, diretor da Philarmonia de Praga.

THOMAS DAUSGAARD: Dinamarquês, regente titular da Sinfônica da Dinamarca.

CELSO ANTUNES: Brasileiro, diretor musical e regente do Coro da Rádio Holandesa.

CARLOS KALMAR: Uruguaio, diretor da Sinfônica de Oregon.

PINCHAS ZUKERMAN: Israelense, comanda o conjunto de câmara Zukerman Players.

ARVO VOLMER: Estoniano, diretor da Sinfônica de Adelaide.

HANNU LINTU: Finlandês, diretor da Filarmônica de Tampere.

KEES BAKELS: Holandês, regente laureado da Orquestra Filarmônica da Malásia.

JAMES GAFFIGAN: Americano, regente assistente da Sinfônica de São Francisco.

MARIN ALSOP: Americana, diretora da Sinfônica de Baltimore.

DAVID ATHERTON: Inglês, criador da London Sinfonietta.

MIGUEL HARTH BEDOYA: Peruano, ex-regente associado da Filarmônica de Los Angeles e titular da Orquestra Sinfônica de Forth Worth (Texas).

GIANCARLO GUERRERO: Costa-riquenho, diretor da Sinfônica de Eugene (Oregon).

Por telefone, de Londres, o consultor artístico da Osesp Timothy Walker não faz uso de meias palavras. "Estamos no meio do processo de busca por um novo maestro. Daí a necessidade de levar a São Paulo nos próximos anos uma série de diferentes regentes, construindo programas de concertos em torno deles e suas especialidades, o que nos permitirá avaliar melhor seus trabalhos." Temporada de caça aberta: ao todo, 22 regentes convidados comandarão a Sinfônica do Estado na temporada 2010, anunciada ontem aos músicos, que terá 59 programas (entre orquestra, música de câmara, recitais e apresentações do coro), e terá início em março, com Yan Pascal Tortelier, regente-principal convidado, em um programa com obras de Mendelssohn, Schumann, Debussy e Schmitt. A Fundação Osesp ainda não fechou o orçamento para o ano que vem, mas informa que o valor deve se manter próximo ao de 2009, cerca de R$ 60 milhões.

 

Há regentes para todos os gostos - e eles vêm do mundo todo. Veteranos, convidados das principais orquestras e teatros de ópera do mundo, como o americano John Nelson, do Ensemble Orchestral de Paris; o suíço Heinz Holliger, também oboísta celebrado; o francês Louis Langrée, do Festival Mostly Mozart, de Nova York; o brasileiro Isaac Karabtchevsky, ex-Municipal de São Paulo e Rio; Pinchas Zukerman, também violinista lendário; David Atherton, criador da London Sinfonietta; ou o russo Alexander Vedernikov, responsável pela ressurreição do Teatro Bolshoi.

 

Figuras em ascensão, como a maestrina norte-americana Marin Alsop e o inglês Justin Brown. Jovens talentos, como o peruano Miguel Harth-Bedoya ou o estoniano Kristain Järvi. Ainda na lista, algumas incógnitas, como o uruguaio Carlos Kalmar e o estoniano Arvo Volmer, e especialistas, caso do holandês Kees Bakels, que gravou a integral das sinfonias do inglês Ralph Vaughan Williams.

 

A temporada foi montada pelos dois consultores artísticos contratados pela Fundação Osesp após a demissão do maestro John Neschling, em janeiro deste ano - o americano Henry Fogel, ex-presidente da Sinfônica de Chicago, e Timothy Walker, diretor executivo e artístico da Filarmônica de Londres - e pelo diretor executivo do grupo, Marcelo Lopes, todos sob os olhares atentos do conselho da entidade, comandada pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Walker explica que, além da negociação com os regentes convidados, a programação foi montada a partir de algumas outras diretrizes. A principal delas: a interpretação da integral sinfônica do compositor Gustav Mahler nos próximos dois anos, já que em 2010 se lembram os seus 150 anos de nascimento e, em 2011, seu centenário de morte. No ano que vem, serão tocadas as sinfonias 1, 3, 4, 6 e 7, além do Ruckert Lieder. Entre os solistas convidados para o ciclo, estão a meio-soprano Petra Lang e a contralto Nathalie Stutzmann. O compositor visitante será o argentino radicado nos EUA Osvaldo Golijov.

 

Além de Mahler, Chopin e Schumann (esses dois com os concertos para piano, interpretados por solistas como Lars Vogt), a temporada traz compositores e peças pouco executadas por aqui, com bastante atenção para o século 20. De Florent Schmitt, tocam o Salmo 47 (com a soprano Susan Bullock, que grava a peça com o grupo) e A Tragédia de Salomé; serão três concertos para violino, os dos americanos Samuel Barber e John Adams (com solos de Leila Josefowicz) e o do brasileiro Ronaldo Miranda (por Claudio Cruz). Cristina Ortiz toca o Concerto para Piano nº 2, de Steinhammar; Antonio Meneses, o Concerto para Violoncelo nº 1 de Shostakovich. Celso Antunes rege o Stabat Mater de Dvorak. De Lutoslawski, está programada a Música Fúnebre. No programa regido por Alvo Volmer, o Concertino de Janácek e a Fantasia de Debussy, de quem a orquestra apresenta ainda Jeux, Noturnos e O Martírio de São Sebastião (Holliger). Tortelier rege o Réquiem de Hindemith. Mais um brasileiro, Rodolfo Coelho de Souza, com O Livro dos Sons. De Villa-Lobos, os Choros nº 6 e a cantata Mandú-Çarará. Nelson Freire toca o monumental Concerto nº 2 de Brahms e o pianista inglês Paul Lewis, aluno de Alfred Brendel, faz além de um concerto, um recital-solo. Entre as orquestras convidadas, a Filarmônica de Minas Gerais, com Fabio Mechetti, a Sinfônica Municipal de São Paulo (regente a ser anunciado).

 

A venda de assinaturas começa no dia 27 de outubro para antigos assinantes; a partir de 1º de dezembro, serão abertas as vendas para novos assinantes. Os preços dos pacotes vão de R$ 116 a R$ 1.026.

 

Quem são os 22 batutas:

 

JUSTIN BROWN: Inglês, diretor da Sinfônica de Alabama e do Staatstheater de Karlsruhe.

ALEJANDRO POSADA: Mexicano, regente da Orquestra Sinfônica de Castilla y León.

ISAAC KARABTCHEVSKY: Brasileiro, diretor das sinfônicas da Petrobras e Porto Alegre.

LOUIS LANGRÉE: Francês, diretor do festival Mostly Mozart.

ROBERTO MINCZUK: Brasileiro, ex-adjunto da Osesp e diretor da Sinfônica Brasileira.

A. VEDERNIKOV: Russo, diretor artístico do Teatro Bolshoi.

HEINZ HOLLIGER: Suíço, oboísta, atua como convidado de orquestras como as filarmônicas de Viena e Berlim.

JOHN NELSON: Americano, diretor musical do Ensemble Orchestral de Paris.

KRISTIAN JÄRVI: Estoniano, diretor da Tonkünstler Orchestra.

JAKUB HRUSA: Checo, diretor da Philarmonia de Praga.

THOMAS DAUSGAARD: Dinamarquês, regente titular da Sinfônica da Dinamarca.

CELSO ANTUNES: Brasileiro, diretor musical e regente do Coro da Rádio Holandesa.

CARLOS KALMAR: Uruguaio, diretor da Sinfônica de Oregon.

PINCHAS ZUKERMAN: Israelense, comanda o conjunto de câmara Zukerman Players.

ARVO VOLMER: Estoniano, diretor da Sinfônica de Adelaide.

HANNU LINTU: Finlandês, diretor da Filarmônica de Tampere.

KEES BAKELS: Holandês, regente laureado da Orquestra Filarmônica da Malásia.

JAMES GAFFIGAN: Americano, regente assistente da Sinfônica de São Francisco.

MARIN ALSOP: Americana, diretora da Sinfônica de Baltimore.

DAVID ATHERTON: Inglês, criador da London Sinfonietta.

MIGUEL HARTH BEDOYA: Peruano, ex-regente associado da Filarmônica de Los Angeles e titular da Orquestra Sinfônica de Forth Worth (Texas).

GIANCARLO GUERRERO: Costa-riquenho, diretor da Sinfônica de Eugene (Oregon).

Por telefone, de Londres, o consultor artístico da Osesp Timothy Walker não faz uso de meias palavras. "Estamos no meio do processo de busca por um novo maestro. Daí a necessidade de levar a São Paulo nos próximos anos uma série de diferentes regentes, construindo programas de concertos em torno deles e suas especialidades, o que nos permitirá avaliar melhor seus trabalhos." Temporada de caça aberta: ao todo, 22 regentes convidados comandarão a Sinfônica do Estado na temporada 2010, anunciada ontem aos músicos, que terá 59 programas (entre orquestra, música de câmara, recitais e apresentações do coro), e terá início em março, com Yan Pascal Tortelier, regente-principal convidado, em um programa com obras de Mendelssohn, Schumann, Debussy e Schmitt. A Fundação Osesp ainda não fechou o orçamento para o ano que vem, mas informa que o valor deve se manter próximo ao de 2009, cerca de R$ 60 milhões.

 

Há regentes para todos os gostos - e eles vêm do mundo todo. Veteranos, convidados das principais orquestras e teatros de ópera do mundo, como o americano John Nelson, do Ensemble Orchestral de Paris; o suíço Heinz Holliger, também oboísta celebrado; o francês Louis Langrée, do Festival Mostly Mozart, de Nova York; o brasileiro Isaac Karabtchevsky, ex-Municipal de São Paulo e Rio; Pinchas Zukerman, também violinista lendário; David Atherton, criador da London Sinfonietta; ou o russo Alexander Vedernikov, responsável pela ressurreição do Teatro Bolshoi.

 

Figuras em ascensão, como a maestrina norte-americana Marin Alsop e o inglês Justin Brown. Jovens talentos, como o peruano Miguel Harth-Bedoya ou o estoniano Kristain Järvi. Ainda na lista, algumas incógnitas, como o uruguaio Carlos Kalmar e o estoniano Arvo Volmer, e especialistas, caso do holandês Kees Bakels, que gravou a integral das sinfonias do inglês Ralph Vaughan Williams.

 

A temporada foi montada pelos dois consultores artísticos contratados pela Fundação Osesp após a demissão do maestro John Neschling, em janeiro deste ano - o americano Henry Fogel, ex-presidente da Sinfônica de Chicago, e Timothy Walker, diretor executivo e artístico da Filarmônica de Londres - e pelo diretor executivo do grupo, Marcelo Lopes, todos sob os olhares atentos do conselho da entidade, comandada pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Walker explica que, além da negociação com os regentes convidados, a programação foi montada a partir de algumas outras diretrizes. A principal delas: a interpretação da integral sinfônica do compositor Gustav Mahler nos próximos dois anos, já que em 2010 se lembram os seus 150 anos de nascimento e, em 2011, seu centenário de morte. No ano que vem, serão tocadas as sinfonias 1, 3, 4, 6 e 7, além do Ruckert Lieder. Entre os solistas convidados para o ciclo, estão a meio-soprano Petra Lang e a contralto Nathalie Stutzmann. O compositor visitante será o argentino radicado nos EUA Osvaldo Golijov.

 

Além de Mahler, Chopin e Schumann (esses dois com os concertos para piano, interpretados por solistas como Lars Vogt), a temporada traz compositores e peças pouco executadas por aqui, com bastante atenção para o século 20. De Florent Schmitt, tocam o Salmo 47 (com a soprano Susan Bullock, que grava a peça com o grupo) e A Tragédia de Salomé; serão três concertos para violino, os dos americanos Samuel Barber e John Adams (com solos de Leila Josefowicz) e o do brasileiro Ronaldo Miranda (por Claudio Cruz). Cristina Ortiz toca o Concerto para Piano nº 2, de Steinhammar; Antonio Meneses, o Concerto para Violoncelo nº 1 de Shostakovich. Celso Antunes rege o Stabat Mater de Dvorak. De Lutoslawski, está programada a Música Fúnebre. No programa regido por Alvo Volmer, o Concertino de Janácek e a Fantasia de Debussy, de quem a orquestra apresenta ainda Jeux, Noturnos e O Martírio de São Sebastião (Holliger). Tortelier rege o Réquiem de Hindemith. Mais um brasileiro, Rodolfo Coelho de Souza, com O Livro dos Sons. De Villa-Lobos, os Choros nº 6 e a cantata Mandú-Çarará. Nelson Freire toca o monumental Concerto nº 2 de Brahms e o pianista inglês Paul Lewis, aluno de Alfred Brendel, faz além de um concerto, um recital-solo. Entre as orquestras convidadas, a Filarmônica de Minas Gerais, com Fabio Mechetti, a Sinfônica Municipal de São Paulo (regente a ser anunciado).

 

A venda de assinaturas começa no dia 27 de outubro para antigos assinantes; a partir de 1º de dezembro, serão abertas as vendas para novos assinantes. Os preços dos pacotes vão de R$ 116 a R$ 1.026.

 

Quem são os 22 batutas:

 

JUSTIN BROWN: Inglês, diretor da Sinfônica de Alabama e do Staatstheater de Karlsruhe.

ALEJANDRO POSADA: Mexicano, regente da Orquestra Sinfônica de Castilla y León.

ISAAC KARABTCHEVSKY: Brasileiro, diretor das sinfônicas da Petrobras e Porto Alegre.

LOUIS LANGRÉE: Francês, diretor do festival Mostly Mozart.

ROBERTO MINCZUK: Brasileiro, ex-adjunto da Osesp e diretor da Sinfônica Brasileira.

A. VEDERNIKOV: Russo, diretor artístico do Teatro Bolshoi.

HEINZ HOLLIGER: Suíço, oboísta, atua como convidado de orquestras como as filarmônicas de Viena e Berlim.

JOHN NELSON: Americano, diretor musical do Ensemble Orchestral de Paris.

KRISTIAN JÄRVI: Estoniano, diretor da Tonkünstler Orchestra.

JAKUB HRUSA: Checo, diretor da Philarmonia de Praga.

THOMAS DAUSGAARD: Dinamarquês, regente titular da Sinfônica da Dinamarca.

CELSO ANTUNES: Brasileiro, diretor musical e regente do Coro da Rádio Holandesa.

CARLOS KALMAR: Uruguaio, diretor da Sinfônica de Oregon.

PINCHAS ZUKERMAN: Israelense, comanda o conjunto de câmara Zukerman Players.

ARVO VOLMER: Estoniano, diretor da Sinfônica de Adelaide.

HANNU LINTU: Finlandês, diretor da Filarmônica de Tampere.

KEES BAKELS: Holandês, regente laureado da Orquestra Filarmônica da Malásia.

JAMES GAFFIGAN: Americano, regente assistente da Sinfônica de São Francisco.

MARIN ALSOP: Americana, diretora da Sinfônica de Baltimore.

DAVID ATHERTON: Inglês, criador da London Sinfonietta.

MIGUEL HARTH BEDOYA: Peruano, ex-regente associado da Filarmônica de Los Angeles e titular da Orquestra Sinfônica de Forth Worth (Texas).

GIANCARLO GUERRERO: Costa-riquenho, diretor da Sinfônica de Eugene (Oregon).

Por telefone, de Londres, o consultor artístico da Osesp Timothy Walker não faz uso de meias palavras. "Estamos no meio do processo de busca por um novo maestro. Daí a necessidade de levar a São Paulo nos próximos anos uma série de diferentes regentes, construindo programas de concertos em torno deles e suas especialidades, o que nos permitirá avaliar melhor seus trabalhos." Temporada de caça aberta: ao todo, 22 regentes convidados comandarão a Sinfônica do Estado na temporada 2010, anunciada ontem aos músicos, que terá 59 programas (entre orquestra, música de câmara, recitais e apresentações do coro), e terá início em março, com Yan Pascal Tortelier, regente-principal convidado, em um programa com obras de Mendelssohn, Schumann, Debussy e Schmitt. A Fundação Osesp ainda não fechou o orçamento para o ano que vem, mas informa que o valor deve se manter próximo ao de 2009, cerca de R$ 60 milhões.

 

Há regentes para todos os gostos - e eles vêm do mundo todo. Veteranos, convidados das principais orquestras e teatros de ópera do mundo, como o americano John Nelson, do Ensemble Orchestral de Paris; o suíço Heinz Holliger, também oboísta celebrado; o francês Louis Langrée, do Festival Mostly Mozart, de Nova York; o brasileiro Isaac Karabtchevsky, ex-Municipal de São Paulo e Rio; Pinchas Zukerman, também violinista lendário; David Atherton, criador da London Sinfonietta; ou o russo Alexander Vedernikov, responsável pela ressurreição do Teatro Bolshoi.

 

Figuras em ascensão, como a maestrina norte-americana Marin Alsop e o inglês Justin Brown. Jovens talentos, como o peruano Miguel Harth-Bedoya ou o estoniano Kristain Järvi. Ainda na lista, algumas incógnitas, como o uruguaio Carlos Kalmar e o estoniano Arvo Volmer, e especialistas, caso do holandês Kees Bakels, que gravou a integral das sinfonias do inglês Ralph Vaughan Williams.

 

A temporada foi montada pelos dois consultores artísticos contratados pela Fundação Osesp após a demissão do maestro John Neschling, em janeiro deste ano - o americano Henry Fogel, ex-presidente da Sinfônica de Chicago, e Timothy Walker, diretor executivo e artístico da Filarmônica de Londres - e pelo diretor executivo do grupo, Marcelo Lopes, todos sob os olhares atentos do conselho da entidade, comandada pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Walker explica que, além da negociação com os regentes convidados, a programação foi montada a partir de algumas outras diretrizes. A principal delas: a interpretação da integral sinfônica do compositor Gustav Mahler nos próximos dois anos, já que em 2010 se lembram os seus 150 anos de nascimento e, em 2011, seu centenário de morte. No ano que vem, serão tocadas as sinfonias 1, 3, 4, 6 e 7, além do Ruckert Lieder. Entre os solistas convidados para o ciclo, estão a meio-soprano Petra Lang e a contralto Nathalie Stutzmann. O compositor visitante será o argentino radicado nos EUA Osvaldo Golijov.

 

Além de Mahler, Chopin e Schumann (esses dois com os concertos para piano, interpretados por solistas como Lars Vogt), a temporada traz compositores e peças pouco executadas por aqui, com bastante atenção para o século 20. De Florent Schmitt, tocam o Salmo 47 (com a soprano Susan Bullock, que grava a peça com o grupo) e A Tragédia de Salomé; serão três concertos para violino, os dos americanos Samuel Barber e John Adams (com solos de Leila Josefowicz) e o do brasileiro Ronaldo Miranda (por Claudio Cruz). Cristina Ortiz toca o Concerto para Piano nº 2, de Steinhammar; Antonio Meneses, o Concerto para Violoncelo nº 1 de Shostakovich. Celso Antunes rege o Stabat Mater de Dvorak. De Lutoslawski, está programada a Música Fúnebre. No programa regido por Alvo Volmer, o Concertino de Janácek e a Fantasia de Debussy, de quem a orquestra apresenta ainda Jeux, Noturnos e O Martírio de São Sebastião (Holliger). Tortelier rege o Réquiem de Hindemith. Mais um brasileiro, Rodolfo Coelho de Souza, com O Livro dos Sons. De Villa-Lobos, os Choros nº 6 e a cantata Mandú-Çarará. Nelson Freire toca o monumental Concerto nº 2 de Brahms e o pianista inglês Paul Lewis, aluno de Alfred Brendel, faz além de um concerto, um recital-solo. Entre as orquestras convidadas, a Filarmônica de Minas Gerais, com Fabio Mechetti, a Sinfônica Municipal de São Paulo (regente a ser anunciado).

 

A venda de assinaturas começa no dia 27 de outubro para antigos assinantes; a partir de 1º de dezembro, serão abertas as vendas para novos assinantes. Os preços dos pacotes vão de R$ 116 a R$ 1.026.

 

Quem são os 22 batutas:

 

JUSTIN BROWN: Inglês, diretor da Sinfônica de Alabama e do Staatstheater de Karlsruhe.

ALEJANDRO POSADA: Mexicano, regente da Orquestra Sinfônica de Castilla y León.

ISAAC KARABTCHEVSKY: Brasileiro, diretor das sinfônicas da Petrobras e Porto Alegre.

LOUIS LANGRÉE: Francês, diretor do festival Mostly Mozart.

ROBERTO MINCZUK: Brasileiro, ex-adjunto da Osesp e diretor da Sinfônica Brasileira.

A. VEDERNIKOV: Russo, diretor artístico do Teatro Bolshoi.

HEINZ HOLLIGER: Suíço, oboísta, atua como convidado de orquestras como as filarmônicas de Viena e Berlim.

JOHN NELSON: Americano, diretor musical do Ensemble Orchestral de Paris.

KRISTIAN JÄRVI: Estoniano, diretor da Tonkünstler Orchestra.

JAKUB HRUSA: Checo, diretor da Philarmonia de Praga.

THOMAS DAUSGAARD: Dinamarquês, regente titular da Sinfônica da Dinamarca.

CELSO ANTUNES: Brasileiro, diretor musical e regente do Coro da Rádio Holandesa.

CARLOS KALMAR: Uruguaio, diretor da Sinfônica de Oregon.

PINCHAS ZUKERMAN: Israelense, comanda o conjunto de câmara Zukerman Players.

ARVO VOLMER: Estoniano, diretor da Sinfônica de Adelaide.

HANNU LINTU: Finlandês, diretor da Filarmônica de Tampere.

KEES BAKELS: Holandês, regente laureado da Orquestra Filarmônica da Malásia.

JAMES GAFFIGAN: Americano, regente assistente da Sinfônica de São Francisco.

MARIN ALSOP: Americana, diretora da Sinfônica de Baltimore.

DAVID ATHERTON: Inglês, criador da London Sinfonietta.

MIGUEL HARTH BEDOYA: Peruano, ex-regente associado da Filarmônica de Los Angeles e titular da Orquestra Sinfônica de Forth Worth (Texas).

GIANCARLO GUERRERO: Costa-riquenho, diretor da Sinfônica de Eugene (Oregon).

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.