Primeiro tenor do século é peruano


Juan Diego Flórez é tratado como estrela pela gravadora Decca em seu disco de estréia, Rossini Arias, no qual se mostra capaz de realizar estonteantes acrobacias vocais

Por Agencia Estado

Juan Diego Flórez, peruano de 28 anos, é o primeiro grande tenor do século 21. Até poucos anos atrás, ele não pensava em ser cantor de ópera - participava, muito animado, de um grupo de rock, em Lima, capital de seu país. Ao integrar o coro da faculdade, teve a voz descoberta por um professor. Acabou sendo levado ao velho astro Ernesto Palacio, que viu nele um novo Luigi Alva, e educou-o para a cena lírica. Estreando em 1996, o moço vem fazendo carreira meteórica e brilhante no Hemisfério Norte operístico. Em seu primeiro disco solo, Rossini Arias, é tratado como big star pela gravadora Decca e aí se mostra capaz de realizar estonteantes acrobacias vocais. Flórez tem um timbre de voz bastante peculiar e raro. Trabalhando em um campo de tessitura mais alto que o de tenor lírico do Romantismo, ele pertence à gama bastante incomum do tenore legiero (tenor ligeiro), raça que se acreditava praticamente em extinção. Esse tipo de voz - clara, leve, aguda e elástica - esteve muito em voga no início do século 19 e era especialmente apreciada por Rossini, Donizetti e Bellini. Esses compositores escreveram para os privilegiados que possuíam tal garganta árias dificílimas, repletas de ornamentações que as posteriores gerações de tenores românticos foram incapazes de enfrentar. Assim, o tenore legiero foi logo substituído pelo mais sonoramente encorpado tenor lírico (spinto,forte ou não), que passou a fazer par amoroso com a soprano. Graças a Juan Diego Flórez, toda uma gama muito especial de papéis pré-românticos e do romantismo inicial volta à tona, com garbo superior. Por exemplo: a cavatina (curta ária ultra-ornamentada) de Idreno - "Ah dov´è dov´è il cimento?" (Mas, onde está a contenda?), pertencente à ópera Semiramide de Rossini, é de execução dificílima. Por isso, via de regra, é omitida em apresentações ao vivo e mesmo em gravações. Pois aí está ela, defendida com técnica perfeita e bela exuberância expressiva pelo moço peruano. E mais uma deliciosa surpresa: ele restitui à versão original de O Barbeiro de Sevilha, do mesmo Rossini, a longa e impactante cena final do segundo ato, com coro, idealizada inicialmente para tenor - "Cessa de più resistere" (Deixa de resistir). Por ser problemática de ser bem realizada por homens, o próprio compositor a transformaria no rebrilhante rondó final "Non più mesta" da Cenerentola, entregando-a a uma meio-soprano. Ouvi-la com Flórez produz o prazer de uma efetiva descoberta. Suntuosamente acompanhado pelo Coro e pela Orquestra Sinfônica de Milão Giuseppe Verdi, sob a direção calorosa de Riccardo Chailly, o tenor exibe a sua quase inacreditável perícia vocal em outras cenas rossinianas cheias de armadilhas para o cantor, retiradas das óperas Otello, La Gazza Ladra, L´italiana in Algeri, Zelmira e La Donna del Lago. Agora, só nos resta esperar por seus duetos com outro fenômeno, Cecilia Bartoli, que prometem ser de tirar o chapéu.

Juan Diego Flórez, peruano de 28 anos, é o primeiro grande tenor do século 21. Até poucos anos atrás, ele não pensava em ser cantor de ópera - participava, muito animado, de um grupo de rock, em Lima, capital de seu país. Ao integrar o coro da faculdade, teve a voz descoberta por um professor. Acabou sendo levado ao velho astro Ernesto Palacio, que viu nele um novo Luigi Alva, e educou-o para a cena lírica. Estreando em 1996, o moço vem fazendo carreira meteórica e brilhante no Hemisfério Norte operístico. Em seu primeiro disco solo, Rossini Arias, é tratado como big star pela gravadora Decca e aí se mostra capaz de realizar estonteantes acrobacias vocais. Flórez tem um timbre de voz bastante peculiar e raro. Trabalhando em um campo de tessitura mais alto que o de tenor lírico do Romantismo, ele pertence à gama bastante incomum do tenore legiero (tenor ligeiro), raça que se acreditava praticamente em extinção. Esse tipo de voz - clara, leve, aguda e elástica - esteve muito em voga no início do século 19 e era especialmente apreciada por Rossini, Donizetti e Bellini. Esses compositores escreveram para os privilegiados que possuíam tal garganta árias dificílimas, repletas de ornamentações que as posteriores gerações de tenores românticos foram incapazes de enfrentar. Assim, o tenore legiero foi logo substituído pelo mais sonoramente encorpado tenor lírico (spinto,forte ou não), que passou a fazer par amoroso com a soprano. Graças a Juan Diego Flórez, toda uma gama muito especial de papéis pré-românticos e do romantismo inicial volta à tona, com garbo superior. Por exemplo: a cavatina (curta ária ultra-ornamentada) de Idreno - "Ah dov´è dov´è il cimento?" (Mas, onde está a contenda?), pertencente à ópera Semiramide de Rossini, é de execução dificílima. Por isso, via de regra, é omitida em apresentações ao vivo e mesmo em gravações. Pois aí está ela, defendida com técnica perfeita e bela exuberância expressiva pelo moço peruano. E mais uma deliciosa surpresa: ele restitui à versão original de O Barbeiro de Sevilha, do mesmo Rossini, a longa e impactante cena final do segundo ato, com coro, idealizada inicialmente para tenor - "Cessa de più resistere" (Deixa de resistir). Por ser problemática de ser bem realizada por homens, o próprio compositor a transformaria no rebrilhante rondó final "Non più mesta" da Cenerentola, entregando-a a uma meio-soprano. Ouvi-la com Flórez produz o prazer de uma efetiva descoberta. Suntuosamente acompanhado pelo Coro e pela Orquestra Sinfônica de Milão Giuseppe Verdi, sob a direção calorosa de Riccardo Chailly, o tenor exibe a sua quase inacreditável perícia vocal em outras cenas rossinianas cheias de armadilhas para o cantor, retiradas das óperas Otello, La Gazza Ladra, L´italiana in Algeri, Zelmira e La Donna del Lago. Agora, só nos resta esperar por seus duetos com outro fenômeno, Cecilia Bartoli, que prometem ser de tirar o chapéu.

Juan Diego Flórez, peruano de 28 anos, é o primeiro grande tenor do século 21. Até poucos anos atrás, ele não pensava em ser cantor de ópera - participava, muito animado, de um grupo de rock, em Lima, capital de seu país. Ao integrar o coro da faculdade, teve a voz descoberta por um professor. Acabou sendo levado ao velho astro Ernesto Palacio, que viu nele um novo Luigi Alva, e educou-o para a cena lírica. Estreando em 1996, o moço vem fazendo carreira meteórica e brilhante no Hemisfério Norte operístico. Em seu primeiro disco solo, Rossini Arias, é tratado como big star pela gravadora Decca e aí se mostra capaz de realizar estonteantes acrobacias vocais. Flórez tem um timbre de voz bastante peculiar e raro. Trabalhando em um campo de tessitura mais alto que o de tenor lírico do Romantismo, ele pertence à gama bastante incomum do tenore legiero (tenor ligeiro), raça que se acreditava praticamente em extinção. Esse tipo de voz - clara, leve, aguda e elástica - esteve muito em voga no início do século 19 e era especialmente apreciada por Rossini, Donizetti e Bellini. Esses compositores escreveram para os privilegiados que possuíam tal garganta árias dificílimas, repletas de ornamentações que as posteriores gerações de tenores românticos foram incapazes de enfrentar. Assim, o tenore legiero foi logo substituído pelo mais sonoramente encorpado tenor lírico (spinto,forte ou não), que passou a fazer par amoroso com a soprano. Graças a Juan Diego Flórez, toda uma gama muito especial de papéis pré-românticos e do romantismo inicial volta à tona, com garbo superior. Por exemplo: a cavatina (curta ária ultra-ornamentada) de Idreno - "Ah dov´è dov´è il cimento?" (Mas, onde está a contenda?), pertencente à ópera Semiramide de Rossini, é de execução dificílima. Por isso, via de regra, é omitida em apresentações ao vivo e mesmo em gravações. Pois aí está ela, defendida com técnica perfeita e bela exuberância expressiva pelo moço peruano. E mais uma deliciosa surpresa: ele restitui à versão original de O Barbeiro de Sevilha, do mesmo Rossini, a longa e impactante cena final do segundo ato, com coro, idealizada inicialmente para tenor - "Cessa de più resistere" (Deixa de resistir). Por ser problemática de ser bem realizada por homens, o próprio compositor a transformaria no rebrilhante rondó final "Non più mesta" da Cenerentola, entregando-a a uma meio-soprano. Ouvi-la com Flórez produz o prazer de uma efetiva descoberta. Suntuosamente acompanhado pelo Coro e pela Orquestra Sinfônica de Milão Giuseppe Verdi, sob a direção calorosa de Riccardo Chailly, o tenor exibe a sua quase inacreditável perícia vocal em outras cenas rossinianas cheias de armadilhas para o cantor, retiradas das óperas Otello, La Gazza Ladra, L´italiana in Algeri, Zelmira e La Donna del Lago. Agora, só nos resta esperar por seus duetos com outro fenômeno, Cecilia Bartoli, que prometem ser de tirar o chapéu.

Juan Diego Flórez, peruano de 28 anos, é o primeiro grande tenor do século 21. Até poucos anos atrás, ele não pensava em ser cantor de ópera - participava, muito animado, de um grupo de rock, em Lima, capital de seu país. Ao integrar o coro da faculdade, teve a voz descoberta por um professor. Acabou sendo levado ao velho astro Ernesto Palacio, que viu nele um novo Luigi Alva, e educou-o para a cena lírica. Estreando em 1996, o moço vem fazendo carreira meteórica e brilhante no Hemisfério Norte operístico. Em seu primeiro disco solo, Rossini Arias, é tratado como big star pela gravadora Decca e aí se mostra capaz de realizar estonteantes acrobacias vocais. Flórez tem um timbre de voz bastante peculiar e raro. Trabalhando em um campo de tessitura mais alto que o de tenor lírico do Romantismo, ele pertence à gama bastante incomum do tenore legiero (tenor ligeiro), raça que se acreditava praticamente em extinção. Esse tipo de voz - clara, leve, aguda e elástica - esteve muito em voga no início do século 19 e era especialmente apreciada por Rossini, Donizetti e Bellini. Esses compositores escreveram para os privilegiados que possuíam tal garganta árias dificílimas, repletas de ornamentações que as posteriores gerações de tenores românticos foram incapazes de enfrentar. Assim, o tenore legiero foi logo substituído pelo mais sonoramente encorpado tenor lírico (spinto,forte ou não), que passou a fazer par amoroso com a soprano. Graças a Juan Diego Flórez, toda uma gama muito especial de papéis pré-românticos e do romantismo inicial volta à tona, com garbo superior. Por exemplo: a cavatina (curta ária ultra-ornamentada) de Idreno - "Ah dov´è dov´è il cimento?" (Mas, onde está a contenda?), pertencente à ópera Semiramide de Rossini, é de execução dificílima. Por isso, via de regra, é omitida em apresentações ao vivo e mesmo em gravações. Pois aí está ela, defendida com técnica perfeita e bela exuberância expressiva pelo moço peruano. E mais uma deliciosa surpresa: ele restitui à versão original de O Barbeiro de Sevilha, do mesmo Rossini, a longa e impactante cena final do segundo ato, com coro, idealizada inicialmente para tenor - "Cessa de più resistere" (Deixa de resistir). Por ser problemática de ser bem realizada por homens, o próprio compositor a transformaria no rebrilhante rondó final "Non più mesta" da Cenerentola, entregando-a a uma meio-soprano. Ouvi-la com Flórez produz o prazer de uma efetiva descoberta. Suntuosamente acompanhado pelo Coro e pela Orquestra Sinfônica de Milão Giuseppe Verdi, sob a direção calorosa de Riccardo Chailly, o tenor exibe a sua quase inacreditável perícia vocal em outras cenas rossinianas cheias de armadilhas para o cantor, retiradas das óperas Otello, La Gazza Ladra, L´italiana in Algeri, Zelmira e La Donna del Lago. Agora, só nos resta esperar por seus duetos com outro fenômeno, Cecilia Bartoli, que prometem ser de tirar o chapéu.

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