Rei do Rock: 7 músicas para conhecer a trajetória de Elvis Presley


Canções como 'Love Me Tender', 'Can’t Help Falling in Love' e 'Suspicious Minds' exemplificam a ascensão meteórica, a fama absurda e o trágico fim do artista

Por Daniel Vila Nova
Atualização:

Poucos são os artistas que marcaram a cena musical a ponto de ter seu nome ligado a um título de realeza. Dentre esses, Elvis Presley talvez tenha sido o que mais confortável ficou com a coroa. O Rei do Rock conquistou os Estados Unidos e o mundo durante as décadas de 1950 a 1970 e foi o primeiro artista a se tornar um ícone global. Da infância pobre no Mississippi ao estrelato do mundo da música, a vida do artista é retratada no novo filme de Baz Luhrmann, Elvis (2022).

Elvis Presleyusando figurino característico Foto: Arquivo/Estadão

O longa, que estreia nesta quinta, 14, no Brasil, revisita a história de Elvis Presley e aborda sua ascensão meteórica, sua fama e sua eventual decadência, dando destaque para a conturbada relação do artista com seu empresário. O ator Austin Butler interpreta o Rei do Rock e Tom Hanks vive Tom Parker, o homem que lançou Elvis ao estrelato. 

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Se você é fã do rebolado insinuante, do topete lustrado e das roupas brilhantes, o Estadão separou sete músicas que detalham a trajetória de um dos maiores artistas do século 20. 

'That’s All Right' (1954) 

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A vida de Elvis nunca foi fácil. Nascido em Mississippi, o cantor vivia uma vida conturbada com seu pai, Vernon, e sua mãe, Gladys. Apesar da pobreza, o garoto frequentava a igreja e tinha nos cânticos negros sua maior fonte de inspiração. Após se mudar para o Tennessee, Elvis passou a ter maior contato com a música negra e decidiu que seguiria uma carreira musical. Mesmo não tendo nenhum tipo de treinamento formal no mundo da música, o jovem passou a se destacar por conta de seu estilo pouco usual – roupas chamativas e uma postura extravagante. Após algumas tentativas frustradas com gravadoras, sua versão do blues That’s All Right, de Arthur Crudup, estourou nas rádios e rapidamente foi lançada como um single. O fenômeno Elvis havia acabado de nascer. 

'Heartbreak Hotel' (1956) 

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Poucos movimentos de dança são tão lendários quanto o famoso rebolado de Elvis. Inseguro em cima de um palco, o cantor buscava disfarçar seu corpo trêmulo com a dança. O movimento deu certo, talvez até demais. Presley passou a se apresentar ao vivo e a arrebatar fãs por onde passava. O sucesso, no entanto, ainda era no âmbito regional. Tudo mudou com o lançamento de Heartbreak Hotel, que foi financiado por uma grande gravadora. O hit transformou o jovem de Mississippi em um astro nacional e não demorou muito para que ele fosse a figura mais requisitada em programas de rádio e de televisão. Foi a primeira vez, de muitas que se seguiram na carreira do astro, que Presley alcançou o topo das paradas da Billboard. Ao todo, Heartbreak Hotel ficou oito semanas em primeiro lugar. 

'Love Me Tender' (1956) 

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Além das músicas, Elvis também se tornou famoso por suas atuações no cinema. É bem verdade que boa parte dos seus filmes não era exatamente obra-prima, mas suas participações em produções cinematográficas renderam trilhas sonoras excelentes. Foi o caso de Love Me Tender, canção escrita para o primeiro filme estrelado pelo cantor. Elvis apresentou a música no tradicional programa The Ed Sullivan Show, o que a alavancou para o primeiro lugar da Billboard. A popularidade da canção foi tamanha que o estúdio optou por mudar o nome do filme, que seria The Reno Brothers, para o mesmo título da música.

'Jailhouse Rock' (1957)

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Outra canção escrita para um filme estrelado por Presley, Jailhouse Rock é a definição perfeita de “rockabilly” - gênero popularizado por ele. Mistura das palavras “rock” e “hillbilly”, termo pejorativo para quem vive em zonas rurais, o ritmo misturava influências da música country e do blues com o rock. Para muitos, Elvis foi capaz de popularizar gêneros musicais que sofriam preconceitos por serem associados a grupos minoritários, especialmente da comunidade negra americana. Outros, no entanto, entendem que Presley se apropriou da cultura negra e lucrou com ela, enquanto muitos artistas negros foram ignorados pela sociedade. 

'It’s Now Or Never' (1960) 

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O estilo esdrúxulo do astro nos palcos, com seu rebolado e seus vocais peculiares, era um dos principais atrativos de Elvis. Seu jeito, no entanto, também trazia infâmia para sua carreira. Visto como um rebelde e um transgressor, o público mais velho e mais conservador dos Estados Unidos não engolia Presley com tanta facilidade. Isso acabou mudando quando o Rei do Rock foi chamado para servir no exército americano. No auge da fama, o músico pausou sua carreira e se tornou um soldado. Até mesmo o seu lustroso topete teve de ser raspado. O movimento acabou sendo positivo para a trajetória de Elvis, que após servir o exército encontrou um público mais velho bem mais receptivo a sua música. O período no exército marca também o começo da tragédia de Presley – além da morte de sua mãe, foi durante seu serviço militar que ele começou a usar drogas. Dois anos após a pausa, o retorno do Rei aos palcos foi marcado pela canção It’s Now Or Never, que ficou cinco semanas no topo das paradas da Billboard. 

'Can’t Help Falling in Love' (1961)

A derrocada de Elvis ocorreu durante a década de 60. Após a sua volta, Presley até conseguiu emplacar outros hits, mas suas participações no cinema passaram a tomar quase todo o seu tempo. Ao todo, foram 27 filmes em cerca de 10 anos. E os longas estavam longe de ser de boa qualidade, continuamente massacrados pela crítica especializada. As produções do astro haviam entrado em uma lógica formulaica, onde ele havia se tornado uma caricatura de si mesmo. Até mesmo as trilhas sonoras seguiam tal caminho, mas houve exceções. A famosa Can’t Help Falling in Love, composta para o filme Blue Hawaii (1961), surgiu nesse período. 

'Suspicious Minds' (1969) 

Elvis continuou a lançar músicas durante a década de 60, mas elas já não atraiam mais o público como antigamente. Apesar disso, um especial de TV datado de 1968 mostrou ao mundo que Presley ainda não estava acabado. Seguindo o sucesso do especial, as canções lançadas pelo músico no ano de 1969 devolveram a Elvis o posto de Rei do Rock. Deixando de lado a imagem careta que havia construído no cinema, as novas produções do astro eram modernas e dialogavam com estilos populares na época. Dentre as canções, Suspicious Minds foi a que mais se destacou. Ela foi também o último hit de Presley que chegou ao número um da parada da Billboard. Foi nessa época que Elvis passou a se apresentar em Las Vegas. Os shows revolucionaram o entretenimento no local, mas ao longo dos anos as performances do cantor passaram a ficar mais e mais desleixadas. A imagem do astro passou a se deteriorar, assim como sua vida particular e seu estado de saúde. Em 1977, Elvis foi encontrado morto em sua casa aos 42 anos de idade. 

Poucos são os artistas que marcaram a cena musical a ponto de ter seu nome ligado a um título de realeza. Dentre esses, Elvis Presley talvez tenha sido o que mais confortável ficou com a coroa. O Rei do Rock conquistou os Estados Unidos e o mundo durante as décadas de 1950 a 1970 e foi o primeiro artista a se tornar um ícone global. Da infância pobre no Mississippi ao estrelato do mundo da música, a vida do artista é retratada no novo filme de Baz Luhrmann, Elvis (2022).

Elvis Presleyusando figurino característico Foto: Arquivo/Estadão

O longa, que estreia nesta quinta, 14, no Brasil, revisita a história de Elvis Presley e aborda sua ascensão meteórica, sua fama e sua eventual decadência, dando destaque para a conturbada relação do artista com seu empresário. O ator Austin Butler interpreta o Rei do Rock e Tom Hanks vive Tom Parker, o homem que lançou Elvis ao estrelato. 

Se você é fã do rebolado insinuante, do topete lustrado e das roupas brilhantes, o Estadão separou sete músicas que detalham a trajetória de um dos maiores artistas do século 20. 

'That’s All Right' (1954) 

A vida de Elvis nunca foi fácil. Nascido em Mississippi, o cantor vivia uma vida conturbada com seu pai, Vernon, e sua mãe, Gladys. Apesar da pobreza, o garoto frequentava a igreja e tinha nos cânticos negros sua maior fonte de inspiração. Após se mudar para o Tennessee, Elvis passou a ter maior contato com a música negra e decidiu que seguiria uma carreira musical. Mesmo não tendo nenhum tipo de treinamento formal no mundo da música, o jovem passou a se destacar por conta de seu estilo pouco usual – roupas chamativas e uma postura extravagante. Após algumas tentativas frustradas com gravadoras, sua versão do blues That’s All Right, de Arthur Crudup, estourou nas rádios e rapidamente foi lançada como um single. O fenômeno Elvis havia acabado de nascer. 

'Heartbreak Hotel' (1956) 

Poucos movimentos de dança são tão lendários quanto o famoso rebolado de Elvis. Inseguro em cima de um palco, o cantor buscava disfarçar seu corpo trêmulo com a dança. O movimento deu certo, talvez até demais. Presley passou a se apresentar ao vivo e a arrebatar fãs por onde passava. O sucesso, no entanto, ainda era no âmbito regional. Tudo mudou com o lançamento de Heartbreak Hotel, que foi financiado por uma grande gravadora. O hit transformou o jovem de Mississippi em um astro nacional e não demorou muito para que ele fosse a figura mais requisitada em programas de rádio e de televisão. Foi a primeira vez, de muitas que se seguiram na carreira do astro, que Presley alcançou o topo das paradas da Billboard. Ao todo, Heartbreak Hotel ficou oito semanas em primeiro lugar. 

'Love Me Tender' (1956) 

Além das músicas, Elvis também se tornou famoso por suas atuações no cinema. É bem verdade que boa parte dos seus filmes não era exatamente obra-prima, mas suas participações em produções cinematográficas renderam trilhas sonoras excelentes. Foi o caso de Love Me Tender, canção escrita para o primeiro filme estrelado pelo cantor. Elvis apresentou a música no tradicional programa The Ed Sullivan Show, o que a alavancou para o primeiro lugar da Billboard. A popularidade da canção foi tamanha que o estúdio optou por mudar o nome do filme, que seria The Reno Brothers, para o mesmo título da música.

'Jailhouse Rock' (1957)

Outra canção escrita para um filme estrelado por Presley, Jailhouse Rock é a definição perfeita de “rockabilly” - gênero popularizado por ele. Mistura das palavras “rock” e “hillbilly”, termo pejorativo para quem vive em zonas rurais, o ritmo misturava influências da música country e do blues com o rock. Para muitos, Elvis foi capaz de popularizar gêneros musicais que sofriam preconceitos por serem associados a grupos minoritários, especialmente da comunidade negra americana. Outros, no entanto, entendem que Presley se apropriou da cultura negra e lucrou com ela, enquanto muitos artistas negros foram ignorados pela sociedade. 

'It’s Now Or Never' (1960) 

O estilo esdrúxulo do astro nos palcos, com seu rebolado e seus vocais peculiares, era um dos principais atrativos de Elvis. Seu jeito, no entanto, também trazia infâmia para sua carreira. Visto como um rebelde e um transgressor, o público mais velho e mais conservador dos Estados Unidos não engolia Presley com tanta facilidade. Isso acabou mudando quando o Rei do Rock foi chamado para servir no exército americano. No auge da fama, o músico pausou sua carreira e se tornou um soldado. Até mesmo o seu lustroso topete teve de ser raspado. O movimento acabou sendo positivo para a trajetória de Elvis, que após servir o exército encontrou um público mais velho bem mais receptivo a sua música. O período no exército marca também o começo da tragédia de Presley – além da morte de sua mãe, foi durante seu serviço militar que ele começou a usar drogas. Dois anos após a pausa, o retorno do Rei aos palcos foi marcado pela canção It’s Now Or Never, que ficou cinco semanas no topo das paradas da Billboard. 

'Can’t Help Falling in Love' (1961)

A derrocada de Elvis ocorreu durante a década de 60. Após a sua volta, Presley até conseguiu emplacar outros hits, mas suas participações no cinema passaram a tomar quase todo o seu tempo. Ao todo, foram 27 filmes em cerca de 10 anos. E os longas estavam longe de ser de boa qualidade, continuamente massacrados pela crítica especializada. As produções do astro haviam entrado em uma lógica formulaica, onde ele havia se tornado uma caricatura de si mesmo. Até mesmo as trilhas sonoras seguiam tal caminho, mas houve exceções. A famosa Can’t Help Falling in Love, composta para o filme Blue Hawaii (1961), surgiu nesse período. 

'Suspicious Minds' (1969) 

Elvis continuou a lançar músicas durante a década de 60, mas elas já não atraiam mais o público como antigamente. Apesar disso, um especial de TV datado de 1968 mostrou ao mundo que Presley ainda não estava acabado. Seguindo o sucesso do especial, as canções lançadas pelo músico no ano de 1969 devolveram a Elvis o posto de Rei do Rock. Deixando de lado a imagem careta que havia construído no cinema, as novas produções do astro eram modernas e dialogavam com estilos populares na época. Dentre as canções, Suspicious Minds foi a que mais se destacou. Ela foi também o último hit de Presley que chegou ao número um da parada da Billboard. Foi nessa época que Elvis passou a se apresentar em Las Vegas. Os shows revolucionaram o entretenimento no local, mas ao longo dos anos as performances do cantor passaram a ficar mais e mais desleixadas. A imagem do astro passou a se deteriorar, assim como sua vida particular e seu estado de saúde. Em 1977, Elvis foi encontrado morto em sua casa aos 42 anos de idade. 

Poucos são os artistas que marcaram a cena musical a ponto de ter seu nome ligado a um título de realeza. Dentre esses, Elvis Presley talvez tenha sido o que mais confortável ficou com a coroa. O Rei do Rock conquistou os Estados Unidos e o mundo durante as décadas de 1950 a 1970 e foi o primeiro artista a se tornar um ícone global. Da infância pobre no Mississippi ao estrelato do mundo da música, a vida do artista é retratada no novo filme de Baz Luhrmann, Elvis (2022).

Elvis Presleyusando figurino característico Foto: Arquivo/Estadão

O longa, que estreia nesta quinta, 14, no Brasil, revisita a história de Elvis Presley e aborda sua ascensão meteórica, sua fama e sua eventual decadência, dando destaque para a conturbada relação do artista com seu empresário. O ator Austin Butler interpreta o Rei do Rock e Tom Hanks vive Tom Parker, o homem que lançou Elvis ao estrelato. 

Se você é fã do rebolado insinuante, do topete lustrado e das roupas brilhantes, o Estadão separou sete músicas que detalham a trajetória de um dos maiores artistas do século 20. 

'That’s All Right' (1954) 

A vida de Elvis nunca foi fácil. Nascido em Mississippi, o cantor vivia uma vida conturbada com seu pai, Vernon, e sua mãe, Gladys. Apesar da pobreza, o garoto frequentava a igreja e tinha nos cânticos negros sua maior fonte de inspiração. Após se mudar para o Tennessee, Elvis passou a ter maior contato com a música negra e decidiu que seguiria uma carreira musical. Mesmo não tendo nenhum tipo de treinamento formal no mundo da música, o jovem passou a se destacar por conta de seu estilo pouco usual – roupas chamativas e uma postura extravagante. Após algumas tentativas frustradas com gravadoras, sua versão do blues That’s All Right, de Arthur Crudup, estourou nas rádios e rapidamente foi lançada como um single. O fenômeno Elvis havia acabado de nascer. 

'Heartbreak Hotel' (1956) 

Poucos movimentos de dança são tão lendários quanto o famoso rebolado de Elvis. Inseguro em cima de um palco, o cantor buscava disfarçar seu corpo trêmulo com a dança. O movimento deu certo, talvez até demais. Presley passou a se apresentar ao vivo e a arrebatar fãs por onde passava. O sucesso, no entanto, ainda era no âmbito regional. Tudo mudou com o lançamento de Heartbreak Hotel, que foi financiado por uma grande gravadora. O hit transformou o jovem de Mississippi em um astro nacional e não demorou muito para que ele fosse a figura mais requisitada em programas de rádio e de televisão. Foi a primeira vez, de muitas que se seguiram na carreira do astro, que Presley alcançou o topo das paradas da Billboard. Ao todo, Heartbreak Hotel ficou oito semanas em primeiro lugar. 

'Love Me Tender' (1956) 

Além das músicas, Elvis também se tornou famoso por suas atuações no cinema. É bem verdade que boa parte dos seus filmes não era exatamente obra-prima, mas suas participações em produções cinematográficas renderam trilhas sonoras excelentes. Foi o caso de Love Me Tender, canção escrita para o primeiro filme estrelado pelo cantor. Elvis apresentou a música no tradicional programa The Ed Sullivan Show, o que a alavancou para o primeiro lugar da Billboard. A popularidade da canção foi tamanha que o estúdio optou por mudar o nome do filme, que seria The Reno Brothers, para o mesmo título da música.

'Jailhouse Rock' (1957)

Outra canção escrita para um filme estrelado por Presley, Jailhouse Rock é a definição perfeita de “rockabilly” - gênero popularizado por ele. Mistura das palavras “rock” e “hillbilly”, termo pejorativo para quem vive em zonas rurais, o ritmo misturava influências da música country e do blues com o rock. Para muitos, Elvis foi capaz de popularizar gêneros musicais que sofriam preconceitos por serem associados a grupos minoritários, especialmente da comunidade negra americana. Outros, no entanto, entendem que Presley se apropriou da cultura negra e lucrou com ela, enquanto muitos artistas negros foram ignorados pela sociedade. 

'It’s Now Or Never' (1960) 

O estilo esdrúxulo do astro nos palcos, com seu rebolado e seus vocais peculiares, era um dos principais atrativos de Elvis. Seu jeito, no entanto, também trazia infâmia para sua carreira. Visto como um rebelde e um transgressor, o público mais velho e mais conservador dos Estados Unidos não engolia Presley com tanta facilidade. Isso acabou mudando quando o Rei do Rock foi chamado para servir no exército americano. No auge da fama, o músico pausou sua carreira e se tornou um soldado. Até mesmo o seu lustroso topete teve de ser raspado. O movimento acabou sendo positivo para a trajetória de Elvis, que após servir o exército encontrou um público mais velho bem mais receptivo a sua música. O período no exército marca também o começo da tragédia de Presley – além da morte de sua mãe, foi durante seu serviço militar que ele começou a usar drogas. Dois anos após a pausa, o retorno do Rei aos palcos foi marcado pela canção It’s Now Or Never, que ficou cinco semanas no topo das paradas da Billboard. 

'Can’t Help Falling in Love' (1961)

A derrocada de Elvis ocorreu durante a década de 60. Após a sua volta, Presley até conseguiu emplacar outros hits, mas suas participações no cinema passaram a tomar quase todo o seu tempo. Ao todo, foram 27 filmes em cerca de 10 anos. E os longas estavam longe de ser de boa qualidade, continuamente massacrados pela crítica especializada. As produções do astro haviam entrado em uma lógica formulaica, onde ele havia se tornado uma caricatura de si mesmo. Até mesmo as trilhas sonoras seguiam tal caminho, mas houve exceções. A famosa Can’t Help Falling in Love, composta para o filme Blue Hawaii (1961), surgiu nesse período. 

'Suspicious Minds' (1969) 

Elvis continuou a lançar músicas durante a década de 60, mas elas já não atraiam mais o público como antigamente. Apesar disso, um especial de TV datado de 1968 mostrou ao mundo que Presley ainda não estava acabado. Seguindo o sucesso do especial, as canções lançadas pelo músico no ano de 1969 devolveram a Elvis o posto de Rei do Rock. Deixando de lado a imagem careta que havia construído no cinema, as novas produções do astro eram modernas e dialogavam com estilos populares na época. Dentre as canções, Suspicious Minds foi a que mais se destacou. Ela foi também o último hit de Presley que chegou ao número um da parada da Billboard. Foi nessa época que Elvis passou a se apresentar em Las Vegas. Os shows revolucionaram o entretenimento no local, mas ao longo dos anos as performances do cantor passaram a ficar mais e mais desleixadas. A imagem do astro passou a se deteriorar, assim como sua vida particular e seu estado de saúde. Em 1977, Elvis foi encontrado morto em sua casa aos 42 anos de idade. 

Poucos são os artistas que marcaram a cena musical a ponto de ter seu nome ligado a um título de realeza. Dentre esses, Elvis Presley talvez tenha sido o que mais confortável ficou com a coroa. O Rei do Rock conquistou os Estados Unidos e o mundo durante as décadas de 1950 a 1970 e foi o primeiro artista a se tornar um ícone global. Da infância pobre no Mississippi ao estrelato do mundo da música, a vida do artista é retratada no novo filme de Baz Luhrmann, Elvis (2022).

Elvis Presleyusando figurino característico Foto: Arquivo/Estadão

O longa, que estreia nesta quinta, 14, no Brasil, revisita a história de Elvis Presley e aborda sua ascensão meteórica, sua fama e sua eventual decadência, dando destaque para a conturbada relação do artista com seu empresário. O ator Austin Butler interpreta o Rei do Rock e Tom Hanks vive Tom Parker, o homem que lançou Elvis ao estrelato. 

Se você é fã do rebolado insinuante, do topete lustrado e das roupas brilhantes, o Estadão separou sete músicas que detalham a trajetória de um dos maiores artistas do século 20. 

'That’s All Right' (1954) 

A vida de Elvis nunca foi fácil. Nascido em Mississippi, o cantor vivia uma vida conturbada com seu pai, Vernon, e sua mãe, Gladys. Apesar da pobreza, o garoto frequentava a igreja e tinha nos cânticos negros sua maior fonte de inspiração. Após se mudar para o Tennessee, Elvis passou a ter maior contato com a música negra e decidiu que seguiria uma carreira musical. Mesmo não tendo nenhum tipo de treinamento formal no mundo da música, o jovem passou a se destacar por conta de seu estilo pouco usual – roupas chamativas e uma postura extravagante. Após algumas tentativas frustradas com gravadoras, sua versão do blues That’s All Right, de Arthur Crudup, estourou nas rádios e rapidamente foi lançada como um single. O fenômeno Elvis havia acabado de nascer. 

'Heartbreak Hotel' (1956) 

Poucos movimentos de dança são tão lendários quanto o famoso rebolado de Elvis. Inseguro em cima de um palco, o cantor buscava disfarçar seu corpo trêmulo com a dança. O movimento deu certo, talvez até demais. Presley passou a se apresentar ao vivo e a arrebatar fãs por onde passava. O sucesso, no entanto, ainda era no âmbito regional. Tudo mudou com o lançamento de Heartbreak Hotel, que foi financiado por uma grande gravadora. O hit transformou o jovem de Mississippi em um astro nacional e não demorou muito para que ele fosse a figura mais requisitada em programas de rádio e de televisão. Foi a primeira vez, de muitas que se seguiram na carreira do astro, que Presley alcançou o topo das paradas da Billboard. Ao todo, Heartbreak Hotel ficou oito semanas em primeiro lugar. 

'Love Me Tender' (1956) 

Além das músicas, Elvis também se tornou famoso por suas atuações no cinema. É bem verdade que boa parte dos seus filmes não era exatamente obra-prima, mas suas participações em produções cinematográficas renderam trilhas sonoras excelentes. Foi o caso de Love Me Tender, canção escrita para o primeiro filme estrelado pelo cantor. Elvis apresentou a música no tradicional programa The Ed Sullivan Show, o que a alavancou para o primeiro lugar da Billboard. A popularidade da canção foi tamanha que o estúdio optou por mudar o nome do filme, que seria The Reno Brothers, para o mesmo título da música.

'Jailhouse Rock' (1957)

Outra canção escrita para um filme estrelado por Presley, Jailhouse Rock é a definição perfeita de “rockabilly” - gênero popularizado por ele. Mistura das palavras “rock” e “hillbilly”, termo pejorativo para quem vive em zonas rurais, o ritmo misturava influências da música country e do blues com o rock. Para muitos, Elvis foi capaz de popularizar gêneros musicais que sofriam preconceitos por serem associados a grupos minoritários, especialmente da comunidade negra americana. Outros, no entanto, entendem que Presley se apropriou da cultura negra e lucrou com ela, enquanto muitos artistas negros foram ignorados pela sociedade. 

'It’s Now Or Never' (1960) 

O estilo esdrúxulo do astro nos palcos, com seu rebolado e seus vocais peculiares, era um dos principais atrativos de Elvis. Seu jeito, no entanto, também trazia infâmia para sua carreira. Visto como um rebelde e um transgressor, o público mais velho e mais conservador dos Estados Unidos não engolia Presley com tanta facilidade. Isso acabou mudando quando o Rei do Rock foi chamado para servir no exército americano. No auge da fama, o músico pausou sua carreira e se tornou um soldado. Até mesmo o seu lustroso topete teve de ser raspado. O movimento acabou sendo positivo para a trajetória de Elvis, que após servir o exército encontrou um público mais velho bem mais receptivo a sua música. O período no exército marca também o começo da tragédia de Presley – além da morte de sua mãe, foi durante seu serviço militar que ele começou a usar drogas. Dois anos após a pausa, o retorno do Rei aos palcos foi marcado pela canção It’s Now Or Never, que ficou cinco semanas no topo das paradas da Billboard. 

'Can’t Help Falling in Love' (1961)

A derrocada de Elvis ocorreu durante a década de 60. Após a sua volta, Presley até conseguiu emplacar outros hits, mas suas participações no cinema passaram a tomar quase todo o seu tempo. Ao todo, foram 27 filmes em cerca de 10 anos. E os longas estavam longe de ser de boa qualidade, continuamente massacrados pela crítica especializada. As produções do astro haviam entrado em uma lógica formulaica, onde ele havia se tornado uma caricatura de si mesmo. Até mesmo as trilhas sonoras seguiam tal caminho, mas houve exceções. A famosa Can’t Help Falling in Love, composta para o filme Blue Hawaii (1961), surgiu nesse período. 

'Suspicious Minds' (1969) 

Elvis continuou a lançar músicas durante a década de 60, mas elas já não atraiam mais o público como antigamente. Apesar disso, um especial de TV datado de 1968 mostrou ao mundo que Presley ainda não estava acabado. Seguindo o sucesso do especial, as canções lançadas pelo músico no ano de 1969 devolveram a Elvis o posto de Rei do Rock. Deixando de lado a imagem careta que havia construído no cinema, as novas produções do astro eram modernas e dialogavam com estilos populares na época. Dentre as canções, Suspicious Minds foi a que mais se destacou. Ela foi também o último hit de Presley que chegou ao número um da parada da Billboard. Foi nessa época que Elvis passou a se apresentar em Las Vegas. Os shows revolucionaram o entretenimento no local, mas ao longo dos anos as performances do cantor passaram a ficar mais e mais desleixadas. A imagem do astro passou a se deteriorar, assim como sua vida particular e seu estado de saúde. Em 1977, Elvis foi encontrado morto em sua casa aos 42 anos de idade. 

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