Rock in Rio 2019: King Crimson resume virtuose de 50 anos em uma hora


Show impecável presenteou fãs fiéis e desavisados da Cidade do Rock

Por Guilherme Sobota

Diferente de muito do que já rolou no Rock in Rio 2019, o King Crimson é 100% sobre música. Um letreiro com o nome da banda permanece na íntegra da apresentação no espaço de trás do grupo, e em shows normais, o telão tem uma câmera única que mostra os integrantes sempre de frente. Não há uma sequer interação com o público.

King Crimson levanta o público na última apresentação do Palco Sunset no Rock in Rio deste domingo.Na foto, o bateirista Pat Mastelotto. Foto: Wilton Junior/Estadão Foto:

Por motivos de transmissão, o telão do Rock in Rio ficou passando entre um músico e o outro – e aqui vale um salve para o diretor responsável por isso, porque deve ser muito difícil saber para onde apontar e cortar.

continua após a publicidade

São sete integrantes: uma linha de três bateristas que se posicionam à frente do palco, enquanto os outros quatro, atrás, se revezam entre instrumentos tradicionais, como guitarra, baixo, saxofone, flautas, até peças menos ortodoxas, como o Chapman stick (uma mistura de baixo e guitarra, sem corpo), e o Mellotron (espécie de teclado polifônico popular nos anos 1960). A formação, uma das muitas encarnações da banda nas últimas cinco décadas, é conhecida pelos fãs como o Cão de Sete Cabeças.

O show começa com uma conversa de sete minutos entre as três baterias. Em Red, de 1974, o grupo explora de tudo, até escalas que lembram o heavy metal. 

Hinos antigos como The Court of the Crimson King e Epitaph (1969) se aproximam de canções mais populares, estruturadas com versos cantados pelo britânico Jakko Jakszyk, mas o show é contemplativo na maior parte do tempo, com demonstrações de virtuosismo especialmente do líder e guitarrista Robert Fripp – instalado numa cadeira no canto do palco – e do baixista Tony Levin, veterano não apenas do Crimson, mas músico de estúdio de currículo extenso, que incrivelmente consegue achar espaço para o seu baixo no meio de três baterias.

continua após a publicidade

A influência do King Crimson no rock feito a partir dos anos 1970 é imensa: Yes e Genesis bebem direto dessa fonte, e mais recentemente grupos diversos como Tool, Mars Volta e Flaming Lips citaram a banda como inspiração — os mais jovens talvez liguem a música mais conhecida da banda a Kanye West, que usou um sample de 21st Century Schizoid Man em Power, de 2010 – justamente a música que fecha o show no Rock in Rio.

A versão ao vivo é uma redenção para um show impecável até ali – com viagens para o hard rock dos anos 1970, pelo blues e pelo jazz, pelo puro progressivo sustentado exclusivamente pelas baterias, com distorção no vocal (artifício usado largamente pelo hip hop hoje em dia) e refrão inesquecível – a música se torna o significado da palavra “virtuoso” no dicionário sem nunca cair no tédio. Uma beleza.

Rock In Rio 2019: confira fotos do 7º dia de shows do festival

1 | 19

Rock in Rio dia 7

Foto: Wilton Junior/Estadão
2 | 19

Rock in Rio

Foto: Wilton Junior/Estadão
3 | 19

Paralamas do Sucesso

Foto: Wilton Junior/Estadão
4 | 19

PARALAMAS DO SUCESSO

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 19

PARALAMAS DO SUCESSO

6 | 19

Gabriela Melim

Foto: Wilton Junior/Estadão
7 | 19

O Terno

Foto: Wilton Junior/Estadão
8 | 19

BANDA MELIM

Foto: Wilton Junior/Estadão
9 | 19

LULU SANTOS E SILVA

Foto: Wilton Junior/Estadão
10 | 19

NICKELBACK

11 | 19

NICKELBACK

12 | 19

PÚBLICO

13 | 19

KING CRIMSON

14 | 19

KING CRIMSON

15 | 19

KING CRIMSON

Foto: Mauro Pimentel/AFP
16 | 19

PÚBLICO LOTA ÚLTIMO DIA

17 | 19

IMAGINE DRAGONS

18 | 19

IMAGINE DRAGONS

19 | 19

Muse

Foto: Wilton Junior/Estadão

Diferente de muito do que já rolou no Rock in Rio 2019, o King Crimson é 100% sobre música. Um letreiro com o nome da banda permanece na íntegra da apresentação no espaço de trás do grupo, e em shows normais, o telão tem uma câmera única que mostra os integrantes sempre de frente. Não há uma sequer interação com o público.

King Crimson levanta o público na última apresentação do Palco Sunset no Rock in Rio deste domingo.Na foto, o bateirista Pat Mastelotto. Foto: Wilton Junior/Estadão Foto:

Por motivos de transmissão, o telão do Rock in Rio ficou passando entre um músico e o outro – e aqui vale um salve para o diretor responsável por isso, porque deve ser muito difícil saber para onde apontar e cortar.

São sete integrantes: uma linha de três bateristas que se posicionam à frente do palco, enquanto os outros quatro, atrás, se revezam entre instrumentos tradicionais, como guitarra, baixo, saxofone, flautas, até peças menos ortodoxas, como o Chapman stick (uma mistura de baixo e guitarra, sem corpo), e o Mellotron (espécie de teclado polifônico popular nos anos 1960). A formação, uma das muitas encarnações da banda nas últimas cinco décadas, é conhecida pelos fãs como o Cão de Sete Cabeças.

O show começa com uma conversa de sete minutos entre as três baterias. Em Red, de 1974, o grupo explora de tudo, até escalas que lembram o heavy metal. 

Hinos antigos como The Court of the Crimson King e Epitaph (1969) se aproximam de canções mais populares, estruturadas com versos cantados pelo britânico Jakko Jakszyk, mas o show é contemplativo na maior parte do tempo, com demonstrações de virtuosismo especialmente do líder e guitarrista Robert Fripp – instalado numa cadeira no canto do palco – e do baixista Tony Levin, veterano não apenas do Crimson, mas músico de estúdio de currículo extenso, que incrivelmente consegue achar espaço para o seu baixo no meio de três baterias.

A influência do King Crimson no rock feito a partir dos anos 1970 é imensa: Yes e Genesis bebem direto dessa fonte, e mais recentemente grupos diversos como Tool, Mars Volta e Flaming Lips citaram a banda como inspiração — os mais jovens talvez liguem a música mais conhecida da banda a Kanye West, que usou um sample de 21st Century Schizoid Man em Power, de 2010 – justamente a música que fecha o show no Rock in Rio.

A versão ao vivo é uma redenção para um show impecável até ali – com viagens para o hard rock dos anos 1970, pelo blues e pelo jazz, pelo puro progressivo sustentado exclusivamente pelas baterias, com distorção no vocal (artifício usado largamente pelo hip hop hoje em dia) e refrão inesquecível – a música se torna o significado da palavra “virtuoso” no dicionário sem nunca cair no tédio. Uma beleza.

Rock In Rio 2019: confira fotos do 7º dia de shows do festival

1 | 19

Rock in Rio dia 7

Foto: Wilton Junior/Estadão
2 | 19

Rock in Rio

Foto: Wilton Junior/Estadão
3 | 19

Paralamas do Sucesso

Foto: Wilton Junior/Estadão
4 | 19

PARALAMAS DO SUCESSO

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 19

PARALAMAS DO SUCESSO

6 | 19

Gabriela Melim

Foto: Wilton Junior/Estadão
7 | 19

O Terno

Foto: Wilton Junior/Estadão
8 | 19

BANDA MELIM

Foto: Wilton Junior/Estadão
9 | 19

LULU SANTOS E SILVA

Foto: Wilton Junior/Estadão
10 | 19

NICKELBACK

11 | 19

NICKELBACK

12 | 19

PÚBLICO

13 | 19

KING CRIMSON

14 | 19

KING CRIMSON

15 | 19

KING CRIMSON

Foto: Mauro Pimentel/AFP
16 | 19

PÚBLICO LOTA ÚLTIMO DIA

17 | 19

IMAGINE DRAGONS

18 | 19

IMAGINE DRAGONS

19 | 19

Muse

Foto: Wilton Junior/Estadão

Diferente de muito do que já rolou no Rock in Rio 2019, o King Crimson é 100% sobre música. Um letreiro com o nome da banda permanece na íntegra da apresentação no espaço de trás do grupo, e em shows normais, o telão tem uma câmera única que mostra os integrantes sempre de frente. Não há uma sequer interação com o público.

King Crimson levanta o público na última apresentação do Palco Sunset no Rock in Rio deste domingo.Na foto, o bateirista Pat Mastelotto. Foto: Wilton Junior/Estadão Foto:

Por motivos de transmissão, o telão do Rock in Rio ficou passando entre um músico e o outro – e aqui vale um salve para o diretor responsável por isso, porque deve ser muito difícil saber para onde apontar e cortar.

São sete integrantes: uma linha de três bateristas que se posicionam à frente do palco, enquanto os outros quatro, atrás, se revezam entre instrumentos tradicionais, como guitarra, baixo, saxofone, flautas, até peças menos ortodoxas, como o Chapman stick (uma mistura de baixo e guitarra, sem corpo), e o Mellotron (espécie de teclado polifônico popular nos anos 1960). A formação, uma das muitas encarnações da banda nas últimas cinco décadas, é conhecida pelos fãs como o Cão de Sete Cabeças.

O show começa com uma conversa de sete minutos entre as três baterias. Em Red, de 1974, o grupo explora de tudo, até escalas que lembram o heavy metal. 

Hinos antigos como The Court of the Crimson King e Epitaph (1969) se aproximam de canções mais populares, estruturadas com versos cantados pelo britânico Jakko Jakszyk, mas o show é contemplativo na maior parte do tempo, com demonstrações de virtuosismo especialmente do líder e guitarrista Robert Fripp – instalado numa cadeira no canto do palco – e do baixista Tony Levin, veterano não apenas do Crimson, mas músico de estúdio de currículo extenso, que incrivelmente consegue achar espaço para o seu baixo no meio de três baterias.

A influência do King Crimson no rock feito a partir dos anos 1970 é imensa: Yes e Genesis bebem direto dessa fonte, e mais recentemente grupos diversos como Tool, Mars Volta e Flaming Lips citaram a banda como inspiração — os mais jovens talvez liguem a música mais conhecida da banda a Kanye West, que usou um sample de 21st Century Schizoid Man em Power, de 2010 – justamente a música que fecha o show no Rock in Rio.

A versão ao vivo é uma redenção para um show impecável até ali – com viagens para o hard rock dos anos 1970, pelo blues e pelo jazz, pelo puro progressivo sustentado exclusivamente pelas baterias, com distorção no vocal (artifício usado largamente pelo hip hop hoje em dia) e refrão inesquecível – a música se torna o significado da palavra “virtuoso” no dicionário sem nunca cair no tédio. Uma beleza.

Rock In Rio 2019: confira fotos do 7º dia de shows do festival

1 | 19

Rock in Rio dia 7

Foto: Wilton Junior/Estadão
2 | 19

Rock in Rio

Foto: Wilton Junior/Estadão
3 | 19

Paralamas do Sucesso

Foto: Wilton Junior/Estadão
4 | 19

PARALAMAS DO SUCESSO

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 19

PARALAMAS DO SUCESSO

6 | 19

Gabriela Melim

Foto: Wilton Junior/Estadão
7 | 19

O Terno

Foto: Wilton Junior/Estadão
8 | 19

BANDA MELIM

Foto: Wilton Junior/Estadão
9 | 19

LULU SANTOS E SILVA

Foto: Wilton Junior/Estadão
10 | 19

NICKELBACK

11 | 19

NICKELBACK

12 | 19

PÚBLICO

13 | 19

KING CRIMSON

14 | 19

KING CRIMSON

15 | 19

KING CRIMSON

Foto: Mauro Pimentel/AFP
16 | 19

PÚBLICO LOTA ÚLTIMO DIA

17 | 19

IMAGINE DRAGONS

18 | 19

IMAGINE DRAGONS

19 | 19

Muse

Foto: Wilton Junior/Estadão

Diferente de muito do que já rolou no Rock in Rio 2019, o King Crimson é 100% sobre música. Um letreiro com o nome da banda permanece na íntegra da apresentação no espaço de trás do grupo, e em shows normais, o telão tem uma câmera única que mostra os integrantes sempre de frente. Não há uma sequer interação com o público.

King Crimson levanta o público na última apresentação do Palco Sunset no Rock in Rio deste domingo.Na foto, o bateirista Pat Mastelotto. Foto: Wilton Junior/Estadão Foto:

Por motivos de transmissão, o telão do Rock in Rio ficou passando entre um músico e o outro – e aqui vale um salve para o diretor responsável por isso, porque deve ser muito difícil saber para onde apontar e cortar.

São sete integrantes: uma linha de três bateristas que se posicionam à frente do palco, enquanto os outros quatro, atrás, se revezam entre instrumentos tradicionais, como guitarra, baixo, saxofone, flautas, até peças menos ortodoxas, como o Chapman stick (uma mistura de baixo e guitarra, sem corpo), e o Mellotron (espécie de teclado polifônico popular nos anos 1960). A formação, uma das muitas encarnações da banda nas últimas cinco décadas, é conhecida pelos fãs como o Cão de Sete Cabeças.

O show começa com uma conversa de sete minutos entre as três baterias. Em Red, de 1974, o grupo explora de tudo, até escalas que lembram o heavy metal. 

Hinos antigos como The Court of the Crimson King e Epitaph (1969) se aproximam de canções mais populares, estruturadas com versos cantados pelo britânico Jakko Jakszyk, mas o show é contemplativo na maior parte do tempo, com demonstrações de virtuosismo especialmente do líder e guitarrista Robert Fripp – instalado numa cadeira no canto do palco – e do baixista Tony Levin, veterano não apenas do Crimson, mas músico de estúdio de currículo extenso, que incrivelmente consegue achar espaço para o seu baixo no meio de três baterias.

A influência do King Crimson no rock feito a partir dos anos 1970 é imensa: Yes e Genesis bebem direto dessa fonte, e mais recentemente grupos diversos como Tool, Mars Volta e Flaming Lips citaram a banda como inspiração — os mais jovens talvez liguem a música mais conhecida da banda a Kanye West, que usou um sample de 21st Century Schizoid Man em Power, de 2010 – justamente a música que fecha o show no Rock in Rio.

A versão ao vivo é uma redenção para um show impecável até ali – com viagens para o hard rock dos anos 1970, pelo blues e pelo jazz, pelo puro progressivo sustentado exclusivamente pelas baterias, com distorção no vocal (artifício usado largamente pelo hip hop hoje em dia) e refrão inesquecível – a música se torna o significado da palavra “virtuoso” no dicionário sem nunca cair no tédio. Uma beleza.

Rock In Rio 2019: confira fotos do 7º dia de shows do festival

1 | 19

Rock in Rio dia 7

Foto: Wilton Junior/Estadão
2 | 19

Rock in Rio

Foto: Wilton Junior/Estadão
3 | 19

Paralamas do Sucesso

Foto: Wilton Junior/Estadão
4 | 19

PARALAMAS DO SUCESSO

Foto: Wilton Junior/Estadão
5 | 19

PARALAMAS DO SUCESSO

6 | 19

Gabriela Melim

Foto: Wilton Junior/Estadão
7 | 19

O Terno

Foto: Wilton Junior/Estadão
8 | 19

BANDA MELIM

Foto: Wilton Junior/Estadão
9 | 19

LULU SANTOS E SILVA

Foto: Wilton Junior/Estadão
10 | 19

NICKELBACK

11 | 19

NICKELBACK

12 | 19

PÚBLICO

13 | 19

KING CRIMSON

14 | 19

KING CRIMSON

15 | 19

KING CRIMSON

Foto: Mauro Pimentel/AFP
16 | 19

PÚBLICO LOTA ÚLTIMO DIA

17 | 19

IMAGINE DRAGONS

18 | 19

IMAGINE DRAGONS

19 | 19

Muse

Foto: Wilton Junior/Estadão

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.