Slipknot e System of a Down são 'promovidos' no Rock in Rio 2015


Na edição deste ano, bandas foram escaladas para encabeçar os dias dedicados ao heavy metal

Por Pedro Antunes

Entre duas edições de Rock in Rio, a vida inteira de uma banda pode mudar. Não era possível ver um futuro menos sombrio para o Slipknot naquela passagem do grupo pelo Rio de Janeiro, em 2011. Um ano antes, ele havia perdido o baixista Paul Gray, morto por causa de uma overdose. Explosiva é o mínimo que se poderia dizer sobre a performance da banda naquela noite. Assustadores homens com máscaras saídas dos seus piores pesadelos esmurrando seus instrumentos com ferocidade invejável. “Aquele ano de 2011 foi muito importante para que a gente soubesse o que fazer após tudo o que aconteceu”, explicou o vocalista da banda, Corey Taylor, ao telefone. 

Quatro anos após aquela noite, depois de transformar lágrimas em puro ruído, a banda está de volta ao mesmo palco montado na Cidade do Rock (localizada no Parque dos Atletas, Av. Salvador Allende, no Rio). Dois pares de anos depois, a banda não é uma das atrações medianas. Agora, o Slipknot de Corey Taylor ocupa o posto mais alto de uma das três noites dedicadas ao gênero de forma mais pesada, na virada do dia 25 para 26 de setembro, à 0h. 

BandaSlipknot / Crédito: Divulgação Foto: Banda Slipknot / Crédito: Divulgação
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É um grande passo para a banda em termos de universo pop, ou mainstream, como quiser chamá-lo. O Rock in Rio é, por tradição, um grande termômetro de popularidade. E o fato do Iron Maiden ou Guns N’ Roses, queridinhos do festival, não estarem entre os selecionados para uma das noites de heavy metal, mesmo que provavelmente por motivos de agenda, é algo a se comemorar. 

Slipknot e System of a Down foram chamados para encerrar duas das três noites pesos pesadas do Rock in Rio 2015. A última ficou com o Metallica, como de costume. Todos os ingressos dos sete dias de evento estão esgotados e provam alguma renovação no rock mundial. Slipknot e System of a Down não são novatos no festival. Tocaram ambos, aliás, em noites daquela edição de 2011, mas ainda não haviam chegado ao posto de principal atração do evento.

Para Taylor, chegar à posição de headliner é “gigantesco”. “É, não tenho outra palavra para definir. É um passo gigante para a gente chegar ao posto de principal atração. O terreno deste festival é sagrado, uma daquelas coisas marcantes para qualquer banda, com é o Download Festival, no Reino Unido. Parece que estamos voltando para a nossa casa e estamos muito bem acompanhados”, disse o vocalista. No mesmo Palco Mundo, o principal do Rock in Rio, passam Faith no More (às 22h30), Mastodon (às 21h) e De La Tierra (às 19h). “Estamos muito orgulhosos.” 

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Tanto Slipknot quanto System of a Down também se apresentam em São Paulo. A primeira toca no dia 27 de setembro, com abertura do Mastodon, na Arena Anhembi. No mesmo local, dois dias antes, ou seja, em 25 de setembro, System of a Down e Deftones trarão mais rock cheio de peso e distorção para o público paulistano. 

O Slipknot foi headliner de outro festival brasileiro antes do Rock in Rio. Em 2013, eles tocaram no Monsters of Rock, cuja tradição é enorme para o público de heavy metal, mas não é tão popular: na ocasião 30 mil pessoas, segundo a produção do show, 70 mil a menos do que os 100 mil reunidos na Cidade do Rock em 2011. Há uma grande mudança da última performance da banda por aqui. O Slipknot conseguiu seguir em frente e, em outubro de 2014, eles interromperam um período de seis anos e lançaram um disco de estúdio, o primeiro sem o baixista Paul Gray. 

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.5: The Gray Chapter (lançado aqui pela Warner Music), coloca para fora toda a dor e agonia que haviam se instalado no peito de Corey Taylor desde que o baixista da banda foi encontrado morto no quarto de hotel com nível fatal de morfina e fentanil (espécie de substituto sintético da morfina) no sangue. “Esse disco fez parte do nosso processo de luto”, explica o vocalista da banda. “Foi importante para que a gente conseguisse colocar tudo aquilo que sentíamos para fora, limpar aquilo que estava nos fazendo mal.” 

Taylor vê com curiosidade como a base de fãs da banda cresceu com o passar do tempo. Mesmo esses seis anos sem um novo disco, os álbuns anteriores acabaram passando para uma geração mais nova – e dando à banda um status de headliner, enfim. “Só percebi essa renovação quando lançamos esse disco. O álbum tem esse papel fundamental de expor o luto e uma nova forma de comunicação com nossos fãs antigos, que esperam há anos pelo novo trabalho. Mas, de repente, encontramos uma base de fãs que não conhecia Slipknot quando lançamos All Hope Is Gone”, explica, citando o último álbum lançado até então, em 2008. 

A sonoridade da banda também se renovou. Ou melhor, .5: The Gray Chapter, resgata o som pesado e cru que tomou o heavy metal de assalto com os discos Slipknot (de 1999) e Iowa (2001). “Eu vejo que, depois de tudo o que passamos, esse lançamento, essa renovação, tudo isso é uma espécie de renascimento para o Slipknot”, encerra Taylor. “A gente não sabia que precisava renascer. O que é muito louco. Mas quando aconteceu, percebemos que as coisas podem voltar a ser como era. Era o que precisávamos.” 

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System of a Down não lança disco há uma década

A banda liderada por Serj Tankian está entre as mais queridas do Rock in Rio, mesmo sem lançar um disco com canções inéditas há dez anos. Isso não foi capaz de impedir o System of a Down de promover uma apresentação poderosa, mesmo debaixo de muita chuva, durante o festival de 2011.

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Assim como o Slipknot, a banda foi promovida a headliner neste ano – um caso ainda mais interessante, já que não teve música nova lançada desde então. O grupo vem ao Rio com a turnê Wake Up The Souls Tour, que relembra o genocídio armênio há 100 anos. 

Entre duas edições de Rock in Rio, a vida inteira de uma banda pode mudar. Não era possível ver um futuro menos sombrio para o Slipknot naquela passagem do grupo pelo Rio de Janeiro, em 2011. Um ano antes, ele havia perdido o baixista Paul Gray, morto por causa de uma overdose. Explosiva é o mínimo que se poderia dizer sobre a performance da banda naquela noite. Assustadores homens com máscaras saídas dos seus piores pesadelos esmurrando seus instrumentos com ferocidade invejável. “Aquele ano de 2011 foi muito importante para que a gente soubesse o que fazer após tudo o que aconteceu”, explicou o vocalista da banda, Corey Taylor, ao telefone. 

Quatro anos após aquela noite, depois de transformar lágrimas em puro ruído, a banda está de volta ao mesmo palco montado na Cidade do Rock (localizada no Parque dos Atletas, Av. Salvador Allende, no Rio). Dois pares de anos depois, a banda não é uma das atrações medianas. Agora, o Slipknot de Corey Taylor ocupa o posto mais alto de uma das três noites dedicadas ao gênero de forma mais pesada, na virada do dia 25 para 26 de setembro, à 0h. 

BandaSlipknot / Crédito: Divulgação Foto: Banda Slipknot / Crédito: Divulgação

É um grande passo para a banda em termos de universo pop, ou mainstream, como quiser chamá-lo. O Rock in Rio é, por tradição, um grande termômetro de popularidade. E o fato do Iron Maiden ou Guns N’ Roses, queridinhos do festival, não estarem entre os selecionados para uma das noites de heavy metal, mesmo que provavelmente por motivos de agenda, é algo a se comemorar. 

Slipknot e System of a Down foram chamados para encerrar duas das três noites pesos pesadas do Rock in Rio 2015. A última ficou com o Metallica, como de costume. Todos os ingressos dos sete dias de evento estão esgotados e provam alguma renovação no rock mundial. Slipknot e System of a Down não são novatos no festival. Tocaram ambos, aliás, em noites daquela edição de 2011, mas ainda não haviam chegado ao posto de principal atração do evento.

Para Taylor, chegar à posição de headliner é “gigantesco”. “É, não tenho outra palavra para definir. É um passo gigante para a gente chegar ao posto de principal atração. O terreno deste festival é sagrado, uma daquelas coisas marcantes para qualquer banda, com é o Download Festival, no Reino Unido. Parece que estamos voltando para a nossa casa e estamos muito bem acompanhados”, disse o vocalista. No mesmo Palco Mundo, o principal do Rock in Rio, passam Faith no More (às 22h30), Mastodon (às 21h) e De La Tierra (às 19h). “Estamos muito orgulhosos.” 

Tanto Slipknot quanto System of a Down também se apresentam em São Paulo. A primeira toca no dia 27 de setembro, com abertura do Mastodon, na Arena Anhembi. No mesmo local, dois dias antes, ou seja, em 25 de setembro, System of a Down e Deftones trarão mais rock cheio de peso e distorção para o público paulistano. 

O Slipknot foi headliner de outro festival brasileiro antes do Rock in Rio. Em 2013, eles tocaram no Monsters of Rock, cuja tradição é enorme para o público de heavy metal, mas não é tão popular: na ocasião 30 mil pessoas, segundo a produção do show, 70 mil a menos do que os 100 mil reunidos na Cidade do Rock em 2011. Há uma grande mudança da última performance da banda por aqui. O Slipknot conseguiu seguir em frente e, em outubro de 2014, eles interromperam um período de seis anos e lançaram um disco de estúdio, o primeiro sem o baixista Paul Gray. 

.5: The Gray Chapter (lançado aqui pela Warner Music), coloca para fora toda a dor e agonia que haviam se instalado no peito de Corey Taylor desde que o baixista da banda foi encontrado morto no quarto de hotel com nível fatal de morfina e fentanil (espécie de substituto sintético da morfina) no sangue. “Esse disco fez parte do nosso processo de luto”, explica o vocalista da banda. “Foi importante para que a gente conseguisse colocar tudo aquilo que sentíamos para fora, limpar aquilo que estava nos fazendo mal.” 

Taylor vê com curiosidade como a base de fãs da banda cresceu com o passar do tempo. Mesmo esses seis anos sem um novo disco, os álbuns anteriores acabaram passando para uma geração mais nova – e dando à banda um status de headliner, enfim. “Só percebi essa renovação quando lançamos esse disco. O álbum tem esse papel fundamental de expor o luto e uma nova forma de comunicação com nossos fãs antigos, que esperam há anos pelo novo trabalho. Mas, de repente, encontramos uma base de fãs que não conhecia Slipknot quando lançamos All Hope Is Gone”, explica, citando o último álbum lançado até então, em 2008. 

A sonoridade da banda também se renovou. Ou melhor, .5: The Gray Chapter, resgata o som pesado e cru que tomou o heavy metal de assalto com os discos Slipknot (de 1999) e Iowa (2001). “Eu vejo que, depois de tudo o que passamos, esse lançamento, essa renovação, tudo isso é uma espécie de renascimento para o Slipknot”, encerra Taylor. “A gente não sabia que precisava renascer. O que é muito louco. Mas quando aconteceu, percebemos que as coisas podem voltar a ser como era. Era o que precisávamos.” 

System of a Down não lança disco há uma década

A banda liderada por Serj Tankian está entre as mais queridas do Rock in Rio, mesmo sem lançar um disco com canções inéditas há dez anos. Isso não foi capaz de impedir o System of a Down de promover uma apresentação poderosa, mesmo debaixo de muita chuva, durante o festival de 2011.

Assim como o Slipknot, a banda foi promovida a headliner neste ano – um caso ainda mais interessante, já que não teve música nova lançada desde então. O grupo vem ao Rio com a turnê Wake Up The Souls Tour, que relembra o genocídio armênio há 100 anos. 

Entre duas edições de Rock in Rio, a vida inteira de uma banda pode mudar. Não era possível ver um futuro menos sombrio para o Slipknot naquela passagem do grupo pelo Rio de Janeiro, em 2011. Um ano antes, ele havia perdido o baixista Paul Gray, morto por causa de uma overdose. Explosiva é o mínimo que se poderia dizer sobre a performance da banda naquela noite. Assustadores homens com máscaras saídas dos seus piores pesadelos esmurrando seus instrumentos com ferocidade invejável. “Aquele ano de 2011 foi muito importante para que a gente soubesse o que fazer após tudo o que aconteceu”, explicou o vocalista da banda, Corey Taylor, ao telefone. 

Quatro anos após aquela noite, depois de transformar lágrimas em puro ruído, a banda está de volta ao mesmo palco montado na Cidade do Rock (localizada no Parque dos Atletas, Av. Salvador Allende, no Rio). Dois pares de anos depois, a banda não é uma das atrações medianas. Agora, o Slipknot de Corey Taylor ocupa o posto mais alto de uma das três noites dedicadas ao gênero de forma mais pesada, na virada do dia 25 para 26 de setembro, à 0h. 

BandaSlipknot / Crédito: Divulgação Foto: Banda Slipknot / Crédito: Divulgação

É um grande passo para a banda em termos de universo pop, ou mainstream, como quiser chamá-lo. O Rock in Rio é, por tradição, um grande termômetro de popularidade. E o fato do Iron Maiden ou Guns N’ Roses, queridinhos do festival, não estarem entre os selecionados para uma das noites de heavy metal, mesmo que provavelmente por motivos de agenda, é algo a se comemorar. 

Slipknot e System of a Down foram chamados para encerrar duas das três noites pesos pesadas do Rock in Rio 2015. A última ficou com o Metallica, como de costume. Todos os ingressos dos sete dias de evento estão esgotados e provam alguma renovação no rock mundial. Slipknot e System of a Down não são novatos no festival. Tocaram ambos, aliás, em noites daquela edição de 2011, mas ainda não haviam chegado ao posto de principal atração do evento.

Para Taylor, chegar à posição de headliner é “gigantesco”. “É, não tenho outra palavra para definir. É um passo gigante para a gente chegar ao posto de principal atração. O terreno deste festival é sagrado, uma daquelas coisas marcantes para qualquer banda, com é o Download Festival, no Reino Unido. Parece que estamos voltando para a nossa casa e estamos muito bem acompanhados”, disse o vocalista. No mesmo Palco Mundo, o principal do Rock in Rio, passam Faith no More (às 22h30), Mastodon (às 21h) e De La Tierra (às 19h). “Estamos muito orgulhosos.” 

Tanto Slipknot quanto System of a Down também se apresentam em São Paulo. A primeira toca no dia 27 de setembro, com abertura do Mastodon, na Arena Anhembi. No mesmo local, dois dias antes, ou seja, em 25 de setembro, System of a Down e Deftones trarão mais rock cheio de peso e distorção para o público paulistano. 

O Slipknot foi headliner de outro festival brasileiro antes do Rock in Rio. Em 2013, eles tocaram no Monsters of Rock, cuja tradição é enorme para o público de heavy metal, mas não é tão popular: na ocasião 30 mil pessoas, segundo a produção do show, 70 mil a menos do que os 100 mil reunidos na Cidade do Rock em 2011. Há uma grande mudança da última performance da banda por aqui. O Slipknot conseguiu seguir em frente e, em outubro de 2014, eles interromperam um período de seis anos e lançaram um disco de estúdio, o primeiro sem o baixista Paul Gray. 

.5: The Gray Chapter (lançado aqui pela Warner Music), coloca para fora toda a dor e agonia que haviam se instalado no peito de Corey Taylor desde que o baixista da banda foi encontrado morto no quarto de hotel com nível fatal de morfina e fentanil (espécie de substituto sintético da morfina) no sangue. “Esse disco fez parte do nosso processo de luto”, explica o vocalista da banda. “Foi importante para que a gente conseguisse colocar tudo aquilo que sentíamos para fora, limpar aquilo que estava nos fazendo mal.” 

Taylor vê com curiosidade como a base de fãs da banda cresceu com o passar do tempo. Mesmo esses seis anos sem um novo disco, os álbuns anteriores acabaram passando para uma geração mais nova – e dando à banda um status de headliner, enfim. “Só percebi essa renovação quando lançamos esse disco. O álbum tem esse papel fundamental de expor o luto e uma nova forma de comunicação com nossos fãs antigos, que esperam há anos pelo novo trabalho. Mas, de repente, encontramos uma base de fãs que não conhecia Slipknot quando lançamos All Hope Is Gone”, explica, citando o último álbum lançado até então, em 2008. 

A sonoridade da banda também se renovou. Ou melhor, .5: The Gray Chapter, resgata o som pesado e cru que tomou o heavy metal de assalto com os discos Slipknot (de 1999) e Iowa (2001). “Eu vejo que, depois de tudo o que passamos, esse lançamento, essa renovação, tudo isso é uma espécie de renascimento para o Slipknot”, encerra Taylor. “A gente não sabia que precisava renascer. O que é muito louco. Mas quando aconteceu, percebemos que as coisas podem voltar a ser como era. Era o que precisávamos.” 

System of a Down não lança disco há uma década

A banda liderada por Serj Tankian está entre as mais queridas do Rock in Rio, mesmo sem lançar um disco com canções inéditas há dez anos. Isso não foi capaz de impedir o System of a Down de promover uma apresentação poderosa, mesmo debaixo de muita chuva, durante o festival de 2011.

Assim como o Slipknot, a banda foi promovida a headliner neste ano – um caso ainda mais interessante, já que não teve música nova lançada desde então. O grupo vem ao Rio com a turnê Wake Up The Souls Tour, que relembra o genocídio armênio há 100 anos. 

Entre duas edições de Rock in Rio, a vida inteira de uma banda pode mudar. Não era possível ver um futuro menos sombrio para o Slipknot naquela passagem do grupo pelo Rio de Janeiro, em 2011. Um ano antes, ele havia perdido o baixista Paul Gray, morto por causa de uma overdose. Explosiva é o mínimo que se poderia dizer sobre a performance da banda naquela noite. Assustadores homens com máscaras saídas dos seus piores pesadelos esmurrando seus instrumentos com ferocidade invejável. “Aquele ano de 2011 foi muito importante para que a gente soubesse o que fazer após tudo o que aconteceu”, explicou o vocalista da banda, Corey Taylor, ao telefone. 

Quatro anos após aquela noite, depois de transformar lágrimas em puro ruído, a banda está de volta ao mesmo palco montado na Cidade do Rock (localizada no Parque dos Atletas, Av. Salvador Allende, no Rio). Dois pares de anos depois, a banda não é uma das atrações medianas. Agora, o Slipknot de Corey Taylor ocupa o posto mais alto de uma das três noites dedicadas ao gênero de forma mais pesada, na virada do dia 25 para 26 de setembro, à 0h. 

BandaSlipknot / Crédito: Divulgação Foto: Banda Slipknot / Crédito: Divulgação

É um grande passo para a banda em termos de universo pop, ou mainstream, como quiser chamá-lo. O Rock in Rio é, por tradição, um grande termômetro de popularidade. E o fato do Iron Maiden ou Guns N’ Roses, queridinhos do festival, não estarem entre os selecionados para uma das noites de heavy metal, mesmo que provavelmente por motivos de agenda, é algo a se comemorar. 

Slipknot e System of a Down foram chamados para encerrar duas das três noites pesos pesadas do Rock in Rio 2015. A última ficou com o Metallica, como de costume. Todos os ingressos dos sete dias de evento estão esgotados e provam alguma renovação no rock mundial. Slipknot e System of a Down não são novatos no festival. Tocaram ambos, aliás, em noites daquela edição de 2011, mas ainda não haviam chegado ao posto de principal atração do evento.

Para Taylor, chegar à posição de headliner é “gigantesco”. “É, não tenho outra palavra para definir. É um passo gigante para a gente chegar ao posto de principal atração. O terreno deste festival é sagrado, uma daquelas coisas marcantes para qualquer banda, com é o Download Festival, no Reino Unido. Parece que estamos voltando para a nossa casa e estamos muito bem acompanhados”, disse o vocalista. No mesmo Palco Mundo, o principal do Rock in Rio, passam Faith no More (às 22h30), Mastodon (às 21h) e De La Tierra (às 19h). “Estamos muito orgulhosos.” 

Tanto Slipknot quanto System of a Down também se apresentam em São Paulo. A primeira toca no dia 27 de setembro, com abertura do Mastodon, na Arena Anhembi. No mesmo local, dois dias antes, ou seja, em 25 de setembro, System of a Down e Deftones trarão mais rock cheio de peso e distorção para o público paulistano. 

O Slipknot foi headliner de outro festival brasileiro antes do Rock in Rio. Em 2013, eles tocaram no Monsters of Rock, cuja tradição é enorme para o público de heavy metal, mas não é tão popular: na ocasião 30 mil pessoas, segundo a produção do show, 70 mil a menos do que os 100 mil reunidos na Cidade do Rock em 2011. Há uma grande mudança da última performance da banda por aqui. O Slipknot conseguiu seguir em frente e, em outubro de 2014, eles interromperam um período de seis anos e lançaram um disco de estúdio, o primeiro sem o baixista Paul Gray. 

.5: The Gray Chapter (lançado aqui pela Warner Music), coloca para fora toda a dor e agonia que haviam se instalado no peito de Corey Taylor desde que o baixista da banda foi encontrado morto no quarto de hotel com nível fatal de morfina e fentanil (espécie de substituto sintético da morfina) no sangue. “Esse disco fez parte do nosso processo de luto”, explica o vocalista da banda. “Foi importante para que a gente conseguisse colocar tudo aquilo que sentíamos para fora, limpar aquilo que estava nos fazendo mal.” 

Taylor vê com curiosidade como a base de fãs da banda cresceu com o passar do tempo. Mesmo esses seis anos sem um novo disco, os álbuns anteriores acabaram passando para uma geração mais nova – e dando à banda um status de headliner, enfim. “Só percebi essa renovação quando lançamos esse disco. O álbum tem esse papel fundamental de expor o luto e uma nova forma de comunicação com nossos fãs antigos, que esperam há anos pelo novo trabalho. Mas, de repente, encontramos uma base de fãs que não conhecia Slipknot quando lançamos All Hope Is Gone”, explica, citando o último álbum lançado até então, em 2008. 

A sonoridade da banda também se renovou. Ou melhor, .5: The Gray Chapter, resgata o som pesado e cru que tomou o heavy metal de assalto com os discos Slipknot (de 1999) e Iowa (2001). “Eu vejo que, depois de tudo o que passamos, esse lançamento, essa renovação, tudo isso é uma espécie de renascimento para o Slipknot”, encerra Taylor. “A gente não sabia que precisava renascer. O que é muito louco. Mas quando aconteceu, percebemos que as coisas podem voltar a ser como era. Era o que precisávamos.” 

System of a Down não lança disco há uma década

A banda liderada por Serj Tankian está entre as mais queridas do Rock in Rio, mesmo sem lançar um disco com canções inéditas há dez anos. Isso não foi capaz de impedir o System of a Down de promover uma apresentação poderosa, mesmo debaixo de muita chuva, durante o festival de 2011.

Assim como o Slipknot, a banda foi promovida a headliner neste ano – um caso ainda mais interessante, já que não teve música nova lançada desde então. O grupo vem ao Rio com a turnê Wake Up The Souls Tour, que relembra o genocídio armênio há 100 anos. 

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