Zeca Jagger Zimmerman


Ezequiel Neves foi um dos primeiros produtores-jornalistas-amigos-conselheiros da música brasileira

Por Jotabê Medeiros e de O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO - Ele revisava o português das letras de Cazuza, que estava longe de ser perfeito. Quando ele dizia para Cazuza que havia um erro de concordância numa letra, Cazuza brincava e dizia que era "licença poética". E foi para ele que Cazuza fez a letra de Exagerado.

 

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Foi com ele que Cazuza compôs alguns dos seus principais hinos pop, como Codinome, Beija-Flor e Por que a Gente é Assim?.

 

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O produtor ao lado do amigo Cazuza

 

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Ezequiel Neves foi um dos primeiros produtores-jornalistas-amigos-conselheiros de bandas de rock do País, com todas as implicações que esse incesto de show biz traz.

 

Nos anos 1970, adotava nomes de fantasia, como Zeca Jagger, por conta de seu culto à banda inglesa; ou Zeca Zimmerman, homenagem a Bob Dylan, outro ídolo.

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Como jornalista pop, atuou num tempo em que não havia ainda uma cena musical definida (ele e Nelson Motta abriram caminho, depois vieram Pepe Escobar, Miguel de Almeida, Celso Pucci e a geração seguinte). Por conta disso, sua atuação de crítico e cronista se confundia com a de padrinho e deflagrador.

 

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Escrevia na primeira versão da Rolling Stone brasileira, sob a batuta de Luiz Carlos Maciel. Ali, escreveu, em 4 de julho de 1972, sobre o clássico disco Exile on Main Street, dos Stones: "É uma covardia deles com os outros grupos".

 

Doido de pedra, excêntrico de berço, ajudou a formar uma geração de cronistas musicais, como Ana Maria Bahiana, Jamari França e José Emílio Rondeau.

 

reference

O produtor e crítico musical em 1969. Foto: Divulgação

 

Nos anos 1980, sua relação com Cazuza e os primórdios do Barão Vermelho se tornaram parte integrante do DNA do rock nacional, com tudo que trouxe de qualidade e de vícios.

 

Ele e Cazuza repartiam admiração por coisas díspares, como Cartola, Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran, Maysa, Janis Joplin, Jack Kerouac, Clarice Lispector, Angela Ro Ro.

 

No filme ficcional sobre Cazuza, dirigido por Sandra Werneck, Zeca é figura central. Assume o papel de principal conselheiro e incentivador da banda. Alugava ginásios para o grupo tocar quando este ainda não tinha nem uma dúzia de fãs. Repartia com os pupilos os louros, os pepinos e os amores.

 

O filme mostra que Cazuza foi poeta por acaso, cantor por exclusão (não havia mais nada que quisesse fazer) e líder de uma geração por acidente. Ou seja: Cazuza dependia terrivelmente que alguém evidenciasse suas qualidades e extraísse o seu melhor.

 

Zeca vestiu essa camisa. O garoto, que levava a pecha de filhinho de papai por ser filho de João Araújo, diretor da Som Livre, não o decepcionou.

 

Tirou Angela Ro Ro do ostracismo, em 1993, e ajudou a impulsionar a carreira de Cássia Eller. Quando Cássia morreu, Ezequiel disse: "Deus tem inveja e vai decapitando os dragões da música. Fez assim com Jim Morrison, Cazuza, Renato Russo e, agora, com a Cássia."

 

Foi um inquieto dragão da música que botou fogo nos anos 80.

SÃO PAULO - Ele revisava o português das letras de Cazuza, que estava longe de ser perfeito. Quando ele dizia para Cazuza que havia um erro de concordância numa letra, Cazuza brincava e dizia que era "licença poética". E foi para ele que Cazuza fez a letra de Exagerado.

 

 

Foi com ele que Cazuza compôs alguns dos seus principais hinos pop, como Codinome, Beija-Flor e Por que a Gente é Assim?.

 

O produtor ao lado do amigo Cazuza

 

Ezequiel Neves foi um dos primeiros produtores-jornalistas-amigos-conselheiros de bandas de rock do País, com todas as implicações que esse incesto de show biz traz.

 

Nos anos 1970, adotava nomes de fantasia, como Zeca Jagger, por conta de seu culto à banda inglesa; ou Zeca Zimmerman, homenagem a Bob Dylan, outro ídolo.

 

Como jornalista pop, atuou num tempo em que não havia ainda uma cena musical definida (ele e Nelson Motta abriram caminho, depois vieram Pepe Escobar, Miguel de Almeida, Celso Pucci e a geração seguinte). Por conta disso, sua atuação de crítico e cronista se confundia com a de padrinho e deflagrador.

 

Escrevia na primeira versão da Rolling Stone brasileira, sob a batuta de Luiz Carlos Maciel. Ali, escreveu, em 4 de julho de 1972, sobre o clássico disco Exile on Main Street, dos Stones: "É uma covardia deles com os outros grupos".

 

Doido de pedra, excêntrico de berço, ajudou a formar uma geração de cronistas musicais, como Ana Maria Bahiana, Jamari França e José Emílio Rondeau.

 

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O produtor e crítico musical em 1969. Foto: Divulgação

 

Nos anos 1980, sua relação com Cazuza e os primórdios do Barão Vermelho se tornaram parte integrante do DNA do rock nacional, com tudo que trouxe de qualidade e de vícios.

 

Ele e Cazuza repartiam admiração por coisas díspares, como Cartola, Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran, Maysa, Janis Joplin, Jack Kerouac, Clarice Lispector, Angela Ro Ro.

 

No filme ficcional sobre Cazuza, dirigido por Sandra Werneck, Zeca é figura central. Assume o papel de principal conselheiro e incentivador da banda. Alugava ginásios para o grupo tocar quando este ainda não tinha nem uma dúzia de fãs. Repartia com os pupilos os louros, os pepinos e os amores.

 

O filme mostra que Cazuza foi poeta por acaso, cantor por exclusão (não havia mais nada que quisesse fazer) e líder de uma geração por acidente. Ou seja: Cazuza dependia terrivelmente que alguém evidenciasse suas qualidades e extraísse o seu melhor.

 

Zeca vestiu essa camisa. O garoto, que levava a pecha de filhinho de papai por ser filho de João Araújo, diretor da Som Livre, não o decepcionou.

 

Tirou Angela Ro Ro do ostracismo, em 1993, e ajudou a impulsionar a carreira de Cássia Eller. Quando Cássia morreu, Ezequiel disse: "Deus tem inveja e vai decapitando os dragões da música. Fez assim com Jim Morrison, Cazuza, Renato Russo e, agora, com a Cássia."

 

Foi um inquieto dragão da música que botou fogo nos anos 80.

SÃO PAULO - Ele revisava o português das letras de Cazuza, que estava longe de ser perfeito. Quando ele dizia para Cazuza que havia um erro de concordância numa letra, Cazuza brincava e dizia que era "licença poética". E foi para ele que Cazuza fez a letra de Exagerado.

 

 

Foi com ele que Cazuza compôs alguns dos seus principais hinos pop, como Codinome, Beija-Flor e Por que a Gente é Assim?.

 

O produtor ao lado do amigo Cazuza

 

Ezequiel Neves foi um dos primeiros produtores-jornalistas-amigos-conselheiros de bandas de rock do País, com todas as implicações que esse incesto de show biz traz.

 

Nos anos 1970, adotava nomes de fantasia, como Zeca Jagger, por conta de seu culto à banda inglesa; ou Zeca Zimmerman, homenagem a Bob Dylan, outro ídolo.

 

Como jornalista pop, atuou num tempo em que não havia ainda uma cena musical definida (ele e Nelson Motta abriram caminho, depois vieram Pepe Escobar, Miguel de Almeida, Celso Pucci e a geração seguinte). Por conta disso, sua atuação de crítico e cronista se confundia com a de padrinho e deflagrador.

 

Escrevia na primeira versão da Rolling Stone brasileira, sob a batuta de Luiz Carlos Maciel. Ali, escreveu, em 4 de julho de 1972, sobre o clássico disco Exile on Main Street, dos Stones: "É uma covardia deles com os outros grupos".

 

Doido de pedra, excêntrico de berço, ajudou a formar uma geração de cronistas musicais, como Ana Maria Bahiana, Jamari França e José Emílio Rondeau.

 

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O produtor e crítico musical em 1969. Foto: Divulgação

 

Nos anos 1980, sua relação com Cazuza e os primórdios do Barão Vermelho se tornaram parte integrante do DNA do rock nacional, com tudo que trouxe de qualidade e de vícios.

 

Ele e Cazuza repartiam admiração por coisas díspares, como Cartola, Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran, Maysa, Janis Joplin, Jack Kerouac, Clarice Lispector, Angela Ro Ro.

 

No filme ficcional sobre Cazuza, dirigido por Sandra Werneck, Zeca é figura central. Assume o papel de principal conselheiro e incentivador da banda. Alugava ginásios para o grupo tocar quando este ainda não tinha nem uma dúzia de fãs. Repartia com os pupilos os louros, os pepinos e os amores.

 

O filme mostra que Cazuza foi poeta por acaso, cantor por exclusão (não havia mais nada que quisesse fazer) e líder de uma geração por acidente. Ou seja: Cazuza dependia terrivelmente que alguém evidenciasse suas qualidades e extraísse o seu melhor.

 

Zeca vestiu essa camisa. O garoto, que levava a pecha de filhinho de papai por ser filho de João Araújo, diretor da Som Livre, não o decepcionou.

 

Tirou Angela Ro Ro do ostracismo, em 1993, e ajudou a impulsionar a carreira de Cássia Eller. Quando Cássia morreu, Ezequiel disse: "Deus tem inveja e vai decapitando os dragões da música. Fez assim com Jim Morrison, Cazuza, Renato Russo e, agora, com a Cássia."

 

Foi um inquieto dragão da música que botou fogo nos anos 80.

SÃO PAULO - Ele revisava o português das letras de Cazuza, que estava longe de ser perfeito. Quando ele dizia para Cazuza que havia um erro de concordância numa letra, Cazuza brincava e dizia que era "licença poética". E foi para ele que Cazuza fez a letra de Exagerado.

 

 

Foi com ele que Cazuza compôs alguns dos seus principais hinos pop, como Codinome, Beija-Flor e Por que a Gente é Assim?.

 

O produtor ao lado do amigo Cazuza

 

Ezequiel Neves foi um dos primeiros produtores-jornalistas-amigos-conselheiros de bandas de rock do País, com todas as implicações que esse incesto de show biz traz.

 

Nos anos 1970, adotava nomes de fantasia, como Zeca Jagger, por conta de seu culto à banda inglesa; ou Zeca Zimmerman, homenagem a Bob Dylan, outro ídolo.

 

Como jornalista pop, atuou num tempo em que não havia ainda uma cena musical definida (ele e Nelson Motta abriram caminho, depois vieram Pepe Escobar, Miguel de Almeida, Celso Pucci e a geração seguinte). Por conta disso, sua atuação de crítico e cronista se confundia com a de padrinho e deflagrador.

 

Escrevia na primeira versão da Rolling Stone brasileira, sob a batuta de Luiz Carlos Maciel. Ali, escreveu, em 4 de julho de 1972, sobre o clássico disco Exile on Main Street, dos Stones: "É uma covardia deles com os outros grupos".

 

Doido de pedra, excêntrico de berço, ajudou a formar uma geração de cronistas musicais, como Ana Maria Bahiana, Jamari França e José Emílio Rondeau.

 

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O produtor e crítico musical em 1969. Foto: Divulgação

 

Nos anos 1980, sua relação com Cazuza e os primórdios do Barão Vermelho se tornaram parte integrante do DNA do rock nacional, com tudo que trouxe de qualidade e de vícios.

 

Ele e Cazuza repartiam admiração por coisas díspares, como Cartola, Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran, Maysa, Janis Joplin, Jack Kerouac, Clarice Lispector, Angela Ro Ro.

 

No filme ficcional sobre Cazuza, dirigido por Sandra Werneck, Zeca é figura central. Assume o papel de principal conselheiro e incentivador da banda. Alugava ginásios para o grupo tocar quando este ainda não tinha nem uma dúzia de fãs. Repartia com os pupilos os louros, os pepinos e os amores.

 

O filme mostra que Cazuza foi poeta por acaso, cantor por exclusão (não havia mais nada que quisesse fazer) e líder de uma geração por acidente. Ou seja: Cazuza dependia terrivelmente que alguém evidenciasse suas qualidades e extraísse o seu melhor.

 

Zeca vestiu essa camisa. O garoto, que levava a pecha de filhinho de papai por ser filho de João Araújo, diretor da Som Livre, não o decepcionou.

 

Tirou Angela Ro Ro do ostracismo, em 1993, e ajudou a impulsionar a carreira de Cássia Eller. Quando Cássia morreu, Ezequiel disse: "Deus tem inveja e vai decapitando os dragões da música. Fez assim com Jim Morrison, Cazuza, Renato Russo e, agora, com a Cássia."

 

Foi um inquieto dragão da música que botou fogo nos anos 80.

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