'O Amante' de Harold Pinter, nos palcos de SP


Casal aparenta artificialidade para lidar com sua aventuras extraconjugais

Por Maria Eugenia de Menezes

Tudo parece só conversa fiada. Como em quase todos os textos do britânico Harold Pinter, o início da peça O Amante transporta o espectador para uma situação pretensamente prosaica. Em uma elegante casa do subúrbio, um casal se despede. Sorridente, a mulher deseja ao marido um bom dia de trabalho. Antes, porém, lhe conta que deve passar a tarde com seu amante. O tom é cortês, amigável, corriqueiro. Como se estivessem a falar do tempo. Como se o drama de Pinter não fosse mais que uma comédia de costumes.

 

Com estreia marcada para hoje, no teatro Nair Bello, a encenação de Francisco Medeiros escala Paula Burlamaqui e Daniel Alvim para protagonizar o arguto jogo proposto pelo dramaturgo. Por trás da suposta artificialidade com que lidam com suas aventuras extraconjugais, as personagens do casal Sarah e Richard desdobram-se em estratégias de poder e mascaram sua incapacidade de se relacionar com o outro. "Esse jogo de poder, essa necessidade de dominação estão no nosso DNA hoje. São essas as questões que trazem essa peça para perto da contemporaneidade", comenta o diretor sobre a candência do texto escrito em 1963.

continua após a publicidade

 

Parece, mas não é. Lançado originalmente como programa de televisão e rapidamente transposto para o teatro, o texto de autor inglês conduz o público a algumas ilações. A primeira delas diz respeito à existência de um verdadeiro triângulo amoroso. Porém, é só quando o amante, Max, finalmente aparece que se desnudam os reais motivos de conflito na relação conjugal. Richard e Max são, ao fim das contas, a mesma pessoa. Um artifício criado por ambos, que muitos críticos interpretaram como sintoma das neuroses da burguesia britânica.

 

continua após a publicidade

"Mas não é só isso", ressalva Medeiros. "Pinter não é um descrente. Apesar das dificuldades, eles lutam pelo encontro. O combustível dessa relação é o amor que existe entre eles."

 

O Amante - Teatro Nair Bello. Rua Frei Caneca, 569, tel. 4003-2330. 5ª e sáb., 21h; 6ª, 21h30; dom., 19h. R$ 30/R$ 40. Até 26/9.

Tudo parece só conversa fiada. Como em quase todos os textos do britânico Harold Pinter, o início da peça O Amante transporta o espectador para uma situação pretensamente prosaica. Em uma elegante casa do subúrbio, um casal se despede. Sorridente, a mulher deseja ao marido um bom dia de trabalho. Antes, porém, lhe conta que deve passar a tarde com seu amante. O tom é cortês, amigável, corriqueiro. Como se estivessem a falar do tempo. Como se o drama de Pinter não fosse mais que uma comédia de costumes.

 

Com estreia marcada para hoje, no teatro Nair Bello, a encenação de Francisco Medeiros escala Paula Burlamaqui e Daniel Alvim para protagonizar o arguto jogo proposto pelo dramaturgo. Por trás da suposta artificialidade com que lidam com suas aventuras extraconjugais, as personagens do casal Sarah e Richard desdobram-se em estratégias de poder e mascaram sua incapacidade de se relacionar com o outro. "Esse jogo de poder, essa necessidade de dominação estão no nosso DNA hoje. São essas as questões que trazem essa peça para perto da contemporaneidade", comenta o diretor sobre a candência do texto escrito em 1963.

 

Parece, mas não é. Lançado originalmente como programa de televisão e rapidamente transposto para o teatro, o texto de autor inglês conduz o público a algumas ilações. A primeira delas diz respeito à existência de um verdadeiro triângulo amoroso. Porém, é só quando o amante, Max, finalmente aparece que se desnudam os reais motivos de conflito na relação conjugal. Richard e Max são, ao fim das contas, a mesma pessoa. Um artifício criado por ambos, que muitos críticos interpretaram como sintoma das neuroses da burguesia britânica.

 

"Mas não é só isso", ressalva Medeiros. "Pinter não é um descrente. Apesar das dificuldades, eles lutam pelo encontro. O combustível dessa relação é o amor que existe entre eles."

 

O Amante - Teatro Nair Bello. Rua Frei Caneca, 569, tel. 4003-2330. 5ª e sáb., 21h; 6ª, 21h30; dom., 19h. R$ 30/R$ 40. Até 26/9.

Tudo parece só conversa fiada. Como em quase todos os textos do britânico Harold Pinter, o início da peça O Amante transporta o espectador para uma situação pretensamente prosaica. Em uma elegante casa do subúrbio, um casal se despede. Sorridente, a mulher deseja ao marido um bom dia de trabalho. Antes, porém, lhe conta que deve passar a tarde com seu amante. O tom é cortês, amigável, corriqueiro. Como se estivessem a falar do tempo. Como se o drama de Pinter não fosse mais que uma comédia de costumes.

 

Com estreia marcada para hoje, no teatro Nair Bello, a encenação de Francisco Medeiros escala Paula Burlamaqui e Daniel Alvim para protagonizar o arguto jogo proposto pelo dramaturgo. Por trás da suposta artificialidade com que lidam com suas aventuras extraconjugais, as personagens do casal Sarah e Richard desdobram-se em estratégias de poder e mascaram sua incapacidade de se relacionar com o outro. "Esse jogo de poder, essa necessidade de dominação estão no nosso DNA hoje. São essas as questões que trazem essa peça para perto da contemporaneidade", comenta o diretor sobre a candência do texto escrito em 1963.

 

Parece, mas não é. Lançado originalmente como programa de televisão e rapidamente transposto para o teatro, o texto de autor inglês conduz o público a algumas ilações. A primeira delas diz respeito à existência de um verdadeiro triângulo amoroso. Porém, é só quando o amante, Max, finalmente aparece que se desnudam os reais motivos de conflito na relação conjugal. Richard e Max são, ao fim das contas, a mesma pessoa. Um artifício criado por ambos, que muitos críticos interpretaram como sintoma das neuroses da burguesia britânica.

 

"Mas não é só isso", ressalva Medeiros. "Pinter não é um descrente. Apesar das dificuldades, eles lutam pelo encontro. O combustível dessa relação é o amor que existe entre eles."

 

O Amante - Teatro Nair Bello. Rua Frei Caneca, 569, tel. 4003-2330. 5ª e sáb., 21h; 6ª, 21h30; dom., 19h. R$ 30/R$ 40. Até 26/9.

Tudo parece só conversa fiada. Como em quase todos os textos do britânico Harold Pinter, o início da peça O Amante transporta o espectador para uma situação pretensamente prosaica. Em uma elegante casa do subúrbio, um casal se despede. Sorridente, a mulher deseja ao marido um bom dia de trabalho. Antes, porém, lhe conta que deve passar a tarde com seu amante. O tom é cortês, amigável, corriqueiro. Como se estivessem a falar do tempo. Como se o drama de Pinter não fosse mais que uma comédia de costumes.

 

Com estreia marcada para hoje, no teatro Nair Bello, a encenação de Francisco Medeiros escala Paula Burlamaqui e Daniel Alvim para protagonizar o arguto jogo proposto pelo dramaturgo. Por trás da suposta artificialidade com que lidam com suas aventuras extraconjugais, as personagens do casal Sarah e Richard desdobram-se em estratégias de poder e mascaram sua incapacidade de se relacionar com o outro. "Esse jogo de poder, essa necessidade de dominação estão no nosso DNA hoje. São essas as questões que trazem essa peça para perto da contemporaneidade", comenta o diretor sobre a candência do texto escrito em 1963.

 

Parece, mas não é. Lançado originalmente como programa de televisão e rapidamente transposto para o teatro, o texto de autor inglês conduz o público a algumas ilações. A primeira delas diz respeito à existência de um verdadeiro triângulo amoroso. Porém, é só quando o amante, Max, finalmente aparece que se desnudam os reais motivos de conflito na relação conjugal. Richard e Max são, ao fim das contas, a mesma pessoa. Um artifício criado por ambos, que muitos críticos interpretaram como sintoma das neuroses da burguesia britânica.

 

"Mas não é só isso", ressalva Medeiros. "Pinter não é um descrente. Apesar das dificuldades, eles lutam pelo encontro. O combustível dessa relação é o amor que existe entre eles."

 

O Amante - Teatro Nair Bello. Rua Frei Caneca, 569, tel. 4003-2330. 5ª e sáb., 21h; 6ª, 21h30; dom., 19h. R$ 30/R$ 40. Até 26/9.

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.