Podcasts e humor (5)


A mesa-redonda quase sempre é mais interessante quando parte de locais sociais diversos

Por Guilherme Sobota

Venho batendo na tecla de que o formato dos podcasts é muitas vezes o mais interessante nos programas – variar da mesa-redonda discutindo assuntos do momento é uma maneira de diversificar e tornar mais atraente qualquer show. Na janela do humor, essa direção é ainda mais importante para alcançar os efeitos desejados e produzir um material de qualidade. O gênero comédia é o segundo na lista dos preferidos entre os brasileiros.

O podcast 'Santíssima Trindade da Peruca' Foto:

Grande parte dos podcasts brasileiros de humor, inclusive os que estão entre os mais ouvidos do País, utiliza a mesa-redonda para comentar assuntos e notícias da semana. O que não é um problema em si, mas isso passa a denotar falta de criatividade quando os assuntos são tratados de maneira superficial e com piadas com cheiro de mofo – não apenas homofóbicas e machistas, por exemplo, mas “de loira” e “de português”, expedientes que venceram há anos, mas continuam em uso. Dito isso, a mesa-redonda quase sempre é mais interessante quando parte de locais sociais diversos, trazendo à discussão opiniões, pontos de vista e lugares de fala diferentes dos hegemônicos, e que desde a concepção dos podcasts olham para o mundo com ideias e formações mais complexas. Alguns desses programas vêm da comunidade LGBT. Um deles é o Santíssima Trindade das Perucas, apresentado por Bianca DellaFancy, Duda Dello Russo e LaMona Divine. A primeira é artista visual, DJ e modelo, a segunda é DJ e palestrante, e a terceira, cantora, compositora e artista multiplataforma. As três são drag queens e o podcast, criado em 2019, mistura entrevistas com convidados, debates sobre temas da atualidade, ligados ou não à comunidade, relacionamentos e cultura pop. Já os Filhos da Grávida de Taubaté buscam variar o formato propondo jogos entre os participantes, e definindo assuntos ligados à vida, digamos, ao rés do chão, como a mentira, os vizinhos problemáticos e viagens à praia. O Podcastão, apresentado por Lela Gomes, discute questões ligadas ao universo das mulheres lésbicas, com vivências e bate-papos envolventes com convidadas, muitas vezes explorando com humor problemas e soluções sobre relacionamentos. Talvez o programa mais bem-sucedido nessa linha seja Um Milkshake Chamado Wanda, referência no circuito de podcasts brasileiros, dentro e fora da comunidade LGBT. Chegando aos 300 episódios gravados, lançados um por semana, o programa atrai celebridades da cultura pop, como Pabllo Vittar, Luísa Sonza e Emicida, conversando com humor sobre temas de amplo alcance, tratando de assuntos tão diversos como música popular brasileira, relacionamentos a distância e alienígenas.

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Ouça o Santíssima Trindade das Perucas:

Ouça o Filhos da Grávida de Taubaté:

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Venho batendo na tecla de que o formato dos podcasts é muitas vezes o mais interessante nos programas – variar da mesa-redonda discutindo assuntos do momento é uma maneira de diversificar e tornar mais atraente qualquer show. Na janela do humor, essa direção é ainda mais importante para alcançar os efeitos desejados e produzir um material de qualidade. O gênero comédia é o segundo na lista dos preferidos entre os brasileiros.

O podcast 'Santíssima Trindade da Peruca' Foto:

Grande parte dos podcasts brasileiros de humor, inclusive os que estão entre os mais ouvidos do País, utiliza a mesa-redonda para comentar assuntos e notícias da semana. O que não é um problema em si, mas isso passa a denotar falta de criatividade quando os assuntos são tratados de maneira superficial e com piadas com cheiro de mofo – não apenas homofóbicas e machistas, por exemplo, mas “de loira” e “de português”, expedientes que venceram há anos, mas continuam em uso. Dito isso, a mesa-redonda quase sempre é mais interessante quando parte de locais sociais diversos, trazendo à discussão opiniões, pontos de vista e lugares de fala diferentes dos hegemônicos, e que desde a concepção dos podcasts olham para o mundo com ideias e formações mais complexas. Alguns desses programas vêm da comunidade LGBT. Um deles é o Santíssima Trindade das Perucas, apresentado por Bianca DellaFancy, Duda Dello Russo e LaMona Divine. A primeira é artista visual, DJ e modelo, a segunda é DJ e palestrante, e a terceira, cantora, compositora e artista multiplataforma. As três são drag queens e o podcast, criado em 2019, mistura entrevistas com convidados, debates sobre temas da atualidade, ligados ou não à comunidade, relacionamentos e cultura pop. Já os Filhos da Grávida de Taubaté buscam variar o formato propondo jogos entre os participantes, e definindo assuntos ligados à vida, digamos, ao rés do chão, como a mentira, os vizinhos problemáticos e viagens à praia. O Podcastão, apresentado por Lela Gomes, discute questões ligadas ao universo das mulheres lésbicas, com vivências e bate-papos envolventes com convidadas, muitas vezes explorando com humor problemas e soluções sobre relacionamentos. Talvez o programa mais bem-sucedido nessa linha seja Um Milkshake Chamado Wanda, referência no circuito de podcasts brasileiros, dentro e fora da comunidade LGBT. Chegando aos 300 episódios gravados, lançados um por semana, o programa atrai celebridades da cultura pop, como Pabllo Vittar, Luísa Sonza e Emicida, conversando com humor sobre temas de amplo alcance, tratando de assuntos tão diversos como música popular brasileira, relacionamentos a distância e alienígenas.

Ouça o Santíssima Trindade das Perucas:

Ouça o Filhos da Grávida de Taubaté:

Venho batendo na tecla de que o formato dos podcasts é muitas vezes o mais interessante nos programas – variar da mesa-redonda discutindo assuntos do momento é uma maneira de diversificar e tornar mais atraente qualquer show. Na janela do humor, essa direção é ainda mais importante para alcançar os efeitos desejados e produzir um material de qualidade. O gênero comédia é o segundo na lista dos preferidos entre os brasileiros.

O podcast 'Santíssima Trindade da Peruca' Foto:

Grande parte dos podcasts brasileiros de humor, inclusive os que estão entre os mais ouvidos do País, utiliza a mesa-redonda para comentar assuntos e notícias da semana. O que não é um problema em si, mas isso passa a denotar falta de criatividade quando os assuntos são tratados de maneira superficial e com piadas com cheiro de mofo – não apenas homofóbicas e machistas, por exemplo, mas “de loira” e “de português”, expedientes que venceram há anos, mas continuam em uso. Dito isso, a mesa-redonda quase sempre é mais interessante quando parte de locais sociais diversos, trazendo à discussão opiniões, pontos de vista e lugares de fala diferentes dos hegemônicos, e que desde a concepção dos podcasts olham para o mundo com ideias e formações mais complexas. Alguns desses programas vêm da comunidade LGBT. Um deles é o Santíssima Trindade das Perucas, apresentado por Bianca DellaFancy, Duda Dello Russo e LaMona Divine. A primeira é artista visual, DJ e modelo, a segunda é DJ e palestrante, e a terceira, cantora, compositora e artista multiplataforma. As três são drag queens e o podcast, criado em 2019, mistura entrevistas com convidados, debates sobre temas da atualidade, ligados ou não à comunidade, relacionamentos e cultura pop. Já os Filhos da Grávida de Taubaté buscam variar o formato propondo jogos entre os participantes, e definindo assuntos ligados à vida, digamos, ao rés do chão, como a mentira, os vizinhos problemáticos e viagens à praia. O Podcastão, apresentado por Lela Gomes, discute questões ligadas ao universo das mulheres lésbicas, com vivências e bate-papos envolventes com convidadas, muitas vezes explorando com humor problemas e soluções sobre relacionamentos. Talvez o programa mais bem-sucedido nessa linha seja Um Milkshake Chamado Wanda, referência no circuito de podcasts brasileiros, dentro e fora da comunidade LGBT. Chegando aos 300 episódios gravados, lançados um por semana, o programa atrai celebridades da cultura pop, como Pabllo Vittar, Luísa Sonza e Emicida, conversando com humor sobre temas de amplo alcance, tratando de assuntos tão diversos como música popular brasileira, relacionamentos a distância e alienígenas.

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O podcast 'Santíssima Trindade da Peruca' Foto:

Grande parte dos podcasts brasileiros de humor, inclusive os que estão entre os mais ouvidos do País, utiliza a mesa-redonda para comentar assuntos e notícias da semana. O que não é um problema em si, mas isso passa a denotar falta de criatividade quando os assuntos são tratados de maneira superficial e com piadas com cheiro de mofo – não apenas homofóbicas e machistas, por exemplo, mas “de loira” e “de português”, expedientes que venceram há anos, mas continuam em uso. Dito isso, a mesa-redonda quase sempre é mais interessante quando parte de locais sociais diversos, trazendo à discussão opiniões, pontos de vista e lugares de fala diferentes dos hegemônicos, e que desde a concepção dos podcasts olham para o mundo com ideias e formações mais complexas. Alguns desses programas vêm da comunidade LGBT. Um deles é o Santíssima Trindade das Perucas, apresentado por Bianca DellaFancy, Duda Dello Russo e LaMona Divine. A primeira é artista visual, DJ e modelo, a segunda é DJ e palestrante, e a terceira, cantora, compositora e artista multiplataforma. As três são drag queens e o podcast, criado em 2019, mistura entrevistas com convidados, debates sobre temas da atualidade, ligados ou não à comunidade, relacionamentos e cultura pop. Já os Filhos da Grávida de Taubaté buscam variar o formato propondo jogos entre os participantes, e definindo assuntos ligados à vida, digamos, ao rés do chão, como a mentira, os vizinhos problemáticos e viagens à praia. O Podcastão, apresentado por Lela Gomes, discute questões ligadas ao universo das mulheres lésbicas, com vivências e bate-papos envolventes com convidadas, muitas vezes explorando com humor problemas e soluções sobre relacionamentos. Talvez o programa mais bem-sucedido nessa linha seja Um Milkshake Chamado Wanda, referência no circuito de podcasts brasileiros, dentro e fora da comunidade LGBT. Chegando aos 300 episódios gravados, lançados um por semana, o programa atrai celebridades da cultura pop, como Pabllo Vittar, Luísa Sonza e Emicida, conversando com humor sobre temas de amplo alcance, tratando de assuntos tão diversos como música popular brasileira, relacionamentos a distância e alienígenas.

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