Desculpe a poeira - Sugestões de leituras e outros achados

Estão aqui, bem aqui, todas as pedras.


Pedras

Por Ricardo Lombardi

I

Depois de anos passeando juntos pela estrada de pedras, quando ela finalmente se tornou plana, tropeçaram.

II

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Estão aqui, bem aqui, todas as pedras.

A que atirei de bodoque, aleijando o passarinho, aos nove.

A que arremessei com êxito na vidraça do vizinho (e culpei a bola), aos treze.

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A que atingiu em cheio o supercílio do policial naquela manifestação em prol não sei de quê, aos dezessete.

A pontuda que deixei estrategicamente embaixo do pneu do vizinho, aos trinta.

A pedra grave, pesada, que pus em cima do assunto que Vanessa preferia manter em aberto, aos quarenta.

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E inclusive esta, fria, rígida, que amanhã não comemora quarenta e um.

Poema de Marco Bassini, selecionado por Carlito Azevedo (via Flavio Moura)

I

Depois de anos passeando juntos pela estrada de pedras, quando ela finalmente se tornou plana, tropeçaram.

II

Estão aqui, bem aqui, todas as pedras.

A que atirei de bodoque, aleijando o passarinho, aos nove.

A que arremessei com êxito na vidraça do vizinho (e culpei a bola), aos treze.

A que atingiu em cheio o supercílio do policial naquela manifestação em prol não sei de quê, aos dezessete.

A pontuda que deixei estrategicamente embaixo do pneu do vizinho, aos trinta.

A pedra grave, pesada, que pus em cima do assunto que Vanessa preferia manter em aberto, aos quarenta.

E inclusive esta, fria, rígida, que amanhã não comemora quarenta e um.

Poema de Marco Bassini, selecionado por Carlito Azevedo (via Flavio Moura)

I

Depois de anos passeando juntos pela estrada de pedras, quando ela finalmente se tornou plana, tropeçaram.

II

Estão aqui, bem aqui, todas as pedras.

A que atirei de bodoque, aleijando o passarinho, aos nove.

A que arremessei com êxito na vidraça do vizinho (e culpei a bola), aos treze.

A que atingiu em cheio o supercílio do policial naquela manifestação em prol não sei de quê, aos dezessete.

A pontuda que deixei estrategicamente embaixo do pneu do vizinho, aos trinta.

A pedra grave, pesada, que pus em cima do assunto que Vanessa preferia manter em aberto, aos quarenta.

E inclusive esta, fria, rígida, que amanhã não comemora quarenta e um.

Poema de Marco Bassini, selecionado por Carlito Azevedo (via Flavio Moura)

I

Depois de anos passeando juntos pela estrada de pedras, quando ela finalmente se tornou plana, tropeçaram.

II

Estão aqui, bem aqui, todas as pedras.

A que atirei de bodoque, aleijando o passarinho, aos nove.

A que arremessei com êxito na vidraça do vizinho (e culpei a bola), aos treze.

A que atingiu em cheio o supercílio do policial naquela manifestação em prol não sei de quê, aos dezessete.

A pontuda que deixei estrategicamente embaixo do pneu do vizinho, aos trinta.

A pedra grave, pesada, que pus em cima do assunto que Vanessa preferia manter em aberto, aos quarenta.

E inclusive esta, fria, rígida, que amanhã não comemora quarenta e um.

Poema de Marco Bassini, selecionado por Carlito Azevedo (via Flavio Moura)

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