Solistas cancelam concertos com OSB


Em represália à demissão de músicos, os pianistas Nelson Freire e Cristina Ortiz desmarcam datas com a orquestra

Por Roberta Pennafort

Deflagrada há três meses, a crise na Orquestra Sinfônica Brasileira se agravou nos últimos dias, com a decisão dos pianistas Nelson Freire e Cristina Ortiz e do maestro Roberto Tibiriçá de cancelar as participações em concertos previamente acordados, em solidariedade aos 41 músicos que estão sendo demitidos.No dia 6 de agosto, Freire, nosso nome de maior projeção no exterior, abriria a temporada da OSB, no Municipal do Rio, tocando Schumann num concerto sob a regência do maestro Roberto Minczuk. Diretor artístico da OSB, ele é o mentor das avaliações de desempenho impostas aos instrumentistas que desencadearam as demissões (por justa causa, dos que não a aceitaram). No dia 10, com o maestro alemão Kurt Masur dividindo o púlpito com Minczuk, Nelson tocaria Beethoven.Ontem, de Paris, o pianista, que há 55 de seus 66 anos se apresenta com o mais tradicional conjunto sinfônico do País, enviou e-mail lacônico a Minczuk e ao presidente da Fundação OSB, Eleazar de Carvalho Filho: "Lamento comunicar que estou cancelando minhas apresentações com a OSB previstas para agosto de 2011". Ele vinha acompanhando o noticiário sobre a revolta dos músicos, que entendem o processo de avaliação como algo arbitrário e mal formulado, e que espalharam o passo a passo da crise, em blogs e redes sociais, graças ao apoio de colegas estrangeiros. No sábado, em artigo publicado no C2+Música, o violoncelista brasileiro radicado na Suíça Antonio Meneses já havia se posicionado em favor dos músicos. Também da Europa, Cristina Ortiz mandou sua posição de suspender a vinda para o concerto de 30 de abril no Teatro Municipal, com a OSB Jovem. Foi ela quem persuadiu o maestro Tibiriçá a engrossar as fileiras a favor dos músicos. "Desde fevereiro tento convencê-lo. Fui convidada para tocar sem saber da suspensão da OSB, e fiquei incrédula com o desenrolar dos acontecimentos. A dor deles também é minha", disse, em e-mail enviado à reportagem do Estado."A situação está alcançando uma magnitude certamente inimaginável. As medidas estão disfarçadas como uma procura por um orquestra de ouro... É muito triste que por uma simples falta de humildade ou orgulho tanta infelicidade seja causada. Sem músicos não existe nem orquestras nem maestros!"Como Nelson Freire, Cristina começou a tocar com a OSB aos onze anos. Tibiriçá, ex-regente da Petrobrás Sinfônica, tem ligação forte com a história da orquestra por ter começado seus estudos com o maestro Eleazar de Carvalho, que foi um dos grandes regentes da OSB e pai do atual presidente da FOSB. Tibiriçá disse preferir não dar entrevista para não acirrar os ânimos.Ontem, a fundação - que sustenta que o objetivo da avaliações nunca foi demitir mas, sim, elevar a qualidade a ponto de transformar a OSB numa "referência em excelência musical no Brasil", conforme defendeu Eleazar de Carvalho Filho em artigo publicado ontem no Caderno 2 - informou que iria procurar os três artistas.Sem os 41 demitidos, que deverão ser substituídos por músicos contratados após audições marcadas para maio no Brasil e no exterior, a OSB ficou com dois naipes "extintos": trombones e trompetes. O de oboés e de contrabaixos estão bem comprometidos. ENTENDA O CASOA posição dos músicos Convocados pela Fundação OSB para provas de avaliação, cerca de 40 músicos do grupo se recusaram a obedecer, afirmando que as provas tinham caráter autoritário e que o objetivo era uma demissão em massa. Eles tentaram na Justiça reverter a obrigatoriedade das provas, mas não conseguiram. Pelo não comparecimento, os artistas devem ser demitidos.A posição da fundaçãoSegundo a direção da orquestra, as provas não tinham como objetivo demissões. Além de fornecer um feedback individual, o processo também ofereceria a cada músico, garante, a possibilidade de reposicionamento dentro dos naipes. A fundação ressalta ainda que tentou diversas vezes negociar, sem sucesso, com os músicos, oferecendo inclusive um plano de demissões voluntárias.

Deflagrada há três meses, a crise na Orquestra Sinfônica Brasileira se agravou nos últimos dias, com a decisão dos pianistas Nelson Freire e Cristina Ortiz e do maestro Roberto Tibiriçá de cancelar as participações em concertos previamente acordados, em solidariedade aos 41 músicos que estão sendo demitidos.No dia 6 de agosto, Freire, nosso nome de maior projeção no exterior, abriria a temporada da OSB, no Municipal do Rio, tocando Schumann num concerto sob a regência do maestro Roberto Minczuk. Diretor artístico da OSB, ele é o mentor das avaliações de desempenho impostas aos instrumentistas que desencadearam as demissões (por justa causa, dos que não a aceitaram). No dia 10, com o maestro alemão Kurt Masur dividindo o púlpito com Minczuk, Nelson tocaria Beethoven.Ontem, de Paris, o pianista, que há 55 de seus 66 anos se apresenta com o mais tradicional conjunto sinfônico do País, enviou e-mail lacônico a Minczuk e ao presidente da Fundação OSB, Eleazar de Carvalho Filho: "Lamento comunicar que estou cancelando minhas apresentações com a OSB previstas para agosto de 2011". Ele vinha acompanhando o noticiário sobre a revolta dos músicos, que entendem o processo de avaliação como algo arbitrário e mal formulado, e que espalharam o passo a passo da crise, em blogs e redes sociais, graças ao apoio de colegas estrangeiros. No sábado, em artigo publicado no C2+Música, o violoncelista brasileiro radicado na Suíça Antonio Meneses já havia se posicionado em favor dos músicos. Também da Europa, Cristina Ortiz mandou sua posição de suspender a vinda para o concerto de 30 de abril no Teatro Municipal, com a OSB Jovem. Foi ela quem persuadiu o maestro Tibiriçá a engrossar as fileiras a favor dos músicos. "Desde fevereiro tento convencê-lo. Fui convidada para tocar sem saber da suspensão da OSB, e fiquei incrédula com o desenrolar dos acontecimentos. A dor deles também é minha", disse, em e-mail enviado à reportagem do Estado."A situação está alcançando uma magnitude certamente inimaginável. As medidas estão disfarçadas como uma procura por um orquestra de ouro... É muito triste que por uma simples falta de humildade ou orgulho tanta infelicidade seja causada. Sem músicos não existe nem orquestras nem maestros!"Como Nelson Freire, Cristina começou a tocar com a OSB aos onze anos. Tibiriçá, ex-regente da Petrobrás Sinfônica, tem ligação forte com a história da orquestra por ter começado seus estudos com o maestro Eleazar de Carvalho, que foi um dos grandes regentes da OSB e pai do atual presidente da FOSB. Tibiriçá disse preferir não dar entrevista para não acirrar os ânimos.Ontem, a fundação - que sustenta que o objetivo da avaliações nunca foi demitir mas, sim, elevar a qualidade a ponto de transformar a OSB numa "referência em excelência musical no Brasil", conforme defendeu Eleazar de Carvalho Filho em artigo publicado ontem no Caderno 2 - informou que iria procurar os três artistas.Sem os 41 demitidos, que deverão ser substituídos por músicos contratados após audições marcadas para maio no Brasil e no exterior, a OSB ficou com dois naipes "extintos": trombones e trompetes. O de oboés e de contrabaixos estão bem comprometidos. ENTENDA O CASOA posição dos músicos Convocados pela Fundação OSB para provas de avaliação, cerca de 40 músicos do grupo se recusaram a obedecer, afirmando que as provas tinham caráter autoritário e que o objetivo era uma demissão em massa. Eles tentaram na Justiça reverter a obrigatoriedade das provas, mas não conseguiram. Pelo não comparecimento, os artistas devem ser demitidos.A posição da fundaçãoSegundo a direção da orquestra, as provas não tinham como objetivo demissões. Além de fornecer um feedback individual, o processo também ofereceria a cada músico, garante, a possibilidade de reposicionamento dentro dos naipes. A fundação ressalta ainda que tentou diversas vezes negociar, sem sucesso, com os músicos, oferecendo inclusive um plano de demissões voluntárias.

Deflagrada há três meses, a crise na Orquestra Sinfônica Brasileira se agravou nos últimos dias, com a decisão dos pianistas Nelson Freire e Cristina Ortiz e do maestro Roberto Tibiriçá de cancelar as participações em concertos previamente acordados, em solidariedade aos 41 músicos que estão sendo demitidos.No dia 6 de agosto, Freire, nosso nome de maior projeção no exterior, abriria a temporada da OSB, no Municipal do Rio, tocando Schumann num concerto sob a regência do maestro Roberto Minczuk. Diretor artístico da OSB, ele é o mentor das avaliações de desempenho impostas aos instrumentistas que desencadearam as demissões (por justa causa, dos que não a aceitaram). No dia 10, com o maestro alemão Kurt Masur dividindo o púlpito com Minczuk, Nelson tocaria Beethoven.Ontem, de Paris, o pianista, que há 55 de seus 66 anos se apresenta com o mais tradicional conjunto sinfônico do País, enviou e-mail lacônico a Minczuk e ao presidente da Fundação OSB, Eleazar de Carvalho Filho: "Lamento comunicar que estou cancelando minhas apresentações com a OSB previstas para agosto de 2011". Ele vinha acompanhando o noticiário sobre a revolta dos músicos, que entendem o processo de avaliação como algo arbitrário e mal formulado, e que espalharam o passo a passo da crise, em blogs e redes sociais, graças ao apoio de colegas estrangeiros. No sábado, em artigo publicado no C2+Música, o violoncelista brasileiro radicado na Suíça Antonio Meneses já havia se posicionado em favor dos músicos. Também da Europa, Cristina Ortiz mandou sua posição de suspender a vinda para o concerto de 30 de abril no Teatro Municipal, com a OSB Jovem. Foi ela quem persuadiu o maestro Tibiriçá a engrossar as fileiras a favor dos músicos. "Desde fevereiro tento convencê-lo. Fui convidada para tocar sem saber da suspensão da OSB, e fiquei incrédula com o desenrolar dos acontecimentos. A dor deles também é minha", disse, em e-mail enviado à reportagem do Estado."A situação está alcançando uma magnitude certamente inimaginável. As medidas estão disfarçadas como uma procura por um orquestra de ouro... É muito triste que por uma simples falta de humildade ou orgulho tanta infelicidade seja causada. Sem músicos não existe nem orquestras nem maestros!"Como Nelson Freire, Cristina começou a tocar com a OSB aos onze anos. Tibiriçá, ex-regente da Petrobrás Sinfônica, tem ligação forte com a história da orquestra por ter começado seus estudos com o maestro Eleazar de Carvalho, que foi um dos grandes regentes da OSB e pai do atual presidente da FOSB. Tibiriçá disse preferir não dar entrevista para não acirrar os ânimos.Ontem, a fundação - que sustenta que o objetivo da avaliações nunca foi demitir mas, sim, elevar a qualidade a ponto de transformar a OSB numa "referência em excelência musical no Brasil", conforme defendeu Eleazar de Carvalho Filho em artigo publicado ontem no Caderno 2 - informou que iria procurar os três artistas.Sem os 41 demitidos, que deverão ser substituídos por músicos contratados após audições marcadas para maio no Brasil e no exterior, a OSB ficou com dois naipes "extintos": trombones e trompetes. O de oboés e de contrabaixos estão bem comprometidos. ENTENDA O CASOA posição dos músicos Convocados pela Fundação OSB para provas de avaliação, cerca de 40 músicos do grupo se recusaram a obedecer, afirmando que as provas tinham caráter autoritário e que o objetivo era uma demissão em massa. Eles tentaram na Justiça reverter a obrigatoriedade das provas, mas não conseguiram. Pelo não comparecimento, os artistas devem ser demitidos.A posição da fundaçãoSegundo a direção da orquestra, as provas não tinham como objetivo demissões. Além de fornecer um feedback individual, o processo também ofereceria a cada músico, garante, a possibilidade de reposicionamento dentro dos naipes. A fundação ressalta ainda que tentou diversas vezes negociar, sem sucesso, com os músicos, oferecendo inclusive um plano de demissões voluntárias.

Deflagrada há três meses, a crise na Orquestra Sinfônica Brasileira se agravou nos últimos dias, com a decisão dos pianistas Nelson Freire e Cristina Ortiz e do maestro Roberto Tibiriçá de cancelar as participações em concertos previamente acordados, em solidariedade aos 41 músicos que estão sendo demitidos.No dia 6 de agosto, Freire, nosso nome de maior projeção no exterior, abriria a temporada da OSB, no Municipal do Rio, tocando Schumann num concerto sob a regência do maestro Roberto Minczuk. Diretor artístico da OSB, ele é o mentor das avaliações de desempenho impostas aos instrumentistas que desencadearam as demissões (por justa causa, dos que não a aceitaram). No dia 10, com o maestro alemão Kurt Masur dividindo o púlpito com Minczuk, Nelson tocaria Beethoven.Ontem, de Paris, o pianista, que há 55 de seus 66 anos se apresenta com o mais tradicional conjunto sinfônico do País, enviou e-mail lacônico a Minczuk e ao presidente da Fundação OSB, Eleazar de Carvalho Filho: "Lamento comunicar que estou cancelando minhas apresentações com a OSB previstas para agosto de 2011". Ele vinha acompanhando o noticiário sobre a revolta dos músicos, que entendem o processo de avaliação como algo arbitrário e mal formulado, e que espalharam o passo a passo da crise, em blogs e redes sociais, graças ao apoio de colegas estrangeiros. No sábado, em artigo publicado no C2+Música, o violoncelista brasileiro radicado na Suíça Antonio Meneses já havia se posicionado em favor dos músicos. Também da Europa, Cristina Ortiz mandou sua posição de suspender a vinda para o concerto de 30 de abril no Teatro Municipal, com a OSB Jovem. Foi ela quem persuadiu o maestro Tibiriçá a engrossar as fileiras a favor dos músicos. "Desde fevereiro tento convencê-lo. Fui convidada para tocar sem saber da suspensão da OSB, e fiquei incrédula com o desenrolar dos acontecimentos. A dor deles também é minha", disse, em e-mail enviado à reportagem do Estado."A situação está alcançando uma magnitude certamente inimaginável. As medidas estão disfarçadas como uma procura por um orquestra de ouro... É muito triste que por uma simples falta de humildade ou orgulho tanta infelicidade seja causada. Sem músicos não existe nem orquestras nem maestros!"Como Nelson Freire, Cristina começou a tocar com a OSB aos onze anos. Tibiriçá, ex-regente da Petrobrás Sinfônica, tem ligação forte com a história da orquestra por ter começado seus estudos com o maestro Eleazar de Carvalho, que foi um dos grandes regentes da OSB e pai do atual presidente da FOSB. Tibiriçá disse preferir não dar entrevista para não acirrar os ânimos.Ontem, a fundação - que sustenta que o objetivo da avaliações nunca foi demitir mas, sim, elevar a qualidade a ponto de transformar a OSB numa "referência em excelência musical no Brasil", conforme defendeu Eleazar de Carvalho Filho em artigo publicado ontem no Caderno 2 - informou que iria procurar os três artistas.Sem os 41 demitidos, que deverão ser substituídos por músicos contratados após audições marcadas para maio no Brasil e no exterior, a OSB ficou com dois naipes "extintos": trombones e trompetes. O de oboés e de contrabaixos estão bem comprometidos. ENTENDA O CASOA posição dos músicos Convocados pela Fundação OSB para provas de avaliação, cerca de 40 músicos do grupo se recusaram a obedecer, afirmando que as provas tinham caráter autoritário e que o objetivo era uma demissão em massa. Eles tentaram na Justiça reverter a obrigatoriedade das provas, mas não conseguiram. Pelo não comparecimento, os artistas devem ser demitidos.A posição da fundaçãoSegundo a direção da orquestra, as provas não tinham como objetivo demissões. Além de fornecer um feedback individual, o processo também ofereceria a cada músico, garante, a possibilidade de reposicionamento dentro dos naipes. A fundação ressalta ainda que tentou diversas vezes negociar, sem sucesso, com os músicos, oferecendo inclusive um plano de demissões voluntárias.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.