Stevie Wonder em novo ritmo


Aos 61, astro pop encarna paradoxo do soul em turnê que vem ao Brasil ainda este mês

Por Roberto Nascimento

Mesmo com uma programação arquitetada para agradar a turistas e curaçulenhos de meia-idade (Chic, Earth Wind and Fire, Sting e Kassav, supergrupo de zouk, dos anos 80, estavam no programa) - curadoria que muitas vezes é sinônimo de apresentações mornas e acomodadas - não houve falta de propulsão rítmica por parte dos escalados. Nile Rodgers, guitarrista, superprodutor, bamba da disco music, abriu o festival com sua histórica banda Chic. Ao contrário do que poderia se esperar de um veterano que se recupera de um câncer, Nile faz um show vigoroso, liderando o glamour setentista do Chic com firmeza por hinos de pista como Le Freak e Good Times, e hits produzidos nos anos 80 para outras estrelas como Madonna (Like a Virgin) e Sister Sledge (We Are Family). Sua guitarra é o núcleo da banda, que ainda pulsa elegante e suave, tantos anos depois de seu auge, como uma relíquia viva da música negra, guardiões de uma estética que ainda ecoa toda a vaidade e sensualidade de uma das belles epóques da dance music. Na mesma veia nostálgica, o festival trouxe os veteranos do Earth Wind and Fire, titãs do pop dos anos 70 que já completaram 40 anos de estrada. Mas a nostalgia é secundária ao impacto físico da banda, pois se houvesse um prêmio para medalhões de antigamente que ainda arrasam com o baile, este iria para o coletivo liderado por Philip Bailey e Verdine White, que toca com a energia de um trio elétrico do início ao fim, sem tirar o pé do acelerador. Relendo clássicos como September, Reasons, Hearts on Fire, o grande trunfo da banda é conseguir traduzir sua infectante dinâmica rítmica para o grande palco, feito complicado, incomum nos shows de muitos ídolos do pop novo (Black Eyed Peas) e antigo (George Clinton). O que torna o suingue do EWF tão intenso ao vivo é a maneira com que a banda trabalha o ritmo, se assemelhando mais a uma orquestra de salsa, com diversos percussionistas e funções econômicas do baterista, do que uma banda de funk nos moldes tradicionais, onde o batuque cabe inteiramente ao homem atrás dos pratos. No palco, são onze músicos, muitos dos quais alternam seus instrumentos com timbales, pandeiros, calimbas e outros, equilibrando o som. Com a lendária pulsação do baixo de Verdine White, é receita para estopim de pista. Igualmente lendários são os falsetes de Philip Bailey, que embora não tenham a pressão de antigamente, continuam com um alcance impressionante. Na noite de sexta-feira, Bailey alcançou tons mais agudos do que os próprios assobios desferidos pela plateia ao ouvir suas façanhas. Os arranjos do EWF, que mesclam poliritmia africana com pitadas de harmonia erudita constam como milagres do pop do século 20. Não fossem os timbres datados, que marcaram época e hoje em dia remetem a hits da Antena 1 (Hearts on Fire sendo um dos mais emblemáticos) a banda ainda estaria conceitualmente à frente de seu tempo.Clássicos dominam o repertório do showHow Sweet It Is To Be Loved by You Jammin"We Can Work It OutHigher Ground Happy Birthday Overjoyed I Just Called To Say I Love You Boogie on Reggae WomanSir Duke I Wish Do I Do My Cherie Amour Sign Sealed, DeliveredSuperstition As

Mesmo com uma programação arquitetada para agradar a turistas e curaçulenhos de meia-idade (Chic, Earth Wind and Fire, Sting e Kassav, supergrupo de zouk, dos anos 80, estavam no programa) - curadoria que muitas vezes é sinônimo de apresentações mornas e acomodadas - não houve falta de propulsão rítmica por parte dos escalados. Nile Rodgers, guitarrista, superprodutor, bamba da disco music, abriu o festival com sua histórica banda Chic. Ao contrário do que poderia se esperar de um veterano que se recupera de um câncer, Nile faz um show vigoroso, liderando o glamour setentista do Chic com firmeza por hinos de pista como Le Freak e Good Times, e hits produzidos nos anos 80 para outras estrelas como Madonna (Like a Virgin) e Sister Sledge (We Are Family). Sua guitarra é o núcleo da banda, que ainda pulsa elegante e suave, tantos anos depois de seu auge, como uma relíquia viva da música negra, guardiões de uma estética que ainda ecoa toda a vaidade e sensualidade de uma das belles epóques da dance music. Na mesma veia nostálgica, o festival trouxe os veteranos do Earth Wind and Fire, titãs do pop dos anos 70 que já completaram 40 anos de estrada. Mas a nostalgia é secundária ao impacto físico da banda, pois se houvesse um prêmio para medalhões de antigamente que ainda arrasam com o baile, este iria para o coletivo liderado por Philip Bailey e Verdine White, que toca com a energia de um trio elétrico do início ao fim, sem tirar o pé do acelerador. Relendo clássicos como September, Reasons, Hearts on Fire, o grande trunfo da banda é conseguir traduzir sua infectante dinâmica rítmica para o grande palco, feito complicado, incomum nos shows de muitos ídolos do pop novo (Black Eyed Peas) e antigo (George Clinton). O que torna o suingue do EWF tão intenso ao vivo é a maneira com que a banda trabalha o ritmo, se assemelhando mais a uma orquestra de salsa, com diversos percussionistas e funções econômicas do baterista, do que uma banda de funk nos moldes tradicionais, onde o batuque cabe inteiramente ao homem atrás dos pratos. No palco, são onze músicos, muitos dos quais alternam seus instrumentos com timbales, pandeiros, calimbas e outros, equilibrando o som. Com a lendária pulsação do baixo de Verdine White, é receita para estopim de pista. Igualmente lendários são os falsetes de Philip Bailey, que embora não tenham a pressão de antigamente, continuam com um alcance impressionante. Na noite de sexta-feira, Bailey alcançou tons mais agudos do que os próprios assobios desferidos pela plateia ao ouvir suas façanhas. Os arranjos do EWF, que mesclam poliritmia africana com pitadas de harmonia erudita constam como milagres do pop do século 20. Não fossem os timbres datados, que marcaram época e hoje em dia remetem a hits da Antena 1 (Hearts on Fire sendo um dos mais emblemáticos) a banda ainda estaria conceitualmente à frente de seu tempo.Clássicos dominam o repertório do showHow Sweet It Is To Be Loved by You Jammin"We Can Work It OutHigher Ground Happy Birthday Overjoyed I Just Called To Say I Love You Boogie on Reggae WomanSir Duke I Wish Do I Do My Cherie Amour Sign Sealed, DeliveredSuperstition As

Mesmo com uma programação arquitetada para agradar a turistas e curaçulenhos de meia-idade (Chic, Earth Wind and Fire, Sting e Kassav, supergrupo de zouk, dos anos 80, estavam no programa) - curadoria que muitas vezes é sinônimo de apresentações mornas e acomodadas - não houve falta de propulsão rítmica por parte dos escalados. Nile Rodgers, guitarrista, superprodutor, bamba da disco music, abriu o festival com sua histórica banda Chic. Ao contrário do que poderia se esperar de um veterano que se recupera de um câncer, Nile faz um show vigoroso, liderando o glamour setentista do Chic com firmeza por hinos de pista como Le Freak e Good Times, e hits produzidos nos anos 80 para outras estrelas como Madonna (Like a Virgin) e Sister Sledge (We Are Family). Sua guitarra é o núcleo da banda, que ainda pulsa elegante e suave, tantos anos depois de seu auge, como uma relíquia viva da música negra, guardiões de uma estética que ainda ecoa toda a vaidade e sensualidade de uma das belles epóques da dance music. Na mesma veia nostálgica, o festival trouxe os veteranos do Earth Wind and Fire, titãs do pop dos anos 70 que já completaram 40 anos de estrada. Mas a nostalgia é secundária ao impacto físico da banda, pois se houvesse um prêmio para medalhões de antigamente que ainda arrasam com o baile, este iria para o coletivo liderado por Philip Bailey e Verdine White, que toca com a energia de um trio elétrico do início ao fim, sem tirar o pé do acelerador. Relendo clássicos como September, Reasons, Hearts on Fire, o grande trunfo da banda é conseguir traduzir sua infectante dinâmica rítmica para o grande palco, feito complicado, incomum nos shows de muitos ídolos do pop novo (Black Eyed Peas) e antigo (George Clinton). O que torna o suingue do EWF tão intenso ao vivo é a maneira com que a banda trabalha o ritmo, se assemelhando mais a uma orquestra de salsa, com diversos percussionistas e funções econômicas do baterista, do que uma banda de funk nos moldes tradicionais, onde o batuque cabe inteiramente ao homem atrás dos pratos. No palco, são onze músicos, muitos dos quais alternam seus instrumentos com timbales, pandeiros, calimbas e outros, equilibrando o som. Com a lendária pulsação do baixo de Verdine White, é receita para estopim de pista. Igualmente lendários são os falsetes de Philip Bailey, que embora não tenham a pressão de antigamente, continuam com um alcance impressionante. Na noite de sexta-feira, Bailey alcançou tons mais agudos do que os próprios assobios desferidos pela plateia ao ouvir suas façanhas. Os arranjos do EWF, que mesclam poliritmia africana com pitadas de harmonia erudita constam como milagres do pop do século 20. Não fossem os timbres datados, que marcaram época e hoje em dia remetem a hits da Antena 1 (Hearts on Fire sendo um dos mais emblemáticos) a banda ainda estaria conceitualmente à frente de seu tempo.Clássicos dominam o repertório do showHow Sweet It Is To Be Loved by You Jammin"We Can Work It OutHigher Ground Happy Birthday Overjoyed I Just Called To Say I Love You Boogie on Reggae WomanSir Duke I Wish Do I Do My Cherie Amour Sign Sealed, DeliveredSuperstition As

Mesmo com uma programação arquitetada para agradar a turistas e curaçulenhos de meia-idade (Chic, Earth Wind and Fire, Sting e Kassav, supergrupo de zouk, dos anos 80, estavam no programa) - curadoria que muitas vezes é sinônimo de apresentações mornas e acomodadas - não houve falta de propulsão rítmica por parte dos escalados. Nile Rodgers, guitarrista, superprodutor, bamba da disco music, abriu o festival com sua histórica banda Chic. Ao contrário do que poderia se esperar de um veterano que se recupera de um câncer, Nile faz um show vigoroso, liderando o glamour setentista do Chic com firmeza por hinos de pista como Le Freak e Good Times, e hits produzidos nos anos 80 para outras estrelas como Madonna (Like a Virgin) e Sister Sledge (We Are Family). Sua guitarra é o núcleo da banda, que ainda pulsa elegante e suave, tantos anos depois de seu auge, como uma relíquia viva da música negra, guardiões de uma estética que ainda ecoa toda a vaidade e sensualidade de uma das belles epóques da dance music. Na mesma veia nostálgica, o festival trouxe os veteranos do Earth Wind and Fire, titãs do pop dos anos 70 que já completaram 40 anos de estrada. Mas a nostalgia é secundária ao impacto físico da banda, pois se houvesse um prêmio para medalhões de antigamente que ainda arrasam com o baile, este iria para o coletivo liderado por Philip Bailey e Verdine White, que toca com a energia de um trio elétrico do início ao fim, sem tirar o pé do acelerador. Relendo clássicos como September, Reasons, Hearts on Fire, o grande trunfo da banda é conseguir traduzir sua infectante dinâmica rítmica para o grande palco, feito complicado, incomum nos shows de muitos ídolos do pop novo (Black Eyed Peas) e antigo (George Clinton). O que torna o suingue do EWF tão intenso ao vivo é a maneira com que a banda trabalha o ritmo, se assemelhando mais a uma orquestra de salsa, com diversos percussionistas e funções econômicas do baterista, do que uma banda de funk nos moldes tradicionais, onde o batuque cabe inteiramente ao homem atrás dos pratos. No palco, são onze músicos, muitos dos quais alternam seus instrumentos com timbales, pandeiros, calimbas e outros, equilibrando o som. Com a lendária pulsação do baixo de Verdine White, é receita para estopim de pista. Igualmente lendários são os falsetes de Philip Bailey, que embora não tenham a pressão de antigamente, continuam com um alcance impressionante. Na noite de sexta-feira, Bailey alcançou tons mais agudos do que os próprios assobios desferidos pela plateia ao ouvir suas façanhas. Os arranjos do EWF, que mesclam poliritmia africana com pitadas de harmonia erudita constam como milagres do pop do século 20. Não fossem os timbres datados, que marcaram época e hoje em dia remetem a hits da Antena 1 (Hearts on Fire sendo um dos mais emblemáticos) a banda ainda estaria conceitualmente à frente de seu tempo.Clássicos dominam o repertório do showHow Sweet It Is To Be Loved by You Jammin"We Can Work It OutHigher Ground Happy Birthday Overjoyed I Just Called To Say I Love You Boogie on Reggae WomanSir Duke I Wish Do I Do My Cherie Amour Sign Sealed, DeliveredSuperstition As

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