AntiKatártiKa busca a poesia no lado de cá da morte


Em ‘A Vida’, companhia cria um jogo de performances que reconta biografias aleatórias de seus atores

Por Leandro Nunes

Tomar uma surra do pai por ter quebrado uma cadeira, o suicídio de uma mãe ou um noivado-surpresa. Os acontecimentos que marcam a existência podem ser tão dramáticos quanto piegas e medíocres. O que muda é como cada um relembra os fatos e acha ousadia para compartilhá-los. 

Se sobra coragem à AntiKatártika, companhia dirigida por Nelson Baskerville, não faltam oportunidades para entrar em A Vida, peça que estreou na quinta, 1.º, no Sesc Santo Amaro.

Adeus. Elenco faz 15 cenas por noite, das 35 ensaiadas Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO
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Na montagem, o grupo criou um jogo de 35 cenas sobre os mais diversos aspectos da vida e suas relações, como trabalho, amor, família, doença e morte. “O critério era algo que fosse mais universal e que, portanto, pudesse criar empatia com a plateia”, recorda Baskerville. 

Aos poucos, surgiram cenas que retratavam a perda de um ente querido, conflitos com a sexualidade ou de desilusões amorosas. O caso da cadeira quebrada é recorrente nos palcos paulistanos. Em Luis Antonio-Gabriela (2011), peça de Baskerville, quem apanha é o próprio diretor, na época com 11 anos. “A cena surgiu de outra forma e por outro motivo, no sentido de investigar as memórias que são transformadas conforme o tempo passa”, justifica.

É certo que todas as 35 cenas transformariam o espetáculo em uma eternidade. Com o roteiro ensaiado, o elenco fica refém de uma roleta piscante que escolhe as 15 cenas que serão apresentadas em cada sessão. “É uma maneira de perceber a aleatoriedade da vida e como ela pode definir uma experiência particular, tanto para os atores quanto para o público”, explica Baskerville. 

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Na noite em que o repórter assistiu a um ensaio, as cenas dramáticas – como a da foto acima – tiveram protagonismo. Em uma delas, a atriz Tamirys Ohanna recorda o suicídio da mãe, enquanto Camila Raffanti canta, com ares de Lana Del Rey, a música Goodbye Cruel World, do Pink Floyd. “Entre as atrizes também surgiram muitas cenas relativas a abuso e violência, algo que chamou a atenção, entre os homens, por ser algo tão brutal e que também reflete essa parcela da sociedade”, alerta o diretor. 

A VIDA. Sesc Santo Amaro. Rua Amador Bueno, 505. Tel.: 5541-4000. 6ª, sáb., 21h, dom., 18h. R$ 25 / R$ 12,50. Até 9/7. 

Tomar uma surra do pai por ter quebrado uma cadeira, o suicídio de uma mãe ou um noivado-surpresa. Os acontecimentos que marcam a existência podem ser tão dramáticos quanto piegas e medíocres. O que muda é como cada um relembra os fatos e acha ousadia para compartilhá-los. 

Se sobra coragem à AntiKatártika, companhia dirigida por Nelson Baskerville, não faltam oportunidades para entrar em A Vida, peça que estreou na quinta, 1.º, no Sesc Santo Amaro.

Adeus. Elenco faz 15 cenas por noite, das 35 ensaiadas Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Na montagem, o grupo criou um jogo de 35 cenas sobre os mais diversos aspectos da vida e suas relações, como trabalho, amor, família, doença e morte. “O critério era algo que fosse mais universal e que, portanto, pudesse criar empatia com a plateia”, recorda Baskerville. 

Aos poucos, surgiram cenas que retratavam a perda de um ente querido, conflitos com a sexualidade ou de desilusões amorosas. O caso da cadeira quebrada é recorrente nos palcos paulistanos. Em Luis Antonio-Gabriela (2011), peça de Baskerville, quem apanha é o próprio diretor, na época com 11 anos. “A cena surgiu de outra forma e por outro motivo, no sentido de investigar as memórias que são transformadas conforme o tempo passa”, justifica.

É certo que todas as 35 cenas transformariam o espetáculo em uma eternidade. Com o roteiro ensaiado, o elenco fica refém de uma roleta piscante que escolhe as 15 cenas que serão apresentadas em cada sessão. “É uma maneira de perceber a aleatoriedade da vida e como ela pode definir uma experiência particular, tanto para os atores quanto para o público”, explica Baskerville. 

Na noite em que o repórter assistiu a um ensaio, as cenas dramáticas – como a da foto acima – tiveram protagonismo. Em uma delas, a atriz Tamirys Ohanna recorda o suicídio da mãe, enquanto Camila Raffanti canta, com ares de Lana Del Rey, a música Goodbye Cruel World, do Pink Floyd. “Entre as atrizes também surgiram muitas cenas relativas a abuso e violência, algo que chamou a atenção, entre os homens, por ser algo tão brutal e que também reflete essa parcela da sociedade”, alerta o diretor. 

A VIDA. Sesc Santo Amaro. Rua Amador Bueno, 505. Tel.: 5541-4000. 6ª, sáb., 21h, dom., 18h. R$ 25 / R$ 12,50. Até 9/7. 

Tomar uma surra do pai por ter quebrado uma cadeira, o suicídio de uma mãe ou um noivado-surpresa. Os acontecimentos que marcam a existência podem ser tão dramáticos quanto piegas e medíocres. O que muda é como cada um relembra os fatos e acha ousadia para compartilhá-los. 

Se sobra coragem à AntiKatártika, companhia dirigida por Nelson Baskerville, não faltam oportunidades para entrar em A Vida, peça que estreou na quinta, 1.º, no Sesc Santo Amaro.

Adeus. Elenco faz 15 cenas por noite, das 35 ensaiadas Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Na montagem, o grupo criou um jogo de 35 cenas sobre os mais diversos aspectos da vida e suas relações, como trabalho, amor, família, doença e morte. “O critério era algo que fosse mais universal e que, portanto, pudesse criar empatia com a plateia”, recorda Baskerville. 

Aos poucos, surgiram cenas que retratavam a perda de um ente querido, conflitos com a sexualidade ou de desilusões amorosas. O caso da cadeira quebrada é recorrente nos palcos paulistanos. Em Luis Antonio-Gabriela (2011), peça de Baskerville, quem apanha é o próprio diretor, na época com 11 anos. “A cena surgiu de outra forma e por outro motivo, no sentido de investigar as memórias que são transformadas conforme o tempo passa”, justifica.

É certo que todas as 35 cenas transformariam o espetáculo em uma eternidade. Com o roteiro ensaiado, o elenco fica refém de uma roleta piscante que escolhe as 15 cenas que serão apresentadas em cada sessão. “É uma maneira de perceber a aleatoriedade da vida e como ela pode definir uma experiência particular, tanto para os atores quanto para o público”, explica Baskerville. 

Na noite em que o repórter assistiu a um ensaio, as cenas dramáticas – como a da foto acima – tiveram protagonismo. Em uma delas, a atriz Tamirys Ohanna recorda o suicídio da mãe, enquanto Camila Raffanti canta, com ares de Lana Del Rey, a música Goodbye Cruel World, do Pink Floyd. “Entre as atrizes também surgiram muitas cenas relativas a abuso e violência, algo que chamou a atenção, entre os homens, por ser algo tão brutal e que também reflete essa parcela da sociedade”, alerta o diretor. 

A VIDA. Sesc Santo Amaro. Rua Amador Bueno, 505. Tel.: 5541-4000. 6ª, sáb., 21h, dom., 18h. R$ 25 / R$ 12,50. Até 9/7. 

Tomar uma surra do pai por ter quebrado uma cadeira, o suicídio de uma mãe ou um noivado-surpresa. Os acontecimentos que marcam a existência podem ser tão dramáticos quanto piegas e medíocres. O que muda é como cada um relembra os fatos e acha ousadia para compartilhá-los. 

Se sobra coragem à AntiKatártika, companhia dirigida por Nelson Baskerville, não faltam oportunidades para entrar em A Vida, peça que estreou na quinta, 1.º, no Sesc Santo Amaro.

Adeus. Elenco faz 15 cenas por noite, das 35 ensaiadas Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

Na montagem, o grupo criou um jogo de 35 cenas sobre os mais diversos aspectos da vida e suas relações, como trabalho, amor, família, doença e morte. “O critério era algo que fosse mais universal e que, portanto, pudesse criar empatia com a plateia”, recorda Baskerville. 

Aos poucos, surgiram cenas que retratavam a perda de um ente querido, conflitos com a sexualidade ou de desilusões amorosas. O caso da cadeira quebrada é recorrente nos palcos paulistanos. Em Luis Antonio-Gabriela (2011), peça de Baskerville, quem apanha é o próprio diretor, na época com 11 anos. “A cena surgiu de outra forma e por outro motivo, no sentido de investigar as memórias que são transformadas conforme o tempo passa”, justifica.

É certo que todas as 35 cenas transformariam o espetáculo em uma eternidade. Com o roteiro ensaiado, o elenco fica refém de uma roleta piscante que escolhe as 15 cenas que serão apresentadas em cada sessão. “É uma maneira de perceber a aleatoriedade da vida e como ela pode definir uma experiência particular, tanto para os atores quanto para o público”, explica Baskerville. 

Na noite em que o repórter assistiu a um ensaio, as cenas dramáticas – como a da foto acima – tiveram protagonismo. Em uma delas, a atriz Tamirys Ohanna recorda o suicídio da mãe, enquanto Camila Raffanti canta, com ares de Lana Del Rey, a música Goodbye Cruel World, do Pink Floyd. “Entre as atrizes também surgiram muitas cenas relativas a abuso e violência, algo que chamou a atenção, entre os homens, por ser algo tão brutal e que também reflete essa parcela da sociedade”, alerta o diretor. 

A VIDA. Sesc Santo Amaro. Rua Amador Bueno, 505. Tel.: 5541-4000. 6ª, sáb., 21h, dom., 18h. R$ 25 / R$ 12,50. Até 9/7. 

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