Dostoievski causa uma pororoca na vida e arte de Cacá Carvalho


O ator estrela, no Rio, o monólogo '2x2=5 - O Homem do Subsolo'

Por Roberta Pennafort/RIO

Desculpem. Sei que é um pouco punk, mas, nessa idade, não posso ficar brincando de fazer teatrinho”, justificava-se Cacá Carvalho na quinta, 21, no centro do teatro de arena do Espaço Sesc, em Copacabana, num intervalo do último ensaio de 2x2=5 – O Homem do Subsolo, sob a direção do italiano Roberto Bacci. Fruto de dois anos de imersão na obra de Dostoievski (1821-1881), o monólogo estreou no Rio na sexta, 22, e fica dez dias em cartaz.

Texto.“Não consegui nem mesmo me tornar um inseto” Foto: ROBERTO PALERMO/DIVULGAÇÃO

“Um pouco punk” é eufemismo para descrever o desconforto provocado pelo personagem saído do romance Memórias do Subsolo, de 1864. Com um pijama sujo, ele já começa a peça esparramado sobre uma mesa, dando golpes na própria barriga e se declarando “um homem doente e ruim, sem nada de atraente”, “a antítese do homem normal”. “Não consegui nem mesmo me tornar um inseto”, ele brada para a plateia. “Dostoievski está causando uma pororoca em mim. Não vejo o subsolo como algo negativo e, sim, como algo nutritivo. Viver na superfície é uma pobreza”, dizia, pouco antes do ensaio, o ator paraense de 62 anos.

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“Ele é caudaloso, mas tem seus momentos cítricos. Vivemos num mundo do dinheiro, um mundo 2x2=4. O personagem chega e diz: ‘E se não for?’ E se você de vez em quando manifestar algo sufocado? Cadê seu lado porco? Manter esse discurso no ar o tempo inteiro do espetáculo, evidentemente, deixa uma impressão digital em mim. Por isso, considero o autor um companheiro de trabalho”, acrescenta Cacá Carvalho. 

Desculpem. Sei que é um pouco punk, mas, nessa idade, não posso ficar brincando de fazer teatrinho”, justificava-se Cacá Carvalho na quinta, 21, no centro do teatro de arena do Espaço Sesc, em Copacabana, num intervalo do último ensaio de 2x2=5 – O Homem do Subsolo, sob a direção do italiano Roberto Bacci. Fruto de dois anos de imersão na obra de Dostoievski (1821-1881), o monólogo estreou no Rio na sexta, 22, e fica dez dias em cartaz.

Texto.“Não consegui nem mesmo me tornar um inseto” Foto: ROBERTO PALERMO/DIVULGAÇÃO

“Um pouco punk” é eufemismo para descrever o desconforto provocado pelo personagem saído do romance Memórias do Subsolo, de 1864. Com um pijama sujo, ele já começa a peça esparramado sobre uma mesa, dando golpes na própria barriga e se declarando “um homem doente e ruim, sem nada de atraente”, “a antítese do homem normal”. “Não consegui nem mesmo me tornar um inseto”, ele brada para a plateia. “Dostoievski está causando uma pororoca em mim. Não vejo o subsolo como algo negativo e, sim, como algo nutritivo. Viver na superfície é uma pobreza”, dizia, pouco antes do ensaio, o ator paraense de 62 anos.

“Ele é caudaloso, mas tem seus momentos cítricos. Vivemos num mundo do dinheiro, um mundo 2x2=4. O personagem chega e diz: ‘E se não for?’ E se você de vez em quando manifestar algo sufocado? Cadê seu lado porco? Manter esse discurso no ar o tempo inteiro do espetáculo, evidentemente, deixa uma impressão digital em mim. Por isso, considero o autor um companheiro de trabalho”, acrescenta Cacá Carvalho. 

Desculpem. Sei que é um pouco punk, mas, nessa idade, não posso ficar brincando de fazer teatrinho”, justificava-se Cacá Carvalho na quinta, 21, no centro do teatro de arena do Espaço Sesc, em Copacabana, num intervalo do último ensaio de 2x2=5 – O Homem do Subsolo, sob a direção do italiano Roberto Bacci. Fruto de dois anos de imersão na obra de Dostoievski (1821-1881), o monólogo estreou no Rio na sexta, 22, e fica dez dias em cartaz.

Texto.“Não consegui nem mesmo me tornar um inseto” Foto: ROBERTO PALERMO/DIVULGAÇÃO

“Um pouco punk” é eufemismo para descrever o desconforto provocado pelo personagem saído do romance Memórias do Subsolo, de 1864. Com um pijama sujo, ele já começa a peça esparramado sobre uma mesa, dando golpes na própria barriga e se declarando “um homem doente e ruim, sem nada de atraente”, “a antítese do homem normal”. “Não consegui nem mesmo me tornar um inseto”, ele brada para a plateia. “Dostoievski está causando uma pororoca em mim. Não vejo o subsolo como algo negativo e, sim, como algo nutritivo. Viver na superfície é uma pobreza”, dizia, pouco antes do ensaio, o ator paraense de 62 anos.

“Ele é caudaloso, mas tem seus momentos cítricos. Vivemos num mundo do dinheiro, um mundo 2x2=4. O personagem chega e diz: ‘E se não for?’ E se você de vez em quando manifestar algo sufocado? Cadê seu lado porco? Manter esse discurso no ar o tempo inteiro do espetáculo, evidentemente, deixa uma impressão digital em mim. Por isso, considero o autor um companheiro de trabalho”, acrescenta Cacá Carvalho. 

Desculpem. Sei que é um pouco punk, mas, nessa idade, não posso ficar brincando de fazer teatrinho”, justificava-se Cacá Carvalho na quinta, 21, no centro do teatro de arena do Espaço Sesc, em Copacabana, num intervalo do último ensaio de 2x2=5 – O Homem do Subsolo, sob a direção do italiano Roberto Bacci. Fruto de dois anos de imersão na obra de Dostoievski (1821-1881), o monólogo estreou no Rio na sexta, 22, e fica dez dias em cartaz.

Texto.“Não consegui nem mesmo me tornar um inseto” Foto: ROBERTO PALERMO/DIVULGAÇÃO

“Um pouco punk” é eufemismo para descrever o desconforto provocado pelo personagem saído do romance Memórias do Subsolo, de 1864. Com um pijama sujo, ele já começa a peça esparramado sobre uma mesa, dando golpes na própria barriga e se declarando “um homem doente e ruim, sem nada de atraente”, “a antítese do homem normal”. “Não consegui nem mesmo me tornar um inseto”, ele brada para a plateia. “Dostoievski está causando uma pororoca em mim. Não vejo o subsolo como algo negativo e, sim, como algo nutritivo. Viver na superfície é uma pobreza”, dizia, pouco antes do ensaio, o ator paraense de 62 anos.

“Ele é caudaloso, mas tem seus momentos cítricos. Vivemos num mundo do dinheiro, um mundo 2x2=4. O personagem chega e diz: ‘E se não for?’ E se você de vez em quando manifestar algo sufocado? Cadê seu lado porco? Manter esse discurso no ar o tempo inteiro do espetáculo, evidentemente, deixa uma impressão digital em mim. Por isso, considero o autor um companheiro de trabalho”, acrescenta Cacá Carvalho. 

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