Peça de Marcelo Mirisola une corpo e mente livres no Cemitério dos Automóveis


Ao lado de Nilo Oliveira, comédia traz aventuras sexuais entre amigos, com direção de Mauro Baptista Vedia

Por Leandro Nunes

Depois de muitos diretores torcerem o nariz ao lerem a dramaturgia de Paisagem em Campos do Jordão, o diretor uruguaio Mauro Vedia e “sua intuição” confirmaram o interesse de montar a peça de Marcelo Mirisola, escrita a quatro mãos com Nilo Oliveira.

Em cartaz no Cemitério de Automóveis, não haveria melhor lugar para essa comédia que retrata dois amigos de longa data recordando suas memórias sexuais e as do presentes, numa narrativa capaz de por a imaginação da plateia para trabalhar. “É um mergulho na sexualidade brasileira, no que foi a Boca do Lixo e a pornochanchada no Brasil, além de ter uma certa escatologia na poesia”, aponta o diretor. 

Dupla. Fabio Esposito e Henrique Stroeter Foto: Mauro Baptista Vedia
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Para Mirisola, a ideia é buscar estranhamento na plateia, no papo entre os parceiros que recordam da última visita a uma casa de swing, que terminou com a filha de um deles flagrando o pai transando com uma travesti. “Basta imaginar a conversa entre um corretor de imóveis e um advogado formado numa dessas Uniesquinas da vida, e voilà”, diz o autor. “O que esses brutamontes falam chega no limite e surpreende porque a invenção toda cabe na mesa de um boteco”, explica o diretor. “Apesar do tema, não tentamos buscar o humor em primeiro lugar, caso contrário ficaria uma comédia fraca, caricatural”, completa. 

Na segunda parte da montagem, a esposa (Patrícia Vilela) de um deles aparece e o medo de que o segredo seja descoberto atiça o casal para uma conversa franca. “Há um lado muito positivo ao discutir tabus, o formato possível dos relacionamentos e o ciúmes”, diz Vedia. 

+ Marcelo Mirisola capricha no sadismo em 'A Vida Não Tem Cura'

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Além da Boca do Lixo, Mirisola conta que a Praça Roosevelt, lugar onde morou e assistiu as peças de Mario Bortolotto, diretor do espaço do Cemitério de Automóveis, é um lugar que povoa suas obras, tal qual seu último romance Como Se Me Fumasse (2017), uma mistura de ficção com memórias, que percorre a cidade de Espírito Santo do Pinhal e Florianópolis. “Assistia a três ou quatro peças diariamente, e devo ter visto todas as do Bortolotto pelo menos umas 50 vezes cada uma.” Muito embora não tenha escrito mais dramaturgias, o autor revela que guarda Mesa 5, um texto inédito.

PAISAGEM EM CAMPOS DO JORDÃO. Cemitério dos Automóveis. R. Frei Caneca, 384; 2371-5743. 4ª, 5ª, 21h. R$ 40 / R$ 20. Até 28/2.

Depois de muitos diretores torcerem o nariz ao lerem a dramaturgia de Paisagem em Campos do Jordão, o diretor uruguaio Mauro Vedia e “sua intuição” confirmaram o interesse de montar a peça de Marcelo Mirisola, escrita a quatro mãos com Nilo Oliveira.

Em cartaz no Cemitério de Automóveis, não haveria melhor lugar para essa comédia que retrata dois amigos de longa data recordando suas memórias sexuais e as do presentes, numa narrativa capaz de por a imaginação da plateia para trabalhar. “É um mergulho na sexualidade brasileira, no que foi a Boca do Lixo e a pornochanchada no Brasil, além de ter uma certa escatologia na poesia”, aponta o diretor. 

Dupla. Fabio Esposito e Henrique Stroeter Foto: Mauro Baptista Vedia

Para Mirisola, a ideia é buscar estranhamento na plateia, no papo entre os parceiros que recordam da última visita a uma casa de swing, que terminou com a filha de um deles flagrando o pai transando com uma travesti. “Basta imaginar a conversa entre um corretor de imóveis e um advogado formado numa dessas Uniesquinas da vida, e voilà”, diz o autor. “O que esses brutamontes falam chega no limite e surpreende porque a invenção toda cabe na mesa de um boteco”, explica o diretor. “Apesar do tema, não tentamos buscar o humor em primeiro lugar, caso contrário ficaria uma comédia fraca, caricatural”, completa. 

Na segunda parte da montagem, a esposa (Patrícia Vilela) de um deles aparece e o medo de que o segredo seja descoberto atiça o casal para uma conversa franca. “Há um lado muito positivo ao discutir tabus, o formato possível dos relacionamentos e o ciúmes”, diz Vedia. 

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Além da Boca do Lixo, Mirisola conta que a Praça Roosevelt, lugar onde morou e assistiu as peças de Mario Bortolotto, diretor do espaço do Cemitério de Automóveis, é um lugar que povoa suas obras, tal qual seu último romance Como Se Me Fumasse (2017), uma mistura de ficção com memórias, que percorre a cidade de Espírito Santo do Pinhal e Florianópolis. “Assistia a três ou quatro peças diariamente, e devo ter visto todas as do Bortolotto pelo menos umas 50 vezes cada uma.” Muito embora não tenha escrito mais dramaturgias, o autor revela que guarda Mesa 5, um texto inédito.

PAISAGEM EM CAMPOS DO JORDÃO. Cemitério dos Automóveis. R. Frei Caneca, 384; 2371-5743. 4ª, 5ª, 21h. R$ 40 / R$ 20. Até 28/2.

Depois de muitos diretores torcerem o nariz ao lerem a dramaturgia de Paisagem em Campos do Jordão, o diretor uruguaio Mauro Vedia e “sua intuição” confirmaram o interesse de montar a peça de Marcelo Mirisola, escrita a quatro mãos com Nilo Oliveira.

Em cartaz no Cemitério de Automóveis, não haveria melhor lugar para essa comédia que retrata dois amigos de longa data recordando suas memórias sexuais e as do presentes, numa narrativa capaz de por a imaginação da plateia para trabalhar. “É um mergulho na sexualidade brasileira, no que foi a Boca do Lixo e a pornochanchada no Brasil, além de ter uma certa escatologia na poesia”, aponta o diretor. 

Dupla. Fabio Esposito e Henrique Stroeter Foto: Mauro Baptista Vedia

Para Mirisola, a ideia é buscar estranhamento na plateia, no papo entre os parceiros que recordam da última visita a uma casa de swing, que terminou com a filha de um deles flagrando o pai transando com uma travesti. “Basta imaginar a conversa entre um corretor de imóveis e um advogado formado numa dessas Uniesquinas da vida, e voilà”, diz o autor. “O que esses brutamontes falam chega no limite e surpreende porque a invenção toda cabe na mesa de um boteco”, explica o diretor. “Apesar do tema, não tentamos buscar o humor em primeiro lugar, caso contrário ficaria uma comédia fraca, caricatural”, completa. 

Na segunda parte da montagem, a esposa (Patrícia Vilela) de um deles aparece e o medo de que o segredo seja descoberto atiça o casal para uma conversa franca. “Há um lado muito positivo ao discutir tabus, o formato possível dos relacionamentos e o ciúmes”, diz Vedia. 

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Além da Boca do Lixo, Mirisola conta que a Praça Roosevelt, lugar onde morou e assistiu as peças de Mario Bortolotto, diretor do espaço do Cemitério de Automóveis, é um lugar que povoa suas obras, tal qual seu último romance Como Se Me Fumasse (2017), uma mistura de ficção com memórias, que percorre a cidade de Espírito Santo do Pinhal e Florianópolis. “Assistia a três ou quatro peças diariamente, e devo ter visto todas as do Bortolotto pelo menos umas 50 vezes cada uma.” Muito embora não tenha escrito mais dramaturgias, o autor revela que guarda Mesa 5, um texto inédito.

PAISAGEM EM CAMPOS DO JORDÃO. Cemitério dos Automóveis. R. Frei Caneca, 384; 2371-5743. 4ª, 5ª, 21h. R$ 40 / R$ 20. Até 28/2.

Depois de muitos diretores torcerem o nariz ao lerem a dramaturgia de Paisagem em Campos do Jordão, o diretor uruguaio Mauro Vedia e “sua intuição” confirmaram o interesse de montar a peça de Marcelo Mirisola, escrita a quatro mãos com Nilo Oliveira.

Em cartaz no Cemitério de Automóveis, não haveria melhor lugar para essa comédia que retrata dois amigos de longa data recordando suas memórias sexuais e as do presentes, numa narrativa capaz de por a imaginação da plateia para trabalhar. “É um mergulho na sexualidade brasileira, no que foi a Boca do Lixo e a pornochanchada no Brasil, além de ter uma certa escatologia na poesia”, aponta o diretor. 

Dupla. Fabio Esposito e Henrique Stroeter Foto: Mauro Baptista Vedia

Para Mirisola, a ideia é buscar estranhamento na plateia, no papo entre os parceiros que recordam da última visita a uma casa de swing, que terminou com a filha de um deles flagrando o pai transando com uma travesti. “Basta imaginar a conversa entre um corretor de imóveis e um advogado formado numa dessas Uniesquinas da vida, e voilà”, diz o autor. “O que esses brutamontes falam chega no limite e surpreende porque a invenção toda cabe na mesa de um boteco”, explica o diretor. “Apesar do tema, não tentamos buscar o humor em primeiro lugar, caso contrário ficaria uma comédia fraca, caricatural”, completa. 

Na segunda parte da montagem, a esposa (Patrícia Vilela) de um deles aparece e o medo de que o segredo seja descoberto atiça o casal para uma conversa franca. “Há um lado muito positivo ao discutir tabus, o formato possível dos relacionamentos e o ciúmes”, diz Vedia. 

+ Marcelo Mirisola capricha no sadismo em 'A Vida Não Tem Cura'

Além da Boca do Lixo, Mirisola conta que a Praça Roosevelt, lugar onde morou e assistiu as peças de Mario Bortolotto, diretor do espaço do Cemitério de Automóveis, é um lugar que povoa suas obras, tal qual seu último romance Como Se Me Fumasse (2017), uma mistura de ficção com memórias, que percorre a cidade de Espírito Santo do Pinhal e Florianópolis. “Assistia a três ou quatro peças diariamente, e devo ter visto todas as do Bortolotto pelo menos umas 50 vezes cada uma.” Muito embora não tenha escrito mais dramaturgias, o autor revela que guarda Mesa 5, um texto inédito.

PAISAGEM EM CAMPOS DO JORDÃO. Cemitério dos Automóveis. R. Frei Caneca, 384; 2371-5743. 4ª, 5ª, 21h. R$ 40 / R$ 20. Até 28/2.

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