Produzida por Michael Bay, 'The Last Ship’ mostra planeta devastado por vírus


Superprodução estreia no Brasil nesta segunda-feira, 4; cada episódio custou em média US$ 2,5 milhões

Por João Fernando

CIDADE DO MÉXICO - Tragédias naturais e ataques alienígenas já não são mais suficientes para acabar com o mundo. Agora, quem vai destruir a humanidade, pelo menos na televisão, é um inimigo quase invisível: um vírus que eliminou 80% da população do planeta. Essa é a premissa da superprodução The Last Ship, série apocalíptica que estreia nesta segunda-feira, às 23h20, no TNT. 

“Quando você está lá, assistindo e comendo sua pipoca, pensa que isso pode acontecer. É assustador. Hoje, há muitas pandemias por aí, mas são silenciosas”, preocupa-se Rhona Mitra, intérprete da Dra. Rachel Scott, cientista britânica que busca a cura da doença misteriosa. Na trama, ela passa o tempo em um laboratório montado dentro de um navio de guerra da Marinha norte-americana, um oásis de pessoas saudáveis em um mundo devastado, que dá o título da série, O Último Navio, em livre tradução do inglês.

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Liderados pelo capitão Tom Chandler, vivido por Eric Dane (o Mark Sloan de Grey’s Anatomy), os marinheiros percorrem o mar à procura de portos com água e comida. A cada episódio, encontram inimigos que querem ficar com seus suprimentos ou com as amostras da pesquisa contra o vírus. É aí que nota-se as ideias de Michael Bay, principal produtor da atração, que já comandou longas como Transformers e Armageddon.

Segundo a imprensa dos EUA, cada um dos dez capítulos de The Last Ship custou cerca de US$ 2,5 milhões. “Mas está longe de ser uma das séries mais caras da história TV”, garantiu ao Estado o produtor executivo Jack Bender, responsável por Lost e Under the Dome. Parte das cenas foi rodada em um destróier da marinha norte-americana, na Califórnia. O resto é estúdio. “É como uma série policial, que você não pode deixar de construir a delegacia. Produtores de arte de Capitão Phillips foram ao set e ficaram com inveja”, gaba-se Bender.

Na estreia da TV dos EUA, a atração teve 7,4 milhões de espectadores, número alto para um canal pago. Só no Twitter houve cerca de 1 milhão de menções. O protagonista Eric Dane diz não saber o porquê do gosto do público por histórias em que o mundo vai acabar. “Cada geração tem seu momento apocalíptico. Talvez seja a arrogância de sermos seres humanos. Há um egoísmo de achar que só nós existimos no planeta. Mas a vida segue”, filosofa. 

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O elenco teve uma integração com militares de verdade ao passar parte dos cinco meses de gravação no navio de verdade. De acordo com o ator, o mais difícil foi trabalhar com os trajes especiais para evitar contágio, usados nas sequências que os personagens saem da embarcação. “Aquelas roupas não ventilam bem. É como ter o seu verão particular”, relembra o ator.

Para ele, a ideia de The Last Ship não é exaltar a marinha norte-americana. “Minha preocupação era que ficasse uma coisa pró-EUA. Mas temos todas as culturas. E no navio há latinos, negros, gays e heterossexuais. Não é aquela série em que aparece a bandeira norte-americana balançando”, defende Dane, em situação bem diferente do drama médico de Grey’s Anatomy. “Lá, eu só salvei uma vida. Agora, tenho que salvar a humanidade”, diverte-se.

Apesar da tensão entre Rachel Scott e Tom Chandler, os atores garantem que não haverá romance entre a pesquisadora e o militar, que tem mulher na história. “Não acho apropriado que eles se envolvam enquanto tentam salvar a humanidade”, brinca Rhona. A artista britânica acredita que o atrativo da trama são as relação interpessoais, mais do que as cenas de ação. “É sobre como os seres humanos se comportam em tempos de catástrofe. Neste mundo é importante gostar do outro. Ainda mais nós, que estamos o tempo todo curtindo coisas nas redes sociais”, avalia.

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Por causa da história repleta de reviravoltas, Eric Dane jura que pediu para não receber os episódios de uma vez. “O legal é ver como os personagens se desenvolvem. É como um jogo de xadrez. Se eu soubesse que iria ganhar, não jogaria”, afirma o ator, confirmado na segunda temporada, cujas gravações devem começar em setembro.

Ao contrário do Capitão Chandler, que deixou a mulher e os filhos para entrar na missão do navio, o ator conta que o trabalho não seria a prioridade. “Se fosse comigo, eu levaria a minha família para ficar no navio”, imagina. No caso de uma catástrofe real, ele prefere o isolamento. “Iria para as montanhas e levaria um bom livro.”

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Série repete clichês de conflitos vistos no cinema

A fórmula repetida ad nauseam por filmes norte-americanos, em que ianques enfrentam inimigos russos, se repete em The Last Ship, em que não faltam também vilões da Al-Qaeda. “É o exemplo clássico da liberdade versus tirania. Há certos princípios na constituição norte-americana que têm a ver com a liberdade individual e não no controle do Estado sobre o indivíduo. A Rússia é diferente assim como Coreia do Norte ou países tirânicos. Fundamentalmente, o homem quer ser livre e saudável”, disse ao Estado Adam Baldwin, intérprete de Mike Slatery, segundo homem do navio. O ator defende que há fatos que reforçam a situação da atração. “Claramente, a marinha norte-americana é a melhor força dos mares na história mundial. A premissa da série é permanecer vivo, encontrar a cura e salvar o mundo. Como norte-americano espero que as pessoas de outros países gostem da série pela ação, história e personagens. Não é uma série política. Temos temas universais: sobrevivência.” / J.F.

Superprodução

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US$ 2,5 milhões 

é o valor estimado para cada um dos dez episódios da primeira temporada da série, em que parte das cenas foi rodada em um destróier usado pela marinha norte-americana.

O repórter viajou a convite da Programadora Turner

CIDADE DO MÉXICO - Tragédias naturais e ataques alienígenas já não são mais suficientes para acabar com o mundo. Agora, quem vai destruir a humanidade, pelo menos na televisão, é um inimigo quase invisível: um vírus que eliminou 80% da população do planeta. Essa é a premissa da superprodução The Last Ship, série apocalíptica que estreia nesta segunda-feira, às 23h20, no TNT. 

“Quando você está lá, assistindo e comendo sua pipoca, pensa que isso pode acontecer. É assustador. Hoje, há muitas pandemias por aí, mas são silenciosas”, preocupa-se Rhona Mitra, intérprete da Dra. Rachel Scott, cientista britânica que busca a cura da doença misteriosa. Na trama, ela passa o tempo em um laboratório montado dentro de um navio de guerra da Marinha norte-americana, um oásis de pessoas saudáveis em um mundo devastado, que dá o título da série, O Último Navio, em livre tradução do inglês.

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Liderados pelo capitão Tom Chandler, vivido por Eric Dane (o Mark Sloan de Grey’s Anatomy), os marinheiros percorrem o mar à procura de portos com água e comida. A cada episódio, encontram inimigos que querem ficar com seus suprimentos ou com as amostras da pesquisa contra o vírus. É aí que nota-se as ideias de Michael Bay, principal produtor da atração, que já comandou longas como Transformers e Armageddon.

Segundo a imprensa dos EUA, cada um dos dez capítulos de The Last Ship custou cerca de US$ 2,5 milhões. “Mas está longe de ser uma das séries mais caras da história TV”, garantiu ao Estado o produtor executivo Jack Bender, responsável por Lost e Under the Dome. Parte das cenas foi rodada em um destróier da marinha norte-americana, na Califórnia. O resto é estúdio. “É como uma série policial, que você não pode deixar de construir a delegacia. Produtores de arte de Capitão Phillips foram ao set e ficaram com inveja”, gaba-se Bender.

Na estreia da TV dos EUA, a atração teve 7,4 milhões de espectadores, número alto para um canal pago. Só no Twitter houve cerca de 1 milhão de menções. O protagonista Eric Dane diz não saber o porquê do gosto do público por histórias em que o mundo vai acabar. “Cada geração tem seu momento apocalíptico. Talvez seja a arrogância de sermos seres humanos. Há um egoísmo de achar que só nós existimos no planeta. Mas a vida segue”, filosofa. 

O elenco teve uma integração com militares de verdade ao passar parte dos cinco meses de gravação no navio de verdade. De acordo com o ator, o mais difícil foi trabalhar com os trajes especiais para evitar contágio, usados nas sequências que os personagens saem da embarcação. “Aquelas roupas não ventilam bem. É como ter o seu verão particular”, relembra o ator.

Para ele, a ideia de The Last Ship não é exaltar a marinha norte-americana. “Minha preocupação era que ficasse uma coisa pró-EUA. Mas temos todas as culturas. E no navio há latinos, negros, gays e heterossexuais. Não é aquela série em que aparece a bandeira norte-americana balançando”, defende Dane, em situação bem diferente do drama médico de Grey’s Anatomy. “Lá, eu só salvei uma vida. Agora, tenho que salvar a humanidade”, diverte-se.

Apesar da tensão entre Rachel Scott e Tom Chandler, os atores garantem que não haverá romance entre a pesquisadora e o militar, que tem mulher na história. “Não acho apropriado que eles se envolvam enquanto tentam salvar a humanidade”, brinca Rhona. A artista britânica acredita que o atrativo da trama são as relação interpessoais, mais do que as cenas de ação. “É sobre como os seres humanos se comportam em tempos de catástrofe. Neste mundo é importante gostar do outro. Ainda mais nós, que estamos o tempo todo curtindo coisas nas redes sociais”, avalia.

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Por causa da história repleta de reviravoltas, Eric Dane jura que pediu para não receber os episódios de uma vez. “O legal é ver como os personagens se desenvolvem. É como um jogo de xadrez. Se eu soubesse que iria ganhar, não jogaria”, afirma o ator, confirmado na segunda temporada, cujas gravações devem começar em setembro.

Ao contrário do Capitão Chandler, que deixou a mulher e os filhos para entrar na missão do navio, o ator conta que o trabalho não seria a prioridade. “Se fosse comigo, eu levaria a minha família para ficar no navio”, imagina. No caso de uma catástrofe real, ele prefere o isolamento. “Iria para as montanhas e levaria um bom livro.”

Série repete clichês de conflitos vistos no cinema

A fórmula repetida ad nauseam por filmes norte-americanos, em que ianques enfrentam inimigos russos, se repete em The Last Ship, em que não faltam também vilões da Al-Qaeda. “É o exemplo clássico da liberdade versus tirania. Há certos princípios na constituição norte-americana que têm a ver com a liberdade individual e não no controle do Estado sobre o indivíduo. A Rússia é diferente assim como Coreia do Norte ou países tirânicos. Fundamentalmente, o homem quer ser livre e saudável”, disse ao Estado Adam Baldwin, intérprete de Mike Slatery, segundo homem do navio. O ator defende que há fatos que reforçam a situação da atração. “Claramente, a marinha norte-americana é a melhor força dos mares na história mundial. A premissa da série é permanecer vivo, encontrar a cura e salvar o mundo. Como norte-americano espero que as pessoas de outros países gostem da série pela ação, história e personagens. Não é uma série política. Temos temas universais: sobrevivência.” / J.F.

Superprodução

US$ 2,5 milhões 

é o valor estimado para cada um dos dez episódios da primeira temporada da série, em que parte das cenas foi rodada em um destróier usado pela marinha norte-americana.

O repórter viajou a convite da Programadora Turner

CIDADE DO MÉXICO - Tragédias naturais e ataques alienígenas já não são mais suficientes para acabar com o mundo. Agora, quem vai destruir a humanidade, pelo menos na televisão, é um inimigo quase invisível: um vírus que eliminou 80% da população do planeta. Essa é a premissa da superprodução The Last Ship, série apocalíptica que estreia nesta segunda-feira, às 23h20, no TNT. 

“Quando você está lá, assistindo e comendo sua pipoca, pensa que isso pode acontecer. É assustador. Hoje, há muitas pandemias por aí, mas são silenciosas”, preocupa-se Rhona Mitra, intérprete da Dra. Rachel Scott, cientista britânica que busca a cura da doença misteriosa. Na trama, ela passa o tempo em um laboratório montado dentro de um navio de guerra da Marinha norte-americana, um oásis de pessoas saudáveis em um mundo devastado, que dá o título da série, O Último Navio, em livre tradução do inglês.

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Liderados pelo capitão Tom Chandler, vivido por Eric Dane (o Mark Sloan de Grey’s Anatomy), os marinheiros percorrem o mar à procura de portos com água e comida. A cada episódio, encontram inimigos que querem ficar com seus suprimentos ou com as amostras da pesquisa contra o vírus. É aí que nota-se as ideias de Michael Bay, principal produtor da atração, que já comandou longas como Transformers e Armageddon.

Segundo a imprensa dos EUA, cada um dos dez capítulos de The Last Ship custou cerca de US$ 2,5 milhões. “Mas está longe de ser uma das séries mais caras da história TV”, garantiu ao Estado o produtor executivo Jack Bender, responsável por Lost e Under the Dome. Parte das cenas foi rodada em um destróier da marinha norte-americana, na Califórnia. O resto é estúdio. “É como uma série policial, que você não pode deixar de construir a delegacia. Produtores de arte de Capitão Phillips foram ao set e ficaram com inveja”, gaba-se Bender.

Na estreia da TV dos EUA, a atração teve 7,4 milhões de espectadores, número alto para um canal pago. Só no Twitter houve cerca de 1 milhão de menções. O protagonista Eric Dane diz não saber o porquê do gosto do público por histórias em que o mundo vai acabar. “Cada geração tem seu momento apocalíptico. Talvez seja a arrogância de sermos seres humanos. Há um egoísmo de achar que só nós existimos no planeta. Mas a vida segue”, filosofa. 

O elenco teve uma integração com militares de verdade ao passar parte dos cinco meses de gravação no navio de verdade. De acordo com o ator, o mais difícil foi trabalhar com os trajes especiais para evitar contágio, usados nas sequências que os personagens saem da embarcação. “Aquelas roupas não ventilam bem. É como ter o seu verão particular”, relembra o ator.

Para ele, a ideia de The Last Ship não é exaltar a marinha norte-americana. “Minha preocupação era que ficasse uma coisa pró-EUA. Mas temos todas as culturas. E no navio há latinos, negros, gays e heterossexuais. Não é aquela série em que aparece a bandeira norte-americana balançando”, defende Dane, em situação bem diferente do drama médico de Grey’s Anatomy. “Lá, eu só salvei uma vida. Agora, tenho que salvar a humanidade”, diverte-se.

Apesar da tensão entre Rachel Scott e Tom Chandler, os atores garantem que não haverá romance entre a pesquisadora e o militar, que tem mulher na história. “Não acho apropriado que eles se envolvam enquanto tentam salvar a humanidade”, brinca Rhona. A artista britânica acredita que o atrativo da trama são as relação interpessoais, mais do que as cenas de ação. “É sobre como os seres humanos se comportam em tempos de catástrofe. Neste mundo é importante gostar do outro. Ainda mais nós, que estamos o tempo todo curtindo coisas nas redes sociais”, avalia.

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Por causa da história repleta de reviravoltas, Eric Dane jura que pediu para não receber os episódios de uma vez. “O legal é ver como os personagens se desenvolvem. É como um jogo de xadrez. Se eu soubesse que iria ganhar, não jogaria”, afirma o ator, confirmado na segunda temporada, cujas gravações devem começar em setembro.

Ao contrário do Capitão Chandler, que deixou a mulher e os filhos para entrar na missão do navio, o ator conta que o trabalho não seria a prioridade. “Se fosse comigo, eu levaria a minha família para ficar no navio”, imagina. No caso de uma catástrofe real, ele prefere o isolamento. “Iria para as montanhas e levaria um bom livro.”

Série repete clichês de conflitos vistos no cinema

A fórmula repetida ad nauseam por filmes norte-americanos, em que ianques enfrentam inimigos russos, se repete em The Last Ship, em que não faltam também vilões da Al-Qaeda. “É o exemplo clássico da liberdade versus tirania. Há certos princípios na constituição norte-americana que têm a ver com a liberdade individual e não no controle do Estado sobre o indivíduo. A Rússia é diferente assim como Coreia do Norte ou países tirânicos. Fundamentalmente, o homem quer ser livre e saudável”, disse ao Estado Adam Baldwin, intérprete de Mike Slatery, segundo homem do navio. O ator defende que há fatos que reforçam a situação da atração. “Claramente, a marinha norte-americana é a melhor força dos mares na história mundial. A premissa da série é permanecer vivo, encontrar a cura e salvar o mundo. Como norte-americano espero que as pessoas de outros países gostem da série pela ação, história e personagens. Não é uma série política. Temos temas universais: sobrevivência.” / J.F.

Superprodução

US$ 2,5 milhões 

é o valor estimado para cada um dos dez episódios da primeira temporada da série, em que parte das cenas foi rodada em um destróier usado pela marinha norte-americana.

O repórter viajou a convite da Programadora Turner

CIDADE DO MÉXICO - Tragédias naturais e ataques alienígenas já não são mais suficientes para acabar com o mundo. Agora, quem vai destruir a humanidade, pelo menos na televisão, é um inimigo quase invisível: um vírus que eliminou 80% da população do planeta. Essa é a premissa da superprodução The Last Ship, série apocalíptica que estreia nesta segunda-feira, às 23h20, no TNT. 

“Quando você está lá, assistindo e comendo sua pipoca, pensa que isso pode acontecer. É assustador. Hoje, há muitas pandemias por aí, mas são silenciosas”, preocupa-se Rhona Mitra, intérprete da Dra. Rachel Scott, cientista britânica que busca a cura da doença misteriosa. Na trama, ela passa o tempo em um laboratório montado dentro de um navio de guerra da Marinha norte-americana, um oásis de pessoas saudáveis em um mundo devastado, que dá o título da série, O Último Navio, em livre tradução do inglês.

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Liderados pelo capitão Tom Chandler, vivido por Eric Dane (o Mark Sloan de Grey’s Anatomy), os marinheiros percorrem o mar à procura de portos com água e comida. A cada episódio, encontram inimigos que querem ficar com seus suprimentos ou com as amostras da pesquisa contra o vírus. É aí que nota-se as ideias de Michael Bay, principal produtor da atração, que já comandou longas como Transformers e Armageddon.

Segundo a imprensa dos EUA, cada um dos dez capítulos de The Last Ship custou cerca de US$ 2,5 milhões. “Mas está longe de ser uma das séries mais caras da história TV”, garantiu ao Estado o produtor executivo Jack Bender, responsável por Lost e Under the Dome. Parte das cenas foi rodada em um destróier da marinha norte-americana, na Califórnia. O resto é estúdio. “É como uma série policial, que você não pode deixar de construir a delegacia. Produtores de arte de Capitão Phillips foram ao set e ficaram com inveja”, gaba-se Bender.

Na estreia da TV dos EUA, a atração teve 7,4 milhões de espectadores, número alto para um canal pago. Só no Twitter houve cerca de 1 milhão de menções. O protagonista Eric Dane diz não saber o porquê do gosto do público por histórias em que o mundo vai acabar. “Cada geração tem seu momento apocalíptico. Talvez seja a arrogância de sermos seres humanos. Há um egoísmo de achar que só nós existimos no planeta. Mas a vida segue”, filosofa. 

O elenco teve uma integração com militares de verdade ao passar parte dos cinco meses de gravação no navio de verdade. De acordo com o ator, o mais difícil foi trabalhar com os trajes especiais para evitar contágio, usados nas sequências que os personagens saem da embarcação. “Aquelas roupas não ventilam bem. É como ter o seu verão particular”, relembra o ator.

Para ele, a ideia de The Last Ship não é exaltar a marinha norte-americana. “Minha preocupação era que ficasse uma coisa pró-EUA. Mas temos todas as culturas. E no navio há latinos, negros, gays e heterossexuais. Não é aquela série em que aparece a bandeira norte-americana balançando”, defende Dane, em situação bem diferente do drama médico de Grey’s Anatomy. “Lá, eu só salvei uma vida. Agora, tenho que salvar a humanidade”, diverte-se.

Apesar da tensão entre Rachel Scott e Tom Chandler, os atores garantem que não haverá romance entre a pesquisadora e o militar, que tem mulher na história. “Não acho apropriado que eles se envolvam enquanto tentam salvar a humanidade”, brinca Rhona. A artista britânica acredita que o atrativo da trama são as relação interpessoais, mais do que as cenas de ação. “É sobre como os seres humanos se comportam em tempos de catástrofe. Neste mundo é importante gostar do outro. Ainda mais nós, que estamos o tempo todo curtindo coisas nas redes sociais”, avalia.

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Por causa da história repleta de reviravoltas, Eric Dane jura que pediu para não receber os episódios de uma vez. “O legal é ver como os personagens se desenvolvem. É como um jogo de xadrez. Se eu soubesse que iria ganhar, não jogaria”, afirma o ator, confirmado na segunda temporada, cujas gravações devem começar em setembro.

Ao contrário do Capitão Chandler, que deixou a mulher e os filhos para entrar na missão do navio, o ator conta que o trabalho não seria a prioridade. “Se fosse comigo, eu levaria a minha família para ficar no navio”, imagina. No caso de uma catástrofe real, ele prefere o isolamento. “Iria para as montanhas e levaria um bom livro.”

Série repete clichês de conflitos vistos no cinema

A fórmula repetida ad nauseam por filmes norte-americanos, em que ianques enfrentam inimigos russos, se repete em The Last Ship, em que não faltam também vilões da Al-Qaeda. “É o exemplo clássico da liberdade versus tirania. Há certos princípios na constituição norte-americana que têm a ver com a liberdade individual e não no controle do Estado sobre o indivíduo. A Rússia é diferente assim como Coreia do Norte ou países tirânicos. Fundamentalmente, o homem quer ser livre e saudável”, disse ao Estado Adam Baldwin, intérprete de Mike Slatery, segundo homem do navio. O ator defende que há fatos que reforçam a situação da atração. “Claramente, a marinha norte-americana é a melhor força dos mares na história mundial. A premissa da série é permanecer vivo, encontrar a cura e salvar o mundo. Como norte-americano espero que as pessoas de outros países gostem da série pela ação, história e personagens. Não é uma série política. Temos temas universais: sobrevivência.” / J.F.

Superprodução

US$ 2,5 milhões 

é o valor estimado para cada um dos dez episódios da primeira temporada da série, em que parte das cenas foi rodada em um destróier usado pela marinha norte-americana.

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