Rodrigo Santoro e seu outro na série da Globo


Ator é quase ele mesmo na série 'Afinal, o que Querem as Mulheres?', que estreia nesta quinta

Por Patricia Villalba
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Tenho uma parceria com o Luiz Fernando Carvalho desde Hoje É Dia de Maria (2005). Ele me disse: "Estou escrevendo uma participação pra você, mas é pra você se divertir." Só vim a saber exatamente o que era bem próximo de gravar. Acho que é uma grande brincadeira com a imagem estereotipada que é criada pela mídia especializada em cobrir a rotina das celebridades. É um estereótipo acima de tudo, e não tem nada a ver comigo.

 

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Não sobra nada de você, então?

Sobra a casca, e eu trabalhei com o patético do estereótipo. Não é fazer piada nem comédia. Eu, pelo menos, não tentei ser engraçado em nenhum momento. Pelo contrário, procurei entender mais ou menos o que era esse personagem, o Rodrigo Santoro. Não é o Rodrigo Junqueira Reis Santoro que está falando contigo agora, é outro cara. É uma imagem formada a partir de uma série de opiniões, fotografias, desejos e idealizações, um produto.

 

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A grande sacada do Luiz é que ele poderia te dar o mesmo personagem, mas com outro nome, e, no entanto, ele te põe em cena como Rodrigo Santoro.

Exatamente. Tanto é que quando ele disse o que eu ia fazer, eu não estava aqui no Brasil e cheguei para fazer três dias antes de gravar. Eu disse pra ele: "Pô, Luiz, gosto de me preparar, naquele nosso velho processo." E ele me disse: "Fica tranquilo, cara, que você vai fazer você mesmo." E eu perguntei: "Então, qual é a graça?"

 

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E como é esse ‘outro’ Rodrigo Santoro?

Ih, não tenho como explicar, tem de assistir para saber. Posso te contar a situação: o Rodrigo Santoro é um ator contratado para interpretar o protagonista de uma série sobre o André Newmann (Michel Melamed), que escreveu um best seller sobre o que querem as mulheres. Aí, tem toda uma brincadeira, uma coisa de alter-ego, entre o André e o Rodrigo.

 

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Tem também uma situação em que o Rodrigo Santoro cria uma obsessão pelo André, não?

É. Acho que o Luiz pegou emprestado o fato de que eu gosto de fazer laboratório para os personagens, gosto de me preparar. Ele brinca um pouco com essa minha obsessão. Na verdade, esse papel é uma grande exposição apesar de não ser eu mesmo. Imagina, eu tenho a minha vida, não vivo em função dessa imagem que criaram para mim. Mas ela existe e faz parte do sistema.

 

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Desde quando você tem isso bem resolvido assim?

A ficha vai caindo aos poucos. No começo, eu sofria bastante, pensava: "Mas não era isso que eu estava procurando." As luzes se voltam para você e cegam um pouco. Por isso é tão perigoso ficar famoso, é muito difícil de separar as coisas. Você tem de tomar cuidado para o ego não te engolir.

 

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Você acha que está no grupo dos homens que entendem mais as mulheres ou daqueles que estão boiando total?

Olha, acho que você tem de perguntar para as mulheres que conviveram comigo (risos). Acho que as mulheres vieram de outro macaco, são mesmo muito mais complexas do que nós, os homens. Prefiro não defini-las e continuar tentando entendê-las. Cresci com minha mãe e minha irmã, e acho que todo homem que teve pelo menos uma irmã tem uma visão do feminino diferente. Acho que, por isso, devo estar nessa galera que compreende pelo menos um pouco. Eu acho difícil, mas é estimulante tentar entender as mulheres. E vou falar uma coisa: na hora que o bicho pega, é para o colo delas que a gente vai. Sem a menor dúvida, são seres absolutamente intrigantes.

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Tenho uma parceria com o Luiz Fernando Carvalho desde Hoje É Dia de Maria (2005). Ele me disse: "Estou escrevendo uma participação pra você, mas é pra você se divertir." Só vim a saber exatamente o que era bem próximo de gravar. Acho que é uma grande brincadeira com a imagem estereotipada que é criada pela mídia especializada em cobrir a rotina das celebridades. É um estereótipo acima de tudo, e não tem nada a ver comigo.

 

Não sobra nada de você, então?

Sobra a casca, e eu trabalhei com o patético do estereótipo. Não é fazer piada nem comédia. Eu, pelo menos, não tentei ser engraçado em nenhum momento. Pelo contrário, procurei entender mais ou menos o que era esse personagem, o Rodrigo Santoro. Não é o Rodrigo Junqueira Reis Santoro que está falando contigo agora, é outro cara. É uma imagem formada a partir de uma série de opiniões, fotografias, desejos e idealizações, um produto.

 

A grande sacada do Luiz é que ele poderia te dar o mesmo personagem, mas com outro nome, e, no entanto, ele te põe em cena como Rodrigo Santoro.

Exatamente. Tanto é que quando ele disse o que eu ia fazer, eu não estava aqui no Brasil e cheguei para fazer três dias antes de gravar. Eu disse pra ele: "Pô, Luiz, gosto de me preparar, naquele nosso velho processo." E ele me disse: "Fica tranquilo, cara, que você vai fazer você mesmo." E eu perguntei: "Então, qual é a graça?"

 

E como é esse ‘outro’ Rodrigo Santoro?

Ih, não tenho como explicar, tem de assistir para saber. Posso te contar a situação: o Rodrigo Santoro é um ator contratado para interpretar o protagonista de uma série sobre o André Newmann (Michel Melamed), que escreveu um best seller sobre o que querem as mulheres. Aí, tem toda uma brincadeira, uma coisa de alter-ego, entre o André e o Rodrigo.

 

Tem também uma situação em que o Rodrigo Santoro cria uma obsessão pelo André, não?

É. Acho que o Luiz pegou emprestado o fato de que eu gosto de fazer laboratório para os personagens, gosto de me preparar. Ele brinca um pouco com essa minha obsessão. Na verdade, esse papel é uma grande exposição apesar de não ser eu mesmo. Imagina, eu tenho a minha vida, não vivo em função dessa imagem que criaram para mim. Mas ela existe e faz parte do sistema.

 

Desde quando você tem isso bem resolvido assim?

A ficha vai caindo aos poucos. No começo, eu sofria bastante, pensava: "Mas não era isso que eu estava procurando." As luzes se voltam para você e cegam um pouco. Por isso é tão perigoso ficar famoso, é muito difícil de separar as coisas. Você tem de tomar cuidado para o ego não te engolir.

 

Você acha que está no grupo dos homens que entendem mais as mulheres ou daqueles que estão boiando total?

Olha, acho que você tem de perguntar para as mulheres que conviveram comigo (risos). Acho que as mulheres vieram de outro macaco, são mesmo muito mais complexas do que nós, os homens. Prefiro não defini-las e continuar tentando entendê-las. Cresci com minha mãe e minha irmã, e acho que todo homem que teve pelo menos uma irmã tem uma visão do feminino diferente. Acho que, por isso, devo estar nessa galera que compreende pelo menos um pouco. Eu acho difícil, mas é estimulante tentar entender as mulheres. E vou falar uma coisa: na hora que o bicho pega, é para o colo delas que a gente vai. Sem a menor dúvida, são seres absolutamente intrigantes.

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Tenho uma parceria com o Luiz Fernando Carvalho desde Hoje É Dia de Maria (2005). Ele me disse: "Estou escrevendo uma participação pra você, mas é pra você se divertir." Só vim a saber exatamente o que era bem próximo de gravar. Acho que é uma grande brincadeira com a imagem estereotipada que é criada pela mídia especializada em cobrir a rotina das celebridades. É um estereótipo acima de tudo, e não tem nada a ver comigo.

 

Não sobra nada de você, então?

Sobra a casca, e eu trabalhei com o patético do estereótipo. Não é fazer piada nem comédia. Eu, pelo menos, não tentei ser engraçado em nenhum momento. Pelo contrário, procurei entender mais ou menos o que era esse personagem, o Rodrigo Santoro. Não é o Rodrigo Junqueira Reis Santoro que está falando contigo agora, é outro cara. É uma imagem formada a partir de uma série de opiniões, fotografias, desejos e idealizações, um produto.

 

A grande sacada do Luiz é que ele poderia te dar o mesmo personagem, mas com outro nome, e, no entanto, ele te põe em cena como Rodrigo Santoro.

Exatamente. Tanto é que quando ele disse o que eu ia fazer, eu não estava aqui no Brasil e cheguei para fazer três dias antes de gravar. Eu disse pra ele: "Pô, Luiz, gosto de me preparar, naquele nosso velho processo." E ele me disse: "Fica tranquilo, cara, que você vai fazer você mesmo." E eu perguntei: "Então, qual é a graça?"

 

E como é esse ‘outro’ Rodrigo Santoro?

Ih, não tenho como explicar, tem de assistir para saber. Posso te contar a situação: o Rodrigo Santoro é um ator contratado para interpretar o protagonista de uma série sobre o André Newmann (Michel Melamed), que escreveu um best seller sobre o que querem as mulheres. Aí, tem toda uma brincadeira, uma coisa de alter-ego, entre o André e o Rodrigo.

 

Tem também uma situação em que o Rodrigo Santoro cria uma obsessão pelo André, não?

É. Acho que o Luiz pegou emprestado o fato de que eu gosto de fazer laboratório para os personagens, gosto de me preparar. Ele brinca um pouco com essa minha obsessão. Na verdade, esse papel é uma grande exposição apesar de não ser eu mesmo. Imagina, eu tenho a minha vida, não vivo em função dessa imagem que criaram para mim. Mas ela existe e faz parte do sistema.

 

Desde quando você tem isso bem resolvido assim?

A ficha vai caindo aos poucos. No começo, eu sofria bastante, pensava: "Mas não era isso que eu estava procurando." As luzes se voltam para você e cegam um pouco. Por isso é tão perigoso ficar famoso, é muito difícil de separar as coisas. Você tem de tomar cuidado para o ego não te engolir.

 

Você acha que está no grupo dos homens que entendem mais as mulheres ou daqueles que estão boiando total?

Olha, acho que você tem de perguntar para as mulheres que conviveram comigo (risos). Acho que as mulheres vieram de outro macaco, são mesmo muito mais complexas do que nós, os homens. Prefiro não defini-las e continuar tentando entendê-las. Cresci com minha mãe e minha irmã, e acho que todo homem que teve pelo menos uma irmã tem uma visão do feminino diferente. Acho que, por isso, devo estar nessa galera que compreende pelo menos um pouco. Eu acho difícil, mas é estimulante tentar entender as mulheres. E vou falar uma coisa: na hora que o bicho pega, é para o colo delas que a gente vai. Sem a menor dúvida, são seres absolutamente intrigantes.

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Tenho uma parceria com o Luiz Fernando Carvalho desde Hoje É Dia de Maria (2005). Ele me disse: "Estou escrevendo uma participação pra você, mas é pra você se divertir." Só vim a saber exatamente o que era bem próximo de gravar. Acho que é uma grande brincadeira com a imagem estereotipada que é criada pela mídia especializada em cobrir a rotina das celebridades. É um estereótipo acima de tudo, e não tem nada a ver comigo.

 

Não sobra nada de você, então?

Sobra a casca, e eu trabalhei com o patético do estereótipo. Não é fazer piada nem comédia. Eu, pelo menos, não tentei ser engraçado em nenhum momento. Pelo contrário, procurei entender mais ou menos o que era esse personagem, o Rodrigo Santoro. Não é o Rodrigo Junqueira Reis Santoro que está falando contigo agora, é outro cara. É uma imagem formada a partir de uma série de opiniões, fotografias, desejos e idealizações, um produto.

 

A grande sacada do Luiz é que ele poderia te dar o mesmo personagem, mas com outro nome, e, no entanto, ele te põe em cena como Rodrigo Santoro.

Exatamente. Tanto é que quando ele disse o que eu ia fazer, eu não estava aqui no Brasil e cheguei para fazer três dias antes de gravar. Eu disse pra ele: "Pô, Luiz, gosto de me preparar, naquele nosso velho processo." E ele me disse: "Fica tranquilo, cara, que você vai fazer você mesmo." E eu perguntei: "Então, qual é a graça?"

 

E como é esse ‘outro’ Rodrigo Santoro?

Ih, não tenho como explicar, tem de assistir para saber. Posso te contar a situação: o Rodrigo Santoro é um ator contratado para interpretar o protagonista de uma série sobre o André Newmann (Michel Melamed), que escreveu um best seller sobre o que querem as mulheres. Aí, tem toda uma brincadeira, uma coisa de alter-ego, entre o André e o Rodrigo.

 

Tem também uma situação em que o Rodrigo Santoro cria uma obsessão pelo André, não?

É. Acho que o Luiz pegou emprestado o fato de que eu gosto de fazer laboratório para os personagens, gosto de me preparar. Ele brinca um pouco com essa minha obsessão. Na verdade, esse papel é uma grande exposição apesar de não ser eu mesmo. Imagina, eu tenho a minha vida, não vivo em função dessa imagem que criaram para mim. Mas ela existe e faz parte do sistema.

 

Desde quando você tem isso bem resolvido assim?

A ficha vai caindo aos poucos. No começo, eu sofria bastante, pensava: "Mas não era isso que eu estava procurando." As luzes se voltam para você e cegam um pouco. Por isso é tão perigoso ficar famoso, é muito difícil de separar as coisas. Você tem de tomar cuidado para o ego não te engolir.

 

Você acha que está no grupo dos homens que entendem mais as mulheres ou daqueles que estão boiando total?

Olha, acho que você tem de perguntar para as mulheres que conviveram comigo (risos). Acho que as mulheres vieram de outro macaco, são mesmo muito mais complexas do que nós, os homens. Prefiro não defini-las e continuar tentando entendê-las. Cresci com minha mãe e minha irmã, e acho que todo homem que teve pelo menos uma irmã tem uma visão do feminino diferente. Acho que, por isso, devo estar nessa galera que compreende pelo menos um pouco. Eu acho difícil, mas é estimulante tentar entender as mulheres. E vou falar uma coisa: na hora que o bicho pega, é para o colo delas que a gente vai. Sem a menor dúvida, são seres absolutamente intrigantes.

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