Trecho de ?Dois Irmãos?


Por Agencia Estado

?Duelo? Melhor chamar de rivalidade, alguma coisa que não deu certo entre os gêmeos ou entre nós e eles?, revelou-me Halim, mirando a seringueira centenária do quintal. Os gêmeos não nasceram logo depois da morte de Galib. Halim queria gozar a vida com Zana, queria tudo, viver tudo com ela, só os dois, siderados pelo egoísmo da paixão. Ele exagerava a beleza dela e ria quando falava isso: que ela ficava mais linda assim, enlutada, viúva do pai. Deitados na rede, conversavam sobre Galib, a infância de Zana em Biblos, interrompida aos seis anos, quando ele e o pai embarcaram para o Brasil. O pais a levava para banhar-se no Mediterrâneo, depois caminhavam juntos pelas aldeias, eles e um médico formado em Atenas, o único doutor de Biblos; visitavam amigos e conhecidos, cristãos intimidados e mesmo perseguidos pelos otomanos. Em cada casa visitada, o doutor atendia o enfermo e Galib preparava um prato de raro sabor. O homem que deixara a clientela do restaurante manauara com água na boca já era um exímio cozinheiro na sua Biblos natal. Cozinhava com o que havia na casa de pedra de Jabal al Qaraqif, Jabal Haous e Jabal Laqlouq, montanhas onde a neve brilhava sob a intensidade do azul. A beleza misteriosa, bíblica, dos cedros milenares nas ondulações brancas, às vezes douradas pelo sol invernal ? ela fazia uma pausa, e os olhos, úmidos, roçavam o rosto de Halim. E quando visitava uma casa à beira-mar, Galib levava seu peixe preferido, o sultan ibrahim, que temperava com uma mistura de ervas cujo segredo nunca revelou. No restaurante manauara ele preparava temperos fortes com a pimenta-de-caiena e a murupi, misturava-as com tucupi e jambu e regava o peixe com esse molho. Havia outros condimentos, hortelã e zatar, talvez. ?Ali naquele canto ele cultivava as ervas do Oriente?, disse Halim, apontando um quadrado de capim, ao lado da seringueira?.

?Duelo? Melhor chamar de rivalidade, alguma coisa que não deu certo entre os gêmeos ou entre nós e eles?, revelou-me Halim, mirando a seringueira centenária do quintal. Os gêmeos não nasceram logo depois da morte de Galib. Halim queria gozar a vida com Zana, queria tudo, viver tudo com ela, só os dois, siderados pelo egoísmo da paixão. Ele exagerava a beleza dela e ria quando falava isso: que ela ficava mais linda assim, enlutada, viúva do pai. Deitados na rede, conversavam sobre Galib, a infância de Zana em Biblos, interrompida aos seis anos, quando ele e o pai embarcaram para o Brasil. O pais a levava para banhar-se no Mediterrâneo, depois caminhavam juntos pelas aldeias, eles e um médico formado em Atenas, o único doutor de Biblos; visitavam amigos e conhecidos, cristãos intimidados e mesmo perseguidos pelos otomanos. Em cada casa visitada, o doutor atendia o enfermo e Galib preparava um prato de raro sabor. O homem que deixara a clientela do restaurante manauara com água na boca já era um exímio cozinheiro na sua Biblos natal. Cozinhava com o que havia na casa de pedra de Jabal al Qaraqif, Jabal Haous e Jabal Laqlouq, montanhas onde a neve brilhava sob a intensidade do azul. A beleza misteriosa, bíblica, dos cedros milenares nas ondulações brancas, às vezes douradas pelo sol invernal ? ela fazia uma pausa, e os olhos, úmidos, roçavam o rosto de Halim. E quando visitava uma casa à beira-mar, Galib levava seu peixe preferido, o sultan ibrahim, que temperava com uma mistura de ervas cujo segredo nunca revelou. No restaurante manauara ele preparava temperos fortes com a pimenta-de-caiena e a murupi, misturava-as com tucupi e jambu e regava o peixe com esse molho. Havia outros condimentos, hortelã e zatar, talvez. ?Ali naquele canto ele cultivava as ervas do Oriente?, disse Halim, apontando um quadrado de capim, ao lado da seringueira?.

?Duelo? Melhor chamar de rivalidade, alguma coisa que não deu certo entre os gêmeos ou entre nós e eles?, revelou-me Halim, mirando a seringueira centenária do quintal. Os gêmeos não nasceram logo depois da morte de Galib. Halim queria gozar a vida com Zana, queria tudo, viver tudo com ela, só os dois, siderados pelo egoísmo da paixão. Ele exagerava a beleza dela e ria quando falava isso: que ela ficava mais linda assim, enlutada, viúva do pai. Deitados na rede, conversavam sobre Galib, a infância de Zana em Biblos, interrompida aos seis anos, quando ele e o pai embarcaram para o Brasil. O pais a levava para banhar-se no Mediterrâneo, depois caminhavam juntos pelas aldeias, eles e um médico formado em Atenas, o único doutor de Biblos; visitavam amigos e conhecidos, cristãos intimidados e mesmo perseguidos pelos otomanos. Em cada casa visitada, o doutor atendia o enfermo e Galib preparava um prato de raro sabor. O homem que deixara a clientela do restaurante manauara com água na boca já era um exímio cozinheiro na sua Biblos natal. Cozinhava com o que havia na casa de pedra de Jabal al Qaraqif, Jabal Haous e Jabal Laqlouq, montanhas onde a neve brilhava sob a intensidade do azul. A beleza misteriosa, bíblica, dos cedros milenares nas ondulações brancas, às vezes douradas pelo sol invernal ? ela fazia uma pausa, e os olhos, úmidos, roçavam o rosto de Halim. E quando visitava uma casa à beira-mar, Galib levava seu peixe preferido, o sultan ibrahim, que temperava com uma mistura de ervas cujo segredo nunca revelou. No restaurante manauara ele preparava temperos fortes com a pimenta-de-caiena e a murupi, misturava-as com tucupi e jambu e regava o peixe com esse molho. Havia outros condimentos, hortelã e zatar, talvez. ?Ali naquele canto ele cultivava as ervas do Oriente?, disse Halim, apontando um quadrado de capim, ao lado da seringueira?.

?Duelo? Melhor chamar de rivalidade, alguma coisa que não deu certo entre os gêmeos ou entre nós e eles?, revelou-me Halim, mirando a seringueira centenária do quintal. Os gêmeos não nasceram logo depois da morte de Galib. Halim queria gozar a vida com Zana, queria tudo, viver tudo com ela, só os dois, siderados pelo egoísmo da paixão. Ele exagerava a beleza dela e ria quando falava isso: que ela ficava mais linda assim, enlutada, viúva do pai. Deitados na rede, conversavam sobre Galib, a infância de Zana em Biblos, interrompida aos seis anos, quando ele e o pai embarcaram para o Brasil. O pais a levava para banhar-se no Mediterrâneo, depois caminhavam juntos pelas aldeias, eles e um médico formado em Atenas, o único doutor de Biblos; visitavam amigos e conhecidos, cristãos intimidados e mesmo perseguidos pelos otomanos. Em cada casa visitada, o doutor atendia o enfermo e Galib preparava um prato de raro sabor. O homem que deixara a clientela do restaurante manauara com água na boca já era um exímio cozinheiro na sua Biblos natal. Cozinhava com o que havia na casa de pedra de Jabal al Qaraqif, Jabal Haous e Jabal Laqlouq, montanhas onde a neve brilhava sob a intensidade do azul. A beleza misteriosa, bíblica, dos cedros milenares nas ondulações brancas, às vezes douradas pelo sol invernal ? ela fazia uma pausa, e os olhos, úmidos, roçavam o rosto de Halim. E quando visitava uma casa à beira-mar, Galib levava seu peixe preferido, o sultan ibrahim, que temperava com uma mistura de ervas cujo segredo nunca revelou. No restaurante manauara ele preparava temperos fortes com a pimenta-de-caiena e a murupi, misturava-as com tucupi e jambu e regava o peixe com esse molho. Havia outros condimentos, hortelã e zatar, talvez. ?Ali naquele canto ele cultivava as ervas do Oriente?, disse Halim, apontando um quadrado de capim, ao lado da seringueira?.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.