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Tyrant virou um novelão mexicano


Os primeiros episódios da segunda temporada conseguem manter o nível, mas por pouco tempo. Da metade em diante, Tyrant se transforma em um novelão mexicano sem pé nem cabeça

Por Pedro Venceslau
 Foto: Estadão

Depois de terminar a sonolenta True Detective 2 e antes de mergulhar de cabeça em Narcos, que estreia dia 28, sobrou tempo para conferir os desdobramentos da segunda temporada de Tyrant. Do mesmo criador de Homeland (Gideon Raff), a série apresentou uma primeira temporada promissora em 2014.

O filho de um ditador do Oriente Médio deixa o País de origem e constitui família nos Estados Unidos. Após 20 anos alheio ao que se passa em sua terra natal, a fictícia Abbudin, o médico pediatra Bassam Al Fayeed (Adam Rayner) vive como um típico norte-americano de classe média e adota até outro nome, Barry.

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A rotina pacata na Califórnia é quebrada quando ele, a esposa e os filhos são convidados para o casamento de um sobrinho. O que era para ser uma rápida temporada familiar entre os muros do suntuoso palácio dos Al Fayeed acaba se transformando em uma intensa experiência política e cultural.

O patriarca-ditador morre e Barry acaba se envolvendo com o governo do irmão, que assume o poder. Tendo a Primavera Árabe como inspiração, a série costurou conspirações, luta política, choque cultural e dramas pessoais sem perder o fio da meada.Apesar dos diálogos em inglês, a produção não descuidou da verossimilhança. Tudo o que se viu em Abbudin podia perfeitamente ter ocorrido em Abu Dhabi ou Doha.

Os primeiros episódios da segunda temporada conseguem manter o nível, mas por pouco tempo. Da metade em diante, Tyrant se transforma em um novelão mexicano sem pé nem cabeça. Em vez de matar o irmão traidor, o ditador de Abbudin o abandona no deserto e simula um enforcamento.

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A partir desse momento, o roteiro parece que foi assinado por Gilberto Braga. Dado como morto, Bassam vaga pelas areias escaldantes por vários dias. Salvo por uma família, ele se converte (de repente) em líder máximo da resistência.

Apesar de manusear o tempo todo aparelhos celulares (ele chega a curtir uma publicação do filho no Facebook)e rádios de alta frequência, "Barry" opta por não avisar ninguém sobre sua nova vida de "rebelde".

Em alguns momentos, Tyrant 2 parece zombar da inteligência do público. Em uma das passagens mais constrangedoras, o filho do médico pediatra desembarca em Abuddin para receber a herança do pai (que está vivo, mas ninguém sabe).

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Inconformado com o regime sanguinário comandado pelo tio, o jovem sai pelas ruas de Abuddin decidido a doar toda a fortuna para a resistência. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o rapaz cruza o País em guerra civil para entregar pessoalmente o dinheiro ao "líder" rebelde. Quem é o líder? Seu pai, claro.

 

 Foto: Estadão

Depois de terminar a sonolenta True Detective 2 e antes de mergulhar de cabeça em Narcos, que estreia dia 28, sobrou tempo para conferir os desdobramentos da segunda temporada de Tyrant. Do mesmo criador de Homeland (Gideon Raff), a série apresentou uma primeira temporada promissora em 2014.

O filho de um ditador do Oriente Médio deixa o País de origem e constitui família nos Estados Unidos. Após 20 anos alheio ao que se passa em sua terra natal, a fictícia Abbudin, o médico pediatra Bassam Al Fayeed (Adam Rayner) vive como um típico norte-americano de classe média e adota até outro nome, Barry.

A rotina pacata na Califórnia é quebrada quando ele, a esposa e os filhos são convidados para o casamento de um sobrinho. O que era para ser uma rápida temporada familiar entre os muros do suntuoso palácio dos Al Fayeed acaba se transformando em uma intensa experiência política e cultural.

O patriarca-ditador morre e Barry acaba se envolvendo com o governo do irmão, que assume o poder. Tendo a Primavera Árabe como inspiração, a série costurou conspirações, luta política, choque cultural e dramas pessoais sem perder o fio da meada.Apesar dos diálogos em inglês, a produção não descuidou da verossimilhança. Tudo o que se viu em Abbudin podia perfeitamente ter ocorrido em Abu Dhabi ou Doha.

Os primeiros episódios da segunda temporada conseguem manter o nível, mas por pouco tempo. Da metade em diante, Tyrant se transforma em um novelão mexicano sem pé nem cabeça. Em vez de matar o irmão traidor, o ditador de Abbudin o abandona no deserto e simula um enforcamento.

A partir desse momento, o roteiro parece que foi assinado por Gilberto Braga. Dado como morto, Bassam vaga pelas areias escaldantes por vários dias. Salvo por uma família, ele se converte (de repente) em líder máximo da resistência.

Apesar de manusear o tempo todo aparelhos celulares (ele chega a curtir uma publicação do filho no Facebook)e rádios de alta frequência, "Barry" opta por não avisar ninguém sobre sua nova vida de "rebelde".

Em alguns momentos, Tyrant 2 parece zombar da inteligência do público. Em uma das passagens mais constrangedoras, o filho do médico pediatra desembarca em Abuddin para receber a herança do pai (que está vivo, mas ninguém sabe).

Inconformado com o regime sanguinário comandado pelo tio, o jovem sai pelas ruas de Abuddin decidido a doar toda a fortuna para a resistência. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o rapaz cruza o País em guerra civil para entregar pessoalmente o dinheiro ao "líder" rebelde. Quem é o líder? Seu pai, claro.

 

 Foto: Estadão

Depois de terminar a sonolenta True Detective 2 e antes de mergulhar de cabeça em Narcos, que estreia dia 28, sobrou tempo para conferir os desdobramentos da segunda temporada de Tyrant. Do mesmo criador de Homeland (Gideon Raff), a série apresentou uma primeira temporada promissora em 2014.

O filho de um ditador do Oriente Médio deixa o País de origem e constitui família nos Estados Unidos. Após 20 anos alheio ao que se passa em sua terra natal, a fictícia Abbudin, o médico pediatra Bassam Al Fayeed (Adam Rayner) vive como um típico norte-americano de classe média e adota até outro nome, Barry.

A rotina pacata na Califórnia é quebrada quando ele, a esposa e os filhos são convidados para o casamento de um sobrinho. O que era para ser uma rápida temporada familiar entre os muros do suntuoso palácio dos Al Fayeed acaba se transformando em uma intensa experiência política e cultural.

O patriarca-ditador morre e Barry acaba se envolvendo com o governo do irmão, que assume o poder. Tendo a Primavera Árabe como inspiração, a série costurou conspirações, luta política, choque cultural e dramas pessoais sem perder o fio da meada.Apesar dos diálogos em inglês, a produção não descuidou da verossimilhança. Tudo o que se viu em Abbudin podia perfeitamente ter ocorrido em Abu Dhabi ou Doha.

Os primeiros episódios da segunda temporada conseguem manter o nível, mas por pouco tempo. Da metade em diante, Tyrant se transforma em um novelão mexicano sem pé nem cabeça. Em vez de matar o irmão traidor, o ditador de Abbudin o abandona no deserto e simula um enforcamento.

A partir desse momento, o roteiro parece que foi assinado por Gilberto Braga. Dado como morto, Bassam vaga pelas areias escaldantes por vários dias. Salvo por uma família, ele se converte (de repente) em líder máximo da resistência.

Apesar de manusear o tempo todo aparelhos celulares (ele chega a curtir uma publicação do filho no Facebook)e rádios de alta frequência, "Barry" opta por não avisar ninguém sobre sua nova vida de "rebelde".

Em alguns momentos, Tyrant 2 parece zombar da inteligência do público. Em uma das passagens mais constrangedoras, o filho do médico pediatra desembarca em Abuddin para receber a herança do pai (que está vivo, mas ninguém sabe).

Inconformado com o regime sanguinário comandado pelo tio, o jovem sai pelas ruas de Abuddin decidido a doar toda a fortuna para a resistência. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o rapaz cruza o País em guerra civil para entregar pessoalmente o dinheiro ao "líder" rebelde. Quem é o líder? Seu pai, claro.

 

 Foto: Estadão

Depois de terminar a sonolenta True Detective 2 e antes de mergulhar de cabeça em Narcos, que estreia dia 28, sobrou tempo para conferir os desdobramentos da segunda temporada de Tyrant. Do mesmo criador de Homeland (Gideon Raff), a série apresentou uma primeira temporada promissora em 2014.

O filho de um ditador do Oriente Médio deixa o País de origem e constitui família nos Estados Unidos. Após 20 anos alheio ao que se passa em sua terra natal, a fictícia Abbudin, o médico pediatra Bassam Al Fayeed (Adam Rayner) vive como um típico norte-americano de classe média e adota até outro nome, Barry.

A rotina pacata na Califórnia é quebrada quando ele, a esposa e os filhos são convidados para o casamento de um sobrinho. O que era para ser uma rápida temporada familiar entre os muros do suntuoso palácio dos Al Fayeed acaba se transformando em uma intensa experiência política e cultural.

O patriarca-ditador morre e Barry acaba se envolvendo com o governo do irmão, que assume o poder. Tendo a Primavera Árabe como inspiração, a série costurou conspirações, luta política, choque cultural e dramas pessoais sem perder o fio da meada.Apesar dos diálogos em inglês, a produção não descuidou da verossimilhança. Tudo o que se viu em Abbudin podia perfeitamente ter ocorrido em Abu Dhabi ou Doha.

Os primeiros episódios da segunda temporada conseguem manter o nível, mas por pouco tempo. Da metade em diante, Tyrant se transforma em um novelão mexicano sem pé nem cabeça. Em vez de matar o irmão traidor, o ditador de Abbudin o abandona no deserto e simula um enforcamento.

A partir desse momento, o roteiro parece que foi assinado por Gilberto Braga. Dado como morto, Bassam vaga pelas areias escaldantes por vários dias. Salvo por uma família, ele se converte (de repente) em líder máximo da resistência.

Apesar de manusear o tempo todo aparelhos celulares (ele chega a curtir uma publicação do filho no Facebook)e rádios de alta frequência, "Barry" opta por não avisar ninguém sobre sua nova vida de "rebelde".

Em alguns momentos, Tyrant 2 parece zombar da inteligência do público. Em uma das passagens mais constrangedoras, o filho do médico pediatra desembarca em Abuddin para receber a herança do pai (que está vivo, mas ninguém sabe).

Inconformado com o regime sanguinário comandado pelo tio, o jovem sai pelas ruas de Abuddin decidido a doar toda a fortuna para a resistência. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, o rapaz cruza o País em guerra civil para entregar pessoalmente o dinheiro ao "líder" rebelde. Quem é o líder? Seu pai, claro.

 

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