Um museu com obras de Frans Krajcberg, no Ibirapuera


No Brasil há 50 anos, o artista espalha sua obra composta com restos de árvores e raízes queimadas, buscando obter mais do que a simples contemplação

Por Agencia Estado

Num tipo de coincidência cercada de simbolismos, uma antiga serraria no Parque do Ibirapuera vai se transformar no Pavilhão Krajcberg. O novo museu receberá, no segundo semestre, 30 das 40 obras doadas pelo artista plástico Frans Krajcberg à cidade de São Paulo, as mesmas que fizeram grande sucesso no ano passado, em exposição nos Jardins de Bagatelle, em Paris, durante o Ano do Brasil na França. "Desde o início, pensei que isso só poderia ser feito num parque, porque não vejo muito sentido em se fazer uma coisa ligada à natureza sem se estar consciente dos benefícios da natureza, senão fica muito abstrato. Procurei lugares nos parques municipais até encontrar a antiga serraria do Ibirapuera que é muito emblemática", explica o secretário de Cultura do Município, Carlos Augusto Calil. Boa parte das obras que vão compor o pavilhão já chegou a São Paulo. "São 40, mas se me disseram que a cidade vai precisar de cem, está bem, ofereço cem", disse o artista, em entrevista por telefone, de sua casa em Nova Viçosa, no sul da Bahia. Depois de 50 anos posso ser chamado de brasileiro, não? Há anos morando no meio do mato, o artista de 85 anos recolhe ali mesmo seu material de trabalho. São restos de árvores e raízes queimadas que, transformados, vão denunciar o holocausto da natureza. Nascido na Polônia, Krajcberg deixou a terra natal devastada pela 2.ª Guerra Mundial em 1948 para se tornar brasileiro - "Depois de 50 anos posso ser chamado de brasileiro, não?" O ex-aluno de belas-artes dormiu nas ruas do Rio de Janeiro, trabalhou como operário na montagem da primeira Bienal de São Paulo, foi auxiliar de Alfredo Volpi e engenheiro-desenhista de uma indústria de papel no interior do Paraná. O Pavilhão Krajcberg vai aproveitar a estrutura do galpão da antiga serraria e, por isso, precisa de uma obra relativamente simples. A secretaria procura patrocinadores para ajudar a bancar o investimento de cerca de R$ 2,5 milhões, e assim, iniciar o trabalho de adaptação. No caminho, reprodução do som do fogo na mata e do cheiro da queimada Dois grupos tiveram tratamento especial no projeto do Pavilhão Krajcberg, assinado pelo arquiteto José Rollemberg, do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura: os praticantes de tai chi chuan e os passarinhos que freqüentam o Parque do Ibirapuera. Por causa do tai chi, o pavilhão terá um mezanino. E por causa dos pássaros, serão colocados vidros especiais nas laterais do prédio, para impedir colisões acidentais. Segundo o secretário, o pavilhão de 750 metros quadrados terá condições de abrigar cerca de 30 obras de Krajcberg, entre esculturas, pinturas e desenhos, dispostos de maneira a provocar a ambientação do visitante na questão do meio ambiente. Em duas salas serão exibidos continuamente dois documentários sobre o trabalho do artista, um produzido pela TV francesa e outro dirigido por Walter Salles. Na área externa, serão colocadas três obras, uma delas no espelho d?água que fica ao lado do pavilhão. "Ele põe o som do crepitar do fogo na mata e o cheiro de queimada, para que você vá se ambientando antes de dar de cara com as obras, num processo de imersão. Não é um museu de contemplação apenas, mas um museu bastante militante", adianta Calil.

Num tipo de coincidência cercada de simbolismos, uma antiga serraria no Parque do Ibirapuera vai se transformar no Pavilhão Krajcberg. O novo museu receberá, no segundo semestre, 30 das 40 obras doadas pelo artista plástico Frans Krajcberg à cidade de São Paulo, as mesmas que fizeram grande sucesso no ano passado, em exposição nos Jardins de Bagatelle, em Paris, durante o Ano do Brasil na França. "Desde o início, pensei que isso só poderia ser feito num parque, porque não vejo muito sentido em se fazer uma coisa ligada à natureza sem se estar consciente dos benefícios da natureza, senão fica muito abstrato. Procurei lugares nos parques municipais até encontrar a antiga serraria do Ibirapuera que é muito emblemática", explica o secretário de Cultura do Município, Carlos Augusto Calil. Boa parte das obras que vão compor o pavilhão já chegou a São Paulo. "São 40, mas se me disseram que a cidade vai precisar de cem, está bem, ofereço cem", disse o artista, em entrevista por telefone, de sua casa em Nova Viçosa, no sul da Bahia. Depois de 50 anos posso ser chamado de brasileiro, não? Há anos morando no meio do mato, o artista de 85 anos recolhe ali mesmo seu material de trabalho. São restos de árvores e raízes queimadas que, transformados, vão denunciar o holocausto da natureza. Nascido na Polônia, Krajcberg deixou a terra natal devastada pela 2.ª Guerra Mundial em 1948 para se tornar brasileiro - "Depois de 50 anos posso ser chamado de brasileiro, não?" O ex-aluno de belas-artes dormiu nas ruas do Rio de Janeiro, trabalhou como operário na montagem da primeira Bienal de São Paulo, foi auxiliar de Alfredo Volpi e engenheiro-desenhista de uma indústria de papel no interior do Paraná. O Pavilhão Krajcberg vai aproveitar a estrutura do galpão da antiga serraria e, por isso, precisa de uma obra relativamente simples. A secretaria procura patrocinadores para ajudar a bancar o investimento de cerca de R$ 2,5 milhões, e assim, iniciar o trabalho de adaptação. No caminho, reprodução do som do fogo na mata e do cheiro da queimada Dois grupos tiveram tratamento especial no projeto do Pavilhão Krajcberg, assinado pelo arquiteto José Rollemberg, do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura: os praticantes de tai chi chuan e os passarinhos que freqüentam o Parque do Ibirapuera. Por causa do tai chi, o pavilhão terá um mezanino. E por causa dos pássaros, serão colocados vidros especiais nas laterais do prédio, para impedir colisões acidentais. Segundo o secretário, o pavilhão de 750 metros quadrados terá condições de abrigar cerca de 30 obras de Krajcberg, entre esculturas, pinturas e desenhos, dispostos de maneira a provocar a ambientação do visitante na questão do meio ambiente. Em duas salas serão exibidos continuamente dois documentários sobre o trabalho do artista, um produzido pela TV francesa e outro dirigido por Walter Salles. Na área externa, serão colocadas três obras, uma delas no espelho d?água que fica ao lado do pavilhão. "Ele põe o som do crepitar do fogo na mata e o cheiro de queimada, para que você vá se ambientando antes de dar de cara com as obras, num processo de imersão. Não é um museu de contemplação apenas, mas um museu bastante militante", adianta Calil.

Num tipo de coincidência cercada de simbolismos, uma antiga serraria no Parque do Ibirapuera vai se transformar no Pavilhão Krajcberg. O novo museu receberá, no segundo semestre, 30 das 40 obras doadas pelo artista plástico Frans Krajcberg à cidade de São Paulo, as mesmas que fizeram grande sucesso no ano passado, em exposição nos Jardins de Bagatelle, em Paris, durante o Ano do Brasil na França. "Desde o início, pensei que isso só poderia ser feito num parque, porque não vejo muito sentido em se fazer uma coisa ligada à natureza sem se estar consciente dos benefícios da natureza, senão fica muito abstrato. Procurei lugares nos parques municipais até encontrar a antiga serraria do Ibirapuera que é muito emblemática", explica o secretário de Cultura do Município, Carlos Augusto Calil. Boa parte das obras que vão compor o pavilhão já chegou a São Paulo. "São 40, mas se me disseram que a cidade vai precisar de cem, está bem, ofereço cem", disse o artista, em entrevista por telefone, de sua casa em Nova Viçosa, no sul da Bahia. Depois de 50 anos posso ser chamado de brasileiro, não? Há anos morando no meio do mato, o artista de 85 anos recolhe ali mesmo seu material de trabalho. São restos de árvores e raízes queimadas que, transformados, vão denunciar o holocausto da natureza. Nascido na Polônia, Krajcberg deixou a terra natal devastada pela 2.ª Guerra Mundial em 1948 para se tornar brasileiro - "Depois de 50 anos posso ser chamado de brasileiro, não?" O ex-aluno de belas-artes dormiu nas ruas do Rio de Janeiro, trabalhou como operário na montagem da primeira Bienal de São Paulo, foi auxiliar de Alfredo Volpi e engenheiro-desenhista de uma indústria de papel no interior do Paraná. O Pavilhão Krajcberg vai aproveitar a estrutura do galpão da antiga serraria e, por isso, precisa de uma obra relativamente simples. A secretaria procura patrocinadores para ajudar a bancar o investimento de cerca de R$ 2,5 milhões, e assim, iniciar o trabalho de adaptação. No caminho, reprodução do som do fogo na mata e do cheiro da queimada Dois grupos tiveram tratamento especial no projeto do Pavilhão Krajcberg, assinado pelo arquiteto José Rollemberg, do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura: os praticantes de tai chi chuan e os passarinhos que freqüentam o Parque do Ibirapuera. Por causa do tai chi, o pavilhão terá um mezanino. E por causa dos pássaros, serão colocados vidros especiais nas laterais do prédio, para impedir colisões acidentais. Segundo o secretário, o pavilhão de 750 metros quadrados terá condições de abrigar cerca de 30 obras de Krajcberg, entre esculturas, pinturas e desenhos, dispostos de maneira a provocar a ambientação do visitante na questão do meio ambiente. Em duas salas serão exibidos continuamente dois documentários sobre o trabalho do artista, um produzido pela TV francesa e outro dirigido por Walter Salles. Na área externa, serão colocadas três obras, uma delas no espelho d?água que fica ao lado do pavilhão. "Ele põe o som do crepitar do fogo na mata e o cheiro de queimada, para que você vá se ambientando antes de dar de cara com as obras, num processo de imersão. Não é um museu de contemplação apenas, mas um museu bastante militante", adianta Calil.

Num tipo de coincidência cercada de simbolismos, uma antiga serraria no Parque do Ibirapuera vai se transformar no Pavilhão Krajcberg. O novo museu receberá, no segundo semestre, 30 das 40 obras doadas pelo artista plástico Frans Krajcberg à cidade de São Paulo, as mesmas que fizeram grande sucesso no ano passado, em exposição nos Jardins de Bagatelle, em Paris, durante o Ano do Brasil na França. "Desde o início, pensei que isso só poderia ser feito num parque, porque não vejo muito sentido em se fazer uma coisa ligada à natureza sem se estar consciente dos benefícios da natureza, senão fica muito abstrato. Procurei lugares nos parques municipais até encontrar a antiga serraria do Ibirapuera que é muito emblemática", explica o secretário de Cultura do Município, Carlos Augusto Calil. Boa parte das obras que vão compor o pavilhão já chegou a São Paulo. "São 40, mas se me disseram que a cidade vai precisar de cem, está bem, ofereço cem", disse o artista, em entrevista por telefone, de sua casa em Nova Viçosa, no sul da Bahia. Depois de 50 anos posso ser chamado de brasileiro, não? Há anos morando no meio do mato, o artista de 85 anos recolhe ali mesmo seu material de trabalho. São restos de árvores e raízes queimadas que, transformados, vão denunciar o holocausto da natureza. Nascido na Polônia, Krajcberg deixou a terra natal devastada pela 2.ª Guerra Mundial em 1948 para se tornar brasileiro - "Depois de 50 anos posso ser chamado de brasileiro, não?" O ex-aluno de belas-artes dormiu nas ruas do Rio de Janeiro, trabalhou como operário na montagem da primeira Bienal de São Paulo, foi auxiliar de Alfredo Volpi e engenheiro-desenhista de uma indústria de papel no interior do Paraná. O Pavilhão Krajcberg vai aproveitar a estrutura do galpão da antiga serraria e, por isso, precisa de uma obra relativamente simples. A secretaria procura patrocinadores para ajudar a bancar o investimento de cerca de R$ 2,5 milhões, e assim, iniciar o trabalho de adaptação. No caminho, reprodução do som do fogo na mata e do cheiro da queimada Dois grupos tiveram tratamento especial no projeto do Pavilhão Krajcberg, assinado pelo arquiteto José Rollemberg, do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura: os praticantes de tai chi chuan e os passarinhos que freqüentam o Parque do Ibirapuera. Por causa do tai chi, o pavilhão terá um mezanino. E por causa dos pássaros, serão colocados vidros especiais nas laterais do prédio, para impedir colisões acidentais. Segundo o secretário, o pavilhão de 750 metros quadrados terá condições de abrigar cerca de 30 obras de Krajcberg, entre esculturas, pinturas e desenhos, dispostos de maneira a provocar a ambientação do visitante na questão do meio ambiente. Em duas salas serão exibidos continuamente dois documentários sobre o trabalho do artista, um produzido pela TV francesa e outro dirigido por Walter Salles. Na área externa, serão colocadas três obras, uma delas no espelho d?água que fica ao lado do pavilhão. "Ele põe o som do crepitar do fogo na mata e o cheiro de queimada, para que você vá se ambientando antes de dar de cara com as obras, num processo de imersão. Não é um museu de contemplação apenas, mas um museu bastante militante", adianta Calil.

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