A estratégia de quem não quer a reforma da Previdência


Se cada um dos 267 sindicatos ligados a servidores conseguir um voto, proposta não passa na Câmara

Por Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli
Servidores esperam deputados no aeroporto Foto: Igor Gadelha/Estadão

BRASÍLIA - Alvos do combate a privilégios, categorias de servidores intensificaram a pressão sobre os deputados na última semana para tentar desidratar ainda mais a proposta de reforma da Previdência, mantendo o direito à aposentadoria com o último salário da carreira. Eles dizem que a mudança nas regras para quem ingressou até 2003 viola um direito adquirido.

O corpo a corpo incluiu protestos barulhentos na quadra 302 norte, em Brasília, onde ficam imóveis funcionais usados por deputados, na Câmara e no aeroporto. Na sessão em que o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), discursou sobre a proposta, parlamentares da oposição cantaram vitória e atribuíram à pressão das categorias o fato de o governo ter adiado a votação para fevereiro de 2018.

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Entidades fazem pressão para que parlamentares votem contra a proposta enviada pelo governo Temer.

“O governo insiste em demonizar o serviço público e está desconsiderando um direito adquirido”, diz o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco), Claudio Damasceno.

Para o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho, é “bode expiatório” a propaganda do governo que taxa a aposentadoria dos servidores como privilégio. Ele vê, porém, como um aceno positivo a disposição do governo de reabrir a negociação. “Esse tipo de argumento parece ser apenas uma cortina de fumaça para outros interesses, para aprovar uma reforma que vai ser nociva para o conjunto dos trabalhadores”, afirma o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso.

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+ Proposta mais branda de Previdência beneficia metade dos servidores federais

Os servidores têm grande poder de pressão sobre os parlamentares por conta da representatividade sindical. São 267 sindicatos e associações para cuidar dos interesses dos funcionários públicos da União. Se cada uma conseguir atrair o voto de um deputado, já há apoio de mais da metade da Câmara para a defesa de suas causas.

Servidores estaduais também marcam de perto os parlamentares de suas regiões, já que a reforma também atingirá Estados e municípios. Recém-empossado no posto de articulador político, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reafirmou a intenção do governo de continuar negociando, mas adiantou que não há compromisso de mais flexibilizações. “O governo não aceita mudança na espinha dorsal, que é o fim dos privilégios.”

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Veja distorções existentes na Previdência brasileira

1 | 6

Militares

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
2 | 6

Parentes de militares

Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON
3 | 6

Servidores públicos

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
4 | 6

Casamento de conveniência

Foto: Pixabay
5 | 6

Ex-parlamentares

Foto: ANDRE DUSEK / ESTAD?O
6 | 6

Veteranos de guerra

Foto: EVELSON DE FREITAS / AE
Servidores esperam deputados no aeroporto Foto: Igor Gadelha/Estadão

BRASÍLIA - Alvos do combate a privilégios, categorias de servidores intensificaram a pressão sobre os deputados na última semana para tentar desidratar ainda mais a proposta de reforma da Previdência, mantendo o direito à aposentadoria com o último salário da carreira. Eles dizem que a mudança nas regras para quem ingressou até 2003 viola um direito adquirido.

O corpo a corpo incluiu protestos barulhentos na quadra 302 norte, em Brasília, onde ficam imóveis funcionais usados por deputados, na Câmara e no aeroporto. Na sessão em que o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), discursou sobre a proposta, parlamentares da oposição cantaram vitória e atribuíram à pressão das categorias o fato de o governo ter adiado a votação para fevereiro de 2018.

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Entidades fazem pressão para que parlamentares votem contra a proposta enviada pelo governo Temer.

“O governo insiste em demonizar o serviço público e está desconsiderando um direito adquirido”, diz o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco), Claudio Damasceno.

Para o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho, é “bode expiatório” a propaganda do governo que taxa a aposentadoria dos servidores como privilégio. Ele vê, porém, como um aceno positivo a disposição do governo de reabrir a negociação. “Esse tipo de argumento parece ser apenas uma cortina de fumaça para outros interesses, para aprovar uma reforma que vai ser nociva para o conjunto dos trabalhadores”, afirma o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso.

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Os servidores têm grande poder de pressão sobre os parlamentares por conta da representatividade sindical. São 267 sindicatos e associações para cuidar dos interesses dos funcionários públicos da União. Se cada uma conseguir atrair o voto de um deputado, já há apoio de mais da metade da Câmara para a defesa de suas causas.

Servidores estaduais também marcam de perto os parlamentares de suas regiões, já que a reforma também atingirá Estados e municípios. Recém-empossado no posto de articulador político, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reafirmou a intenção do governo de continuar negociando, mas adiantou que não há compromisso de mais flexibilizações. “O governo não aceita mudança na espinha dorsal, que é o fim dos privilégios.”

Veja distorções existentes na Previdência brasileira

1 | 6

Militares

Foto: ANDRE DUSEK/ESTADÃO
2 | 6

Parentes de militares

Foto: AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON
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Servidores públicos

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
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Casamento de conveniência

Foto: Pixabay
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Ex-parlamentares

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Veteranos de guerra

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BRASÍLIA - Alvos do combate a privilégios, categorias de servidores intensificaram a pressão sobre os deputados na última semana para tentar desidratar ainda mais a proposta de reforma da Previdência, mantendo o direito à aposentadoria com o último salário da carreira. Eles dizem que a mudança nas regras para quem ingressou até 2003 viola um direito adquirido.

O corpo a corpo incluiu protestos barulhentos na quadra 302 norte, em Brasília, onde ficam imóveis funcionais usados por deputados, na Câmara e no aeroporto. Na sessão em que o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), discursou sobre a proposta, parlamentares da oposição cantaram vitória e atribuíram à pressão das categorias o fato de o governo ter adiado a votação para fevereiro de 2018.

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Entidades fazem pressão para que parlamentares votem contra a proposta enviada pelo governo Temer.

“O governo insiste em demonizar o serviço público e está desconsiderando um direito adquirido”, diz o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco), Claudio Damasceno.

Para o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho, é “bode expiatório” a propaganda do governo que taxa a aposentadoria dos servidores como privilégio. Ele vê, porém, como um aceno positivo a disposição do governo de reabrir a negociação. “Esse tipo de argumento parece ser apenas uma cortina de fumaça para outros interesses, para aprovar uma reforma que vai ser nociva para o conjunto dos trabalhadores”, afirma o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso.

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Os servidores têm grande poder de pressão sobre os parlamentares por conta da representatividade sindical. São 267 sindicatos e associações para cuidar dos interesses dos funcionários públicos da União. Se cada uma conseguir atrair o voto de um deputado, já há apoio de mais da metade da Câmara para a defesa de suas causas.

Servidores estaduais também marcam de perto os parlamentares de suas regiões, já que a reforma também atingirá Estados e municípios. Recém-empossado no posto de articulador político, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reafirmou a intenção do governo de continuar negociando, mas adiantou que não há compromisso de mais flexibilizações. “O governo não aceita mudança na espinha dorsal, que é o fim dos privilégios.”

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Militares

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Ex-parlamentares

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Veteranos de guerra

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Servidores esperam deputados no aeroporto Foto: Igor Gadelha/Estadão

BRASÍLIA - Alvos do combate a privilégios, categorias de servidores intensificaram a pressão sobre os deputados na última semana para tentar desidratar ainda mais a proposta de reforma da Previdência, mantendo o direito à aposentadoria com o último salário da carreira. Eles dizem que a mudança nas regras para quem ingressou até 2003 viola um direito adquirido.

O corpo a corpo incluiu protestos barulhentos na quadra 302 norte, em Brasília, onde ficam imóveis funcionais usados por deputados, na Câmara e no aeroporto. Na sessão em que o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), discursou sobre a proposta, parlamentares da oposição cantaram vitória e atribuíram à pressão das categorias o fato de o governo ter adiado a votação para fevereiro de 2018.

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Entidades fazem pressão para que parlamentares votem contra a proposta enviada pelo governo Temer.

“O governo insiste em demonizar o serviço público e está desconsiderando um direito adquirido”, diz o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco), Claudio Damasceno.

Para o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República, José Robalinho, é “bode expiatório” a propaganda do governo que taxa a aposentadoria dos servidores como privilégio. Ele vê, porém, como um aceno positivo a disposição do governo de reabrir a negociação. “Esse tipo de argumento parece ser apenas uma cortina de fumaça para outros interesses, para aprovar uma reforma que vai ser nociva para o conjunto dos trabalhadores”, afirma o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso.

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Os servidores têm grande poder de pressão sobre os parlamentares por conta da representatividade sindical. São 267 sindicatos e associações para cuidar dos interesses dos funcionários públicos da União. Se cada uma conseguir atrair o voto de um deputado, já há apoio de mais da metade da Câmara para a defesa de suas causas.

Servidores estaduais também marcam de perto os parlamentares de suas regiões, já que a reforma também atingirá Estados e municípios. Recém-empossado no posto de articulador político, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reafirmou a intenção do governo de continuar negociando, mas adiantou que não há compromisso de mais flexibilizações. “O governo não aceita mudança na espinha dorsal, que é o fim dos privilégios.”

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