A estratégia de reação do Carrefour


Gigante francesa do varejo deve acelerar em 2015 o processo de diversificação de sua atuação no País com a abertura de lojas compactas, a reforma de hipermercados e o retorno ao e-commerce; movimento pode incluir aquisição de redes regionais de supermerca

Por FERNANDO SCHELLER E MÔNICA SCARAMUZZO

Depois de passar quatro anos colocando a casa em ordem por causa de um escândalo de má gestão descoberto na operação brasileira em 2010, o gigante francês Carrefour deverá promover este ano sua mais agressiva expansão no País em pelo menos uma década. Para 2015, a meta da varejista é acelerar a reforma de hipermercados e aberturas de lojas de vizinhança. O grupo também avalia fazer aquisições regionais para acelerar o processo de expansão, segundo apurou o 'Estado'. A estratégia é diversificar as operações seguindo os passos de seu principal concorrente no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar. Atualmente, cerca de 60% das receitas do Carrefour Brasil, que somaram R$ 37,9 bilhões em 2014, vêm da operação de atacarejo, o Atacadão, segundo fontes (a matriz não revela a divisão do faturamento por negócio). O restante das vendas está basicamente concentrado nos hipermercados, modelo considerado decadente por especialistas em varejo. "Este modelo está sendo revisto no mundo todo, e no Brasil não é diferente", afirma Gildas Aitamer, analista da consultoria alemã Planet Retail. O objetivo do Carrefour no Brasil é ampliar a rede de supermercados compactos e lojas de proximidade, que ainda têm presença tímida na rede. Dentro deste plano de ação, o grupo francês ganhou um aliado de peso: o empresário Abilio Diniz, ex-dono do GPA, que se tornou sócio minoritário da operação brasileira em dezembro, com a compra de 10% de participação. O empresário brasileiro comandou o processo de diversificação do Pão de Açúcar a partir do fim dos anos 90, com a entrada do Casino na sociedade. Junto com o novo sócio, criou um grupo multiformato, com atuação em alimentos, eletroeletrônicos e forte presença na internet. Em 2014, o GPA faturou R$ 65,5 bilhões, sendo R$ 34,7 bilhões com varejo alimentar e R$ 30,8 bilhões com as divisões Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) e da CNova, que reúne os negócios de e-commerce da companhia. Mudanças. O processo de correção de ineficiências do Carrefour Brasil - iniciado após um prejuízo de R$ 1,2 bilhão com fraudes contábeis - ainda está em curso. Entre as melhorias já implementadas estão a modernização do sistema de tecnologia da informação, reformas de hipermercados, agilização do atendimento e a revisão do mix de mercadorias oferecido ao consumidor. As mudanças já renderam frutos - tanto que as vendas do Carrefour cresceram mais do que a da concorrência. No quarto trimestre de 2014, o Carrefour registrou alta de 10% nas receitas em relação ao mesmo período do ano do anterior, enquanto o Pão de Açúcar avançou só 1%, diz Guilherme Assis, analista do Banco Brasil Plural. Um executivo de uma rede rival chega a elogiar o trabalho do Carrefour: "Houve claros avanços". A partir deste ano, a ordem na rede é intensificar consideravelmente o trabalho já iniciado. Até agora, o Carrefour reformou 18 de seus 102 hipermercados. O Estado apurou que, até o fim de 2016, mais 42 lojas serão renovadas. Além disso, a empresa deve retomar no fim de 2015 a operação de e-commerce, encerrada em 2012. Outro plano é abrir o capital da filial brasileira quando o cenário econômico ficar mais favorável. Embora tenha decidido investir em lojas compactas, a avaliação é de que essa transformação ainda é embrionária: até agora, a varejista abriu só quatro unidades de seu modelo de conveniência no Brasil. A rede Supeco, espécie de versão "mini" do Atacadão, resume-se a uma loja em Sorocaba (SP). A intenção de retomar as compras de redes regionais, citada por fontes de mercado, é vista como uma forma de agilizar o cumprimento das metas de expansão. O Estado apurou que o Carrefour deverá se associar a redes regionais de peso, elevando sua participação aos poucos. O desafio, segundo um executivo do setor consultado pela reportagem, é não repetir os erros do passado. Nos anos 90, o Carrefour entrou na onda de aquisições do setor - comprou as fluminenses Rainha e Continental e as mineiras Planaltão e Mineirão -, mas a estratégia não rendeu frutos. A empresa se desfez da maioria dos negócios. No entanto, lembram fontes, foi uma aquisição - a do Atacadão, em 2007 - que manteve a rede em pé nas dificuldades. O modelo do Atacadão, considerado vencedor no Brasil, deverá ser replicado em outros países. Deve ir parar até na matriz francesa.

Depois de passar quatro anos colocando a casa em ordem por causa de um escândalo de má gestão descoberto na operação brasileira em 2010, o gigante francês Carrefour deverá promover este ano sua mais agressiva expansão no País em pelo menos uma década. Para 2015, a meta da varejista é acelerar a reforma de hipermercados e aberturas de lojas de vizinhança. O grupo também avalia fazer aquisições regionais para acelerar o processo de expansão, segundo apurou o 'Estado'. A estratégia é diversificar as operações seguindo os passos de seu principal concorrente no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar. Atualmente, cerca de 60% das receitas do Carrefour Brasil, que somaram R$ 37,9 bilhões em 2014, vêm da operação de atacarejo, o Atacadão, segundo fontes (a matriz não revela a divisão do faturamento por negócio). O restante das vendas está basicamente concentrado nos hipermercados, modelo considerado decadente por especialistas em varejo. "Este modelo está sendo revisto no mundo todo, e no Brasil não é diferente", afirma Gildas Aitamer, analista da consultoria alemã Planet Retail. O objetivo do Carrefour no Brasil é ampliar a rede de supermercados compactos e lojas de proximidade, que ainda têm presença tímida na rede. Dentro deste plano de ação, o grupo francês ganhou um aliado de peso: o empresário Abilio Diniz, ex-dono do GPA, que se tornou sócio minoritário da operação brasileira em dezembro, com a compra de 10% de participação. O empresário brasileiro comandou o processo de diversificação do Pão de Açúcar a partir do fim dos anos 90, com a entrada do Casino na sociedade. Junto com o novo sócio, criou um grupo multiformato, com atuação em alimentos, eletroeletrônicos e forte presença na internet. Em 2014, o GPA faturou R$ 65,5 bilhões, sendo R$ 34,7 bilhões com varejo alimentar e R$ 30,8 bilhões com as divisões Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) e da CNova, que reúne os negócios de e-commerce da companhia. Mudanças. O processo de correção de ineficiências do Carrefour Brasil - iniciado após um prejuízo de R$ 1,2 bilhão com fraudes contábeis - ainda está em curso. Entre as melhorias já implementadas estão a modernização do sistema de tecnologia da informação, reformas de hipermercados, agilização do atendimento e a revisão do mix de mercadorias oferecido ao consumidor. As mudanças já renderam frutos - tanto que as vendas do Carrefour cresceram mais do que a da concorrência. No quarto trimestre de 2014, o Carrefour registrou alta de 10% nas receitas em relação ao mesmo período do ano do anterior, enquanto o Pão de Açúcar avançou só 1%, diz Guilherme Assis, analista do Banco Brasil Plural. Um executivo de uma rede rival chega a elogiar o trabalho do Carrefour: "Houve claros avanços". A partir deste ano, a ordem na rede é intensificar consideravelmente o trabalho já iniciado. Até agora, o Carrefour reformou 18 de seus 102 hipermercados. O Estado apurou que, até o fim de 2016, mais 42 lojas serão renovadas. Além disso, a empresa deve retomar no fim de 2015 a operação de e-commerce, encerrada em 2012. Outro plano é abrir o capital da filial brasileira quando o cenário econômico ficar mais favorável. Embora tenha decidido investir em lojas compactas, a avaliação é de que essa transformação ainda é embrionária: até agora, a varejista abriu só quatro unidades de seu modelo de conveniência no Brasil. A rede Supeco, espécie de versão "mini" do Atacadão, resume-se a uma loja em Sorocaba (SP). A intenção de retomar as compras de redes regionais, citada por fontes de mercado, é vista como uma forma de agilizar o cumprimento das metas de expansão. O Estado apurou que o Carrefour deverá se associar a redes regionais de peso, elevando sua participação aos poucos. O desafio, segundo um executivo do setor consultado pela reportagem, é não repetir os erros do passado. Nos anos 90, o Carrefour entrou na onda de aquisições do setor - comprou as fluminenses Rainha e Continental e as mineiras Planaltão e Mineirão -, mas a estratégia não rendeu frutos. A empresa se desfez da maioria dos negócios. No entanto, lembram fontes, foi uma aquisição - a do Atacadão, em 2007 - que manteve a rede em pé nas dificuldades. O modelo do Atacadão, considerado vencedor no Brasil, deverá ser replicado em outros países. Deve ir parar até na matriz francesa.

Depois de passar quatro anos colocando a casa em ordem por causa de um escândalo de má gestão descoberto na operação brasileira em 2010, o gigante francês Carrefour deverá promover este ano sua mais agressiva expansão no País em pelo menos uma década. Para 2015, a meta da varejista é acelerar a reforma de hipermercados e aberturas de lojas de vizinhança. O grupo também avalia fazer aquisições regionais para acelerar o processo de expansão, segundo apurou o 'Estado'. A estratégia é diversificar as operações seguindo os passos de seu principal concorrente no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar. Atualmente, cerca de 60% das receitas do Carrefour Brasil, que somaram R$ 37,9 bilhões em 2014, vêm da operação de atacarejo, o Atacadão, segundo fontes (a matriz não revela a divisão do faturamento por negócio). O restante das vendas está basicamente concentrado nos hipermercados, modelo considerado decadente por especialistas em varejo. "Este modelo está sendo revisto no mundo todo, e no Brasil não é diferente", afirma Gildas Aitamer, analista da consultoria alemã Planet Retail. O objetivo do Carrefour no Brasil é ampliar a rede de supermercados compactos e lojas de proximidade, que ainda têm presença tímida na rede. Dentro deste plano de ação, o grupo francês ganhou um aliado de peso: o empresário Abilio Diniz, ex-dono do GPA, que se tornou sócio minoritário da operação brasileira em dezembro, com a compra de 10% de participação. O empresário brasileiro comandou o processo de diversificação do Pão de Açúcar a partir do fim dos anos 90, com a entrada do Casino na sociedade. Junto com o novo sócio, criou um grupo multiformato, com atuação em alimentos, eletroeletrônicos e forte presença na internet. Em 2014, o GPA faturou R$ 65,5 bilhões, sendo R$ 34,7 bilhões com varejo alimentar e R$ 30,8 bilhões com as divisões Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) e da CNova, que reúne os negócios de e-commerce da companhia. Mudanças. O processo de correção de ineficiências do Carrefour Brasil - iniciado após um prejuízo de R$ 1,2 bilhão com fraudes contábeis - ainda está em curso. Entre as melhorias já implementadas estão a modernização do sistema de tecnologia da informação, reformas de hipermercados, agilização do atendimento e a revisão do mix de mercadorias oferecido ao consumidor. As mudanças já renderam frutos - tanto que as vendas do Carrefour cresceram mais do que a da concorrência. No quarto trimestre de 2014, o Carrefour registrou alta de 10% nas receitas em relação ao mesmo período do ano do anterior, enquanto o Pão de Açúcar avançou só 1%, diz Guilherme Assis, analista do Banco Brasil Plural. Um executivo de uma rede rival chega a elogiar o trabalho do Carrefour: "Houve claros avanços". A partir deste ano, a ordem na rede é intensificar consideravelmente o trabalho já iniciado. Até agora, o Carrefour reformou 18 de seus 102 hipermercados. O Estado apurou que, até o fim de 2016, mais 42 lojas serão renovadas. Além disso, a empresa deve retomar no fim de 2015 a operação de e-commerce, encerrada em 2012. Outro plano é abrir o capital da filial brasileira quando o cenário econômico ficar mais favorável. Embora tenha decidido investir em lojas compactas, a avaliação é de que essa transformação ainda é embrionária: até agora, a varejista abriu só quatro unidades de seu modelo de conveniência no Brasil. A rede Supeco, espécie de versão "mini" do Atacadão, resume-se a uma loja em Sorocaba (SP). A intenção de retomar as compras de redes regionais, citada por fontes de mercado, é vista como uma forma de agilizar o cumprimento das metas de expansão. O Estado apurou que o Carrefour deverá se associar a redes regionais de peso, elevando sua participação aos poucos. O desafio, segundo um executivo do setor consultado pela reportagem, é não repetir os erros do passado. Nos anos 90, o Carrefour entrou na onda de aquisições do setor - comprou as fluminenses Rainha e Continental e as mineiras Planaltão e Mineirão -, mas a estratégia não rendeu frutos. A empresa se desfez da maioria dos negócios. No entanto, lembram fontes, foi uma aquisição - a do Atacadão, em 2007 - que manteve a rede em pé nas dificuldades. O modelo do Atacadão, considerado vencedor no Brasil, deverá ser replicado em outros países. Deve ir parar até na matriz francesa.

Depois de passar quatro anos colocando a casa em ordem por causa de um escândalo de má gestão descoberto na operação brasileira em 2010, o gigante francês Carrefour deverá promover este ano sua mais agressiva expansão no País em pelo menos uma década. Para 2015, a meta da varejista é acelerar a reforma de hipermercados e aberturas de lojas de vizinhança. O grupo também avalia fazer aquisições regionais para acelerar o processo de expansão, segundo apurou o 'Estado'. A estratégia é diversificar as operações seguindo os passos de seu principal concorrente no Brasil, o Grupo Pão de Açúcar. Atualmente, cerca de 60% das receitas do Carrefour Brasil, que somaram R$ 37,9 bilhões em 2014, vêm da operação de atacarejo, o Atacadão, segundo fontes (a matriz não revela a divisão do faturamento por negócio). O restante das vendas está basicamente concentrado nos hipermercados, modelo considerado decadente por especialistas em varejo. "Este modelo está sendo revisto no mundo todo, e no Brasil não é diferente", afirma Gildas Aitamer, analista da consultoria alemã Planet Retail. O objetivo do Carrefour no Brasil é ampliar a rede de supermercados compactos e lojas de proximidade, que ainda têm presença tímida na rede. Dentro deste plano de ação, o grupo francês ganhou um aliado de peso: o empresário Abilio Diniz, ex-dono do GPA, que se tornou sócio minoritário da operação brasileira em dezembro, com a compra de 10% de participação. O empresário brasileiro comandou o processo de diversificação do Pão de Açúcar a partir do fim dos anos 90, com a entrada do Casino na sociedade. Junto com o novo sócio, criou um grupo multiformato, com atuação em alimentos, eletroeletrônicos e forte presença na internet. Em 2014, o GPA faturou R$ 65,5 bilhões, sendo R$ 34,7 bilhões com varejo alimentar e R$ 30,8 bilhões com as divisões Via Varejo (Casas Bahia e Ponto Frio) e da CNova, que reúne os negócios de e-commerce da companhia. Mudanças. O processo de correção de ineficiências do Carrefour Brasil - iniciado após um prejuízo de R$ 1,2 bilhão com fraudes contábeis - ainda está em curso. Entre as melhorias já implementadas estão a modernização do sistema de tecnologia da informação, reformas de hipermercados, agilização do atendimento e a revisão do mix de mercadorias oferecido ao consumidor. As mudanças já renderam frutos - tanto que as vendas do Carrefour cresceram mais do que a da concorrência. No quarto trimestre de 2014, o Carrefour registrou alta de 10% nas receitas em relação ao mesmo período do ano do anterior, enquanto o Pão de Açúcar avançou só 1%, diz Guilherme Assis, analista do Banco Brasil Plural. Um executivo de uma rede rival chega a elogiar o trabalho do Carrefour: "Houve claros avanços". A partir deste ano, a ordem na rede é intensificar consideravelmente o trabalho já iniciado. Até agora, o Carrefour reformou 18 de seus 102 hipermercados. O Estado apurou que, até o fim de 2016, mais 42 lojas serão renovadas. Além disso, a empresa deve retomar no fim de 2015 a operação de e-commerce, encerrada em 2012. Outro plano é abrir o capital da filial brasileira quando o cenário econômico ficar mais favorável. Embora tenha decidido investir em lojas compactas, a avaliação é de que essa transformação ainda é embrionária: até agora, a varejista abriu só quatro unidades de seu modelo de conveniência no Brasil. A rede Supeco, espécie de versão "mini" do Atacadão, resume-se a uma loja em Sorocaba (SP). A intenção de retomar as compras de redes regionais, citada por fontes de mercado, é vista como uma forma de agilizar o cumprimento das metas de expansão. O Estado apurou que o Carrefour deverá se associar a redes regionais de peso, elevando sua participação aos poucos. O desafio, segundo um executivo do setor consultado pela reportagem, é não repetir os erros do passado. Nos anos 90, o Carrefour entrou na onda de aquisições do setor - comprou as fluminenses Rainha e Continental e as mineiras Planaltão e Mineirão -, mas a estratégia não rendeu frutos. A empresa se desfez da maioria dos negócios. No entanto, lembram fontes, foi uma aquisição - a do Atacadão, em 2007 - que manteve a rede em pé nas dificuldades. O modelo do Atacadão, considerado vencedor no Brasil, deverá ser replicado em outros países. Deve ir parar até na matriz francesa.

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