'A OMC terá de mudar', diz Roberto Azevêdo


Na passagem dos 20 anos da entidade máxima do comércio internacional, diretor-geral prevê um ano de 'muito trabalho e muitos desafios'

Por JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE e GENEBRA

Ao marcar os 20 anos da criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), o seu diretor-geral Roberto Azevêdo mandou um alerta: a entidade terá de mudar, produzir mais resultados e de forma mais rápida. Criada em 1.º de janeiro de 1995, a OMC era a esperança da comunidade internacional por um mundo multilateral e que pudesse, por meio de negociações, corrigir as distorções no comércio mundial. Mas a Rodada Doha, lançada em 2001, jamais foi completada e hoje a entidade está numa encruzilhada, diante de sua pior crise. Em 2013 e 2014, Azevêdo conseguiu costurar um acordo parcial para reduzir entraves aduaneiros, conhecido como Pacote de Bali. Mas críticos da entidade e mesmo muitos governos apontam que o entendimento foi apenas uma fração do que era o plano original de 2001 de um acordo global. Azevêdo tem consciência de que Bali não representa uma solução para a entidade. Para o brasileiro, 2015 será um ano "de muito trabalho e muitos desafios". "Ainda que tenhamos cumprido o trabalho em muitas áreas e apesar do sucesso de Bali, o ritmo das negociações continua uma fonte de frustração." De uma forma direta e sem meias-palavras, Azevêdo reconheceu que, para os próximos anos, a OMC terá de mudar. "No futuro, sabemos que teremos de produzir mais e de forma mais rápida", disse. Ou seja, uma rodada comercial não poderá levar outros 13 anos para ser completada. "Além disso, sabemos que nossos membros mais pobres ainda não estão adequadamente integrados ao sistema comercial e, portanto, precisamos avançar para ajudá-los a tirar os benefícios que o sistema oferece." Azevêdo, porém, não deixa de destacar a contribuição da entidade para "fortalecer e estabilizar a economia mundial". "Ao passar dos anos, a OMC ajudou a expandir o comércio, resolver várias disputas e apoiar a integração dos países em desenvolvimento ao sistema comercial", disse, lembrando que, desde 1995, 33 novos membros passaram a fazer parte da entidade. Outro ponto positivo da OMC, segundo o brasileiro, foi sua capacidade de frear o protecionismo, diante da crise que eclodiu em 2008. Dessa vez, Azevêdo aponta que o protecionismo foi "limitado em comparação ao pânico protecionista" registrado depois de outras crises no passado. "De fato, quando a economia global é mais conectada que nunca, é difícil imaginar um mundo sem a OMC", disse Azevêdo. O problema, segundo os críticos, é que, mesmo existindo, a OMC pode se tornar cada vez mais irrelevante se mantiver a atual trajetória. Sem conseguir dar resultados, a OMC vê seus membros mais poderosos - EUA, Europa e Japão - se lançando em acordos paralelos e sem consultar os emergentes. Esses acordos representam uma deterioração da capacidade da OMC de determinar as regras do comércio.

Ao marcar os 20 anos da criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), o seu diretor-geral Roberto Azevêdo mandou um alerta: a entidade terá de mudar, produzir mais resultados e de forma mais rápida. Criada em 1.º de janeiro de 1995, a OMC era a esperança da comunidade internacional por um mundo multilateral e que pudesse, por meio de negociações, corrigir as distorções no comércio mundial. Mas a Rodada Doha, lançada em 2001, jamais foi completada e hoje a entidade está numa encruzilhada, diante de sua pior crise. Em 2013 e 2014, Azevêdo conseguiu costurar um acordo parcial para reduzir entraves aduaneiros, conhecido como Pacote de Bali. Mas críticos da entidade e mesmo muitos governos apontam que o entendimento foi apenas uma fração do que era o plano original de 2001 de um acordo global. Azevêdo tem consciência de que Bali não representa uma solução para a entidade. Para o brasileiro, 2015 será um ano "de muito trabalho e muitos desafios". "Ainda que tenhamos cumprido o trabalho em muitas áreas e apesar do sucesso de Bali, o ritmo das negociações continua uma fonte de frustração." De uma forma direta e sem meias-palavras, Azevêdo reconheceu que, para os próximos anos, a OMC terá de mudar. "No futuro, sabemos que teremos de produzir mais e de forma mais rápida", disse. Ou seja, uma rodada comercial não poderá levar outros 13 anos para ser completada. "Além disso, sabemos que nossos membros mais pobres ainda não estão adequadamente integrados ao sistema comercial e, portanto, precisamos avançar para ajudá-los a tirar os benefícios que o sistema oferece." Azevêdo, porém, não deixa de destacar a contribuição da entidade para "fortalecer e estabilizar a economia mundial". "Ao passar dos anos, a OMC ajudou a expandir o comércio, resolver várias disputas e apoiar a integração dos países em desenvolvimento ao sistema comercial", disse, lembrando que, desde 1995, 33 novos membros passaram a fazer parte da entidade. Outro ponto positivo da OMC, segundo o brasileiro, foi sua capacidade de frear o protecionismo, diante da crise que eclodiu em 2008. Dessa vez, Azevêdo aponta que o protecionismo foi "limitado em comparação ao pânico protecionista" registrado depois de outras crises no passado. "De fato, quando a economia global é mais conectada que nunca, é difícil imaginar um mundo sem a OMC", disse Azevêdo. O problema, segundo os críticos, é que, mesmo existindo, a OMC pode se tornar cada vez mais irrelevante se mantiver a atual trajetória. Sem conseguir dar resultados, a OMC vê seus membros mais poderosos - EUA, Europa e Japão - se lançando em acordos paralelos e sem consultar os emergentes. Esses acordos representam uma deterioração da capacidade da OMC de determinar as regras do comércio.

Ao marcar os 20 anos da criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), o seu diretor-geral Roberto Azevêdo mandou um alerta: a entidade terá de mudar, produzir mais resultados e de forma mais rápida. Criada em 1.º de janeiro de 1995, a OMC era a esperança da comunidade internacional por um mundo multilateral e que pudesse, por meio de negociações, corrigir as distorções no comércio mundial. Mas a Rodada Doha, lançada em 2001, jamais foi completada e hoje a entidade está numa encruzilhada, diante de sua pior crise. Em 2013 e 2014, Azevêdo conseguiu costurar um acordo parcial para reduzir entraves aduaneiros, conhecido como Pacote de Bali. Mas críticos da entidade e mesmo muitos governos apontam que o entendimento foi apenas uma fração do que era o plano original de 2001 de um acordo global. Azevêdo tem consciência de que Bali não representa uma solução para a entidade. Para o brasileiro, 2015 será um ano "de muito trabalho e muitos desafios". "Ainda que tenhamos cumprido o trabalho em muitas áreas e apesar do sucesso de Bali, o ritmo das negociações continua uma fonte de frustração." De uma forma direta e sem meias-palavras, Azevêdo reconheceu que, para os próximos anos, a OMC terá de mudar. "No futuro, sabemos que teremos de produzir mais e de forma mais rápida", disse. Ou seja, uma rodada comercial não poderá levar outros 13 anos para ser completada. "Além disso, sabemos que nossos membros mais pobres ainda não estão adequadamente integrados ao sistema comercial e, portanto, precisamos avançar para ajudá-los a tirar os benefícios que o sistema oferece." Azevêdo, porém, não deixa de destacar a contribuição da entidade para "fortalecer e estabilizar a economia mundial". "Ao passar dos anos, a OMC ajudou a expandir o comércio, resolver várias disputas e apoiar a integração dos países em desenvolvimento ao sistema comercial", disse, lembrando que, desde 1995, 33 novos membros passaram a fazer parte da entidade. Outro ponto positivo da OMC, segundo o brasileiro, foi sua capacidade de frear o protecionismo, diante da crise que eclodiu em 2008. Dessa vez, Azevêdo aponta que o protecionismo foi "limitado em comparação ao pânico protecionista" registrado depois de outras crises no passado. "De fato, quando a economia global é mais conectada que nunca, é difícil imaginar um mundo sem a OMC", disse Azevêdo. O problema, segundo os críticos, é que, mesmo existindo, a OMC pode se tornar cada vez mais irrelevante se mantiver a atual trajetória. Sem conseguir dar resultados, a OMC vê seus membros mais poderosos - EUA, Europa e Japão - se lançando em acordos paralelos e sem consultar os emergentes. Esses acordos representam uma deterioração da capacidade da OMC de determinar as regras do comércio.

Ao marcar os 20 anos da criação da Organização Mundial do Comércio (OMC), o seu diretor-geral Roberto Azevêdo mandou um alerta: a entidade terá de mudar, produzir mais resultados e de forma mais rápida. Criada em 1.º de janeiro de 1995, a OMC era a esperança da comunidade internacional por um mundo multilateral e que pudesse, por meio de negociações, corrigir as distorções no comércio mundial. Mas a Rodada Doha, lançada em 2001, jamais foi completada e hoje a entidade está numa encruzilhada, diante de sua pior crise. Em 2013 e 2014, Azevêdo conseguiu costurar um acordo parcial para reduzir entraves aduaneiros, conhecido como Pacote de Bali. Mas críticos da entidade e mesmo muitos governos apontam que o entendimento foi apenas uma fração do que era o plano original de 2001 de um acordo global. Azevêdo tem consciência de que Bali não representa uma solução para a entidade. Para o brasileiro, 2015 será um ano "de muito trabalho e muitos desafios". "Ainda que tenhamos cumprido o trabalho em muitas áreas e apesar do sucesso de Bali, o ritmo das negociações continua uma fonte de frustração." De uma forma direta e sem meias-palavras, Azevêdo reconheceu que, para os próximos anos, a OMC terá de mudar. "No futuro, sabemos que teremos de produzir mais e de forma mais rápida", disse. Ou seja, uma rodada comercial não poderá levar outros 13 anos para ser completada. "Além disso, sabemos que nossos membros mais pobres ainda não estão adequadamente integrados ao sistema comercial e, portanto, precisamos avançar para ajudá-los a tirar os benefícios que o sistema oferece." Azevêdo, porém, não deixa de destacar a contribuição da entidade para "fortalecer e estabilizar a economia mundial". "Ao passar dos anos, a OMC ajudou a expandir o comércio, resolver várias disputas e apoiar a integração dos países em desenvolvimento ao sistema comercial", disse, lembrando que, desde 1995, 33 novos membros passaram a fazer parte da entidade. Outro ponto positivo da OMC, segundo o brasileiro, foi sua capacidade de frear o protecionismo, diante da crise que eclodiu em 2008. Dessa vez, Azevêdo aponta que o protecionismo foi "limitado em comparação ao pânico protecionista" registrado depois de outras crises no passado. "De fato, quando a economia global é mais conectada que nunca, é difícil imaginar um mundo sem a OMC", disse Azevêdo. O problema, segundo os críticos, é que, mesmo existindo, a OMC pode se tornar cada vez mais irrelevante se mantiver a atual trajetória. Sem conseguir dar resultados, a OMC vê seus membros mais poderosos - EUA, Europa e Japão - se lançando em acordos paralelos e sem consultar os emergentes. Esses acordos representam uma deterioração da capacidade da OMC de determinar as regras do comércio.

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