Adote um buraco. Na Alemanha


Em crise, cidade alemã pede socorro à população e propõe que cada morador colabore com 50 para tapar um dos muitos buracos das ruas

Por Jamil Chade, CORRESPONDENTE e GENEBRA

No interior da Europa, longe das cúpulas de chefes de Estado, municípios descobrem o tamanho do buraco da crise. É o caso de Niederzimmern, no interior da Alemanha. Castigado pelo inverno mais rigoroso dos últimos anos, suas ruas e estradas estão esburacadas e não há verba oficial para tapar os buracos. Assim, a prefeitura fez um apelo aos moradores para que "adotem" um buraco por 50. Com uma crise da dívida sem precedentes, as prefeituras não têm mais dinheiro para reparar estradas. O inverno rigoroso e a neve destruíram o asfalto em 40% das estradas alemãs. Com o volume de dinheiro destinado a salvar bancos e setores mais sensíveis da economia, a Europa vê a sua dívida explodir.Na cidade dos buracos adotados, a prefeitura comemora: mais de 150 buracos já foram comprados por cidadãos em apenas duas semana. As autoridades criaram até um site em alemão e inglês para atrair doadores internacionais. Em troca da doação, a prefeitura promete que o morador poderá escolher uma mensagem para gravar no asfalto. Mas o caso dos buracos da cidade alemã é apenas a ponta do iceberg de uma crise bem mais profunda. As prefeituras europeias estão quebradas e sofrem para cumprir suas obrigações. Na Espanha, com a quebra do setor imobiliário e a pior taxa de desemprego na Europa, as cidades enfrentam dívidas colossais. Per capita, a maior é a de Ochánduri, em La Rioja. Segundo o jornal El País, a dívida chega a 9 mil por habitante. Em números totais, a maior é de Madri, com um rombo de 7 bilhões. A cidade viu sua dívida dobrar em apenas cinco anos. A cidade de Jerez de la Frontera anunciou corte de 550 funcionários para diminuir seu déficit. Madri reduziu gastos em 20% e Valência cortou orçamento em 4% neste ano.Os problemas financeiros das cidades espanholas estavam sendo mascarados pelo boom imobiliário. Mais de 30% dos ingressos médios de uma cidade espanhola vinham de novos lançamentos imobiliários e da construção. Com a crise, esses recursos secaram.Na França, a crise também atinge de forma dura as cidades. Besançon e outras 21 prefeituras estão pedindo ao governo central pagamento pelo trabalho de preparar a vacinação contra a gripe suína. Como a pandemia não provocou uma corrida às vacinas, os gastos foram em vão. Agora, endividadas, essas cidades querem uma compensação de 4 milhões.Já a prefeitura da pequena Noailles decidiu vender seus bens, incluindo o prédio de uma escola. Senlis, também na França, tomou uma decisão radical: venderá um dos castelos da região, o de Fonds-de-l''Arche.A crise ainda está revelando que os problemas financeiros obrigaram algumas cidades, como a rica Milão, a entrar em acordo com bancos para mascarar seus déficits. Um processo será aberto em maio.A acusação é que os bancos UBS, JPMorgan Chase, Deutsche Bank e Hypo Real Estate ajudaram a cidade a emitir papéis no mercado de 1,7 bilhão. Em troca, chegaram a um acordo para lucrar apostando na taxa de juros. Milão agora acusa os bancos de trapacear. Os bancos prometiam que a medida renderia ganhos de 60 milhões. Mas, como a taxa de juros despencou, a cidade amarga prejuízos. PARA ENTENDERO caso de Niederzimmern é exemplar da crise que abala a Europa. Segundo a União Europeia, 16 dos 27 países membros estão fora da lei, ou seja, com um déficit fiscal acima de 3% do PIB. Pelas regras do bloco, três anos consecutivos de um buraco acima do limite seria motivo para expulsão da zona do euro.

No interior da Europa, longe das cúpulas de chefes de Estado, municípios descobrem o tamanho do buraco da crise. É o caso de Niederzimmern, no interior da Alemanha. Castigado pelo inverno mais rigoroso dos últimos anos, suas ruas e estradas estão esburacadas e não há verba oficial para tapar os buracos. Assim, a prefeitura fez um apelo aos moradores para que "adotem" um buraco por 50. Com uma crise da dívida sem precedentes, as prefeituras não têm mais dinheiro para reparar estradas. O inverno rigoroso e a neve destruíram o asfalto em 40% das estradas alemãs. Com o volume de dinheiro destinado a salvar bancos e setores mais sensíveis da economia, a Europa vê a sua dívida explodir.Na cidade dos buracos adotados, a prefeitura comemora: mais de 150 buracos já foram comprados por cidadãos em apenas duas semana. As autoridades criaram até um site em alemão e inglês para atrair doadores internacionais. Em troca da doação, a prefeitura promete que o morador poderá escolher uma mensagem para gravar no asfalto. Mas o caso dos buracos da cidade alemã é apenas a ponta do iceberg de uma crise bem mais profunda. As prefeituras europeias estão quebradas e sofrem para cumprir suas obrigações. Na Espanha, com a quebra do setor imobiliário e a pior taxa de desemprego na Europa, as cidades enfrentam dívidas colossais. Per capita, a maior é a de Ochánduri, em La Rioja. Segundo o jornal El País, a dívida chega a 9 mil por habitante. Em números totais, a maior é de Madri, com um rombo de 7 bilhões. A cidade viu sua dívida dobrar em apenas cinco anos. A cidade de Jerez de la Frontera anunciou corte de 550 funcionários para diminuir seu déficit. Madri reduziu gastos em 20% e Valência cortou orçamento em 4% neste ano.Os problemas financeiros das cidades espanholas estavam sendo mascarados pelo boom imobiliário. Mais de 30% dos ingressos médios de uma cidade espanhola vinham de novos lançamentos imobiliários e da construção. Com a crise, esses recursos secaram.Na França, a crise também atinge de forma dura as cidades. Besançon e outras 21 prefeituras estão pedindo ao governo central pagamento pelo trabalho de preparar a vacinação contra a gripe suína. Como a pandemia não provocou uma corrida às vacinas, os gastos foram em vão. Agora, endividadas, essas cidades querem uma compensação de 4 milhões.Já a prefeitura da pequena Noailles decidiu vender seus bens, incluindo o prédio de uma escola. Senlis, também na França, tomou uma decisão radical: venderá um dos castelos da região, o de Fonds-de-l''Arche.A crise ainda está revelando que os problemas financeiros obrigaram algumas cidades, como a rica Milão, a entrar em acordo com bancos para mascarar seus déficits. Um processo será aberto em maio.A acusação é que os bancos UBS, JPMorgan Chase, Deutsche Bank e Hypo Real Estate ajudaram a cidade a emitir papéis no mercado de 1,7 bilhão. Em troca, chegaram a um acordo para lucrar apostando na taxa de juros. Milão agora acusa os bancos de trapacear. Os bancos prometiam que a medida renderia ganhos de 60 milhões. Mas, como a taxa de juros despencou, a cidade amarga prejuízos. PARA ENTENDERO caso de Niederzimmern é exemplar da crise que abala a Europa. Segundo a União Europeia, 16 dos 27 países membros estão fora da lei, ou seja, com um déficit fiscal acima de 3% do PIB. Pelas regras do bloco, três anos consecutivos de um buraco acima do limite seria motivo para expulsão da zona do euro.

No interior da Europa, longe das cúpulas de chefes de Estado, municípios descobrem o tamanho do buraco da crise. É o caso de Niederzimmern, no interior da Alemanha. Castigado pelo inverno mais rigoroso dos últimos anos, suas ruas e estradas estão esburacadas e não há verba oficial para tapar os buracos. Assim, a prefeitura fez um apelo aos moradores para que "adotem" um buraco por 50. Com uma crise da dívida sem precedentes, as prefeituras não têm mais dinheiro para reparar estradas. O inverno rigoroso e a neve destruíram o asfalto em 40% das estradas alemãs. Com o volume de dinheiro destinado a salvar bancos e setores mais sensíveis da economia, a Europa vê a sua dívida explodir.Na cidade dos buracos adotados, a prefeitura comemora: mais de 150 buracos já foram comprados por cidadãos em apenas duas semana. As autoridades criaram até um site em alemão e inglês para atrair doadores internacionais. Em troca da doação, a prefeitura promete que o morador poderá escolher uma mensagem para gravar no asfalto. Mas o caso dos buracos da cidade alemã é apenas a ponta do iceberg de uma crise bem mais profunda. As prefeituras europeias estão quebradas e sofrem para cumprir suas obrigações. Na Espanha, com a quebra do setor imobiliário e a pior taxa de desemprego na Europa, as cidades enfrentam dívidas colossais. Per capita, a maior é a de Ochánduri, em La Rioja. Segundo o jornal El País, a dívida chega a 9 mil por habitante. Em números totais, a maior é de Madri, com um rombo de 7 bilhões. A cidade viu sua dívida dobrar em apenas cinco anos. A cidade de Jerez de la Frontera anunciou corte de 550 funcionários para diminuir seu déficit. Madri reduziu gastos em 20% e Valência cortou orçamento em 4% neste ano.Os problemas financeiros das cidades espanholas estavam sendo mascarados pelo boom imobiliário. Mais de 30% dos ingressos médios de uma cidade espanhola vinham de novos lançamentos imobiliários e da construção. Com a crise, esses recursos secaram.Na França, a crise também atinge de forma dura as cidades. Besançon e outras 21 prefeituras estão pedindo ao governo central pagamento pelo trabalho de preparar a vacinação contra a gripe suína. Como a pandemia não provocou uma corrida às vacinas, os gastos foram em vão. Agora, endividadas, essas cidades querem uma compensação de 4 milhões.Já a prefeitura da pequena Noailles decidiu vender seus bens, incluindo o prédio de uma escola. Senlis, também na França, tomou uma decisão radical: venderá um dos castelos da região, o de Fonds-de-l''Arche.A crise ainda está revelando que os problemas financeiros obrigaram algumas cidades, como a rica Milão, a entrar em acordo com bancos para mascarar seus déficits. Um processo será aberto em maio.A acusação é que os bancos UBS, JPMorgan Chase, Deutsche Bank e Hypo Real Estate ajudaram a cidade a emitir papéis no mercado de 1,7 bilhão. Em troca, chegaram a um acordo para lucrar apostando na taxa de juros. Milão agora acusa os bancos de trapacear. Os bancos prometiam que a medida renderia ganhos de 60 milhões. Mas, como a taxa de juros despencou, a cidade amarga prejuízos. PARA ENTENDERO caso de Niederzimmern é exemplar da crise que abala a Europa. Segundo a União Europeia, 16 dos 27 países membros estão fora da lei, ou seja, com um déficit fiscal acima de 3% do PIB. Pelas regras do bloco, três anos consecutivos de um buraco acima do limite seria motivo para expulsão da zona do euro.

No interior da Europa, longe das cúpulas de chefes de Estado, municípios descobrem o tamanho do buraco da crise. É o caso de Niederzimmern, no interior da Alemanha. Castigado pelo inverno mais rigoroso dos últimos anos, suas ruas e estradas estão esburacadas e não há verba oficial para tapar os buracos. Assim, a prefeitura fez um apelo aos moradores para que "adotem" um buraco por 50. Com uma crise da dívida sem precedentes, as prefeituras não têm mais dinheiro para reparar estradas. O inverno rigoroso e a neve destruíram o asfalto em 40% das estradas alemãs. Com o volume de dinheiro destinado a salvar bancos e setores mais sensíveis da economia, a Europa vê a sua dívida explodir.Na cidade dos buracos adotados, a prefeitura comemora: mais de 150 buracos já foram comprados por cidadãos em apenas duas semana. As autoridades criaram até um site em alemão e inglês para atrair doadores internacionais. Em troca da doação, a prefeitura promete que o morador poderá escolher uma mensagem para gravar no asfalto. Mas o caso dos buracos da cidade alemã é apenas a ponta do iceberg de uma crise bem mais profunda. As prefeituras europeias estão quebradas e sofrem para cumprir suas obrigações. Na Espanha, com a quebra do setor imobiliário e a pior taxa de desemprego na Europa, as cidades enfrentam dívidas colossais. Per capita, a maior é a de Ochánduri, em La Rioja. Segundo o jornal El País, a dívida chega a 9 mil por habitante. Em números totais, a maior é de Madri, com um rombo de 7 bilhões. A cidade viu sua dívida dobrar em apenas cinco anos. A cidade de Jerez de la Frontera anunciou corte de 550 funcionários para diminuir seu déficit. Madri reduziu gastos em 20% e Valência cortou orçamento em 4% neste ano.Os problemas financeiros das cidades espanholas estavam sendo mascarados pelo boom imobiliário. Mais de 30% dos ingressos médios de uma cidade espanhola vinham de novos lançamentos imobiliários e da construção. Com a crise, esses recursos secaram.Na França, a crise também atinge de forma dura as cidades. Besançon e outras 21 prefeituras estão pedindo ao governo central pagamento pelo trabalho de preparar a vacinação contra a gripe suína. Como a pandemia não provocou uma corrida às vacinas, os gastos foram em vão. Agora, endividadas, essas cidades querem uma compensação de 4 milhões.Já a prefeitura da pequena Noailles decidiu vender seus bens, incluindo o prédio de uma escola. Senlis, também na França, tomou uma decisão radical: venderá um dos castelos da região, o de Fonds-de-l''Arche.A crise ainda está revelando que os problemas financeiros obrigaram algumas cidades, como a rica Milão, a entrar em acordo com bancos para mascarar seus déficits. Um processo será aberto em maio.A acusação é que os bancos UBS, JPMorgan Chase, Deutsche Bank e Hypo Real Estate ajudaram a cidade a emitir papéis no mercado de 1,7 bilhão. Em troca, chegaram a um acordo para lucrar apostando na taxa de juros. Milão agora acusa os bancos de trapacear. Os bancos prometiam que a medida renderia ganhos de 60 milhões. Mas, como a taxa de juros despencou, a cidade amarga prejuízos. PARA ENTENDERO caso de Niederzimmern é exemplar da crise que abala a Europa. Segundo a União Europeia, 16 dos 27 países membros estão fora da lei, ou seja, com um déficit fiscal acima de 3% do PIB. Pelas regras do bloco, três anos consecutivos de um buraco acima do limite seria motivo para expulsão da zona do euro.

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