''Ainda é cedo para dizer que recessão já acabou no País''


Pesquisadores do Codace da FGV preferem aguardar mais indicadores para atestar consistência da melhora

Por Adriana Chiarini

Indicador mensal elaborado pela pesquisadora Marcelle Chauvet, da Universidade da Califórnia, câmpus de Riverside (UCR), mostra que a probabilidade de recessão no Brasil, que era de 54% em maio, caiu em junho para 46%. À Agência Estado, Marcelle comentou, no entanto, que ainda é prematuro dizer que isso significa uma saída da recessão para a fase de retomada econômica. Marcelle é integrante do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com ela como relatora, o grupo atestou em maio que o País havia entrado em recessão, acompanhando um movimento global, após encerrar o fim de uma sequência de 21 trimestres de crescimento no terceiro trimestre do ano passado. O estudo de Marcelle referente a junho - que ainda não é o indicador oficial do Codace - mostra que há chances de inversão dessa curva, mas só um conjunto maior de dados dará o prognóstico final. O cálculo da pesquisadora utiliza uma base de indicadores de instituições como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São dados como os de produção industrial (+0,2% em junho em relação a maio), vendas no varejo (+1,7% no sentido restrito e +6,5% incluindo automóveis e material de construção, ambos em junho em comparação com maio) e taxa de desemprego (8,1% da População Economicamente Ativa em junho, com queda em relação aos 8,8% em maio). "O comitê espera que haja sinais certos de que a economia saiu da recessão. Não estamos esperando o PIB, mas dados mensais suficientes que nos possibilitem uma decisão definitiva. O PIB é uma variável importante, mas não é essencial para tomarmos a decisão", escreveu a professora da UCR, que concedeu a entrevista por e-mail. De acordo com ela, um porcentual agora inferior a 50% para as chances de recessão "é um forte indicativo". "Mas, para uma maior certeza, a regra de bolso é que a probabilidade esteja abaixo de 50% por pelo menos dois meses consecutivos." Outro integrante do Codace, o pesquisador da FGV e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Régis Bonelli, entende que o quadro atual parece indicar mais recuperação do que recessão, mas que ainda não é possível ter certeza. "Minha convicção pessoal é de que estamos saindo lentamente dessa recessão, mas não existem informações suficientes para uma resposta segura sobre se o Brasil já saiu ou não", afirmou ele. O diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças (IEPE/CdG) e sócio-diretor da Galanto Consultoria, Dionísio Dias Carneiro, outro integrante do comitê, observa que "a recessão brasileira é mais suave do que no resto do mundo, começou depois e pode acabar antes", mas entende ser prematuro dizer agora que a recessão acabou. Ele comentou que esse tipo de indicador, de probabilidades de recessão, é considerado pelo comitê, mas não é o único. Mesmo que o PIB do segundo trimestre mostre alta em relação ao primeiro trimestre, interrompendo a sequência de duas quedas em relação ao trimestre imediatamente anterior - definida por alguns economistas como "recessão técnica" -, Dias Carneiro considera que isso não é suficiente para afirmar que o Brasil saiu da recessão. "Eu aguardaria para ver uma recuperação mais vigorosa da indústria", afirmou. Também entende que "não necessariamente" o fundo do poço marca o fim da recessão. "Há vários critérios e um deles é o de recuperação em relação ao que era antes (da queda)", disse. Para o especialista, "se a datação fosse algo que pudesse ser feito por computador, não precisaria ter um comitê". Dias Carneiro avalia que a economia brasileira ainda está sujeita a uma outra onda negativa vinda do exterior, por causa da redução do consumo nos Estados Unidos e na Europa. "O consumo americano e o europeu ainda vão sofrer muito. Essa onda ainda não veio e não sabemos com que força ela vai chegar no Brasil, mas ela é importante por causa do tamanho das economias americana e europeia e não há muito o que os governos possam fazer", afirmou. Para Marcelle, "muito provavelmente a economia americana já saiu da recessão, porém, os dados disponíveis são apenas até maio". Ela aguarda mais indicadores de junho e julho para confirmar o fim da recessão americana. Também participam do Codace, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore e os pesquisadores da FGV Marco Bonomo, Paulo Pichetti e João Victor Issler.

Indicador mensal elaborado pela pesquisadora Marcelle Chauvet, da Universidade da Califórnia, câmpus de Riverside (UCR), mostra que a probabilidade de recessão no Brasil, que era de 54% em maio, caiu em junho para 46%. À Agência Estado, Marcelle comentou, no entanto, que ainda é prematuro dizer que isso significa uma saída da recessão para a fase de retomada econômica. Marcelle é integrante do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com ela como relatora, o grupo atestou em maio que o País havia entrado em recessão, acompanhando um movimento global, após encerrar o fim de uma sequência de 21 trimestres de crescimento no terceiro trimestre do ano passado. O estudo de Marcelle referente a junho - que ainda não é o indicador oficial do Codace - mostra que há chances de inversão dessa curva, mas só um conjunto maior de dados dará o prognóstico final. O cálculo da pesquisadora utiliza uma base de indicadores de instituições como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São dados como os de produção industrial (+0,2% em junho em relação a maio), vendas no varejo (+1,7% no sentido restrito e +6,5% incluindo automóveis e material de construção, ambos em junho em comparação com maio) e taxa de desemprego (8,1% da População Economicamente Ativa em junho, com queda em relação aos 8,8% em maio). "O comitê espera que haja sinais certos de que a economia saiu da recessão. Não estamos esperando o PIB, mas dados mensais suficientes que nos possibilitem uma decisão definitiva. O PIB é uma variável importante, mas não é essencial para tomarmos a decisão", escreveu a professora da UCR, que concedeu a entrevista por e-mail. De acordo com ela, um porcentual agora inferior a 50% para as chances de recessão "é um forte indicativo". "Mas, para uma maior certeza, a regra de bolso é que a probabilidade esteja abaixo de 50% por pelo menos dois meses consecutivos." Outro integrante do Codace, o pesquisador da FGV e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Régis Bonelli, entende que o quadro atual parece indicar mais recuperação do que recessão, mas que ainda não é possível ter certeza. "Minha convicção pessoal é de que estamos saindo lentamente dessa recessão, mas não existem informações suficientes para uma resposta segura sobre se o Brasil já saiu ou não", afirmou ele. O diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças (IEPE/CdG) e sócio-diretor da Galanto Consultoria, Dionísio Dias Carneiro, outro integrante do comitê, observa que "a recessão brasileira é mais suave do que no resto do mundo, começou depois e pode acabar antes", mas entende ser prematuro dizer agora que a recessão acabou. Ele comentou que esse tipo de indicador, de probabilidades de recessão, é considerado pelo comitê, mas não é o único. Mesmo que o PIB do segundo trimestre mostre alta em relação ao primeiro trimestre, interrompendo a sequência de duas quedas em relação ao trimestre imediatamente anterior - definida por alguns economistas como "recessão técnica" -, Dias Carneiro considera que isso não é suficiente para afirmar que o Brasil saiu da recessão. "Eu aguardaria para ver uma recuperação mais vigorosa da indústria", afirmou. Também entende que "não necessariamente" o fundo do poço marca o fim da recessão. "Há vários critérios e um deles é o de recuperação em relação ao que era antes (da queda)", disse. Para o especialista, "se a datação fosse algo que pudesse ser feito por computador, não precisaria ter um comitê". Dias Carneiro avalia que a economia brasileira ainda está sujeita a uma outra onda negativa vinda do exterior, por causa da redução do consumo nos Estados Unidos e na Europa. "O consumo americano e o europeu ainda vão sofrer muito. Essa onda ainda não veio e não sabemos com que força ela vai chegar no Brasil, mas ela é importante por causa do tamanho das economias americana e europeia e não há muito o que os governos possam fazer", afirmou. Para Marcelle, "muito provavelmente a economia americana já saiu da recessão, porém, os dados disponíveis são apenas até maio". Ela aguarda mais indicadores de junho e julho para confirmar o fim da recessão americana. Também participam do Codace, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore e os pesquisadores da FGV Marco Bonomo, Paulo Pichetti e João Victor Issler.

Indicador mensal elaborado pela pesquisadora Marcelle Chauvet, da Universidade da Califórnia, câmpus de Riverside (UCR), mostra que a probabilidade de recessão no Brasil, que era de 54% em maio, caiu em junho para 46%. À Agência Estado, Marcelle comentou, no entanto, que ainda é prematuro dizer que isso significa uma saída da recessão para a fase de retomada econômica. Marcelle é integrante do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com ela como relatora, o grupo atestou em maio que o País havia entrado em recessão, acompanhando um movimento global, após encerrar o fim de uma sequência de 21 trimestres de crescimento no terceiro trimestre do ano passado. O estudo de Marcelle referente a junho - que ainda não é o indicador oficial do Codace - mostra que há chances de inversão dessa curva, mas só um conjunto maior de dados dará o prognóstico final. O cálculo da pesquisadora utiliza uma base de indicadores de instituições como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São dados como os de produção industrial (+0,2% em junho em relação a maio), vendas no varejo (+1,7% no sentido restrito e +6,5% incluindo automóveis e material de construção, ambos em junho em comparação com maio) e taxa de desemprego (8,1% da População Economicamente Ativa em junho, com queda em relação aos 8,8% em maio). "O comitê espera que haja sinais certos de que a economia saiu da recessão. Não estamos esperando o PIB, mas dados mensais suficientes que nos possibilitem uma decisão definitiva. O PIB é uma variável importante, mas não é essencial para tomarmos a decisão", escreveu a professora da UCR, que concedeu a entrevista por e-mail. De acordo com ela, um porcentual agora inferior a 50% para as chances de recessão "é um forte indicativo". "Mas, para uma maior certeza, a regra de bolso é que a probabilidade esteja abaixo de 50% por pelo menos dois meses consecutivos." Outro integrante do Codace, o pesquisador da FGV e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Régis Bonelli, entende que o quadro atual parece indicar mais recuperação do que recessão, mas que ainda não é possível ter certeza. "Minha convicção pessoal é de que estamos saindo lentamente dessa recessão, mas não existem informações suficientes para uma resposta segura sobre se o Brasil já saiu ou não", afirmou ele. O diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças (IEPE/CdG) e sócio-diretor da Galanto Consultoria, Dionísio Dias Carneiro, outro integrante do comitê, observa que "a recessão brasileira é mais suave do que no resto do mundo, começou depois e pode acabar antes", mas entende ser prematuro dizer agora que a recessão acabou. Ele comentou que esse tipo de indicador, de probabilidades de recessão, é considerado pelo comitê, mas não é o único. Mesmo que o PIB do segundo trimestre mostre alta em relação ao primeiro trimestre, interrompendo a sequência de duas quedas em relação ao trimestre imediatamente anterior - definida por alguns economistas como "recessão técnica" -, Dias Carneiro considera que isso não é suficiente para afirmar que o Brasil saiu da recessão. "Eu aguardaria para ver uma recuperação mais vigorosa da indústria", afirmou. Também entende que "não necessariamente" o fundo do poço marca o fim da recessão. "Há vários critérios e um deles é o de recuperação em relação ao que era antes (da queda)", disse. Para o especialista, "se a datação fosse algo que pudesse ser feito por computador, não precisaria ter um comitê". Dias Carneiro avalia que a economia brasileira ainda está sujeita a uma outra onda negativa vinda do exterior, por causa da redução do consumo nos Estados Unidos e na Europa. "O consumo americano e o europeu ainda vão sofrer muito. Essa onda ainda não veio e não sabemos com que força ela vai chegar no Brasil, mas ela é importante por causa do tamanho das economias americana e europeia e não há muito o que os governos possam fazer", afirmou. Para Marcelle, "muito provavelmente a economia americana já saiu da recessão, porém, os dados disponíveis são apenas até maio". Ela aguarda mais indicadores de junho e julho para confirmar o fim da recessão americana. Também participam do Codace, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore e os pesquisadores da FGV Marco Bonomo, Paulo Pichetti e João Victor Issler.

Indicador mensal elaborado pela pesquisadora Marcelle Chauvet, da Universidade da Califórnia, câmpus de Riverside (UCR), mostra que a probabilidade de recessão no Brasil, que era de 54% em maio, caiu em junho para 46%. À Agência Estado, Marcelle comentou, no entanto, que ainda é prematuro dizer que isso significa uma saída da recessão para a fase de retomada econômica. Marcelle é integrante do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com ela como relatora, o grupo atestou em maio que o País havia entrado em recessão, acompanhando um movimento global, após encerrar o fim de uma sequência de 21 trimestres de crescimento no terceiro trimestre do ano passado. O estudo de Marcelle referente a junho - que ainda não é o indicador oficial do Codace - mostra que há chances de inversão dessa curva, mas só um conjunto maior de dados dará o prognóstico final. O cálculo da pesquisadora utiliza uma base de indicadores de instituições como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São dados como os de produção industrial (+0,2% em junho em relação a maio), vendas no varejo (+1,7% no sentido restrito e +6,5% incluindo automóveis e material de construção, ambos em junho em comparação com maio) e taxa de desemprego (8,1% da População Economicamente Ativa em junho, com queda em relação aos 8,8% em maio). "O comitê espera que haja sinais certos de que a economia saiu da recessão. Não estamos esperando o PIB, mas dados mensais suficientes que nos possibilitem uma decisão definitiva. O PIB é uma variável importante, mas não é essencial para tomarmos a decisão", escreveu a professora da UCR, que concedeu a entrevista por e-mail. De acordo com ela, um porcentual agora inferior a 50% para as chances de recessão "é um forte indicativo". "Mas, para uma maior certeza, a regra de bolso é que a probabilidade esteja abaixo de 50% por pelo menos dois meses consecutivos." Outro integrante do Codace, o pesquisador da FGV e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)Régis Bonelli, entende que o quadro atual parece indicar mais recuperação do que recessão, mas que ainda não é possível ter certeza. "Minha convicção pessoal é de que estamos saindo lentamente dessa recessão, mas não existem informações suficientes para uma resposta segura sobre se o Brasil já saiu ou não", afirmou ele. O diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças (IEPE/CdG) e sócio-diretor da Galanto Consultoria, Dionísio Dias Carneiro, outro integrante do comitê, observa que "a recessão brasileira é mais suave do que no resto do mundo, começou depois e pode acabar antes", mas entende ser prematuro dizer agora que a recessão acabou. Ele comentou que esse tipo de indicador, de probabilidades de recessão, é considerado pelo comitê, mas não é o único. Mesmo que o PIB do segundo trimestre mostre alta em relação ao primeiro trimestre, interrompendo a sequência de duas quedas em relação ao trimestre imediatamente anterior - definida por alguns economistas como "recessão técnica" -, Dias Carneiro considera que isso não é suficiente para afirmar que o Brasil saiu da recessão. "Eu aguardaria para ver uma recuperação mais vigorosa da indústria", afirmou. Também entende que "não necessariamente" o fundo do poço marca o fim da recessão. "Há vários critérios e um deles é o de recuperação em relação ao que era antes (da queda)", disse. Para o especialista, "se a datação fosse algo que pudesse ser feito por computador, não precisaria ter um comitê". Dias Carneiro avalia que a economia brasileira ainda está sujeita a uma outra onda negativa vinda do exterior, por causa da redução do consumo nos Estados Unidos e na Europa. "O consumo americano e o europeu ainda vão sofrer muito. Essa onda ainda não veio e não sabemos com que força ela vai chegar no Brasil, mas ela é importante por causa do tamanho das economias americana e europeia e não há muito o que os governos possam fazer", afirmou. Para Marcelle, "muito provavelmente a economia americana já saiu da recessão, porém, os dados disponíveis são apenas até maio". Ela aguarda mais indicadores de junho e julho para confirmar o fim da recessão americana. Também participam do Codace, o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore e os pesquisadores da FGV Marco Bonomo, Paulo Pichetti e João Victor Issler.

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