Alimento tem pouco impacto sobre inflação na era do real


Desde 1994, produtos agropecuários e cadeia de alimentos tiveram um dos menores impactos na inflação

Por Alexandre Inácio e da Agência Estado

Considerados como um dos principais responsáveis pela inflação em 2007, os produtos agropecuários e a cadeia de alimentos, como um todo, tiveram um dos menores impactos sobre os índices inflacionários ao longo do período de estabilidade econômica no Brasil. Desde 1994, quando o real foi introduzido no País e a inflação passou a ser controlada, o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) acumulou uma inflação de 213,59%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).   Nesse mesmo período, os itens alimentação e bebidas ficaram entre os três com menores indicadores, e tiveram pouca influência na formação do IPCA. Segundo o IBGE, o reajuste nos preços dos alimentos ficou em 153,14% nesse período. Abaixo dos alimentos, ficaram apenas os setores de artigos de residência e vestuário, com variações de 98,75% e 113,30%, respectivamente. Entre os principais vilões inflacionários nos anos de real estão itens como comunicação (666,90%), habitação (434,65%) e transporte (259,28%).   Real forte   O principal motivo para que os alimentos tenham ficado "sob controle" foi o câmbio. Com o real desvalorizado em relação ao dólar, especialmente depois de 1999, os produtores rurais conseguiam manter uma atividade rentável, mesmo com os preços dos alimentos em níveis baixos. "Aliado a esse fator, esse foi um período em que o Brasil teve boas safras e uma oferta alta de alimentos, o que contribuiu para que não houvesse uma pressão interna", explica o economista Fábio Silveira, diretor da RC Consultores.   A analista da Tendências Consultoria, Amaryllis Romano, lembra que os primeiros anos da nova moeda foram essenciais para que os produtores rurais pudessem investir em tecnologia e obter maior produtividade das lavouras e aumento nas safras de grãos a partir de 1999. "Com a abertura comercial do início da década de 90 e o real valendo o mesmo que o dólar foi possível internalizar atividades e tecnologias mais produtivas", afirma Amaryllis.   Apesar de o histórico dos alimentos ser de baixa pressão inflacionária, em 2007 os preços superam o IPCA, fato que não ocorria desde 2002, segundo o IBGE. Naquele ano, enquanto a inflação oficial do Brasil ficou em 12,53% ao ano, o índice dos alimentos fechou em 19,47%. "Neste ano os preços dos alimentos vão ficar acima da média, com o reajuste nas cotações dos produtos lácteos, das carnes, do trigo e do milho", afirma Silveira.   Outro fator que vai favorecer o impacto maior dos alimentos na inflação é o câmbio. Com a moeda brasileira mais valorizada em relação ao dólar agora em 2007, as cotações dos produtos agrícolas no mercado interno ficam mais expostas às variações de preços das commodities no mercado internacional. A escalada de preços dos alimentos, no entanto, deve ser interrompida no primeiro trimestre de 2008, segundo Silveira. "Até lá, os alimentos continuarão pressionando a inflação do Brasil, mas irão se estabilizar e interromper esse processo no início do próximo ano", diz o economista.

Considerados como um dos principais responsáveis pela inflação em 2007, os produtos agropecuários e a cadeia de alimentos, como um todo, tiveram um dos menores impactos sobre os índices inflacionários ao longo do período de estabilidade econômica no Brasil. Desde 1994, quando o real foi introduzido no País e a inflação passou a ser controlada, o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) acumulou uma inflação de 213,59%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).   Nesse mesmo período, os itens alimentação e bebidas ficaram entre os três com menores indicadores, e tiveram pouca influência na formação do IPCA. Segundo o IBGE, o reajuste nos preços dos alimentos ficou em 153,14% nesse período. Abaixo dos alimentos, ficaram apenas os setores de artigos de residência e vestuário, com variações de 98,75% e 113,30%, respectivamente. Entre os principais vilões inflacionários nos anos de real estão itens como comunicação (666,90%), habitação (434,65%) e transporte (259,28%).   Real forte   O principal motivo para que os alimentos tenham ficado "sob controle" foi o câmbio. Com o real desvalorizado em relação ao dólar, especialmente depois de 1999, os produtores rurais conseguiam manter uma atividade rentável, mesmo com os preços dos alimentos em níveis baixos. "Aliado a esse fator, esse foi um período em que o Brasil teve boas safras e uma oferta alta de alimentos, o que contribuiu para que não houvesse uma pressão interna", explica o economista Fábio Silveira, diretor da RC Consultores.   A analista da Tendências Consultoria, Amaryllis Romano, lembra que os primeiros anos da nova moeda foram essenciais para que os produtores rurais pudessem investir em tecnologia e obter maior produtividade das lavouras e aumento nas safras de grãos a partir de 1999. "Com a abertura comercial do início da década de 90 e o real valendo o mesmo que o dólar foi possível internalizar atividades e tecnologias mais produtivas", afirma Amaryllis.   Apesar de o histórico dos alimentos ser de baixa pressão inflacionária, em 2007 os preços superam o IPCA, fato que não ocorria desde 2002, segundo o IBGE. Naquele ano, enquanto a inflação oficial do Brasil ficou em 12,53% ao ano, o índice dos alimentos fechou em 19,47%. "Neste ano os preços dos alimentos vão ficar acima da média, com o reajuste nas cotações dos produtos lácteos, das carnes, do trigo e do milho", afirma Silveira.   Outro fator que vai favorecer o impacto maior dos alimentos na inflação é o câmbio. Com a moeda brasileira mais valorizada em relação ao dólar agora em 2007, as cotações dos produtos agrícolas no mercado interno ficam mais expostas às variações de preços das commodities no mercado internacional. A escalada de preços dos alimentos, no entanto, deve ser interrompida no primeiro trimestre de 2008, segundo Silveira. "Até lá, os alimentos continuarão pressionando a inflação do Brasil, mas irão se estabilizar e interromper esse processo no início do próximo ano", diz o economista.

Considerados como um dos principais responsáveis pela inflação em 2007, os produtos agropecuários e a cadeia de alimentos, como um todo, tiveram um dos menores impactos sobre os índices inflacionários ao longo do período de estabilidade econômica no Brasil. Desde 1994, quando o real foi introduzido no País e a inflação passou a ser controlada, o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) acumulou uma inflação de 213,59%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).   Nesse mesmo período, os itens alimentação e bebidas ficaram entre os três com menores indicadores, e tiveram pouca influência na formação do IPCA. Segundo o IBGE, o reajuste nos preços dos alimentos ficou em 153,14% nesse período. Abaixo dos alimentos, ficaram apenas os setores de artigos de residência e vestuário, com variações de 98,75% e 113,30%, respectivamente. Entre os principais vilões inflacionários nos anos de real estão itens como comunicação (666,90%), habitação (434,65%) e transporte (259,28%).   Real forte   O principal motivo para que os alimentos tenham ficado "sob controle" foi o câmbio. Com o real desvalorizado em relação ao dólar, especialmente depois de 1999, os produtores rurais conseguiam manter uma atividade rentável, mesmo com os preços dos alimentos em níveis baixos. "Aliado a esse fator, esse foi um período em que o Brasil teve boas safras e uma oferta alta de alimentos, o que contribuiu para que não houvesse uma pressão interna", explica o economista Fábio Silveira, diretor da RC Consultores.   A analista da Tendências Consultoria, Amaryllis Romano, lembra que os primeiros anos da nova moeda foram essenciais para que os produtores rurais pudessem investir em tecnologia e obter maior produtividade das lavouras e aumento nas safras de grãos a partir de 1999. "Com a abertura comercial do início da década de 90 e o real valendo o mesmo que o dólar foi possível internalizar atividades e tecnologias mais produtivas", afirma Amaryllis.   Apesar de o histórico dos alimentos ser de baixa pressão inflacionária, em 2007 os preços superam o IPCA, fato que não ocorria desde 2002, segundo o IBGE. Naquele ano, enquanto a inflação oficial do Brasil ficou em 12,53% ao ano, o índice dos alimentos fechou em 19,47%. "Neste ano os preços dos alimentos vão ficar acima da média, com o reajuste nas cotações dos produtos lácteos, das carnes, do trigo e do milho", afirma Silveira.   Outro fator que vai favorecer o impacto maior dos alimentos na inflação é o câmbio. Com a moeda brasileira mais valorizada em relação ao dólar agora em 2007, as cotações dos produtos agrícolas no mercado interno ficam mais expostas às variações de preços das commodities no mercado internacional. A escalada de preços dos alimentos, no entanto, deve ser interrompida no primeiro trimestre de 2008, segundo Silveira. "Até lá, os alimentos continuarão pressionando a inflação do Brasil, mas irão se estabilizar e interromper esse processo no início do próximo ano", diz o economista.

Considerados como um dos principais responsáveis pela inflação em 2007, os produtos agropecuários e a cadeia de alimentos, como um todo, tiveram um dos menores impactos sobre os índices inflacionários ao longo do período de estabilidade econômica no Brasil. Desde 1994, quando o real foi introduzido no País e a inflação passou a ser controlada, o Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) acumulou uma inflação de 213,59%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).   Nesse mesmo período, os itens alimentação e bebidas ficaram entre os três com menores indicadores, e tiveram pouca influência na formação do IPCA. Segundo o IBGE, o reajuste nos preços dos alimentos ficou em 153,14% nesse período. Abaixo dos alimentos, ficaram apenas os setores de artigos de residência e vestuário, com variações de 98,75% e 113,30%, respectivamente. Entre os principais vilões inflacionários nos anos de real estão itens como comunicação (666,90%), habitação (434,65%) e transporte (259,28%).   Real forte   O principal motivo para que os alimentos tenham ficado "sob controle" foi o câmbio. Com o real desvalorizado em relação ao dólar, especialmente depois de 1999, os produtores rurais conseguiam manter uma atividade rentável, mesmo com os preços dos alimentos em níveis baixos. "Aliado a esse fator, esse foi um período em que o Brasil teve boas safras e uma oferta alta de alimentos, o que contribuiu para que não houvesse uma pressão interna", explica o economista Fábio Silveira, diretor da RC Consultores.   A analista da Tendências Consultoria, Amaryllis Romano, lembra que os primeiros anos da nova moeda foram essenciais para que os produtores rurais pudessem investir em tecnologia e obter maior produtividade das lavouras e aumento nas safras de grãos a partir de 1999. "Com a abertura comercial do início da década de 90 e o real valendo o mesmo que o dólar foi possível internalizar atividades e tecnologias mais produtivas", afirma Amaryllis.   Apesar de o histórico dos alimentos ser de baixa pressão inflacionária, em 2007 os preços superam o IPCA, fato que não ocorria desde 2002, segundo o IBGE. Naquele ano, enquanto a inflação oficial do Brasil ficou em 12,53% ao ano, o índice dos alimentos fechou em 19,47%. "Neste ano os preços dos alimentos vão ficar acima da média, com o reajuste nas cotações dos produtos lácteos, das carnes, do trigo e do milho", afirma Silveira.   Outro fator que vai favorecer o impacto maior dos alimentos na inflação é o câmbio. Com a moeda brasileira mais valorizada em relação ao dólar agora em 2007, as cotações dos produtos agrícolas no mercado interno ficam mais expostas às variações de preços das commodities no mercado internacional. A escalada de preços dos alimentos, no entanto, deve ser interrompida no primeiro trimestre de 2008, segundo Silveira. "Até lá, os alimentos continuarão pressionando a inflação do Brasil, mas irão se estabilizar e interromper esse processo no início do próximo ano", diz o economista.

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